Em março, indústria cai em nove dos 15 locais pesquisados
08/05/2019 09h00 | Atualizado em 08/05/2019 11h37
No recuo de 1,3% da indústria nacional em março (série com ajuste sazonal), nove dos 15 locais pesquisados tiveram taxas negativas. As quedas mais intensas foram no Pará (-11,3%) e na Bahia (-10,1%). Região Nordeste (-7,5%), Mato Grosso (-6,6%), Pernambuco (-6,0%), Minas Gerais (-2,2%) e Ceará (-1,7%) também tiveram quedas mais acentuadas do que a média nacional (-1,3%), enquanto São Paulo (-1,3%) e Amazonas (-0,5%) completaram o conjunto de locais com índices negativos. Por outro lado, Espírito Santo (3,6%), Rio de Janeiro (2,9%) e Goiás (2,3%) tiveram as maiores altas. As demais taxas positivas foram no Paraná (1,5%), Santa Catarina (1,2%) e Rio Grande do Sul (1,0%). O material de apoio da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional pode ser acessado à direita desta página.
Indicadores Conjunturais da Indústria |
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Locais | Variação (%) | |||
Março 2019/ Fevereiro 2019* |
Março 2019/ Março 2018 |
Acumulado Janeiro-Março |
Acumulado nos Últimos 12 Meses | |
Amazonas | -0,5 | -10,8 | -5,1 | -2,1 |
Pará | -11,3 | -12,5 | -0,7 | 7,2 |
Região Nordeste | -7,5 | -7,0 | -4,4 | -0,7 |
Ceará | -1,7 | -5,4 | 0,3 | -0,1 |
Pernambuco | -6,0 | -4,4 | -2,4 | 3,3 |
Bahia | -10,1 | -6,6 | -3,5 | -0,3 |
Minas Gerais | -2,2 | -8,2 | -2,5 | -1,3 |
Espírito Santo | 3,6 | -11,1 | -8,5 | -2,3 |
Rio de Janeiro | 2,9 | -1,4 | -1,5 | 1,0 |
São Paulo | -1,3 | -7,3 | -2,6 | -0,9 |
Paraná | 1,5 | 2,4 | 7,8 | 4,0 |
Santa Catarina | 1,2 | 3,0 | 2,8 | 3,7 |
Rio Grande do Sul | 1,0 | 3,4 | 5,5 | 6,7 |
Mato Grosso | -6,6 | -12,3 | -5,0 | -1,4 |
Goiás | 2,3 | -1,1 | 2,3 | -4,1 |
Brasil | -1,3 | -6,1 | -2,2 | -0,1 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria * Série com Ajuste Sazonal |
Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral para o total da indústria recuou 0,5% no trimestre encerrado em março de 2019 frente ao nível do mês anterior e manteve a trajetória predominantemente descendente iniciada em agosto de 2018. Em termos regionais, nove dos 15 locais pesquisados tiveram taxas negativas, com destaque para os recuos mais acentuados no Pará (-3,7%), Espírito Santo (-3,4%), Mato Grosso (-2,9%), Bahia (-2,2%) e Minas Gerais (-2,1%). Por outro lado, Amazonas (2,5%), Paraná (1,5%), Pernambuco (1,2%), Santa Catarina (1,1%) e Rio Grande do Sul (0,8%) tiveram os maiores avanços.
Na comparação com março de 2018, o setor industrial caiu 6,1% em março de 2019, com 12 dos 15 locais pesquisados registrando resultados negativos. Vale citar que março de 2019 (19 dias) teve dois dias úteis a menos do que igual mês do ano anterior (21). Nesse mês, os recuos mais intensos foram no Pará (-12,5%), Mato Grosso (-12,3%), Espírito Santo (-11,1%) e Amazonas (-10,8%), pressionados pelos setores de indústrias extrativas (minérios de ferro em bruto ou beneficiados), no primeiro local; de produtos alimentícios (carnes de bovinos frescas, refrigeradas e congeladas), no segundo; de celulose, papel e produtos de papel (celulose), indústrias extrativas (óleos brutos de petróleo) e produtos alimentícios (bombons e chocolates em barras, carnes de bovinos frescas, refrigeradas e congeladas e queijos), no terceiro; e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (televisores), no último. Minas Gerais (-8,2%), São Paulo (-7,3%), Região Nordeste (-7,0%) e Bahia (-6,6%) também registraram taxas negativas mais acentuadas do que a média nacional (-6,1%), enquanto Ceará (-5,4%), Pernambuco (-4,4%), Rio de Janeiro (-1,4%) e Goiás (-1,1%) completaram o conjunto de locais com recuo na produção.
