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Em junho, IPCA-15 fica em 0,99% e IPCA-E fecha em 2,68% no 2º trimestre

19/06/2015 09h42 | Atualizado em 07/08/2017 09h23

 

PERÍODO
TAXA
Junho 2015
0,99%
Maio 2015
0,60%
Junho 2014
0,47%
Acumulado no ano
6,28%
Acumulado 12 meses
8,80%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,99% em junho e ficou 0,39 ponto percentual acima da taxa de 0,60% de maio. Este foi o índice mais elevado para os meses de junho desde 1996, quando foi registrado 1,11%. O IPCA-E, acumulado do IPCA-15 no trimestre, situou-se em 2,68%, acima do resultado de 1,84% do mesmo trimestre de 2014. No acumulado para o primeiro semestre de 2015, a taxa de 6,28% ficou bem acima da taxa do mesmo período de 2014 (3,99%) e é a maior para o período desde 2003 (7,75%). Nos últimos 12 meses, o índice foi para 8,80%, acima dos 12 meses imediatamente anteriores (8,24%) e o mais elevado resultado em 12 meses desde dezembro de 2003 (9,86%). Em junho de 2014, o IPCA-15 havia sido 0,47%. Os dados completos do IPCA-15 podem ser acessados emwww.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipca15/defaultipca15.shtm.

Neste mês de junho, conforme mostra a tabela a seguir, o grupo das Despesas Pessoais, com 1,79%, foi o que apresentou o resultado mais elevado. Enquanto seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados mostraram aceleração na taxa de crescimento de maio para junho, o grupo Comunicação, com 0,08%, foi o que menos subiu.

Grupo
Variação Mensal (%)
Impacto (p.p.)
Variação Acumulada (%)
Abril
Maio
Junho
Junho
Trimestre
12 Meses
Índice Geral
1,07
0,60
0,99
0,99
2,68
8,80
Alimentação e Bebidas
1,04
1,05
1,21
0,30
3,34
9,30
Habitação
3,66
0,85
1,03
0,16
5,62
17,66
Artigos de Residência
0,68
0,41
0,69
0,03
1,79
4,37
Vestuário
0,94
0,80
0,68
0,04
2,44
3,51
Transportes
0,33
-0,45
0,85
0,16
0,73
7,41
Saúde e Cuidados Pessoais
0,44
1,79
0,87
0,10
3,13
7,62
Despesas Pessoais
0,57
0,18
1,79
0,19
2,55
8,74
Educação
0,14
0,09
0,18
0,01
0,41
8,49
Comunicação
-0,30
0,22
0,08
0,00
0,00
-1,22

Nas Despesas Pessoais, a alta de 1,79% foi influenciada pelos jogos de azar, cuja variação de 37,77% refletiu reajustes vigentes desde 18 de maio nos valores das apostas. Este item liderou a relação dos principais impactos, detendo 0,14 ponto percentual (p.p.) do índice do mês. Além dele, no grupo, outros itens exerceram influência sobre o resultado, principalmente empregado doméstico, com alta de 0,65%.

Nos alimentos, responsáveis por cerca de 1/3 do índice, com contribuição de 0,30 p.p., a alta foi de 1,21%. Destacaram-se os aumentos ocorridos nos preços da cebola (40,29%), tomate (13,00%), cenoura (5,59%),batata inglesa (4,42%), carnes (1,63%), leite longa vida (1,24%), lanche (1,07%), pão francês (0,98%) e outros. Considerando as regiões pesquisadas, observa-se que foi na região metropolitana de Recife que os preços dos alimentos mais subiram, atingindo 1,84%. A variação mais baixa foi registrada em Porto Alegre(0,43%).

A taxa de água e esgoto (3,76%) sobressaiu no grupo Habitação (1,03%), tendo em vista reajustes ocorridos nas seguintes regiões:

Regiões Variação (%) Reajuste (%) Vigência
Belo Horizonte
13,93
15,03
13 de maio
São Paulo
4,38
15,64
04 de junho
Rio de Janeiro
3,37
4,05
22 de maio
Curitiba
2,20
5,64
01 de junho
Salvador
2,14
9,98
06 de junho

Além das contas de água, subiram, no mês, energia elétrica (1,12%), artigos de limpeza (1,05%) econdomínio (0,93%). Quanto à energia, a alta foi decorrente de reajustes ocorridos nas regiões a seguir:

Regiões Variação (%) Reajuste (%) Vigência
Recife
5,26
11,13
29 de abril
Salvador
3,69
10,34
22 de abril
Fortaleza
3,03
8,58
22 de abril
Porto Alegre
1,21
4,36
19 de abril

Os artigos de higiene pessoal (1,08%) e os remédios (0,76%) foram destaques em Saúde e Cuidados Pessoais (0,87%), enquanto no grupo dos Transportes (0,85%) as passagens aéreas se destacaram, com alta de 29,54%. Ainda em Transportes, subiram os preços da gasolina (0,65%) e das tarifas de ônibus urbano (0,65%), refletindo, neste último, o reajuste de 12,50% em vigor na região metropolitana de Belém(11,67%) desde o dia 16 de maio.

Eletrodomésticos (1,20%) e artigos de TV e Som (0,85%) pressionaram os Artigos de Residência (0,69%), não havendo destaques nos demais grupos.

Dentre os índices regionais, o maior foi o de Recife (1,41%), sob influência da alta da gasolina, cujo preço do litro ficou 9,52% mais caro. A energia elétrica (5,26%), que refletiu o reajuste de 11,13% em vigor desde o dia 29 de abril, também pressionou o resultado de Recife, além do aumento de 1,84% nos preços dos alimentos. O menor índice foi registrado em Goiânia (0,54%), onde o preço do litro da gasolina ficou 2,64% mais barato e o do etanol, 7,57% mais barato. A seguir os resultados por região pesquisada.

Região
Peso Regional (%)
Variação Mensal (%)
Variação Acumulada (%)
Abril
Maio
Junho
Trimestre
12 Meses
Recife
5,05
0,63
1,04
1,41
3,11
8,40
Belém
4,65
0,74
0,65
1,33
2,74
8,73
Fortaleza
3,49
0,81
1,23
1,15
3,22
8,49
Brasília
3,46
1,48
0,14
1,15
2,79
7,83
Curitiba
7,79
1,79
0,71
1,13
3,67
9,98
Salvador
7,35
0,67
0,51
1,06
2,26
7,64
Porto Alegre
8,40
1,24
0,73
0,98
2,98
9,45
São Paulo
31,68
0,95
0,58
0,94
2,49
8,89
Rio de Janeiro
12,46
1,28
0,39
0,89
2,58
9,65
Belo Horizonte
11,23
1,05
0,60
0,86
2,53
7,46
Goiania
4,44
1,12
0,44
0,54
2,11
9,27
Brasil
100,00
1,07
0,60
0,99
2,68
8,80

Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 15 de maio 11 de junho de 2015 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de abril a 14 de maio de 2015 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

 

Comunicação Social
19 de junho de 2015