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IPCA fica em 0,53% em junho

08/07/2021 09h00 | Atualizado em 08/09/2021 16h36

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho foi de 0,53%, ficando 0,30 ponto percentual abaixo da taxa de maio (0,83%). No ano, o índice acumula alta de 3,77% e, nos últimos 12 meses, de 8,35%, acima dos 8,06% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2020, a variação mensal havia sido de 0,26%.

Periodo Taxa
Junho 2021 0,53%
Maio 2021 0,83%
Junho 2020 0,26%
Acumulado no ano 3,77%
Acumulado em 12 meses 8,35%

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta de preços em junho. O maior impacto (0,17 p.p.) veio do grupo Habitação, cujos preços subiram 1,10%. Na sequência, vieram Alimentação e bebidas (0,43%) e Transportes (0,41%), cujos impactos foram de 0,09 p.p. A maior variação no mês (1,21%) foi do grupo Vestuário, que acelerou em relação ao mês de maio (0,92%) e contribuiu com 0,05 p.p. Os demais grupos ficaram entre a queda (-0,12%) de Comunicação e a alta de Artigos de residência (1,09%).

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Maio Junho Maio Junho
Índice Geral 0,83 0,53 0,83 0,53
Alimentação e Bebidas 0,44 0,43 0,09 0,09
Habitação 1,78 1,10 0,28 0,17
Artigos de Residência 1,25 1,09 0,05 0,04
Vestuário 0,92 1,21 0,04 0,05
Transportes 1,15 0,41 0,24 0,09
Saúde e Cuidados Pessoais 0,76 0,51 0,10 0,07
Despesas Pessoais 0,21 0,29 0,02 0,03
Educação 0,06 0,05 0,00 0,00
Comunicação 0,21 -0,12 0,01 -0,01
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços 

O grupo Habitação (1,10%) subiu menos do que em maio (1,78%), principalmente devido à desaceleração da energia elétrica (1,95%) em relação ao mês anterior (5,37%). Ainda assim, este item exerceu o maior impacto individual no índice do mês (0,09 p.p.). Em Curitiba (4,11%), houve reajuste médio de 8,97% nas tarifas a partir de 24 de junho. Além disso, em junho, passou a vigorar a bandeira tarifária vermelha patamar 2, acrescentando R$ 6,243 na conta de luz a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Vale lembrar que em maio foi aplicada a bandeira vermelha patamar 1, cujo acréscimo é menor (R$ 4,169).

Ainda em Habitação, destaca-se a alta da taxa de água e esgoto (1,04%), consequência dos reajustes de 7,10% em São Paulo (2,42%), vigente desde 10 de maio, e de 5,78% em Curitiba (3,43%), a partir de 17 de maio. Em Brasília (-2,40%), houve redução média de 2,74% nas tarifas a partir de 1º de junho. Os preços do gás de botijão (1,58%) e do gás encanado (5,01%) também subiram. No subitem gás encanado, a alta decorre do reajuste de 9,63% em São Paulo (8,73%) a partir de 31 de maio. Além disso, houve a contribuição residual dos reajustes de 13% no Rio de Janeiro (0,42%) e de 7,04% em Curitiba (0,23%), ambos em vigor desde 1º de maio.

No grupo Alimentação e bebidas, a alta de 0,43% ficou próxima à do mês anterior (0,44%). A alimentação no domicílio passou de 0,23% em maio para 0,33% em junho, principalmente por conta das carnes (1,32%), que subiram pelo quinto mês consecutivo e acumulam alta de 38,17% em 12 meses. No lado das quedas, destacam-se a batata-inglesa (-15,38%), a cebola (-13,70%), o tomate (-9,35%) e as frutas (-2,69%).

A alimentação fora do domicílio (0,66%) desacelerou em relação a maio (0,98%), principalmente por conta do lanche (0,24%), cujos preços haviam subido 2,10% no mês anterior. Já a refeição subiu 0,85%, enquanto havia apresentado alta de 0,63% em maio.

No grupo dos Transportes (0,41%), os combustíveis subiram 0,87% e acumulam alta de 43,92% nos últimos 12 meses. Mais uma vez, o maior impacto (0,04 p.p.) veio da gasolina (0,69%), cujos preços haviam subido 2,87% em maio. Os preços do etanol (2,14%) e do óleo diesel (1,10%) e do gás veicular (0,16%) também registraram alta em junho.

Ainda em Transportes, as motocicletas (0,90%), os automóveis novos (0,51%) e os automóveis usados (0,58%) permanecem em alta. Alguns produtos e serviços relacionados a estes subitens, casos do pneu (2,10%) e do conserto de automóvel (0,43%), tiveram comportamento semelhante. Nos transportes públicos (-0,61%), houve reajustes nas passagens de metrô (1,76%) no Rio de Janeiro (5,65%) – aumento de 16%, válido desde 11 de maio – e dos ônibus intermunicipais (0,34%) em Salvador (4,88%), onde o aumento de 6,80% foi aplicado a partir de 1º de junho. No lado das quedas, registrou-se recuo de 5,57% nos preços das passagens aéreas, com impacto de -0,02 p.p. no resultado do mês.

