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Vendas do varejo avançam 1,2% em junho

15/08/2017 09h00 | Atualizado em 15/08/2017 19h24

Comercio varejista teve terceira alta em relação ao mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal.

Período Varejo Varejo Ampliado
Volume de vendas Receita nominal Volume de vendas Receita nominal
Junho / Maio 1,2 0,8 2,5 2,2
Média móvel trimestral* 0,8 0,8 1,2 1,1
Junho 2017 / Junho 2016 3,0 2,4 4,4 3,5
Acumulado 2017 -0,1 1,9 0,3 1,6
Acumulado 12 meses -3,0 3,2 -4,1 0,4
*série com ajuste sazonal

Em junho de 2017, o comércio varejista nacional mostrou avanço de 1,2% no volume de vendas e de 0,8% na receita nominal, ambos frente ao mês de maio (série livre de influências sazonais), resultados que registram, respectivamente, sequência de três taxas positivas consecutivas nessa comparação. Com isso, o indicador de média móvel trimestral, relativamente estável nos últimos dois meses, tanto para o volume quanto para as vendas nominais, registra variações de 0,8% e de 1,2%, respectivamente.

Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o total do varejo apontou expansão de 3,0% em junho de 2017, terceiro resultado positivo consecutivo nessa comparação, porém mais intenso do que o verificado em maio (2,6%) e abril (1,7%). No índice acumulado para os seis primeiros meses de 2017, o varejo registrou variação de -0,1% para o volume de vendas, ficando próximo à estabilidade frente a igual semestre de 2016. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, com recuo de 3,0%, prosseguiu com redução no ritmo de queda, iniciada em outubro de 2016 (-6,8%). Por outro lado, a receita nominal de vendas do comércio varejista, em junho de 2017, registrou para essas mesmas comparações, respectivamente: 2,4% frente a junho de 2016, 1,9% no acumulado no ano e 3,2% no acumulado nos últimos doze meses.

Considerando o comércio varejista ampliado, que inclui além do varejo as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, em junho de 2017, a expansão foi de 2,5% para o volume de vendas e 2,2% para a receita nominal, ambas comparadas a maio de 2017, na série com ajuste sazonal.

Em relação a junho de 2016, o avanço no volume de vendas do varejo ampliado foi de 4,4% para o volume e 3,5% para receita de vendas.   No acumulado do ano, o volume de vendas registrou variação positiva de 0,3%, enquanto o indicador para os últimos doze meses (-4,1%) permaneceu mostrando redução no ritmo de queda, iniciada em julho de 2016 (-10,4%). A publicação completa da pesquisa pode ser acessada aqui.

Seis atividades registram taxas positivas no comércio varejista

Na passagem de maio para junho de 2017, o volume do comércio varejista mostrou expansão de 1,2%, com predomínio de taxas positivas em seis das oito atividades pesquisadas. Os principais destaques positivos foram assinalados pelos setores de Móveis e eletrodomésticos (2,2%); Tecidos, vestuário e calçados (5,4%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,7%). Ainda com contribuição positiva, encontram-se: Combustíveis e lubrificantes (1,2%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,5%); e Livros, jornais, revistas e papelaria (4,5%).

Por outro lado, pressionando negativamente a média global do varejo, destaca-se, principalmente, Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com recuo de 0,4% após avanço de 1,1% registrado em maio; seguido por Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,6%). Para essa mesma comparação, o comércio varejista ampliado avançou 2,5% frente a maio de 2017, com Veículos e motos, partes e peças registrando avanço de 3,8%, após crescer 2,0% no mês de anterior, enquanto Material de construção mostrou aumento de 1,0% para essa mesma comparação:

TABELA 1
BRASIL - INDICADORES DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO, SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES: PMC - Junho 2017
ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
ABR MAI JUN ABR MAI JUN NO ANO 12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2) 1,1 0,2 1,2 1,7 2,6 3,0 -0,1 -3,0
1 - Combustíveis e lubrificantes -0,7 1,1 1,2 -4,2 -0,4 0,5 -3,5 -6,2
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo 1,3 1,1 -0,4 3,0 0,0 0,8 -0,6 -1,8
2.1 - Super e hipermercados 2,3 0,6 -0,1 3,5 0,1 2,1 -0,3 -1,6
3 - Tecidos, vest. e calçados 4,1 -8,5 5,4 10,8 5,1 4,6 5,8 -3,6
4 - Móveis e eletrodomésticos -1,6 1,9 2,2 -0,1 14,0 12,7 5,9 -2,9
4.1 - Móveis - - - -5,0 2,1 -0,4 -12,7 -12,2
4.2 - Eletrodomésticos - - - 0,1 17,3 16,9 5,9 -2,7
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria -0,2 0,8 1,5 -2,9 3,5 3,0 -0,9 -2,6
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria -4,6 -5,0 4,5 -3,4 -0,8 1,2 -3,6 -9,3
7 - Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação 8,7 0,0 -2,6 4,4 12,9 5,1 -2,4 -5,5
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico 0,5 0,4 2,7 3,4 3,0 4,3 -0,9 -4,3
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) 1,4 -0,2 2,5 -0,5 4,9 4,4 0,3 -4,1
9 - Veículos e motos, partes e peças -0,3 2,0 3,8 -12,1 5,5 3,5 -4,4 -9,7
10- Material de construção -1,6 2,1 1,0 -1,4 9,5 7,0 4,7 -2,2
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
(1) Séries com ajuste sazonal. (2) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8.
(3) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10

