Em novembro, setor de serviços mantém estabilidade (0,0%)
16/01/2019 09h00 | Atualizado em 16/01/2019 14h55
Em novembro, o setor de serviços no Brasil mostrou variação nula (0,0%) frente ao mês anterior (série com ajuste sazonal), mantendo o quadro de estabilidade de setembro (-0,3%) e outubro (0,0%). Em relação a novembro de 2017 (série sem ajuste sazonal), o volume de serviços cresceu 0,9%, quarta taxa positiva seguida, fato que não acontecia desde 2014. O acumulado no ano variou -0,1%. Já o acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de -0,2% em outubro para 0,0% em novembro, interrompeu uma sequência de 41 taxas negativas, mantendo trajetória crescente desde abril de 2017 (-5,1%).
Indicadores da Pesquisa Mensal de Serviços Brasil - Novembro de 2018 |
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Período | Variação (%) | |
Volume | Receita Nominal | |
Novembro 18 / Outubro 18* | 0,0 | 0,5 |
Novembro 18 / Novembro 17 | 0,9 | 3,8 |
Acumulado Janeiro-Novembro | -0,1 | 2,6 |
Acumulado nos Últimos 12 Meses | 0,0 | 2,8 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria *série com ajuste sazonal |
Apesar da variação nula (0,0%), houve predomínio de taxas positivas em termos setoriais, com avanços em quatro das cinco atividades. Destaca-se o ramo de serviços de informação e comunicação (0,8%), que cresce há três meses seguidos e acumula ganho de 1,4%. Os demais avanços foram nos transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (0,3%), serviços prestados às famílias (0,4%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (0,1%). A única influência negativa veio da atividade de outros serviços (-0,2%), que devolveu pequena parte do avanço de 5,7% registrado em outubro. O material de apoio da Pesquisa Mensal de Serviços está à direita desta página.
Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral variou -0,1% em novembro frente a outubro (0,3%). Entre os setores, caíram apenas os ramos de serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,9%) e de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,5%). Já os serviços de informação e comunicação (0,5%), os outros serviços (0,4%) e os prestados às famílias (0,3%) avançaram neste mês.
Pesquisa Mensal de Serviços Indicadores do Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação Novembro 2018 - Variação (%) |
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Atividades de Divulgação | Mês/Mês anterior (1) | Mensal (2) | Acumulado no ano (3) | Últimos 12 meses (4) | ||||||||
SET | OUT | NOV | SET | OUT | NOV | JAN-SET | JAN-OUT | JAN-NOV | Até SET | Até OUT | Até NOV | |
Volume de Serviços - Brasil | -0,3 | 0,0 | 0,0 | 0,5 | 1,5 | 0,9 | -0,4 | -0,2 | -0,1 | -0,3 | -0,2 | 0,0 |
1. Serviços prestados às famílias | 1,4 | -0,9 | 0,4 | 0,5 | 2,0 | 3,1 | -0,8 | -0,5 | -0,1 | -0,7 | -0,6 | -0,5 |
1.1 Serviços de alojamento e alimentação | 1,3 | -0,9 | 0,3 | 1,1 | 2,2 | 3,4 | 0,0 | 0,2 | 0,5 | 0,0 | 0,1 | 0,2 |
1.2 Outros serviços prestados às famílias | 1,9 | -0,8 | -0,7 | -3,0 | 1,1 | 2,0 | -4,9 | -4,3 | -3,7 | -4,6 | -4,5 | -4,3 |
2. Serviços de informação e comunicação | 0,4 | 0,1 | 0,8 | 2,4 | 1,4 | 1,2 | -1,2 | -0,9 | -0,7 | -0,9 | -0,6 | -0,5 |
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC) | 0,3 | 1,3 | -0,4 | 3,3 | 4,0 | 3,3 | -1,0 | -0,5 | -0,1 | -0,7 | -0,2 | 0,1 |
2.1.1 Telecomunicações | -0,2 | 0,2 | 0,9 | -0,7 | 1,6 | 0,4 | -3,4 | -2,9 | -2,6 | -3,2 | -2,6 | -2,3 |
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação | 1,3 | 3,9 | -1,4 | 12,2 | 9,3 | 9,4 | 4,6 | 5,1 | 5,5 | 4,2 | 4,3 | 5,0 |
2.2 Serviços audiovisuais | 1,6 | -9,6 | 6,4 | -3,0 | -14,7 | -10,0 | -2,7 | -4,0 | -4,6 | -2,2 | -3,1 | -4,0 |
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares | -1,1 | -1,8 | 0,1 | -2,1 | -0,2 | -1,1 | -1,9 | -1,7 | -1,6 | -2,8 | -2,3 | -1,8 |
3.1 Serviços tecnico-profissionais | 1,6 | -3,0 | -4,5 | -2,4 | -1,2 | -4,2 | 0,3 | 0,2 | -0,3 | -1,6 | -1,3 | -0,8 |
3.2 Serviços administrativos e complementares | -1,9 | 0,0 | 0,3 | -2,0 | 0,2 | 0,1 | -2,6 | -2,3 | -2,1 | -3,0 | -2,5 | -2,2 |
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio | -1,7 | -0,2 | 0,3 | 1,2 | 2,4 | 0,6 | 1,3 | 1,4 | 1,3 | 2,6 | 2,1 | 1,6 |
4.1 Transporte terrestre | -2,1 | -0,4 | -1,6 | 0,1 | 3,0 | -0,2 | 2,3 | 2,4 | 2,1 | 3,4 | 2,9 | 2,2 |