O resultado do grupo Saúde e cuidados pessoais (0,51% e 0,07 p.p.) foi influenciado, principalmente, pelo plano de saúde (0,67%) e pelos itens de higiene pessoal (0,68%), ambos com 0,03 p.p. de impacto.

Vestuário (1,21%) foi o grupo com a maior variação e contribuiu com 0,05 p.p. no IPCA de junho. Destacam-se as acelerações dos calçados e acessórios (1,53%), das roupas masculinas (1,52%) e das roupas femininas (1,10%), que em maio haviam subido 0,79%, 1,21% e 1,02%, respectivamente.

Todas as áreas pesquisadas apresentaram variação positiva em junho. O maior índice foi o da região metropolitana de Recife (0,92%), influenciado pelas altas nos preços da gasolina (4,92%) e da energia elétrica (2,78%). O menor resultado ocorreu em Brasília (0,17%), por conta da queda nos preços das frutas (-7,53%) e da taxa de água e esgoto (-2,40%).

Região Peso Regional   (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Maio Junho Ano 12 meses
Recife 3,92 0,76 0,92 4,13 8,81
Salvador 5,99 1,12 0,86 4,13 7,84
Porto Alegre 8,61 1,04 0,79 4,14 9,07
Rio Branco 0,51 0,93 0,78 5,23 12,06
Campo Grande 1,57 0,93 0,66 4,58 11,38
Curitiba 8,09 0,97 0,61 4,77 9,64
Fortaleza 3,23 0,62 0,59 5,11 10,07
Vitória 1,86 0,74 0,59 4,31 8,88
Goiânia 4,17 0,79 0,54 3,63 9,37
São Paulo 32,28 0,78 0,53 3,31 7,53
Aracaju 1,03 1,10 0,46 4,43 7,53
Belo Horizonte 9,69 0,79 0,42 3,87 9,08
São Luís 1,62 1,10 0,30 3,72 10,36
Belém 3,94 0,48 0,24 3,63 8,71
Rio de Janeiro 9,43 0,87 0,24 3,05 6,84
Brasília 4,06 0,27 0,17 3,19 7,13
Brasil 100,00 0,83 0,53 3,77 8,35
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços 

INPC tem alta de 0,60% em junho

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC foi de 0,60% em junho, 0,36 p.p. abaixo do resultado de maio (0,96%). No ano, o indicador acumula alta de 3,95% e, em 12 meses, de 9,22%, acima dos 8,90% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2020, a taxa foi de 0,30%.

Os produtos alimentícios subiram 0,47% em junho, ficando abaixo do resultado de maio (0,53%). Já os não alimentícios tiveram alta de 0,64%, ante 1,10% em maio.

Houve variações positivas todas as áreas investigadas. O menor índice foi o de Brasília (0,14%), onde pesaram as quedas nos preços das frutas (-6,83%) e da taxa de água e esgoto (-1,71%). As regiões metropolitanas de Recife e de Salvador registraram a maior variação (0,90%). Estas altas foram influenciadas pela energia elétrica (2,85% em Recife e 2,53% em Salvador) e pela gasolina (4,92% em Recife e 2,22% em Salvador).

Região Peso Regional    (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Maio Junho Ano 12 meses
Recife 5,60 0,83 0,90 4,27 9,32
Salvador 7,92 1,25 0,90 4,31 8,49
Curitiba 7,37 1,06 0,82 4,92 10,65
Porto Alegre 7,15 1,17 0,82 4,48 10,11
Rio Branco 0,72 0,89 0,66 5,33 12,70
Goiânia 4,43 0,72 0,66 3,07 9,24
São Paulo 24,60 1,01 0,65 3,71 8,97
Campo Grande 1,73 0,99 0,65 4,60 12,45
Fortaleza 5,16 1,17 0,62 5,20 10,60
Vitória 1,91 0,89 0,57 4,17 9,70
Aracaju 1,29 0,76 0,53 4,39 7,60
Belo Horizonte 10,35 0,87 0,39 3,80 9,58
Rio de Janeiro 9,38 0,98 0,35 3,15 7,89
Belém 6,95 0,49 0,25 3,50 7,71
São Luís 3,47 1,12 0,25 3,55 9,99
Brasília 1,97 0,41 0,14 3,37 8,07
Brasil 100,00 0,96 0,60 3,95 9,22
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços 

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 28 de maio e 28 de junho de 2021 (referência) com os preços vigentes entre 30 de abril e 27 de maio de 2021 (base). O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento de um a cinco salários-mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.