Na comparação com igual mês do ano anterior, o volume do comércio varejista avançou 3,0% em junho de 2017, com perfil disseminado de resultados positivos em todas as atividades pesquisadas. Setorialmente, os principais impactos, em termos de contribuição na formação da taxa global de junho, foram observados em Móveis e eletrodomésticos (12,7%); Tecidos, vestuário e calçados (4,6%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,3%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,8%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (3,0%); Combustíveis e lubrificantes (0,5%); Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (5,1%); e Livros, jornais, revistas e papelaria, com avanço de 1,2%. Vale ressaltar que junho de 2017 (21 dias) teve um dia útil a menos do que junho de 2016 (22 dias).

Em junho de 2017, o segmento de Móveis e eletrodomésticos, com expansão de 12,7% no volume de vendas em relação a junho do ano passado, respondeu pela maior contribuição na formação da taxa positiva do global do varejo (3,0%). Com uma dinâmica de vendas associada às compras financiadas, o resultado do mês de junho foi estimulado pela redução de 12,9% no custo médio do crédito às famílias, além da influência da base fraca de comparação e da menor variação dos preços. Com isso, o indicador acumulado no ano mostrou avanço de 5,9%, enquanto no indicador acumulado nos últimos doze meses, a variação ainda é negativa (-2,9%), mas permaneceu sinalizando redução no ritmo de queda.

TABELA 2
BRASIL - INDICADORES DA RECEITA NOMINAL DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO, SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES: PMC - Junho 2017
ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
ABR MAI JUN ABR MAI JUN NO ANO 12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2) 1,3 0,4 0,8 3,2 3,3 2,4 1,9 3,2
1 - Combustíveis e lubrificantes -3,2 3,5 0,9 -8,0 -2,6 -3,0 -5,1 -3,4
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo 1,6 0,8 -0,6 6,1 1,9 0,9 2,5 5,9
2.1 - Super e hipermercados 2,6 1,2 0,2 6,8 2,2 2,4 3,1 6,3
3 - Tecidos, vest. e calçados 3,8 -7,4 4,7 13,2 7,2 6,7 8,2 -0,1
4 - Móveis e eletrodomésticos -1,8 1,4 1,9 -1,0 11,7 9,9 5,6 -0,4
4.1 - Móveis - - - -3,9 3,1 0,2 -4,7 -7,9
4.2 - Eletrodomésticos - - - -1,5 13,5 12,5 8,0 2,1
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria -0,2 0,3 1,7 4,9 9,5 8,4 8,3 8,0
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria -4,7 -4,5 5,1 4,0 6,3 8,3 4,6 -0,3
7 - Equip. e mat. para escritório informatica e comunicação 9,2 -4,0 -2,0 -3,3 2,8 -5,9 -7,8 -4,3
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico 0,6 1,3 3,1 7,7 6,9 7,4 3,8 1,9
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) 1,7 -0,7 2,2 0,5 4,8 3,5 1,6 0,4
9 - Veículos e motos, partes e peças 0,0 1,2 3,9 -11,8 5,4 3,2 -4,0 -9,3
10- Material de construção 0,0 0,2 1,3 -0,8 10,3 6,9 5,4 -1,2
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
(1) Séries com ajuste sazonal. (2) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8.
(3) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10

O segmento de Tecidos, vestuário e calçados apresentou aumento no volume de vendas de  4,6% em junho de 2017, frente a igual mês do ano anterior. Esse desempenho foi influenciado pelas comemorações das datas festivas do mês de junho, beneficiadas pela recomposição da massa real circulante na economia. Em termos de desempenho acumulado no semestre, a taxa de variação foi de 5,8%, e nos últimos doze meses, de -3,6%.

A atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos etc., com variação de 

4,3% no volume de vendas em relação a junho de 2016, exerceu também o segundo maior impacto positivo na formação da taxa do comércio varejista. Esse desempenho foi estimulado, em grande parte, pela expansão das vendas online mas também reflete um aumento da renda real, resultante direto da redução sistemática da variação dos preços. Em termos acumulados, o resultado para o primeiro semestre do ano foi de -0,9% e para os últimos doze meses, de -4,3%.

Com variação de 0,8% no volume de vendas sobre junho de 2016, o segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo exerceu a terceira maior contribuição para o índice geral no mês de junho. Esta atividade mantém correlação direta com a evolução da massa real habitualmente recebida. A taxa acumulada para os primeiros seis meses do ano foi de -0,6% e para os últimos doze meses, de -1,8%.

TABELA 3
BRASIL - COMPOSIÇÃO DA TAXA MENSAL DO COMÉRCIO VAREJISTA, POR ATIVIDADES: PMC - Junho 2017
(Indicadores de volume de vendas)
Atividades COMÉRCIO VAREJISTA COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO
Taxa de variação (%) Composição absoluta da taxa (p.p.) Taxa de variação (%) Composição absoluta da taxa (p.p.)
Taxa Global 3,0 3,0 4,4 4,4
1 - Combustíveis e lubrificantes 0,5 0,1 0,5 0,1
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo 0,8 0,3 0,8 0,4
3 - Tecidos, vest. e calçados 4,6 0,5 4,6 0,4
4 - Móveis e eletrodomésticos 12,7 1,2 12,7 0,9
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria 3,0 0,3 3,0 0,3
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria 1,2 0,0 1,2 0,1
7 - Equip. e mat. para escritório informatica e comunicação 5,1 0,1 5,1 0,2
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico 4,3 0,5 4,3 0,5
9 - Veículos e motos, partes e peças 3,5     0,8
10- Material de construção 7,0     0,7
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
Nota: A composição da taxa mensal corresponde à participação dos resultados setoriais na formação da taxa global.

A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentou expansão de 3,0% na comparação com junho do ano passado, e exerceu também a terceira maior influência na taxa geral do varejo. O volume de vendas acumulado em seis meses mostrou variação de -0,9% e de -2,6% para os últimos doze meses.

O setor de Combustíveis e lubrificantes, ao registrar variação de 0,5% no volume de vendas em relação a junho de 2016, interrompeu sequência de 29 meses de taxas negativas nessa comparação. A redução de preços de combustíveis, abaixo do índice geral de inflação, vem influenciando o comportamento do setor. Em termos de desempenho acumulado no semestre, a taxa de variação foi de -3,5%, e nos últimos doze meses, de -6,2%.

O segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com expansão de 5,1% frente a junho de 2016, registrou o terceiro resultado positivo seguido nesse tipo de comparação. Dentre os fatores que vêm determinando este desempenho, destaca-se a influência da depreciação do dólar frente ao real, com reflexo nos preços de alguns componentes eletrônicos importados, em especial para microcomputadores e aparelhos eletrônicos, além da redução da variação de preços do principal produto (microcomputadores) que compõem esse setor. Em termos acumulados, a taxa no semestre foi de -2,4% e nos últimos doze meses, de -5,5%.

Com o avanço de 1,2% no volume das vendas, em junho de 2017, a atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria mostrou expansão, após recuo de 0,8% em maio. No volume de vendas acumulado no primeiro semestre do ano, a variação foi de -3,6% e, para os últimos doze meses, de -9,3%. 

Ainda na comparação com igual mês do ano anterior, o comércio varejista ampliado registrou expansão de 4,4%, acumulando no semestre uma variação positiva de 0,3%, interrompendo 35 meses de taxas negativas seguidas. No acumulado para os últimos doze meses, o recuo foi de 4,1%. Este desempenho reflete o comportamento tanto das vendas de Veículos, motos, partes e peças quanto de Material de construção, ambos com expansão de 3,5% e de 7,0%, respectivamente. No acumulado no ano, o setor de Material de construção subiu 4,7%, enquanto Veículos, motos, partes e peças, ainda registrou queda de 4,4%. No indicador acumulado nos últimos doze meses as taxas foram negativas tanto para Veículos, motos, partes e peças (-9,7%), quanto para Material de construção (-2,2%).

Varejo interrompe nove trimestres consecutivos de taxas negativas

Em bases trimestrais, o volume do comércio varejista, ao registrar expansão de 2,5% no segundo trimestre de 2017, interrompeu nove trimestres consecutivos de taxas negativas nesse tipo de confronto, ambas comparações em relação a igual trimestre do ano anterior. O aumento no ritmo de vendas do varejo na passagem do primeiro (-2,7%) para o segundo trimestre de 2017 (2,5%) foi observado em todas as atividades, com destaque para Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (de -11,2% para 7,5%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (de -5,3% para 3,6%); e Móveis e eletrodomésticos (de 3,0% para 8,9%).