4.2 Transporte aquaviário | 0,1 | 0,1 | -1,5 | 0,0 | -0,1 | 1,0 | -1,2 | -1,1 | -0,9 | 5,2 | 2,6 | 0,7 |
4.3 Transporte aéreo | -1,7 | -2,0 | -3,9 | 20,1 | 16,2 | 6,5 | 3,1 | 4,3 | 4,5 | -4,3 | -0,7 | 2,4 |
4.4 Armazenagem, serviços axiliares aos transportes e correio | 0,4 | -1,3 | 1,8 | -1,6 | -1,4 | 0,4 | -0,4 | -0,5 | -0,5 | 2,4 | 1,2 | 0,5 |
5. Outros serviços | -4,2 | 5,7 | -0,2 | -4,1 | 2,5 | 3,7 | 1,5 | 1,6 | 1,8 | -0,8 | -0,1 | 1,1 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria (1) Base: mês imediatamente anterior - com ajuste sazonal (2) Base: igual mês do ano anterior (3) Base: igual período do ano anterior (4) Base: 12 meses anteriores |
Em relação a novembro de 2017, o volume de serviços cresceu 0,9%, com avanços em quatro das cinco atividades e em 48,8% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre as atividades, a principal contribuição positiva veio dos serviços de informação e comunicação (1,2%). Os demais resultados positivos foram nos serviços prestados às famílias (3,1%), outros serviços (3,7%) e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (0,6%). A única queda foi em serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,1%).
No acumulado no ano, frente a igual período de 2017, o setor de serviços variou -0,1%, com recuo em três das cinco atividades e em 57,2% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, os impactos negativos foram nos serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,6%) e informação e comunicação (-0,7%). Os serviços prestados às famílias (-0,1%) também tiveram ligeiro recuo. Já as contribuições positivas vieram de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,3%) e de outros serviços (1,8%).
Resultados regionais
Regionalmente, entre outubro e novembro (série com ajuste) houve retrações em 20 dos 27 estados, apesar da estabilidade no total dos serviços (0,0%). Entre os locais que tiveram queda, destaque para o Rio de Janeiro (-2,4%), que acumula perda de 4,8% nos últimos três meses. Por outro lado, a principal contribuição positiva veio de São Paulo (0,7%), que acumula um ganho de 2,2% desde agosto.
Em relação a novembro de 2017, a expansão do volume de serviços no Brasil (0,9%) foi acompanhada por apenas 6 das 27 unidades da federação. A principal contribuição positiva ficou com São Paulo (4,9%), com avanços em todas as cinco atividades, destacando-se serviços de informação e comunicação (8,6%), serviços profissionais, administrativos e complementares (3,5%) e outros serviços (10,0%). Por outro lado, a influência negativa mais importante veio do Rio de Janeiro (-8,4%), com três dos cinco setores mostrando recuo, destacando-se as perdas em serviços de informação e comunicação (-19,0%).
No acumulado do ano, frente a igual período do ano anterior, o decréscimo do volume de serviços no Brasil (-0,1%) se deu de forma disseminada entre os locais investigados, já que 22 dos 27 estados também perderam receita real de serviços. O principal impacto negativo veio do Rio de Janeiro (-2,8%). Recuaram também os estados do Ceará (-7,2%), Bahia (-3,3%), Paraná (-1,8%) e Rio Grande do Sul (-1,5%). Por outro lado, a principal contribuição positiva veio de São Paulo (2,0%).
Agregado especial de atividades turísticas
O índice de atividades turísticas caiu 1,1% de outubro para novembro, terceira taxa negativa seguida, acumulando perda de 2,1% no período. Cinco dos 12 estados pesquisados tiveram quedas, com destaque para São Paulo (-2,7%), e Distrito Federal (-3,6%). As contribuições positivas mais relevantes vieram do Rio de Janeiro (0,7%) e do Ceará (2,5%).
Em relação a novembro de 2017, as atividades turísticas no Brasil cresceram 3,5%. Em termos regionais, os serviços voltados ao turismo cresceram em oito dos 12 estados, com destaque para São Paulo (7,8%), que emplaca a sua nona taxa positiva seguida. Ceará (17,0%) e Bahia (5,7%) também tiveram crescimentos relevantes. Os impactos negativos mais importantes vieram do Paraná (-8,0%) e do Rio de Janeiro (-1,5%).
No acumulado do ano, o agregado especial de atividades turísticas avançou 2,0%. Regionalmente, oito dos 12 locais investigados também cresceram, com destaque para São Paulo (5,1%), Pernambuco (5,0%), Ceará (5,9%) e Santa Catarina (4,4%). Rio de Janeiro (-3,9%) e Paraná (-5,5%) tiveram quedas no acumulado do ano para as atividades turísticas.