Em setembro, setor de serviços varia -0,3% frente a agosto
14/11/2018 09h00 | Atualizado em 14/11/2018 14h07
Em setembro, o setor de serviços teve variação negativa de 0,3% frente a agosto (série com ajuste sazonal), e encerrou quatro meses de volatilidade: maio (-3,5%), junho (4,9%), julho (-2,0%) e agosto (1,4%). Em relação a setembro de 2017 (série sem ajuste sazonal), os serviços cresceram 0,5%, a segunda taxa positiva seguida desde novembro (1,0%) e dezembro (0,5%) de 2014. O acumulado no ano ficou em -0,4%. Já o acumulado em 12 meses passou de -0,6% em agosto para -0,3% em setembro, a taxa negativa menos intensa desde junho de 2015 (-0,2%). No terceiro trimestre (série sem ajuste sazonal), o setor de serviços cresceu 0,7% frente ao mesmo período de 2017 e interrompeu uma sequência de 14 trimestres seguidos de queda.
Período | Volume (%) | Receita Nominal (%) |
---|---|---|
Setembro 18 / Agosto 18* | -0,3 | 0,0 |
Setembro 18 / Setembro 17 | 0,5 | 3,2 |
Acumulado Janeiro-Setembro | -0,4 | 2,3 |
Acumulado nos Últimos 12 Meses | -0,3 | 2,9 |
*série com ajuste sazonal |
A variação de -0,3% de agosto para setembro foi acompanhada por três das cinco atividades investigadas, com destaque para transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que, ao recuar 1,3%, devolveu parte do ganho de 2,8% verificado em agosto. Os demais resultados negativos vieram dos serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,4%), que eliminou parte do avanço de 3,1% observado em agosto, e de outros serviços (-3,2%), que suprimiu integralmente o ganho do mês anterior (1,0%). Já os serviços de informação e comunicação (0,4%) e os prestados às famílias (1,4%) contribuíram positivamente para o volume de serviços nesse mês.
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Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral para o volume de serviços variou -0,3% no trimestre encerrado em setembro de 2018 frente ao mês anterior, após ter alcançado a taxa mais intensa da série histórica (1,4%) no trimestre terminado em agosto. Entre os setores, o ramo de outros serviços (-1,8%) teve a retração mais intensa após alta de 0,5% em agosto. Os demais resultados negativos vieram de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,8%), que devolveu parte do avanço do mês anterior (4,3%), e de serviços de informação e comunicação (-0,8%), que manteve a trajetória descendente iniciada em junho. Já os serviços prestados às famílias (1,6%) e os profissionais, administrativos e complementares (0,2%) tiveram taxas positivas, e permaneceram com trajetória ascendente iniciada em junho e julho de 2018.
Em relação a setembro de 2017, o setor de serviços cresceu 0,5%, com avanço em três das cinco atividades e em 41,0% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre as atividades, os serviços de informação e comunicação (2,2%) e os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,6%) deram as principais contribuições positivas. Outro impacto positivo veio dos serviços prestados às famílias (0,4%). Já as influências negativas ficaram com os serviços profissionais, administrativos e complementares (-2,3%) e com outros serviços (-4,0%).
O acumulado no ano variou -0,4%, com taxas negativas em três das cinco atividades e em 56,6% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, os serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,9%) e os de informação e comunicação (-1,2%) exerceram os principais impactos negativos. O outro setor que também recuou foi o de serviços prestados às famílias (-0,8%). Já as contribuições positivas ficaram com os segmentos de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,3%) e de outros serviços (1,6%).
Pesquisa Mensal de Serviços
Indicadores do Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação
Setembro 2018 - Variação (%)
Atividades de Divulgação | Mês/ Mês anterior (1) |
Mensal (2) | Acumulado no ano (3) |
Últimos 12 meses (4) |
||||||||
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JUL | AGO | SET | JUL | AGO | SET | JAN- JUL |
JAN- AGO |
JAN- SET |
Até JUL |
Até AGO |
Até SET |
|
Volume de Serviços - Brasil | -2,0 | 1,4 | -0,3 | -0,1 | 1,7 | 0,5 | -0,8 | -0,5 | -0,4 | -1,0 | -0,6 | -0,3 |
1. Serviços prestados às famílias | 4,2 | -0,7 | 1,4 | -0,1 | 4,9 | 0,4 | -1,7 | -0,9 | -0,8 | -1,2 | -0,4 | -0,8 |
1.1 Serviços de alojamento e alimentação | 4,7 | -0,9 | 1,2 | 0,5 | 6,2 | 0,9 | -1,0 | -0,1 | 0,0 | -0,4 | 0,3 | 0,0 |
1.2 Outros serviços prestados às famílias | 1,8 | 0,9 | 2,0 | -3,6 | -1,5 | -2,6 | -5,6 | -5,1 | -4,8 | -5,1 | -4,5 | -4,5 |
2. Serviços de informação e comunicação | -2,2 | -0,5 | 0,4 | 0,1 | -1,1 | 2,2 | -1,7 | -1,6 | -1,2 | -1,8 | -1,6 | -1,0 |
2.1 Serviços de TIC | -1,6 | -0,2 | 0,1 | 0,5 | -0,7 | 3,1 | -1,6 | -1,5 | -1,0 | -1,5 | -1,4 | -0,7 |
2.1.1 Telecomunicações | -0,3 | -0,3 | -0,4 | -0,9 | -1,1 | -1,0 | -4,0 | -3,7 | -3,4 | -3,9 | -3,6 | -3,2 |
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação | -1,9 | -0,4 | 1,3 | 3,8 | 0,2 | 12,3 | 4,2 | 3,6 | 4,6 | 2,9 | 2,3 | 4,2 |
2.2 Serviços audiovisuais | -4,0 | -1,5 | 1,4 | -2,7 | -3,9 | -3,8 | -2,5 | -2,7 | -2,8 | -3,6 | -2,4 | -2,3 |
3. Serviços prof., adm. e complementares | -1,1 | 3,1 | -1,4 | -2,8 | 0,5 | -2,3 | -2,2 | -1,9 | -1,9 | -3,8 | -3,2 | -2,8 |
3.1 Serviços tecnico-profissionais | -3,3 | 2,9 | 1,3 | 0,0 | 1,8 | -3,1 | 0,5 | 0,7 | 0,2 | -3,4 | -2,0 | -1,7 |
3.2 Serviços administrativos e complementares | 0,2 | 2,7 | -1,9 | -3,7 | 0,1 | -2,1 | -3,1 | -2,7 | -2,6 | -3,5 | -3,2 | -3,0 |
4. Transp., serviços aux. aos transp. e correio | -3,8 | 2,8 | -1,3 | 1,4 | 4,4 | 1,6 | 0,8 | 1,3 | 1,3 | 2,8 | 2,8 | 2,6 |
4.1 Transporte terrestre | -3,1 | 0,5 | -1,6 | 7,4 | 6,5 | 0,9 | 2,0 | 2,6 | 2,4 | 3,3 | 3,7 | 3,5 |
4.2 Transporte aquaviário | -6,2 | 9,5 | -0,1 | -10,3 | -1,4 | 0,0 | -1,4 | -1,4 | -1,2 | 10,2 | 7,7 | 5,2 |
4.3 Transporte aéreo | -23,6 | 22,4 | -1,4 | -5,6 | 12,3 | 20,1 | -0,6 | 1,2 | 3,1 | -10,4 | -8,2 | -4,3 |
4.4 Armazenagem, serv. aux. transp. e correio | -3,2 | 2,8 | 0,4 | -3,7 | 0,1 | -1,6 | -0,3 | -0,3 | -0,4 | 4,3 | 3,2 | 2,4 |
5. Outros serviços | -3,2 | 1,0 | -3,2 | 1,0 | 1,2 | -4,0 | 2,4 | 2,3 | 1,6 | -1,8 | -0,9 | -0,8 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria (1) Base: mês imediatamente anterior - com ajuste sazonal (2) Base: igual mês do ano anterior (3) Base: igual período do ano anterior (4) Base: 12 meses anteriores |
No terceiro trimestre (sem ajuste sazonal), o setor de serviços cresceu 0,7% frente ao mesmo período do ano passado, e interrompeu uma sequência de 14 trimestres seguidos de queda. Essa alta foi verificada em quatro dos cinco setores investigados, com destaques para os serviços prestados às famílias, que passaram de -1,6% no período abril-junho para 1,6% em julho-setembro deste ano, e para o ramo de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que intensificaram o ritmo de crescimento (de 0,3% para 2,8%). Os demais ganhos vieram de serviços de informação e comunicação (de -0,3% para 0,4%) e de serviços profissionais, administrativos e complementares (de -1,6% para -1,5%). A única perda foi observada no setor de outros serviços (de 3,5% para -0,6%).
