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IPCA-15 vai a 0,34% em outubro

20/10/2017 09h00 | Atualizado em 20/10/2017 09h00

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,34% em outubro e ficou 0,23 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de setembro (0,11%).

PERÍODO TAXA
Outubro 0,34%
Setembro 0,11%
Outubro 2016 0,19%
Acumulado no ano 2,25%
Acumulado em 12 meses 2,71%

O acumulado no ano está em 2,25%, inferior aos 6,11% do mesmo período de 2016. É o menor acumulado para um mês de outubro desde 2006 (2,22%). Nos últimos doze meses, o índice ficou em 2,71%, acima dos 2,56% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2016, o IPCA-15 havia sido de 0,19%.

Os dados completos do IPCA-15 podem ser acessados aqui.

O índice de outubro foi influenciado, principalmente, pelos combustíveis: houve alta de 5,36% nos combustíveis domésticos, pertencentes ao grupo Habitação (0,66%), e de 1,29% nos combustíveis de veículos, incluído no grupo Transportes (0,60%).

O gás de botijão, integrante do grupo Habitação, subiu 5,72% e teve o maior impacto individual no índice (0,07 p.p.). Entre setembro e outubro, a Petrobrás anunciou três reajustes nas distribuidoras para o botijão de gás de 13 kg: 12,2% a partir de 06 de setembro; 6,90% a partir de 26 de setembro e 12,9% a partir de 11 de outubro. Com isso, o item variou dos 2,10% registrados na região metropolitana do Rio de Janeiro até os 7,89% da região metropolitana de Belém.

Ainda no grupo Habitação, a alta na taxa de água e esgoto (0,11%) reflete o reajuste de 4,33% na região metropolitana de Fortaleza, a partir de 23 de setembro, em complementação aos 12,90% em vigor desde junho de 2017. Já a energia elétrica apresentou queda de 0,15% e as variações oscilaram entre -1,82% da região metropolitana de Porto Alegre e 3,77% em Salvador.

O grupo Transportes (0,60%) desacelerou em relação ao índice de setembro (1,25%). Tal movimento foi influenciado pela gasolina (de 3,76% em setembro para 1,45% em outubro) e as passagens aéreas (de 21,30% em setembro para 7,35% em outubro).

Nos demais grupos de produtos e serviços pesquisados destacam-se os Artigos de residência (-0,13%) puxados pelos eletrodomésticos (-0,57%) e o grupo Comunicação, cuja alta de 0,48% reflete o reajuste no item telefone celular (1,30%).

O grupo dos alimentos recuou 0,15%, uma queda menos intensa que a de setembro (-0,94%). Curitiba (1,00%), Goiânia (0,28%), São Paulo (0,27%) e Fortaleza (0,18%) se destacaram com variações positivas de um mês para o outro. As demais áreas ficaram entre -1,05% em Recife e
-0,09% em Salvador.

Os alimentos para consumo no domicílio ficaram, em média, 0,34% mais baratos com destaque para as quedas: alho (-9,88%), feijão-carioca (-5,95%), açúcar cristal (-3,63%) e leite longa vida (-3,52%). No lado das altas, sobressaem-se as carnes (0,54%) e as frutas (1,40%).

Já a alimentação fora de casa (0,18%) teve oscilações entre -2,18% em Brasília e 2,67% na região metropolitana de Curitiba.

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Setembro Outubro Setembro Outubro
Índice Geral 0,11 0,34 0,11 0,34
Alimentação e Bebidas -0,94 -0,15 -0,23 -0,04
Habitação 0,26 0,66 0,04 0,10
Artigos de Residência 0,04 -0,13 0,00 -0,01
Vestuário 0,31 0,48 0,02 0,03
Transportes 1,25 0,60 0,22 0,11
Saúde e Cuidados Pessoais 0,10 0,54 0,01 0,07
Despesas Pessoais 0,45 0,50 0,05 0,06
Educação 0,09 0,01 0,01 0,00
Comunicação -0,18 0,48 -0,01 0,02

Nos índices regionais, a região metropolitana de Curitiba ficou com o resultado mais elevado (0,66%), pois lá a alimentação fora de casa subiu 2,67%, acima da média nacional de 0,18%, e a gasolina ficou 1,26% mais cara. A queda mais intensa ocorreu na região metropolitana do Rio de Janeiro (-0,08%) onde destacaram-se as quedas em ônibus urbano (-3,23%) e alimentação fora de casa (-1,31%).

Região Peso Regional(%) Variação Mensal (%) Variação acumulada (%)
Setembro Outubro Ano 12 meses
Curitiba 7,79 0,12 0,66 2,90 3,24
Salvador 7,35 -0,19 0,64 2,47 2,76
Goiânia 4,44 -0,29 0,62 1,30 1,04
Fortaleza 3,49 -0,24 0,55 2,21 2,80
São Paulo 31,68 0,11 0,45 2,51 3,12
Belo Horizonte 11,23 0,15 0,25 1,73 2,06
Belém 4,65 0,08 0,23 1,31 1,50
Brasília 3,46 0,69 0,22 2,61 3,88
Porto Alegre 8,40 0,22 0,19 1,62 2,06
Recife 5,05 -0,09 -0,07 2,76 3,78
Rio de Janeiro 12,46 0,30 -0,08 2,25 2,50
Brasil 100,00 0,11 0,34 2,25 2,71

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 14 de setembro a 11 de outubro de 2017 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 16 de agosto a 13 de setembro de 2017 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.