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Emprego industrial varia -0,4% em agosto

Em agosto de 2014, o pessoal ocupado assalariado na indústria caiu 0,4% frente ao mês imediatamente anterior...

10/10/2014 06h00 | Atualizado em 10/10/2014 06h00

Em agosto de 2014, o pessoal ocupado assalariado na indústria caiu 0,4% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, quinta taxa negativa consecutiva, acumulando nesse período perda de 2,9%. Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral apontou redução de 0,6% no trimestre encerrado em agosto de 2014 frente ao patamar assinalado no mês anterior e manteve a trajetória descendente iniciada em abril do ano passado.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o emprego industrial mostrou queda de 3,6% em agosto de 2014, 35º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto. Com isso, o índice acumulado nos oito meses do ano (-2,7%) também teve recuo, com ritmo mais intenso do que o observado no fechamento do primeiro semestre (-2,4%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos 12 meses, ao recuar 2,4% em agosto, manteve a trajetória descendente iniciada em setembro do ano passado (-1,0%).

A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/industria/pimes/.

Variáveis Variação mensal (%)
Agosto 2014/ Julho 2014*
Agosto 2014/ Agosto 2013
Acumulado Janeiro-Agosto
Acumulado nos Últimos 12 Meses
Pessoal Ocupado Assalariado
-0,4
-3,6
-2,7
-2,4
Número de Horas Pagas
-0,8
-4,5
-3,3
-2,9
Folha de Pagamento Real
0,5
-1,6
0,4
0,0

No confronto com igual mês do ano anterior, o emprego industrial recuou 3,6% em agosto, com o contingente de trabalhadores apontando redução em 13 dos 14 locais pesquisados. O principal impacto negativo foi em São Paulo (-4,8%), pressionado pela redução do pessoal ocupado em 15 das 18 atividades, com destaque para as indústrias de meios de transporte (-7,3%), de máquinas e equipamentos (-6,4%), de produtos de metal (-9,9%), de alimentos e bebidas (-2,4%), de produtos têxteis (-8,6%), de outros produtos da indústria de transformação (-10,5%), de calçados e couro (-13,8%), de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-4,3%) e de borracha e plástico (-3,6%). Houve resultados negativos importantes no Paraná (-5,2%), Rio Grande do Sul (-4,7%), Minas Gerais (-3,3%) e regiões Norte e Centro-Oeste (-2,2%). Pernambuco, com avanço de 0,6%, exerceu a única pressão positiva, impulsionado pelos setores de vestuário (18,9%), de alimentos e bebidas (2,3%), de produtos químicos (8,9%) e de produtos têxteis (14,3%). Setorialmente, o total do pessoal ocupado assalariado recuou em 14 dos 18 ramos pesquisados, com destaque para as pressões negativas vindas de meios de transporte (-7,5%), produtos de metal (-7,9%), calçados e couro (-9,0%), máquinas e equipamentos (-5,5%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-7,6%), vestuário (-4,9%), outros produtos da indústria de transformação (-5,5%) e metalurgia básica (-5,5%). Os principais impactos positivos ocorreram nos setores de minerais não-metálicos (1,1%) e de produtos químicos (1,0%).

No índice acumulado nos oito meses de 2014, o emprego industrial mostrou queda de 2,7%, com taxas negativas em 13 dos 14 locais e em 15 dos 18 setores investigados. São Paulo (-3,9%) apontou o principal impacto negativo, seguido pelo Rio Grande do Sul (-4,1%), Paraná (-4,1%), Minas Gerais (-2,0%), região Nordeste (-1,3%) e Rio de Janeiro (-2,2%). Pernambuco, com avanço de 1,0%, exerceu a única pressão positiva. Setorialmente, as contribuições negativas mais relevantes vieram de produtos de metal (-6,8%), máquinas e equipamentos (-5,1%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-6,8%), calçados e couro (-7,9%), meios de transporte (-4,2%), produtos têxteis (-4,9%), vestuário (-2,9%), refino de petróleo e produção de álcool (-8,2%) e outros produtos da indústria de transformação (-3,5%). Os impactos positivos foram registrados por produtos químicos (1,7%), alimentos e bebidas (0,3%) e minerais não-metálicos (0,9%).

Número de horas pagas é 0,8% menor que em julho

Em agosto de 2014, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, já descontadas as influências sazonais, recuou 0,8% frente ao mês imediatamente anterior, quarta taxa negativa consecutiva, acumulando nesse período perda de 3,2%. Com isso, o índice de média móvel trimestral recuou 0,8% no trimestre encerrado em agosto de 2014, frente ao patamar do mês anterior e manteve a trajetória descendente iniciada em maio de 2013.

