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Produção industrial cai 0,7% em novembro

08/01/2015 09h01 | Atualizado em 11/08/2017 08h47

 

Novembro 2014 / Outubro 2014
-0,7%
Novembro 2014 / Novembro 2013
-5,8%
Acumulado em 2014
-3,2%
Acumulado em 12 meses
-3,2%
Média móvel trimestral
-0,3%

Em novembro de 2014, a produção industrial nacional mostrou queda de 0,7% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após assinalar variações de -0,3% em setembro e de 0,1% em outubro. No confronto com igual mês do ano anterior, o total da indústria apontou redução de 5,8% em novembro de 2014, nona taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação e a mais intensa desde junho último (-6,9%). Assim, o setor industrial acumulou queda de 3,2% nos 11 meses do ano. O indicador acumulado nos últimos 12 meses, com o recuo de 3,2% em novembro de 2014, manteve a trajetória descendente iniciada em março último (2,0%) e assinalou o resultado negativo mais intenso desde janeiro de 2010 (-4,8%).

A publicação completa da pesquisa e todos os seus resultados pode ser acessada na páginahttps://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/industria/2014/pimpfbr

Indicadores da Produção Industrial por Grandes Categorias Econômicas
Brasil - Novembro de 2014


Grandes Categorias
Econômicas
Variação (%)
Novembro 2014/
Outubro 2014*
Novembro 2014/
Novembro 2013
Acumulado
Janeiro-Novembro
Acumulado nos
Últimos 12 Meses
Bens de Capital
-0,2
-9,7
-8,8
-8,5
Bens Intermediários
0,0
-5,8
-2,9
-2,8
Bens de Consumo
-0,9
-5,0
-2,3
-2,2
   Duráveis
-2,1
-11,0
-9,1
-8,6
   Semiduráveis e não Duráveis
-1,3
-3,1
-0,1
-0,2
Indústria Geral
-0,7
-5,8
-3,2
-3,2

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
*Série com ajuste sazonal

11 dos 24 ramos pesquisados registram queda em novembro

A redução de 0,7% da atividade industrial na passagem de outubro para novembro mostrou resultados negativos em três das quatro grandes categorias econômicas e em 11 dos 24 ramos pesquisados. Entre os setores, o principal impacto negativo foi registrado por produtos alimentícios, que recuou 3,4%. Outras contribuições negativas vieram das atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis(-1,1%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-4,0%), metalurgia (-1,9%), indústrias extrativas (-0,7%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2,8%) e máquinas e equipamentos (-1,0%). Por outro lado, entre os 12 ramos que ampliaram a produção nesse mês, os desempenhos de maior importância foram assinalados por veículos automotores, reboques e carrocerias (1,2%), produtos diversos (11,9%),produtos farmacêuticos e farmoquímicos (3,6%) e produtos de minerais não-metálicos (1,3%). Vale ressaltar que essas atividades apontaram taxas negativas em outubro último: -2,0%, -3,7%, -10,3% e -2,1%, respectivamente.

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês anterior, bens de consumo duráveis, ao recuar 2,1%, e bens de consumo semi e não-duráveis (-1,3%) assinalaram as quedas mais acentuadas, com ambas apontando dois meses seguidos de resultados negativos, período em que acumularam perdas de 3,6% e 1,8%, respectivamente. O segmento de bens de capital, com variação negativa de 0,2%, também registrou queda na produção e interrompeu dois meses consecutivos de taxas positivas, período em que acumulou expansão de 1,0%. O setor produtor de bens intermediários (0,0%) repetiu em novembro de 2014 o patamar do mês anterior e mostrou variação nula pelo segundo mês seguido.

Média móvel trimestral varia -0,3%

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral apontou variação negativa de 0,3% no trimestre encerrado em novembro frente ao nível do mês anterior, após registrar resultados positivos em setembro (0,4%) e outubro (0,1%). Entre as grandes categorias econômicas, bens intermediários (-0,6%) e bens de consumo semi e não-duráveis (-0,2%) assinalaram as taxas negativas. Por outro lado, os índices positivos foram assinalados por bens de consumo duráveis (1,5%) e bens de capital (0,3%).

Na comparação com novembro de 2013, produção industrial cai 5,8%

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial mostrou queda de 5,8% em novembro de 2014, com perfil disseminado de resultados negativos, já que as quatro grandes categorias econômicas e a maior parte (22) dos 26 ramos apontaram redução na produção. Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias (-14,4%) e a de produtos alimentícios (-8,7%) exerceram as maiores influências negativas. Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram de metalurgia (-11,4%),máquinas e equipamentos (-8,8%), produtos de metal (-12,1%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-14,1%), outros produtos químicos (-5,3%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos(-9,2%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,7%), produtos de borracha e de material plástico (-5,0%) e produtos de minerais não-metálicos (-4,7%). Por outro lado, entre as quatro atividades que aumentaram a produção, o principal impacto foi observado em indústrias extrativas (4,1%).

