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Vendas no varejo variam -0,5% em julho

13/09/2018 09h00 | Atualizado em 13/09/2018 12h21

Em julho de 2018, na série com ajuste sazonal, o volume de vendas do comércio varejista nacional variou -0,5% frente a junho, terceiro resultado negativo consecutivo, acumulando assim perda de 2,3% nesse período. Com isso, a média móvel do trimestre encerrado em julho (-0,8%) intensifica o ritmo de queda, em relação ao trimestre encerrado em junho (-0,2%).

Período Varejo (%) Varejo Ampliado (%)
Volume de vendas Receita nominal Volume de vendas Receita nominal
Julho 2018 / Junho 2018* -0,5 0,2 -0,4 -0,6
Média móvel trimestral* -0,8 0,2 -1,1 -0,3
Julho 2018 / Julho 2017 -1,0 2,9 3,0 5,9
Acumulado no ano 2,3 3,9 5,4 6,5
Acumulado em 12 meses 3,2 3,5 6,5 6,3
* Série ajustada sazonalmente

Na série sem ajuste sazonal, as vendas recuaram 1,0% em relação a julho de 2017, interrompendo sequência de 15 taxas positivas seguidas e com cinco das oito atividades registrando queda. No acumulado do ano, frente a igual período do ano anterior, o volume de vendas registrou avanço de 2,3%, porém foi acompanhado somente por três das oito atividades. O acumulado em 12 meses passou de 3,6% em junho para 3,2% em julho, sinalizando perda de ritmo nas vendas.

No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas recuou 0,4% em relação a junho de 2018, após expansão de 2,5% registrada no mês anterior. A média móvel trimestral ficou em -1,1% no trimestre encerrado em julho, sinalizando acentuação no ritmo de queda, quando comparada à média móvel no trimestre encerrado em junho (-0,4%). Frente a julho de 2017, as vendas avançaram 3,0%, décima quinta taxa positiva consecutiva. Ainda assim, o acumulado nos últimos doze meses, passou de 6,7% em junho para 6,5% até julho.

O material de apoio da PMC está à direita desta página.

Cinco das oito atividades pesquisadas tiveram queda

Frente a junho de 2018, na série com ajuste sazonal, o volume de vendas recuou 0,5%, alcançando cinco das oito atividades pesquisadas. Destaque para a pressão negativa exercida pelos setores de Móveis e eletrodomésticos (-4,8%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,5%) e Tecidos, vestuário e calçados (-1,0%), setores que juntos pesam 30,0% do total do varejo. Ainda com queda em relação a junho de 2018, figuram: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,7%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-0,9%). Por outro lado, com avanço nas vendas na passagem de junho para julho, destacam-se: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,7%) e Combustíveis e lubrificantes (0,4%), setores que devolveram, em julho, parte das perdas registradas no mês anterior, respectivamente, de -3,6% e -1,9%, enquanto as vendas do segmento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,1%) praticamente ficaram estáveis nessa comparação.

Na comparação com julho de 2017, na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista recuou 1,0% com cinco das oito atividades registrando queda nas vendas. Vale destacar a influência da base de comparação elevada, considerando a liberação de recursos do FGTS, ocorrida entre março e julho de 2017. Os principais destaques negativos, por ordem de contribuição na formação da taxa global do varejo, vieram de Combustíveis e lubrificantes (- 9,2%), Móveis e eletrodomésticos (-6,9%) e Tecidos, vestuário e calçados (-8,4%), seguidos por Livros, jornais, revistas e papelaria (-10,1%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-4,3%). Por outro lado, pressionando positivamente, encontram-se Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,4%), setor de maior peso na estrutura do varejo, seguido por Outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,7%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (5,5%).