Entre as 27 unidades da federação, 22 registram quedas nos serviços
Entre agosto e setembro (com ajuste sazonal), 22 das 27 unidades da federação tiveram quedas, acompanhando a variação de -0,3% no país. Entre os resultados negativos, destaques para o Rio de Janeiro (-2,5%), que devolveu integralmente o avanço do mês anterior (2,3%). Já a principal variação positiva veio de São Paulo (0,3%), que avançou pelo segundo mês consecutivo e acumulou ganho de 1,4% nesse período.
Em relação a setembro de 2017, a expansão do volume de serviços no país (0,5%) foi acompanhada por 12 das 27 unidades da federação. A principal influência positiva ficou com São Paulo (3,4%), com avanço em quatro das cinco atividades investigadas, com destaque para serviços de informação e comunicação (8,7%), seguido por transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,7%) e outros serviços (3,4%). A influência negativa mais relevante veio do Rio de Janeiro (-5,1%), com recuo em quatro dos cinco setores pesquisados, e destaque para as perdas dos serviços de informação e comunicação (-7,3%) e de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-5,6%).
No acumulado no ano, frente a igual período do ano anterior, houve quedas em 21 das 27 unidades da federação. Os principais impactos negativos vieram do Rio de Janeiro (-1,8%), Ceará (-8,3%) e Paraná (-2,4%). Já São Paulo (1,4%) registrou a contribuição positiva mais relevante.
Atividades turísticas variam -0,4% frente a agosto
O índice de atividades turísticas variou -0,4% entre agosto e setembro, e devolveu parte do avanço de 2,8% do mês anterior. Seis das 12 unidades da federação acompanharam essa queda, com destaque para Ceará (-6,2%), Paraná (-1,9%) e Distrito Federal (-1,9%). Já as contribuições positivas mais relevantes vieram de São Paulo (0,6%) e Goiás (3,2%).
Em relação a setembro de 2017, o volume de atividades turísticas no país cresceu 5,5%, impulsionado, principalmente, pelo aumento de receita das empresas de transporte aéreo de passageiros e de hotéis. Em sentido oposto, o segmento de restaurantes exerceu a influência negativa mais importante sobre os serviços turísticos.
Dez das 12 unidades da federação onde as atividades turísticas são investigadas mostraram avanço, com destaque para São Paulo (9,6%), que emplaca a sua sétima taxa positiva seguida. Outras contribuições positivas relevantes vieram do Ceará (13,5%), Goiás (14,5%) e Pernambuco (7,3%). Em contrapartida, os únicos impactos negativos vieram do Paraná (-10,3%) e do Rio de Janeiro (-3,1%).
No acumulado no ano, o agregado especial de atividades turísticas cresceu 1,4% frente a igual período de 2017, impulsionado, sobretudo, pelo ramo de hotéis, de locação de automóveis, de transporte aéreo de passageiros e de agências de viagens. Em sentido oposto, o principal impacto negativo permanece com o segmento de restaurantes. Nove dos 12 locais investigados também registraram taxas positivas, com destaque para São Paulo (4,2%), seguido por Pernambuco (5,2%), Minas Gerais (2,0%) e Santa Catarina (4,5%). Já Rio de Janeiro (-4,6%) e Paraná (-5,1%) assinalaram as principais influências negativas.