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Em maio, IPCA fica em 0,13%

07/06/2019 09h00 | Atualizado em 07/06/2019 11h46

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio variou 0,13% e ficou 0,44 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de abril (0,57%). Foi o menor resultado para um mês de maio desde 2006 (0,10%). A variação acumulada no ano foi de 2,22% e o acumulado nos últimos doze meses foi de 4,66%, abaixo dos 4,94% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em maio de 2018, a taxa havia sido de 0,40%.

Período Taxa
Maio de 2019 0,13%
Abril de 2019 0,57%
Maio de 2018 0,40%
Acumulado no ano 2,22%
Acumulado nos 12 meses 4,66%

Quatro dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados mostraram deflação em maio. O impacto negativo mais intenso (-0,14 p.p.) sobre o IPCA de maio veio de Alimentação e bebidas (-0,56%), que havia subido 0,63% em abril. No lado das altas, destacam-se os grupos Habitação (0,98%), com impacto de 0,15 p.p., e Saúde e cuidados pessoais (0,59%), com impacto de 0,07 p.p. Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,10% em Artigos de residência e a alta de 0,34% em Vestuário, como mostra a tabela a seguir:

IPCA - Variação e Impacto por grupos - mensal

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Abril Maio Abril Maio
Índice Geral 0,57 0,13 0,57 0,13
Alimentação e Bebidas 0,63 -0,56 0,16 -0,14
Habitação 0,24 0,98 0,04 0,15
Artigos de Residência -0,24 -0,10 -0,01 0,00
Vestuário 0,18 0,34 0,01 0,02
Transportes 0,94 0,07 0,17 0,01
Saúde e Cuidados Pessoais 1,51 0,59 0,18 0,07
Despesas Pessoais 0,17 0,16 0,02 0,02
Educação 0,09 -0,04 0,00 0,00
Comunicação 0,03 -0,03 0,00 0,00

O resultado do grupo Alimentação e bebidas (-0,56%) deveu-se principalmente à queda de 0,89% observada no grupamento da alimentação no domicílio. O tomate, após apresentar alta de 28,64% em abril, caiu 15,08%, e o feijão-carioca acentuou a queda em relação ao mês anterior (passou de -9,09% para -13,04%). As frutas (-2,87%) também recuaram mais intensamente do que em abril (-0,71%). Por outro lado, o leite longa vida (2,37%) e a cenoura (15,74%) subiram em maio, após apresentarem quedas (-0,30% e
-0,07%, respectivamente) em abril.

O grupo Habitação (0,98%), por sua vez, apresentou o maior impacto positivo no mês de maio (0,15 p.p.), influenciado principalmente pela alta de 2,18% no item energia elétrica.

Todas as regiões pesquisadas apresentaram variações positivas, que foram desde o 0,23% na região metropolitana do Rio de Janeiro até os 7,32% registrados na região metropolitana de Fortaleza.

De dezembro de 2018 a abril de 2019, havia vigorado a bandeira tarifária verde, em que não há cobrança adicional na conta de luz. Em maio, passou a vigorar a bandeira amarela, com custo adicional de R$ 0,01 para cada quilowatt-hora consumido. Além disso, vários reajustes de tarifas foram incorporados, como mostra a tabela a seguir:

IPCA - Reajustes de energia elétrica

Energia elétrica
Região Variação (%) Reajuste (%) Data
Belo Horizonte 1,45 7,89 28/05
Recife 5,37 5,56 29/04
Fortaleza 7,32 7,39 22/04
Salvador 6,35 6,21 22/04
Aracaju 4,17 3,04 22/04
Campo Grande 6,05 12,39 08/04
Rio de Janeiro* 0,23 8,80 e 7,30 01/04

* No Rio de Janeiro, houve inicialmente um reajuste de 11,53% e 9,72% nas concessionárias, a partir de 15 de março,
que a partir de 1º de abril foi reduzido para 8,80% e 7,30%, respectivamente.

Ainda em Habitação, a variação de 0,82% na taxa de água e esgoto reflete os reajustes de 4,72% na região metropolitana de São Paulo (3,15%), a partir de 11 de maio, e de 2,99% em Brasília (0,18%), vigente desde 1º de abril. A queda no gás encanado (-0,84%), por sua vez, se deve à redução média de 1,40% nas tarifas residenciais da região metropolitana do Rio de Janeiro (-1,57%), desde 1º de maio.

O gás de botijão, também do grupo Habitação, teve alta de 1,35%, devido ao reajuste médio de 3,43%, autorizado pela Petrobras, nas refinarias, a partir de 5 de maio.

A segunda maior variação ficou com o grupo Saúde e cuidados pessoais (0,59%), que também exerceu o segundo maior impacto positivo no mês (0,07 p.p.). Os preços do grupo desaceleraram em relação a abril (1,51%), principalmente devido aos remédios, que passaram de 2,25% em abril para 0,82% em maio, e dos perfumes, que passaram da alta de 6,56% em abril para a queda de 1,61% em maio.

No grupo dos Transportes (0,07%), destaca-se a gasolina (2,60%), que apresentou o maior impacto individual no IPCA de maio, com 0,11 p.p. Em todas as regiões pesquisadas, houve alta no preço desse combustível, desde o 0,50% registrado na região metropolitana de Porto Alegre até os 7,17% no município de Goiânia. Por outro lado, as passagens aéreas, que haviam subido em abril (5,32%), apresentaram queda de 21,82% em maio, contribuindo com o maior impacto individual negativo no índice do mês (-0,10 p.p.).

