Em setembro, IPCA-15 fica em 0,39% e IPCA-E 0,70%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) teve variação de 0,39% em setembro e...
19/09/2014 06h00 | Atualizado em 19/09/2014 06h00
Período |
TAXA |
---|---|
Setembro |
0,39% |
Agosto |
0,14% |
Setembro 2013 |
0,27% |
Acumulado no ano |
4,72% |
Acumulado 12 meses |
6,62% |
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) teve variação de 0,39% em setembro e ficou 0,25 ponto percentual acima da taxa de 0,14% de agosto. Com isto o IPCA-E (IPCA-15 acumulado nos meses de julho, agosto e setembro) foi de 0,70% acima do resultado de igual período de 2013 (0,50%). No ano, o IPCA-15 foi para 4,72%, superior à taxa de 3,97% do mesmo de período de 2013. Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 situou-se em 6,62%, acima dos 12 meses imediatamente anteriores (6,49%). Em setembro de 2013, a taxa havia sido 0,27%. Os dados completos do IPCA-15 podem ser acessados na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipca15/defaultipca15.shtm.
A maioria dos grupos de produtos e serviços pesquisados apresentou aceleração na taxa de variação de agosto para setembro, como mostra a tabela a seguir:
Grupo |
Variação (%) |
Impacto (p.p.) | ||
---|---|---|---|---|
Agosto |
Setembro |
Agosto |
Setembro | |
Índice Geral |
0,14 |
0,39 |
0,14 |
0,39 |
Alimentação e Bebidas |
-0,32 |
0,28 |
-0,08 |
0,07 |
Habitação |
1,44 |
0,72 |
0,20 |
0,11 |
Artigos de Residência |
0,41 |
0,43 |
0,02 |
0,02 |
Vestuário |
-0,18 |
0,17 |
-0,01 |
0,01 |
Transportes |
0,20 |
0,45 |
0,04 |
0,08 |
Saúde e Cuidados Pessoais |
0,55 |
0,30 |
0,06 |
0,04 |
Despesas Pessoais |
-0,67 |
0,31 |
-0,07 |
0,03 |
Educação |
0,42 |
0,20 |
0,02 |
0,01 |
Comunicação |
-0,84 |
0,56 |
-0,04 |
0,02 |
Os preços dos alimentos voltaram a subir e foram para 0,28%, depois de recuarem 0,32% em agosto. A alta foi motivada, principalmente, pelas carnes, que ficaram 2,30% mais caras de um mês para o outro, pela refeição fora de casa, que teve aumento de 0,90%, além do leite longa vida, com 1,47%.
Além do grupo Alimentação e Bebidas (de -0,32% para 0,28%), Vestuário (de -0,18% para 0,17%), Despesas Pessoais (de -0,67% para 0,31%) e Comunicação (de -0,84% para 0,56%) também mostraram alta em setembro enquanto haviam apresentado variações em queda no mês de agosto. No grupo dos Artigos de Residência (de 0,41% para 0,43%) as variações ficaram próximas de um mês para o outro.
A respeito das Despesas Pessoais (de -0,67% para 0,31%), destaca-se que as diárias dos hotéis foram responsáveis pelo resultado do grupo em agosto, apresentando redução de 23,54% e agora, em setembro, ficaram relativamente estáveis, com -0,09%. Quanto ao item empregados domésticos (0,78%), em razão da indisponibilidade das informações da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) para Salvador e Porto Alegre com referência aos meses de maio, junho e julho, estas duas regiões tiveram sua metodologia de cálculo adaptada. O procedimento consistiu em utilizar os últimos rendimentos disponíveis nas duas regiões, que se referem ao mês de abril, para estimar a tendência da série de rendimentos em setembro. Assim, foram estimados, a partir de abril, cinco meses à frente ao invés de dois, como é a metodologia corrente adotada. As demais regiões seguiram o procedimento regular descrito na nota técnica 02/2007, sendo estimados dois meses à frente com base nos rendimentos de julho efetivamente coletados através da PME.
O grupo dos Transportes (de 0,20% para 0,45%) também mostrou aceleração na taxa de crescimento de agosto para setembro. Dele veio a liderança na relação dos principais impactos do mês, as passagens aéreas, com 0,07 ponto percentual em vista da alta de 17,58%.
Já nos grupos Habitação (de 1,44% para 0,72%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,55% para 0,30%) e Educação (de 0,42% para 0,20%) as variações ficaram abaixo do mês anterior. Em Habitação, embora tenha sido o grupo mais elevado no mês, vários itens mostraram recuo, a exemplo da energia elétrica (de 4,25% para 1,52%), condomínio (de 1,36% para 0,35%) e taxa de água e esgoto (de 1,37% para -0,17%). Observa-se que na água e esgoto, a queda de 0,17% foi motivada pela região metropolitana de São Paulo, cujas contas ficaram 2,52% mais baratas, em média, levando em conta a maior intensidade do efeito do Programa de Incentivo à Redução de Consumo de Água, que bonifica com 30% de redução nas contas os usuários que reduzem em 20% o consumo mensal. Quanto à mão de obra para pequenos reparos (1,05%), também do grupo Habitação, em razão da indisponibilidade das informações da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) de Salvador e de Porto Alegre com referência ao meses de maio, junho e julho, seguiu-se o mesmo procedimento adotado para os empregados domésticos no cálculo dessas duas regiões.
Quanto ao trimestre e ano os resultados dos grupos de produtos e serviços pesquisados encontram-se a seguir.
Grupo |
Variação Mensal (%) |
Variação Acumulada (%) | |||
---|---|---|---|---|---|
Julho |
Agosto |
Setembro |
Trimestre |
Ano | |
Índice Geral |
0,17 |
0,14 |
0,39 |
0,70 |
4,72 |
Alimentação e Bebidas |
-0,03 |
-0,32 |
0,28 |
-0,07 |
5,57 |
Habitação |
0,48 |
1,44 |
0,72 |
2,66 |
6,54 |
Artigos de Residência |
0,66 |
0,41 |
0,43 |
1,51 |
5,42 |
Vestuário |
0,00 |
-0,18 |
0,17 |
-0,01 |
1,80 |
Transportes |
-0,85 |
0,20 |
0,45 |
-0,20 |
2,06 |
Saúde e Cuidados Pessoais |
0,52 |
0,55 |
0,30 |
1,38 |
5,70 |
Despesas Pessoais |
1,74 |
-0,67 |
0,31 |
1,37 |
6,93 |
Educação |
-0,07 |
0,42 |
0,20 |
0,55 |
8,11 |
Comunicação |
-0,10 |
-0,84 |
0,56 |
-0,38 |
-1,34 |
Dentre os índices regionais, o maior foi o de Belém (1,10%), em virtude da alta da energia elétrica (23,55%), tendo em vista o reajuste de 34,41% em vigor desde 7 de agosto. O menor índice foi o de Goiânia (0,05%).
Região |
Peso Regional (%) |
Variação Mensal (%) |
Variação Acumulada (%) | |||
---|---|---|---|---|---|---|
Julho |
Agosto |
Setembro |
Trimestre |
Ano | ||
Belém |
4,65 |
-0,13 |
0,45 |
1,10 |
1,42 |
4,80 |
Salvador |
7,35 |
0,25 |
-0,38 |
0,75 |
0,62 |
4,68 |
Brasília |
3,46 |
0,10 |
0,12 |
0,74 |
0,96 |
4,07 |
Recife |
5,05 |
0,71 |
-0,28 |
0,55 |
0,98 |
5,45 |
Curitiba |
7,79 |
0,11 |
0,50 |
0,38 |
0,99 |
5,07 |
São Paulo |
31,68 |
0,16 |
0,26 |
0,34 |
0,76 |
4,58 |
Belo Horizonte |
11,23 |
0,19 |
-0,06 |
0,30 |
0,43 |
4,72 |
Porto Alegre |
8,40 |
0,41 |
0,02 |
0,29 |
0,72 |
4,94 |
Rio de Janeiro |
12,46 |
0,03 |
0,30 |
0,22 |
0,55 |
5,17 |
Fortaleza |
3,49 |
0,00 |
-0,02 |
0,09 |
0,07 |
3,95 |
Goiania |
4,44 |
0,03 |
0,17 |
0,05 |
0,25 |
4,19 |
Brasil |
100,00 |
0,17 |
0,14 |
0,39 |
0,70 |
4,72 |
Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 14 de agosto a 12 de setembro (referência) e comparados com aqueles vigentes de 15 de julho a 13 de agosto (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.