Por outro lado, Rio Grande do Sul (3,4%), Santa Catarina (3,0%) e Paraná (2,4%) tiveram avanços, impulsionados pelas atividades de bebidas (vinhos de uva, cervejas, chope e refrigerantes) e veículos automotores, reboques e carrocerias (carrocerias para ônibus e reboques e semirreboques), no primeiro local; de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (refrigeradores ou congeladores para uso doméstico e transformadores) e máquinas e equipamentos (silos metálicos para cereais), no segundo; e de produtos alimentícios (açúcar cristal, carnes e miudezas de aves congeladas, rações e carnes de bovinos congeladas), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, gasolina automotiva e álcool etílico) e máquinas e equipamentos (máquinas para colheita), no último.
No acumulado para o período janeiro-março de 2019, frente a igual período do ano anterior, dez dos 15 locais pesquisados tiveram quedas, com destaque para o Espírito Santo (-8,5%). Amazonas (-5,1%), Mato Grosso (-5,0%), Região Nordeste (-4,4%), Bahia (-3,5%), São Paulo (-2,6%), Minas Gerais (-2,5%) e Pernambuco (-2,4%) também registraram taxas negativas mais intensas do que a média da indústria (-2,2%), enquanto Rio de Janeiro (-1,5%) e Pará (-0,7%) completaram o conjunto de locais com recuo na produção no fechamento dos três primeiros meses de 2019. Por outro lado, Paraná (7,8%) e Rio Grande do Sul (5,5%) tiveram os maiores avanços. Santa Catarina (2,8%), Goiás (2,3%) e Ceará (0,3%) também mostraram taxas positivas.
Ainda no índice acumulado do primeiro trimestre de 2019, o setor industrial, ao recuar 2,2%, intensificou a queda verificada no quarto trimestre de 2018 (-1,2%) e permaneceu com a clara perda de ritmo iniciada no último trimestre de 2017 (5,0%), todas as comparações contra igual período do ano anterior. Em termos regionais, dez dos 15 locais pesquisados mostraram perda de dinamismo, com destaque para Espírito Santo (de 3,6% para -8,5%), Pará (de 9,0% para -0,7%), Bahia (de 2,6% para -3,5%), Rio Grande do Sul (de 8,8% para 5,5%), Minas Gerais (de 0,4% para -2,5%), Região Nordeste (de -1,6% para -4,4%) e Mato Grosso (de -2,5% para -5,0%). Por outro lado, Goiás (de -8,0% para 2,3%) e Paraná (de 0,7 para 7,8%) tiveram os avanços mais acentuados entre os dois períodos.
O acumulado nos últimos 12 meses, ao registrar variação negativa de 0,1% em março de 2019, mostrou o primeiro resultado negativo desde agosto de 2017 e permaneceu com a trajetória descendente iniciada em julho de 2018 (3,3%). Em termos regionais, nove dos 15 locais pesquisados tiveram quedas, mas onze mostraram menor dinamismo frente aos índices de fevereiro. Entre os locais, Amazonas (de 0,7% para -2,1%), Pará (de 9,1% para 7,2%), Mato Grosso (de -0,2% para -1,4%), São Paulo (de 0,0% para -0,9%), Espírito Santo (de -1,6% para -2,3%) e Ceará (de 0,4% para -0,1%) assinalaram as principais perdas de ritmo entre fevereiro e março de 2019, enquanto Rio Grande do Sul (de 6,1% para 6,7%) e Paraná (de 3,5% para 4,0%) registraram os principais ganhos entre os dois períodos.