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Índice de Preços ao Produtor (IPP) aumenta 1,16% em novembro

07/01/2015 09h05 | Atualizado em 11/08/2017 08h47

 

NOVEMBRO 2014
1,16%
Outubro 2014
0,66%
Novembro 2013
0,64%
Acumulado em 2014
3,94%
Acumulado em 12 meses
4,56%

Em novembro de 2014, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) subiu 1,16% quando comparado ao mês imediatamente anterior. O número foi superior ao observado na comparação entre outubro e setembro de 2014 (0,66%). O acumulado em 2014 ficou em 3,94%, contra 2,75% do mês anterior. Na comparação com o mesmo mês de 2013 (acumulado em 12 meses), os preços aumentaram 4,56%, contra 4,03% em setembro. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na páginahttps://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipp/default.shtm.

20 das 23 atividades pesquisadas apresentaram alta de preços

Em novembro, 20 das 23 atividades apresentaram variações positivas de preços na comparação com outubro, contra 17 do mês anterior. As quatro maiores variações se deram entre os produtos compreendidos nas atividades de impressão (-2,98%), fumo (2,90%), papel e celulose (2,33%) e outros equipamentos de transporte (2,26%). Em termos de influência sobressaíram alimentos (0,29 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool(0,20 p.p.), veículos automotores (0,12 p.p.) e metalurgia (0,11 p.p.).

Entre as atividades que tiveram as maiores variações percentuais no indicador acumulado no ano (novembro/14 contra dezembro de 2013) sobressaíram metalurgia (10,48%), bebidas (8,92%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (8,42%) e calçados e artigos de couro (7,96%). Neste indicador, os setores de maior influência foram metalurgia (0,80 p.p.), veículos automotores (0,68 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,57 p.p.) e outros produtos químicos (0,28 p.p.).

Ao comparar novembro de 2014 com novembro de 2013 (acumulado em 12 meses), as quatro maiores variações de preços ocorreram em calçados e artigos de couro (9,92%), outros equipamentos de transporte (9,25%), bebidas (8,87%) e metalurgia (8,71%). As principais influências vieram de refino de petróleo e produtos de álcool (0,89 p.p.), metalurgia (0,68 p.p.), veículos automotores (0,65 p.p.) e outros produtos químicos (0,54 p.p.).

Alimentos: Em novembro de 2014, os preços do setor variaram 1,45% em relação a outubro, maior resultado desde setembro de 2013 (1,55%). Nos 15 meses que separam setembro de 2013 de novembro de 2014, houve sete resultados negativos e oito positivos. Com esse resultado, a maior influência no indicador das indústrias de transformação (1,16%) foi do setor de alimentos (0,29 p.p.). O acumulado no ano alcançou 0,66%, primeiro resultado positivo da série no ano. Ao comparar os preços de novembro de 2014 com os de novembro de 2013, os mais recentes estiveram 0,97% maiores do que os do ano anterior. Entre os quatro produtos destacados em termos de variação e de influência, três (carnes de bovinos frescas ou refrigeradas, carnes de bovinos congeladas e leite esterilizado / UHT / Longa Vida) estão nas duas listas. O quarto produto em termos de variação são sorvetes, picolés e produtos gelados comestíveis, que, como o leite, teve variação negativa de preços na passagem de outubro para novembro. Em termos de influência, com impacto positivo (feito as carnes antes listadas), aparece resíduos da extração de soja. Os quatro produtos de maior influência responderam por 1,34 p.p. (de 1,45%). Dos produtos listados, carnes de bovinos frescas ou refrigeradas (positivamente) e resíduos da extração de soja (negativamente) também aparecem nas comparações com dezembro de 2013 (acumulado no ano) e com novembro de 2013.

Refino de petróleo e produtos de álcool: a atividade registrou variação de 1,80% em novembro de 2014 com relação a outubro, invertendo resultado negativo do mês anterior. No ano, o setor acumula 5,11%, enquanto o indicador dos últimos 12 meses registra 8,19%. Os produtos em destaque para o indicador mensal foram álcool etílico, asfalto, cimento asfáltico ou outros resíduos de petróleo ou de minerais betuminosos e óleo diesel e outros óleos combustíveis, todos com variações positivas, e querosenes de aviação com variação negativa. Esse produtos explicaram 1,74 p.p. do total de 1,80% do indicador. No ano, tanto em termos de variação quanto de influência, os produtos óleo diesel e outros óleos combustíveis e gasolina automotiva (apenas na influência) são destaques no viés positivo e, em sentido contrário, aparecem álcool etílico (anidro ou hidratado) e óleos lubrificantes básicos. Nos últimos 12 meses, os produtos em destaque na variação foram os mesmos na influência em 12 meses, exceto álcool etílico (anidro ou hidratado), que aparece em substituição a óleos lubrificantes básicos. A atividade de refino de petróleo e produtos de álcool foi a que mais influenciou o resultado dos últimos 12 meses, com 0,89 p.p. dos 4,56% de variação no período.

