Setor de Serviços recua 0,6% em setembro
12/11/2021 09h00 | Atualizado em 12/11/2021 11h51
Em setembro de 2021, o setor de serviços no Brasil caiu 0,6% frente a agosto, na série com ajuste sazonal. Na série sem ajuste sazonal, em relação ao mesmo mês de 2020, o volume de serviços avançou 11,4%, sua sétima taxa positiva consecutiva. O acumulado do ano foi a 11,4%. O acumulado em 12 meses chegou a 6,8%, maior taxa da série histórica, iniciada em dezembro de 2012.
Período | Variação (%) | |
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Volume | Receita Nominal | |
Setembro 21 / Agosto 21* | -0,6 | 0,6 |
Setembro 21 / Setembro 20 | 11,4 | 16,6 |
Acumulado Janeiro-Setembro | 11,4 | 13,8 |
Acumulado nos Últimos 12 Meses | 6,8 | 8,6 |
*série com ajuste sazonal |
O recuo de 0,6% do volume de serviços, na passagem de agosto para setembro de 2021, foi acompanhado por quatro das cinco atividades investigadas, com destaque para os transportes (-1,9%), que registraram o resultado negativo mais intenso desde abril de 2020 (-19,0%). Os demais recuos vieram de outros serviços (-4,7%), de informação e comunicação (-0,9%) e de serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,1%). O único resultado positivo ficou com os serviços prestados às famílias (1,3%), sexto avanço seguido, período em que acumularam 52,5% de crescimento.
A média móvel trimestral para o volume de serviços apontou variação positiva de 0,3% no trimestre encerrado em setembro de 2021 frente ao nível do mês anterior, mantendo, portanto, a trajetória predominantemente ascendente desde julho do ano passado. Apenas uma das cinco atividades mostrou resultado positivo neste mês: os serviços prestados às famílias (2,4%). Por outro lado, três setores assinalaram taxas negativas: outros serviços (-1,2%), transportes (-0,6%) e profissionais, administrativos e complementares (-0,5%). Por sua vez, informação e comunicação (0,0%) ficou estável em setembro.
Frente a setembro de 2020, o volume do setor de serviços, ao avançar 11,4% em setembro de 2021, registrou a sétima taxa positiva seguida. O resultado deste mês trouxe expansão em quatro das cinco atividades de divulgação e contou ainda com crescimento em 74,7% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, o de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (13,7%) e o de serviços de informação e comunicação (10,1%) exerceram as principais contribuições positivas sobre o volume total de serviços.
Pesquisa Mensal de Serviços - Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação - Setembro 2021 (%) | ||||||||||||
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Atividades de Divulgação | Mês/Mês anterior (1) | Mensal (2) | Acumulado no ano (3) | Últimos 12 meses (4) | ||||||||
JUL | AGO | SET | JUL | AGO | SET | JAN-JUL | JAN-AGO | JAN-SET | Até JUL | Até AGO | Até SET | |
Volume de Serviços - Brasil | 1,1 | 0,4 | -0,6 | 17,8 | 16,6 | 11,4 | 10,7 | 11,4 | 11,4 | 2,9 | 5,1 | 6,8 |
1. Serviços prestados às famílias | 1,7 | 4,3 | 1,3 | 76,1 | 42,2 | 32,2 | 10,9 | 14,4 | 16,4 | -12,4 | -5,6 | 0,5 |
1.1 Serviços de alojamento e alimentação | 2,2 | 4,5 | 1,7 | 86,0 | 46,2 | 37,2 | 12,8 | 16,6 | 18,9 | -12,2 | -5,1 | 1,7 |
