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Em maio, produção industrial recua em 7 dos 14 locais pesquisados

A redução no ritmo da produção industrial nacional entre abril e maio, na série com ajuste sazonal, foi acompanhada por sete dos quatorze locais pesquisados,...

10/07/2014 06h00 | Atualizado em 10/07/2014 06h00

A redução no ritmo da produção industrial nacional entre abril e maio, na série com ajuste sazonal, foi acompanhada por sete dos quatorze locais pesquisados, com destaque para Amazonas (-9,7%), Bahia (-6,8%) e Região Nordeste (-4,5%). O Amazonas acumulou recuo de 11,1% em dois meses seguidos de queda, a Bahia eliminou a expansão de 5,0% acumulada entre fevereiro e abril e o Nordeste reverteu o avanço de 0,4% verificado no mês anterior. Rio de Janeiro (-1,6%), Espírito Santo (-1,4%) e Rio Grande do Sul (-1,0%) também tiveram recuos mais intensos que a média nacional (-0,6%), enquanto Pernambuco (-0,2%) mostrou queda mais moderada. Por outro lado, Pará (4,2%) e Goiás (2,1%) assinalaram as maiores expansões em maio e avançaram pelo quarto mês seguido. Com isso, o Pará acumulou ganho de 12,4% e Goiás cresceu 10,2%. Ceará (1,2%), Paraná (1,1%), São Paulo (1,0%), Minas Gerais (0,5%) e Santa Catarina (0,3%) completaram o conjunto de locais com taxas positivas no mês.

Indicadores Conjunturais da Indústria
Resultados Regionais
Maio de 2014
Locais Variação (%)
Maio 2014/
Abril 2014*
Maio 2014/
Maio 2013
Acumulado
Janeiro-Maio
Acumulado nos
Últimos 12 Meses
Amazonas
-9,7
-5,8
4,5
6,1
Pará
4,2
36,3
18,0
8,8
Região Nordeste
-4,5
-2,1
1,6
2,2
Ceará
1,2
1,1
0,0
7,0
Pernambuco
-0,2
1,7
5,7
2,8
Bahia
-6,8
-6,6
-2,8
1,7
Minas Gerais
0,5
-4,1
0,2
-0,7
Espírito Santo
-1,4
0,3
-3,3
-3,8
Rio de Janeiro
-1,6
-7,9
-4,3
-2,3
São Paulo
1,0
-3,6
-4,7
-0,7
Paraná
1,1
-3,7
-1,7
1,9
Santa Catarina
0,3
0,0
0,1
1,6
Rio Grande do Sul
-1,0
-7,8
-2,5
3,9
Mato Grosso
-
0,9
2,2
4,6
Goiás
2,1
4,2
0,2
3,3
Brasil
-0,6
-3,2
-1,6
0,2
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
* Série com Ajuste Sazonal

Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral da indústria mostrou variação negativa de 0,5% no trimestre encerrado em maio, frente à média do mês anterior, e intensificou a queda registrada em abril último (-0,3%). Em termos regionais, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, oito locais apontaram taxas negativas: Amazonas (-3,4%), Rio Grande do Sul (-2,7%), Rio de Janeiro (-2,2%), Bahia (-1,8%) e Região Nordeste (-1,6%). Por outro lado, Pará (2,6%), Goiás (2,2%), Espírito Santo (1,8%) e São Paulo (1,0%) assinalaram os resultados positivos mais intensos em maio de 2014.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial nacional recuou 3,2% em maio de 2014 e oito dos quinze locais pesquisados apontaram queda na produção. Os recuos mais intensos de maio ocorreram no Rio de Janeiro (-7,9%), Rio Grande do Sul (-7,8%), Bahia (-6,6%) e Amazonas (-5,8%), pressionados em grande parte pela redução na produção dos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, óleos combustíveis e óleos lubrificantes básicos), e de veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis e caminhões), no primeiro local, de veículos automotores, reboques e carrocerias (reboques e semirreboques, autopeças, carrocerias para ônibus e automóveis), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, naftas para petroquímica, gasolina automotiva e gás liquefeito de petróleo) e de máquinas e equipamentos (máquinas para colheita, aparelhos de ar-condicionado, reboques e semirreboques para uso agrícola e semeadores, plantadeiras e adubadores), no segundo, de coque, produtos do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, óleos combustíveis, gasolina automotiva, naftas para petroquímica e querosene para aviação) e de veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis), no terceiro, e de bebidas (preparações em xarope para elaboração de bebidas) e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (telefones celulares, receptor-decodificador de sinais de vídeo codificado e relógios), no último.