O número de horas pagas recuou 4,5% na comparação com agosto de 2013, 15ª taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto e a mais intensa desde outubro de 2009 (-5,3%). Esse perfil de queda foi disseminado, já que todos os 14 locais e 15 dos 18 ramos pesquisados apontaram taxas negativas. Em termos setoriais, as principais influências negativas vieram de meios de transporte (-8,0%), produtos de metal (-9,5%), máquinas e equipamentos (-7,3%), calçados e couro (-10,8%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-7,7%), alimentos e bebidas (-1,9%) e vestuário (-5,2%). Em sentido contrário, os setores de produtos químicos (0,7%), de minerais não-metálicos (0,9%) e de fumo (5,4%) assinalaram os impactos positivos nesse mês. Entre os locais, São Paulo (-5,4%) apontou a principal influência negativa, pressionado pela redução no número de horas pagas nos setores de meios de transporte (-7,8%), máquinas e equipamentos (-8,5%), produtos de metal (-12,5%), alimentos e bebidas (-4,1%), produtos têxteis (-11,4%) e outros produtos da indústria de transformação (-9,3%). Outros impactos negativos importantes foram assinalados por Rio Grande do Sul (-6,0%), Minas Gerais (-4,4%), Paraná (-5,7%) e região Nordeste (-2,8%).

No índice acumulado nos oito meses de 2014, houve retração de 3,3%, intensificando o ritmo de queda frente ao fechamento do primeiro semestre do ano (-3,0%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. As taxas foram negativas em 16 dos 18 setores pesquisados. Os impactos mais relevantes ocorreram nos ramos de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-9,2%), produtos de metal (-7,9%), máquinas e equipamentos (-6,3%), meios de transporte (-5,5%), calçados e couro (-8,4%) e produtos têxteis (-6,0%). Os setores de minerais não-metálicos (1,4%) e de produtos químicos (1,0%) exerceram as contribuições positivas sobre o total do número de horas pagas aos trabalhadores da indústria. Em nível regional, todos os 14 locais investigados apontaram taxas negativas, com destaque para o recuo de 4,6% em São Paulo, seguido pelas perdas no Rio Grande do Sul (-5,4%), Paraná (-5,1%), Minas Gerais (-2,8%) e Região Nordeste (-2,4%).

A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de -2,6% em julho para -2,9% em agosto de 2014, manteve a trajetória descendente iniciada em setembro de 2013 (-1,0%).

Valor da folha de pagamento real aumenta 0,5% em agosto

Em agosto de 2014, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente avançou 0,5% frente ao mês imediatamente anterior, recuperando parte da perda de 5,1% acumulada nos dois últimos meses. Nesse mês, tanto a indústria de transformação (1,0%), como o setor extrativo (0,7%) apontaram taxas positivas. Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou queda de 1,6% no trimestre encerrado em agosto de 2014 frente ao patamar do mês anterior e manteve a trajetória descendente iniciada em fevereiro último.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento real assinalou recuo de 1,6% em agosto de 2014, terceira taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto. Os resultados foram negativos em oito dos 14 locais investigados. A principal influência negativa foi São Paulo (-2,7%), pressionado pela queda no valor da folha de pagamento real em meios de transporte (-5,9%), produtos de metal (-10,1%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-6,0%) e alimentos e bebidas (-3,2%). Outras contribuições negativas importantes vieram do Paraná (-2,3%), Rio Grande do Sul (-1,9%), Minas Gerais (-1,3%) e região Nordeste (-0,8%). O principal impacto positivo foi verificado na Bahia (1,3%), impulsionado pelos avanços nos setores de produtos químicos (5,7%), de meios de transporte (8,5%), de minerais não-metálicos (14,8%) e de borracha e plástico (6,8%). Setorialmente, o valor da folha de pagamento real recuou em dez dos 18 ramos investigados, com destaque para meios de transporte (-4,8%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-9,4%), produtos de metal (-6,3%), alimentos e bebidas (-1,2%) e indústrias extrativas (-3,3%). Os principais impactos positivos ocorreram nos setores de produtos químicos (3,4%) e de minerais não-metálicos (3,7%).

No índice acumulado dos oito meses do ano, houve variação positiva de 0,4%, ritmo de crescimento abaixo do verificado no fechamento do primeiro semestre do ano (1,3%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. As taxas foram positivas em sete dos 14 locais pesquisados. A principal contribuição positiva foi registrada pelas regiões Norte e Centro-Oeste (3,8%), seguidas por Santa Catarina (2,0%). Embora em menor escala, Paraná (1,0%) e Minas Gerais (0,5%) também tiveram avanço. Em sentido contrário, os impactos negativos mais relevantes foram observados no Rio Grande do Sul (-1,2%), Rio de Janeiro (-0,5%) e São Paulo (-0,1%). Setorialmente, o valor da folha de pagamento real avançou em nove das 18 atividades pesquisadas, impulsionado pelos ganhos vindos de alimentos e bebidas (3,9%), de minerais não-metálicos (4,8%) e de borracha e plástico (3,5%). Os setores de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-5,0%), de produtos de metal (-4,0%) e de máquinas e equipamentos (-1,7%) apresentaram as principais contribuições negativas no índice acumulado dos oito meses do ano.

A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos 12 meses, ao mostrar variação nula (0,0%) em agosto de 2014, permaneceu com a trajetória descendente iniciada em janeiro último (1,6%).