1.2 Outros serviços prestados às famílias | 0,9 | -0,3 | 0,0 | 33,4 | 23,5 | 9,3 | 1,3 | 3,8 | 4,5 | -13,3 | -8,6 | -5,5 |
2. Serviços de informação e comunicação | -0,4 | 1,2 | -0,9 | 11,2 | 13,6 | 10,1 | 8,8 | 9,5 | 9,5 | 4,8 | 6,3 | 7,2 |
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC) | 0,4 | 1,3 | -1,2 | 10,1 | 12,8 | 9,4 | 8,9 | 9,4 | 9,4 | 6,0 | 7,1 | 7,8 |
2.1.1 Telecomunicações | 0,9 | 0,0 | -1,4 | 1,9 | 1,8 | -0,4 | 0,5 | 0,6 | 0,5 | -0,9 | -0,5 | -0,3 |
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação | 1,7 | 2,1 | -0,5 | 23,3 | 31,5 | 25,0 | 23,4 | 24,4 | 24,5 | 17,7 | 20,1 | 21,4 |
2.2 Serviços audiovisuais | -12,0 | 2,1 | 0,8 | 21,6 | 20,9 | 15,8 | 8,4 | 9,9 | 10,6 | -3,7 | 0,0 | 2,8 |
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares | 0,1 | -0,4 | -1,1 | 14,4 | 12,8 | 9,6 | 6,8 | 7,5 | 7,8 | -1,9 | 0,4 | 2,4 |
3.1 Serviços técnico-profissionais | 5,6 | -5,8 | 1,7 | 23,1 | 12,5 | 16,1 | 14,6 | 14,3 | 14,5 | 5,8 | 7,0 | 9,0 |
3.2 Serviços administrativos e complementares | -0,6 | 0,1 | -1,6 | 11,0 | 12,9 | 7,0 | 3,9 | 5,0 | 5,2 | -4,7 | -2,2 | -0,2 |
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio | -0,4 | 0,6 | -1,9 | 21,0 | 19,3 | 13,7 | 15,7 | 16,2 | 15,9 | 5,8 | 8,3 | 10,1 |
4.1 Transporte terrestre | -0,1 | -0,6 | -1,0 | 21,6 | 16,8 | 10,9 | 16,0 | 16,1 | 15,5 | 4,5 | 7,2 | 9,0 |
4.2 Transporte aquaviário | 4,8 | -2,8 | -1,7 | 21,4 | 17,6 | 11,7 | 13,0 | 13,6 | 13,4 | 10,7 | 12,0 | 12,1 |
4.3 Transporte aéreo | -5,7 | 6,9 | -9,0 | 95,8 | 86,6 | 39,6 | 28,6 | 35,9 | 36,4 | -7,3 | 2,5 | 10,2 |
4.4 Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio | -0,2 | 1,4 | 0,6 | 10,1 | 12,7 | 13,7 | 13,7 | 13,6 | 13,6 | 9,5 | 10,2 | 11,2 |
5. Outros serviços | -0,3 | 1,4 | -4,7 | 11,1 | 11,6 | -1,5 | 9,7 | 10,0 | 8,6 | 9,5 | 9,9 | 8,6 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria (1) Base: mês imediatamente anterior - com ajuste sazonal; (2) Base: igual mês do ano anterior (3) Base: igual período do ano anterior (4) Base: 12 meses anteriores |
Os demais avanços vieram de serviços profissionais, administrativos e complementares (9,6%) e de prestados às famílias (32,2%). Em contrapartida, a única taxa negativa ficou com o setor de outros serviços (-1,5%), pressionado, sobretudo, pela menor receita auferida pelas empresas que atuam em administração de fundos por contrato ou comissão.
No acumulado do ano, frente a igual período do ano anterior, o setor de serviços apresentou expansão de 11,4%, com todas as cinco atividades pesquisadas apontando taxas positivas e crescimento em 71,7% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, as contribuições positivas mais importantes ficaram com transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (15,9%) e informação e comunicação (9,5%), impulsionados, em grande parte, pelo aumento das receitas das empresas que atuam nos segmentos de transporte rodoviário de cargas; gestão de portos e terminais; transporte aéreo de passageiros; navegação de apoio marítimo e portuário e correio, no primeiro setor. Já no segundo, destaque para os avanços vindos de portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet; desenvolvimento e licenciamento de softwares; outras atividades de telecomunicações; e atividades de televisão aberta.
