IPCA
Inflação de maio fica em 0,13%, menor resultado para o mês desde 2006
07/06/2019 09h00 | Atualizado em 07/06/2019 12h52
Influenciado pela deflação de 0,56% no preço dos alimentos e bebidas, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje pelo IBGE, desacelerou de 0,57% em abril para 0,13% em maio. Esse é o menor resultado para o mês desde 2006, quando o índice foi de 0,10%. O indicador acumula alta de 2,22% no ano e de 4,66% nos últimos 12 meses.
Segundo o analista de Índice de Preços do IBGE, Pedro Kislanov, a desaceleração da inflação de um mês para o outro deveu-se, principalmente, a quedas importantes nos grupos de alimentação e bebidas, que teve redução de 0,63% em abril para -0,56%, em maio; transportes, que caiu de 0,94% para 0,07%, e saúde e cuidados pessoais, de 1,51% para 0,59%.
“Após subirem em abril, os preços dos alimentos com grande peso na cesta básica caíram devido ao aumento da oferta com a colheita do tomate, das frutas e da segunda safra do feijão. Nos transportes, houve queda de 21,82% no preço das passagens aéreas. Já no grupo saúde e cuidados pessoais, a alta de 2,25% nos remédios em abril, devido ao reajuste anual, passou para 0,82% em maio”, explica.
No grupo de alimentos e bebidas, o tomate, depois de apresentar alta de 28,64% em abril, caiu 15,08% em maio. Já o feijão-carioca acentuou a queda em relação ao mês anterior, passando de -9,09% para -13,04%. Mesmo assim, esse produto acumula alta de 62,07% no ano. As frutas também apresentaram deflação mais intensa de um mês para outro, passando de -0,71% para -2,87%.
A maior contribuição positiva para o índice no mês de maio veio do grupo habitação, que registrou alta de 0,98% e teve impacto de 0,15 p.p. Esse grupo foi influenciado, principalmente, pelo aumento de 2,18% no item energia elétrica, devido a reajustes de tarifa e à entrada da bandeira amarela, que acrescentou R$ 0,01 a cada kW/h consumido nas contas de energia elétrica.