BRASIL - INDICADORES DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO, SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES: JULHO 2018
ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
MAI JUN JUL MAI JUN JUL NO ANO 12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2) -1,4 -0,4 -0,5 2,7 1,4 -1,0 2,3 3,2
1 - Combustíveis e lubrificantes -6,2 -1,9 0,4 -7,8 -11,6 -9,2 -6,5 -5,2
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo 1,0 -3,6 1,7 8,0 4,0 1,4 4,8 4,5
2.1 - Super e hipermercados 0,7 -3,6 1,2 8,4 4,2 1,5 5,0 4,9
3 - Tecidos, vest. e calçados -3,3 1,3 -1,0 -3,7 -4,4 -8,4 -4,4 1,2
4 - Móveis e eletrodomésticos -3,1 4,8 -4,8 -6,8 0,7 -6,9 -0,5 5,2
4.1 - Móveis - - - -13,3 0,4 -7,0 -3,7 1,8
4.2 - Eletrodomésticos - - - -3,1 0,9 -7,1 1,9 7,0
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria -2,3 1,3 0,1 4,5 4,6 5,5 5,6 6,0
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria -6,1 0,3 -0,9 -13,6 -11,5 -10,1 -8,9 -7,6
7 - Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação -4,3 3,7 -2,7 -7,4 -1,3 -4,3 -1,0 -3,3
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico 0,1 3,2 -2,5 6,9 8,5 4,7 7,4 6,2
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) -5,1 2,5 -0,4 2,2 3,7 3,0 5,4 6,5
9 - Veículos e motos, partes e peças -15,9 15,8 -0,8 2,1 10,4 16,9 16,5 14,1
10- Material de construção -9,2 11,5 -2,7 -1,9 5,6 2,2 4,5 8,4
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
(1) Séries com ajuste sazonal.
(2) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8.
(3) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10

No comércio varejista ampliado, o volume de vendas em julho mostrou variação de -0,4% em relação a junho de 2018, na série com ajuste sazonal, após avanço de 2,5% registrado no mês anterior. Esse resultado foi influenciado pelo desempenho negativo das vendas de Veículos, motos, partes e peças e Material de construção, com recuos, respectivos de 0,8% e de 2,7%. Em comparação com julho de 2017, o comércio varejista ampliado registrou a décima quinta taxa positiva, com avanço de 3,0%, e destaque para o setor de Veículos, motos, partes e peças (16,9%), seguido por Material de construção (2,2%).

Combustíveis e lubrificantes, com recuo de 9,2% no volume de vendas em relação a julho de 2017, registrou a décima terceira taxa negativa seguida nessa comparação e exerceu maior contribuição negativa para o resultado total do varejo. A elevação dos preços de combustíveis, acima da variação média de preços, é fator relevante que vem influenciando negativamente o desempenho do setor. Com isso, o acumulado nos últimos doze meses (-5,2%), permanece no campo negativo, acentuando a trajetória descendente que se iniciou em abril de 2018 (-2,9).

Tecidos, vestuário e calçados, com variação de -8,4% em relação a julho de 2017, respondeu pela segunda maior contribuição negativa na composição da taxa geral do varejo. O resultado de julho registrou a sexta queda consecutiva frente ao ano anterior, refletindo perda de ritmo em relação a uma base elevada de comparação. Com isso, o acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 3,1% em junho para 1,2% em julho, acentuou a trajetória descendente iniciada em janeiro de 2018 (7,7%).

O segmento de Móveis e eletrodomésticos, com queda de 6,9% no volume de vendas em relação a julho de 2017, exerceu o terceiro principal impacto negativo na formação da taxa total do comércio varejista de julho de 2018, após avanço de 0,7% registrado no mês de junho. O acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 6,8% até junho para 5,2% em julho, mantém a perda de ritmo iniciada em abril de 2018 (9,6%).

Livros, jornais, revistas e papelaria apresentou recuo no volume de vendas de 10,1% frente a julho de 2017, décima segunda queda consecutiva nesse tipo de comparação. O comportamento negativo da atividade vem sendo influenciado pela contínua substituição dos produtos impressos pelo meio eletrônico, em especial quanto a revistas e jornais. Com isso, o acumulado nos últimos doze meses, ao passar de -6,8% para -7,6%, permanece no campo negativo e acentua a trajetória descendente iniciada em fevereiro 2018 (-3,6%).

O segmento de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação mostrou queda de 4,3 % em relação a julho de 2017, terceiro recuo seguido. Com isso, o acumulado nos últimos doze meses (-3,3%) intensifica o ritmo de queda nas vendas em relação a junho (-2,2%), sinalizando perda de ritmo.

O setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com avanço de 1,4% frente a julho de 2017, registrou a décima sexta taxa positiva consecutiva nessa comparação, mas com perda de ritmo em relação ao resultado de junho de 2018 (4,0%). Ainda assim, o segmento exerceu o maior impacto positivo na formação da taxa global do varejo. O desempenho da atividade vem sendo sustentado pela estabilidade da massa de rendimento real habitualmente recebida e pela redução do preço de alimentação no domicílio. A análise do indicador acumulado nos últimos doze meses mostrou que, ao passar de 4,4 % em junho para 4,5% em julho de 2018, o setor mantém a trajetória ascendente iniciada em março de 2017(-3,0%).

O segmento de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos, etc., com expansão de 4,7% no volume de vendas em relação a julho de 2017, exerceu a segunda maior contribuição ao resultado geral do varejo, com perda de ritmo em relação ao resultado de junho de 218 (8,5%). O acumulado nos últimos doze meses, com taxa de 6,2% em julho, ficou estável em relação a junho (6,2%).

A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com aumento de 5,5% nas vendas frente a julho de 2017, também exerceu a segunda maior contribuição na taxa global do varejo. Em termos de resultado acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 5,7% até junho de 2018 para 6,0% em julho, mantém a trajetória ascendente iniciada em abril de 2017 (-3,5%).

Veículos, motos, partes e peças ao registrar 16,9% em relação a julho de 2017, assinalou a décima quinta taxa seguida positiva, exercendo a maior contribuição no resultado de julho de 2018 para o varejo ampliado. Esse setor, em julho, mostrou ritmo mais intenso em relação a junho (10,4%) e maio (2,1%). Com isso, o indicador nos últimos doze meses (14,1%) apresentou aumento de ritmo em relação ao acumulado em doze meses até junho (13,2%) e até maio (12,6%).

Com avanço de 2,2% em relação a julho de 2017, o segmento de Material de Construção registrou crescimento em menor ritmo que o observado em junho de 2018 (5,6%). Com isso, o acumulando nos últimos doze meses (8,4%) mostrou perda de ritmo em comparação com junho de 2018 (9,2%).

Resultados regionais: recuo em 17 unidades da federação em julho.

Na passagem de junho para julho de 2018, as vendas do comércio varejista tiveram recuo em 17 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Acre (-6,1%) Amazonas (-5,0%) e Amapá (-3,7%). Por outro lado, pressionando positivamente, os destaques, em termos de magnitude de vendas, foram: Espírito Santo (0,9%), São Paulo (0,8%), Sergipe (0,8%) e Santa Catarina (0,8%), enquanto Goiás (0,0%) mostrou estabilidade nas vendas. Na mesma comparação, no comércio varejista ampliado, a variação entre junho e julho de 2018 foi de -0,4%, com queda em também 17 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Amapá (-6,0%), Acre (-4,1%) e Alagoas (-3,6%). Por outro lado, os estados que mostram os maiores avanços entre junho e julho, série com ajuste sazonal, foram: Tocantins (2,4%), Sergipe (2,3%) e Goiás (1,8%).

Frente a julho de 2017, o comércio varejista nacional recuou 1,0%, com 16 das 27 Unidades da Federação mostrando queda de vendas, com destaque, em termos de magnitude, Amapá (-9,0%), Distrito Federal (-6,0%) e Minas Gerais (-5,9%). Por outro lado, com avanço nas vendas frente a julho de 2017, destacam-se: Tocantins (10,0%), Espírito Santo (4,8%) e Maranhão (4,2%). Na composição da taxa do varejo, destacaram-se: Santa Catarina (3,0%), seguido por Rio Grande do Sul (1,4%) e Espírito Santo (4,8%).

Considerando o comércio varejista ampliado, no confronto com julho de 2017, a expansão foi de 3,0%, com 19 das 27 Unidades da Federação apresentando variações positivas, com destaque, em termos de volume de vendas, para Tocantins (16,0%), Espírito Santo (11,2%) e Rondônia (10,6%). Por outro lado, Amapá (-7,3%) apresentou a maior variação negativa. Na composição da taxa do varejo ampliado, destacaram-se São Paulo (6,1%), Santa Catarina (5,2%), seguido por Espírito Santo (11,2%).