Os demais avanços vieram de serviços profissionais, administrativos e complementares (7,8%), de serviços prestados às famílias (16,4%) e de outros serviços (8,6%), explicados pelo aumento na receita das empresas de serviços de engenharia; atividades jurídicas; atividades técnicas relacionadas à arquitetura e à engenharia; locação de automóveis; locação de mão de obra temporária; e aluguel de máquinas e equipamentos, no primeiro ramo; de hotéis; restaurantes; serviços de bufê e atividades funerárias, no segundo; e de corretoras de títulos e valores mobiliários; recuperação de materiais plásticos; administração de fundos por contrato ou comissão; administração de bolsas e mercados de balcão organizados; consultoria em investimentos financeiros; e atividades de apoio à produção florestal, no último.
Serviços recuaram em 20 das 27 unidades da federação em setembro
Houve recuo no volume de serviços em 20 das 27 unidades da federação, na comparação com agosto, acompanhando o recuo (-0,6%) observado no Brasil. Entre os locais com taxas negativas nesse mês, o impacto mais importante veio de São Paulo (-1,6%), seguido por Minas Gerais (-1,3%), Rio Grande do Sul (-1,3%), Pernambuco (-2,2%) e Goiás (-2,2%). Em contrapartida, Rio de Janeiro (2,0%), seguido por Distrito Federal (2,9%) e Mato Grosso do Sul (3,6%) registraram as principais expansões em termos regionais.
Em relação a setembro de 2020, o avanço dos serviços no Brasil (11,4%) foi acompanhado por 25 das 27 unidades da federação. As principais contribuições positivas vieram de São Paulo (10,2%), Rio de Janeiro (12,2%), Minas Gerais (11,8%), Rio Grande do Sul (18,8%), Paraná (11,4%) e Bahia (19,7%). As duas quedas ocorreram no Piauí (-1,9%) e em Rondônia (-2,3%).
No acumulado do ano, frente a igual período de 2020, o crescimento do volume de serviços no Brasil (11,4%) se deu de forma disseminada, já que todas as 27 unidades da federação mostraram expansão na receita real de serviços. O principal impacto positivo em termos regionais ocorreu em São Paulo (11,6%), seguido por Minas Gerais (16,0%), Rio de Janeiro (8,2%), Rio Grande do Sul (12,3%) e Santa Catarina (16,6%).
Índice de atividades turísticas cresce 0,8% em setembro
Em setembro de 2021, o índice de atividades turísticas cresceu 0,8% frente a agosto, quinta taxa positiva consecutiva, acumulando ganho de 49,9%. Contudo, o segmento de turismo ainda se encontra 20,4% abaixo do patamar de fevereiro do ano passado.
Sete dos 12 locais pesquisados acompanharam expansão da atividade turística nacional (0,8%). A contribuição positiva mais relevante ficou com Rio de Janeiro (4,0%), seguido por Santa Catarina (5,7%), Bahia (1,5%) e Goiás (2,5%). Em sentido oposto, o São Paulo (-1,7%) e Ceará (-5,2%) assinalaram os resultados negativos mais importantes do mês.
Frente a setembro de 2020, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil subiu 36,6%, sexta taxa positiva seguida, impulsionado, principalmente, pelo aumento na receita de empresas que atuam nos ramos de hotéis; transporte aéreo; restaurantes; rodoviário coletivo de passageiros; serviços de bufê; locação de automóveis; e agências de viagens.
As doze unidades da federação onde o indicador é investigado mostraram avanço nos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo (23,1%), seguido por Bahia (104,7%), Rio de Janeiro (28,0%), Minas Gerais (50,9%), Pernambuco (86,0%) e Rio Grande do Sul (65,1%).
No acumulado do ano, o agregado especial de atividades turísticas mostrou expansão de 19,9% frente a igual período do ano passado, impulsionado, sobretudo, pelos aumentos nas receitas de empresas que pertencem aos ramos de transporte aéreo; hotéis; restaurantes; locação de automóveis e rodoviário coletivo de passageiros.
Todos os doze locais investigados também registraram taxas positivas, onde sobressaíram os ganhos vindos de São Paulo (7,0%), seguido por Rio de Janeiro (16,0%), Bahia (48,9%), Minas Gerais (26,2%) e Pernambuco (45,6%).