Outros produtos químicos: a indústria química registrou 0,84% de variação no indicador de novembro em relação a outubro de 2014, quarto mês de variação positiva, após cinco meses consecutivos de variações negativas. O indicador dos últimos 12 meses, depois de algumas desacelerações nos últimos seis meses, inclusive com resultados negativos em julho e agosto, apresenta variação positiva de 4,93%. Três dos quatro produtos com destaque na variação de preços apresentaram resultados positivos: amoníaco, copolímero de etileno/acetato de vinila (EVA) e propeno (propileno) não-saturado; em contrapartida aparece fenol (hidroxibenzeno) e seus sais. Em relação à influência, os quatro produtos que foram destaque no mês de novembro em relação a outubro contribuíram com 0,42 p.p (metade) da variação de 0,84% no mês. São eles: adubos ou fertilizantes à base de NPK e propeno (propileno) não-satuado, com resultados positivos, e fenol (hidroxibenzeno) e seus sais e herbicidas para uso na agricultura, com resultados negativos. No acumulado anual e em 12 meses destacam-se, em termos de influência, etileno (eteno) não saturado, em oposição ao movimento do índice, e adubos ou fertilizantes à base de NPK e amoníaco, com resultados positivos. Completando os produtos em destaque na influência aparece, no acumulado anual, PEBD e, nos últimos 12 meses, propeno (propileno) não-saturado.

Metalurgia: ao comparar os preços do setor em novembro de 2014 contra outubro do mesmo ano, houve variação positiva de 1,32%. Com isso, o setor acumulou no ano variações de preços de 10,48%, maior variação positiva entre todas as atividades das indústrias de transformação e também deste indicador na atividade desde o início da série. A essa taxa cabe considerar a grande influência do resultado de janeiro de 2014 contra dezembro de 2013 (4,30%), maior variação na comparação mês contra mês imediatamente anterior deste setor desde o início dos levantamentos do IPP. Já na comparação entre novembro de 2013 e novembro de 2014, o resultado foi de 8,71%, também com a influência significativa do mês de janeiro. Os destaques na variação de preços, na comparação mensal, foram produtos do grupo de metalurgia dos materiais não ferrosos: barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre e ligas de alumínio em formas brutas, acompanhados de bobinas a quente de aços ao carbono, não revestidos e lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono, influenciados principalmente pela desvalorização do real em relação ao dólar (4,1%) e pelos aumentos dos custos de produção. Estes produtos juntos representam 1,05 p.p. da variação mensal de 1,32%. Em relação à influência, três produtos são comuns em todas as análises: lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono, ligas de alumínio em formas brutas e alumínio não ligado em formas brutas, todos pressionando o resultado positivamente e com dependência das flutuações cambiais e/ou do consumo energético para produção. Os resultados globais deste setor se devem ao câmbio, ao alcance de novos mercados, a aumentos dos custos de produção e, no caso de metais não ferrosos, aos preços internacionais.

Veículos automotores: A fabricação de veículos automotores registrou em novembro variação de 1,03% no indicador mensal, alcançando 6,25% no acumulado do ano. Com relação aos últimos 12 meses, o índice da atividade foi de 5,87%. Com esses resultados, a atividade exerceu a segunda maior influência sobre o acumulado do ano, e a terceira maior influência sobre o índice mensal do IPP. Dentre os produtos mais importantes para o resultado mensal, veículos para mercadorias a diesel com capacidade menor de 5t é o único produto que apresenta resultado negativo e se destaca tanto em termos de influência quanto pela sua variação. Os demais são automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência, peças para motor de veículos automotores, e caminhão-trator para reboques e semi-reboques, com resultados positivos. Somados, esses produtos representam 0,91 p.p. do índice de novembro. No acumulado do ano, esses produtos foram automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência, peças para motor de veículos automotores, caminhão-trator para reboques e semi-reboques, e caminhão diesel com capacidade superior a 5t, todos com resultados positivos. Com relação aos últimos 12 meses, também todos com resultados positivos, aparecem os produtos automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência, peças para motor de veículos automotores, caminhão diesel com capacidade superior a 5t, e chassis com motor para ônibus ou para caminhões.

 

Comunicação Social
7 de janeiro de 2015