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de consumo duráveis (-11,0%) e bens de capital (-9,7%) assinalaram as quedas mais acentuadas entre as grandes categorias econômicas. Os setores produtores de bens intermediários (-5,8%), repetindo o resultado observado na média da indústria, e de bens de consumo semi e não-duráveis (-3,1%) também apontaram taxas negativas nesse mês.

O setor produtor de bens de consumo duráveis recuou 11,0% no índice mensal de novembro de 2014, nona taxa negativa consecutiva nesse tipo de confronto. Nesse mês, o setor foi particularmente pressionado pela menor fabricação de automóveis (-10,8%), ainda influenciado por reduções de jornadas de trabalho e pela concessão de férias coletivas em várias unidades produtivas. Outros impactos negativos importantes vieram de eletrodomésticos da “linha marrom” (-30,4%), motocicletas (-19,9%), móveis (-6,1%) e eletrodomésticos da “linha branca” (-7,6%). Por outro lado, a principal influência positiva foi observada no grupamento de outros eletrodomésticos, com avanço de 1,5%.

O segmento de bens de capital, ao recuar 9,7%, também assinalou o nono resultado negativo consecutivo no índice mensal. O segmento foi influenciado pelo recuo observado na maior parte dos seus grupamentos, com claro destaque para a redução de 15,9% de bens de capital para equipamentos de transporte. As demais taxas negativas foram registradas por bens de capital agrícola (-17,7%), para construção (-25,7%), para fins industriais (-1,1%) e para energia elétrica (-5,5%), enquanto o grupamento de bens de capital de uso misto(5,7%) apontou o único resultado positivo.

O segmento de bens de consumo semi e não-duráveis, com redução de 3,1%, também mostrou resultado negativo no índice mensal. O desempenho nesse mês foi explicado principalmente pelos recuos observados nos grupamentos de carburantes (-9,7%) e de semiduráveis (-4,4%). Vale destacar também os resultados negativos assinalados pelos subsetores de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-1,5%) e de não-duráveis (-1,3%).

A queda na produção de bens intermediários (-5,8%) foi a nona taxa negativa consecutiva na comparação com igual mês do ano anterior e a mais intensa desde abril de 2012 (-6,0%). O resultado desse mês foi explicado principalmente pelos recuos nos produtos associados às atividades de produtos alimentícios (-16,3%),metalurgia (-11,4%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-14,7%), produtos de metal (-15,1%), outros produtos químicos (-5,7%), produtos de borracha e de material plástico (-5,4%), produtos de minerais não-metálicos (-4,7%), produtos têxteis (-7,7%) e máquinas e equipamentos (-3,0%). As pressões positivas foram assinaladas por indústrias extrativas (4,1%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,5%) ecelulose, papel e produtos de papel (1,0%). Ainda nessa categoria, vale citar também os resultados negativos observados nos grupamentos de insumos para construção civil (-7,7%), que marcou a nona queda consecutiva nesse tipo de comparação, e de embalagens (-1,8%).

Índice acumulado no ano cai 3,2%

No índice acumulado para os 11 meses de 2014, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou queda de 3,2%, com perfil disseminado de taxas negativas, alcançando as quatro grandes categorias econômicas, 19 dos 26 ramos, 61 dos 79 grupos e 63,7% dos 805 produtos pesquisados. Entre os setores, o principal impacto negativo foi observado em veículos automotores, reboques e carrocerias (-17,3%). Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram dos setores de produtos de metal (-11,1%),metalurgia (-7,1%), máquinas e equipamentos (-5,6%), outros produtos químicos (-4,0%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-7,5%), produtos de borracha e de material plástico (-4,2%) e produtos alimentícios(-0,9%). Por outro lado, entre as sete atividades que ampliaram a produção, as principais influências foram observadas em indústrias extrativas (5,4%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,7%).

Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para o índice acumulado nos 11 meses de 2014 mostrou menor dinamismo para bens de consumo duráveis (-9,1%) e bens de capital (-8,8%), pressionadas especialmente pela redução na fabricação de automóveis (-15,0%), na primeira, e de bens de capital para equipamentos de transporte (-16,5%), na segunda. Os segmentos de bens intermediários (-2,9%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,1%) também assinalaram resultados negativos no índice acumulado no ano, mas ambos com queda menos intensa do que a observada na média nacional (-3,2%).

 

Comunicação Social
8 de janeiro de 2015