Ainda nos Transportes, a alta dos ônibus intermunicipais (0,45%) considera o reajuste médio de 10,00% nas passagens da região metropolitana de Fortaleza (1,78%), a partir de 25 de maio, e os reajustes entre 3,30% e 7,50% nas passagens da região metropolitana de Salvador (3,39%), aplicados desde 6 de maio. Já o resultado do item ônibus urbano (0,18%) reflete o reajuste de 7,50% verificado no município de Goiânia (4,62%), vigente desde 19 de abril, e o aumento de 8,11% em Salvador (0,75%), em vigor desde o dia 2 de abril. No que diz respeito ao metrô, a variação de 0,17% é consequência do reajuste aplicado nas tarifas da região metropolitana do Rio de Janeiro (0,66%), que subiram 6,98% no dia 2 de abril.

Quanto aos índices regionais, o município de Rio Branco (0,67%) apresentou a maior variação, em função da alta observada na energia elétrica (3,18%). Os menores índices ficaram com Brasília e com a região metropolitana do Rio de Janeiro, ambas com -0,05%. Nos dois casos, o resultado foi influenciado principalmente pela queda nos preços das passagens aéreas (-12,74% e -25,43%, respectivamente).

IPCA - Variação por regiões - mensal e acumulada em 12 meses

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Abril Maio Ano 12 meses
Rio Branco 0,42 0,05 0,67 2,56 5,66
Goiânia 3,59 0,62 0,48 1,93 4,62
Campo Grande 1,51 0,52 0,42 2,38 3,66
Aracaju 0,79 0,80 0,34 3,22 5,56
Recife 4,20 0,59 0,33 2,63 4,42
São Luís 1,87 0,87 0,25 3,02 4,82
Fortaleza 2,91 0,91 0,21 3,04 4,77
Belo Horizonte 10,86 0,42 0,21 2,16 4,85
São Paulo 30,67 0,49 0,13 2,23 4,93
Porto Alegre 8,40 0,83 0,12 2,38 4,97
Salvador 6,12 0,83 0,11 2,27 4,21
Vitória 1,78 0,32 0,09 1,67 4,45
Belém 4,23 0,62 0,05 2,40 4,11
Curitiba 7,79 0,57 -0,03 1,60 4,01
Brasília 2,80 0,77 -0,05 1,53 4,00
Rio de Janeiro 12,06 0,46 -0,05 2,22 4,67
Brasil 100,00 0,57 0,13 2,22 4,66

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Para o cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados entre 1º de maio e 29 de maio de 2019 (referência) com os preços vigentes entre 30 de março e 30 de abril de 2019 (base).

INPC fica em 0,15% em maio

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do mês de maio apresentou variação de 0,15%, 0,45 p.p. abaixo da taxa de abril (0,60%). Este foi o menor resultado para um mês de maio desde 2006, quando a taxa foi de 0,13%. A variação acumulada no ano ficou em 2,44% e o acumulado dos últimos doze meses, em 4,78%, abaixo do registrado nos 12 meses imediatamente anteriores (5,07%). Em maio de 2018, a taxa foi de 0,43%.

Os produtos alimentícios tiveram queda de 0,59% em maio, contra 0,64% em abril. O agrupamento dos não alimentícios desacelerou para 0,48%, enquanto em abril havia registrado 0,58%.

Quanto aos índices regionais, o município de Rio Branco (0,67%) apresentou a maior variação, por conta do item energia elétrica (2,90%), como mostra a tabela a seguir. Já o menor índice ficou com a região metropolitana de Curitiba (-0,01%), influenciado pela queda nos preços do tomate (-16,65%) e das frutas (-8,44%).

INPC - Variação por regiões - mensal e acumulada em 12 meses

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Abril Maio Ano 12 meses
Rio Branco 0,59 0,00 0,67 2,39 5,75
Belém 6,44 0,64 0,01 2,44 3,82
São Luís 3,11 0,85 0,12 3,08 4,67
Fortaleza 5,42 0,89 0,05 3,00 4,82
Recife 5,88 0,45 0,22 2,68 4,35
Aracaju 1,29 0,84 0,26 3,30 5,50
Salvador 8,75 1,08 0,11 2,41 4,54
Belo Horizonte 10,60 0,41 0,18 2,38 5,11
Vitória 1,83 0,29 0,19 2,38 5,04
Rio de Janeiro 9,51 0,61 0,06 2,64 5,04
São Paulo 24,24 0,42 0,22 2,44 5,17
Curitiba 7,29 0,63 -0,01 1,81 4,29
Porto Alegre 7,38 0,81 0,14 2,37 4,92
Campo Grande 1,64 0,40 0,38 2,41 3,74
Goiânia 4,15 0,58 0,36 2,06 4,85
Brasília 1,88 0,67 0,13 1,70 3,35
Brasil 100,00 0,60 0,15 2,44 4,78

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Para o cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados entre 1º de maio e 29 de maio de 2019 (referência) com os preços vigentes entre 30 de março e 30 de abril de 2019 (base).