O comércio varejista ampliado mostrou desempenho semelhante ao mostrar avanço de 2,9% no segundo trimestre do ano, interrompendo doze trimestres de taxas negativas seguidas. Esse movimento foi particularmente influenciado pelo desempenho observado em Veículos, motos, partes e peças, que reduz significativamente o ritmo de queda ao registrar variação de -1,0% no segundo trimestre, após recuo de 7,7% assinalado no primeiro trimestre do ano de 2017, enquanto o setor de Material de construção avançou de 4,3% para 5,1% no segundo trimestre.

Varejo tem quinto semestre seguido de taxas negativas

No índice semestral, o total do varejo, ao apontar variação de -0,1% nos seis primeiros meses de 2017, registrou o quinto semestre seguido de taxas negativas, porém com a menor variação nesse tipo de confronto desde o primeiro semestre de 2015 (-2,1%). Entre as atividades que compõem o varejo, o perfil dos resultados para os seis primeiros meses de 2007 mostrou maior dinamismo em Móveis e eletrodomésticos (5,9%) e Tecidos, vestuário e calçados (5,8%), setores que registraram expansão das vendas nessa comparação. A redução do ritmo de queda das vendas no total do varejo na passagem do segundo semestre de 2016 (-5,6%) para o primeiro de 2017 (-0,1%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior, foi observado em todas atividades, com destaque para Livros, jornais, revistas e papelaria (de -14,9% para -3,6%).

Considerando o comércio varejista ampliado, o avanço de 0,3% no primeiro semestre do ano mostrou uma redução no ritmo de queda, quando comparada ao segundo semestre de 2016 (-8,1%). Esse resultado foi influenciado tanto pelo movimento observado no setor de Veículos, motos, partes e peças, que ao registrar taxa de -4,4%, reduz o ritmo de queda das vendas, comparado ao semestre anterior (-14,2%), quanto em Material de construção (de -8,4% para 4,7%).

Volume de vendas aumenta em 24 Unidades da Federação

Regionalmente, em junho de 2017, 24 das 27 Unidades da Federação apresentaram aumento no volume de vendas, na comparação com o mês imediatamente anterior, série com ajuste sazonal. Os destaques positivos, em termos de magnitude de taxa, foram: Roraima (4,9%); Tocantins (3,3%); e Alagoas (2,4%). Por outro lado, Paraíba, com variação de -2,4%, registrou a maior queda no volume de vendas entre os 27 estados.

Na comparação com junho de 2016, o avanço do volume de vendas no varejo alcançou 18 dos 27 estados. O destaque, em termos de magnitude de taxa, foi de Santa Catarina (12,7%) e Alagoas (11,3%), conforme mostra o Gráfico 6. Quanto à participação na composição da taxa do comércio varejista, destacam-se, pela ordem: São Paulo (3,4%), seguido por Minas Gerais (6,7%).

Em relação ao Comércio Varejista Ampliado, 23 das 27 Unidades da Federação registraram resultados positivos, em termos de volume de vendas, na comparação com junho de 2016, destacando-se Santa Catarina (15,7%) com a taxa mais elevada. Quanto às maiores participações negativas na composição da taxa do comércio varejista ampliado, figuram as variações de 3,0% em São Paulo e 15,7% em Santa Catarina.

Em síntese, o volume de vendas no varejo, ao registrar 1,2% em junho de 2017, cresceu pelo terceiro mês consecutivo, acumulando nesse período ganho de 2,5%, na série livre de influências sazonais. Com a sequência de taxas positivas nos últimos meses, o total do varejo eliminou a perda de 1,1% registrada em março último, mas encontra-se 8,4% abaixo do nível recorde alcançado em novembro de 2014. Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice me média móvel trimestral (0,8%) intensifica o ritmo de crescimento frente ao registrado no mês anterior (-0,1).

No confronto com igual mês do ano anterior, o setor varejista permanece com resultado positivo pelo terceiro mês seguido, registrando 3,0% de avanço, com predomínio de taxas positivas entre as oito atividades investigadas no varejo. No índice acumulado no ano, os sinais de maior dinamismo também ficam evidenciados na taxa de -0,1%, que embora aponte o quinto semestre consecutivo com taxa negativa, foi variação menos acentuada entre esses resultados. O indicador anualizado, acumulado nos últimos doze meses (-3,0%), segue mostrando redução de ritmo de queda.