Minas Gerais (-4,1%), Paraná (-3,7%), São Paulo (-3,6%) e o Nordeste (-2,1%) completaram o conjunto de locais com taxas negativas. Por outro lado, Pará (36,3%) assinalou o avanço mais acentuado nesse mês, impulsionado não só pelo comportamento positivo vindo do setor extrativo (minérios de ferro em bruto), mas também pela baixa base de comparação, uma vez que o total da indústria do Pará recuou 20,5% em maio de 2013. Adicionalmente, Goiás (4,2%), Pernambuco (1,7%), Ceará (1,1%), Mato Grosso (0,9%) e Espírito Santo (0,3%) apontaram taxas positivas mais moderadas em maio de 2014, enquanto Santa Catarina (0,0%) ficou estável nesse mês.

No acumulado em 2014 houve recuos em seis dos quinze locais e todos os seis recuaram mais do que a média da indústria (-1,6%): São Paulo (-4,7%), Rio de Janeiro (-4,3%), Espírito Santo (-3,3%), Bahia (-2,8%), Rio Grande do Sul (-2,5%) e Paraná (-1,7%). Já o Ceará (0,0%) ficou estável frente a igual período do ano anterior. Nesses sete locais, o menor dinamismo foi particularmente influenciado pela redução na fabricação de bens de capital (em especial aqueles voltados para equipamentos de transportes - caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões e veículos para transporte de mercadorias), bens intermediários (autopeças, produtos têxteis, produtos siderúrgicos, produtos de metal, petroquímicos básicos, resinas termoplásticas e defensivos agrícolas) e bens de consumo duráveis (automóveis, eletrodomésticos da "linha branca" e móveis).

Por outro lado, Pará (18,0%), Pernambuco (5,7%), Amazonas (4,5%), Mato Grosso (2,2%), Região Nordeste (1,6%), Minas Gerais (0,2%), Goiás (0,2%) e Santa Catarina (0,1%) apontaram as taxas positivas no índice acumulado no ano.

O acumulado nos últimos doze meses avançou 0,2% em maio e mostrou clara redução no ritmo de crescimento frente aos resultados de março (2,0%) e abril (0,7%). Como mostra a tabela a seguir, onze dos quinze locais pesquisados apontaram taxas positivas em maio, mas nove assinalaram menor dinamismo frente a abril. As principais perdas entre abril e maio ocorreram no Rio Grande do Sul (de 5,1% para 3,9%), Bahia (de 2,9% para 1,7%), Amazonas (de 7,2% para 6,1%) e São Paulo (de 0,2% para -0,7%), enquanto Pará (de 4,2% para 8,8%) mostrou o maior avanço no período.

Indicadores da Produção Industrial - Resultados Regionais
Índice Acumulado nos Últimos Doze Meses
(Base: Últimos doze meses anteriores)
Locais Variação percentual (%)
Março/2013
Abril/2014
Maio/2014
Amazonas
8,5
7,2
6,1
Pará
-0,1
4,2
8,8
Região Nordeste
3,5
2,7
2,2
Ceará
9,5
7,6
7,0
Pernambuco
2,9
2,8
2,8
Bahia
4,1
2,9
1,7
Minas Gerais
0,6
-0,1
-0,7
Espírito Santo
-3,7
-4,0
-3,8
Rio de Janeiro
-1,3
-1,9
-2,3
São Paulo
2,0
0,2
-0,7
Paraná
4,5
2,4
1,9
Santa Catarina
2,9
1,5
1,6
Rio Grande do Sul
7,5
5,1
3,9
Mato Grosso
3,2
4,0
4,6
Goiás
3,4
2,4
3,3
Brasil
2,0
0,7
0,2
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria