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IPCA de junho fica em 0,40%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de junho apresentou variação de 0,40%,...

08/07/2014 06h00 | Atualizado em 08/07/2014 06h00

Período TAXA
JUNHO 2014
0,40%
Maio 2014
0,46%
Junho 2013
0,26%
Acumulado 2014
3,75%
Acumulado 12 meses
6,52%

O índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de junho apresentou variação de 0,40%, ficando 0,06 ponto percentual abaixo da taxa registrada no mês de maio (0,46%). Assim, o primeiro semestre do ano fechou em 3,75%, acima dos 3,15% do primeiro semestre de 2013. Considerando os últimos doze meses o índice está em 6,52%, acima dos 6,37% relativos aos doze meses anteriores. Em junho de 2013 a taxa foi de 0,26%.

A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página https://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/inpc_ipca/defaultinpc.shtm.

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Maio
Junho
Maio
Junho
Índice Geral
0,46
0,40
0,46
0,40
Alimentação e Bebidas
0,58
-0,11
0,15
-0,03
Habitação
0,61
0,55
0,09
0,08
Artigos de Residência
1,03
0,38
0,05
0,02
Vestuário
0,84
0,49
0,05
0,03
Transportes
-0,45
0,37
-0,08
0,07
Saúde e Cuidados Pessoais
0,98
0,60
0,11
0,07
Despesas Pessoais
0,80
1,57
0,08
0,17
Educação
0,13
0,02
0,01
0,00
Comunicação
0,11
-0,02
0,00
0,00

Em desaceleração pelo terceiro mês consecutivo, o grupo Alimentação e Bebidas foi de 0,58% em maio para -0,11% em junho, o menor resultado desde julho de 2013 (-0,33%). Os alimentos consumidos em casa chegaram a apresentar queda de 0,60% em junho, ao passo que, em maio, tiveram alta de 0,41%. Parte dos produtos passou a custar menos e parte teve variação reduzida, destacando-se a batata-inglesa (-11,46%) e o tomate (-9,58%) que apresentaram os mais fortes impactos para baixo, com -0,03 ponto percentual cada.

Os alimentos consumidos fora de casa (de 0,91% em maio para 0,82% em junho) apresentaram resultados abaixo do mês anterior, com destaque para a refeição (de 0,96% para 0,75%), refrigerante (de 1,29% para 0,51%) e cerveja (de 0,34% para 0,01%).

Dentre os alimentos que apresentaram queda ou desaceleração, os principais destaques encontram-se a seguir:

Item
Variação mensal
(%)
Variação Acumulada
(%)
Maio
Junho
Ano
12 meses
Batata-inglesa
-9,13
-11,46
15,46
-14,16
Tomate
10,52
-9,58
29,08
2,99
Cenoura
-2,08
-7,67
11,75
-14,00
Farinha de mandioca
-12,09
-6,83
-24,70
-31,10
Feijão-Carioca
0,03
-6,78
0,15
-41,28
Hortaliças
-3,81
-6,65
14,83
10,84
Feijão-fradinho
1,72
-6,00
16,25
5,86
Cebola
6,31
-4,21
26,30
-26,79
Feijão-preto
3,79
-3,67
0,50
9,30
Fubá de milho
3,06
-3,64
2,03
2,36
Frutas
-2,20
-3,52
2,90
10,19
Pescados
-0,38
-2,44
8,55
15,89
Feijão-mulatinho
1,59
-1,11
-5,83
-38,93
Ovo
-0,77
-1,04
12,12
7,34
Leite longa vida
1,70
-0,44
0,10
2,30
Iogurte
1,06
-0,42
6,99
9,55
Frango em pedaços
1,03
-0,13
1,26
4,24
Óleo de soja
1,22
-0,07
8,35
2,00
Cerveja 
0,57
0,00
1,16
10,87
Frango
0,80
0,07
-0,68
5,38
Queijo
1,11
0,25
3,61
9,69
Refrigerante fora
1,29
0,51
5,17
9,10
Alho
5,34
0,89
9,69
-8,26

Quanto aos alimentos que se apresentaram em alta no mês, os principais foram:

Item
Variação mensal
(%)
Variação Acumulada
(%)
Maio
Junho
Ano
12 meses
Açaí
-0,86
3,68
33,46
4,19
Café solúvel
1,54
3,03
4,67
4,02
Café da manhã
1,24
2,37
6,86
12,70
Leite em pó
1,82
2,34
4,96
12,58
Farinha de trigo
0,23
1,77
2,28
14,92
Pão doce
-0,14
1,62
3,19
11,03
Presunto
0,27
1,41
2,77
6,19
Lanche
0,84
1,34
6,34
12,75
Biscoito
0,40
1,07
3,87
6,91
Cafezinho
-0,87
0,94
7,29
14,03
Açúcar
-1,97
0,62
-0,93
-2,22
Refrigerante consumido em casa
0,13
0,49
3,72
7,44

Não foi apenas o grupo Alimentação e Bebidas que reduziu de um mês para o outro. Excetuando-se apenas os Transportes e Despesas Pessoais, os demais grupos apresentaram resultados mais baixos em junho.

Nas despesas com Habitação houve redução de 0,61% em maio para 0,55% em junho, mesmo com expressivas altas na taxa de água e esgoto (0,95%), aluguel residencial (0,84%) e artigos de limpeza (0,92%). Isso porque a energia elétrica passou de 3,71% em maio para 0,13% em junho, tendo em vista as quedas de 3,76% no Rio de Janeiro, 1,07% em Belo Horizonte e 1,35% em Brasília. O resultado da água e esgoto deu-se em função das altas ocorridas nas regiões metropolitanas de Salvador (5,67%), com reajuste de 7,80% desde 6 de junho, e Belo Horizonte (2,79%), com reajuste de 6,18% concedido em 13 de maio.

Saúde e Cuidados Pessoais ficou em 0,60% em junho, após os 0,98% do mês anterior, já que deixou para trás os reflexos do reajuste de 31 de março nos preços dos remédios (de 1,47% em maio para 0,29% em junho).

Destacam-se, além dos grupos anteriores, fortes reduções nas taxas de crescimento dos Artigos de Residência (de 1,03% em maio para 0,38% em junho) e de Vestuário (de 0,84% em maio para 0,49% em junho). Os outros dois grupos que também se apresentaram abaixo do mês anterior, completando sete dos nove pesquisados, foram Comunicação (de 0,11% para -0,02%) e Educação (de 0,13% para 0,02%).

Por outo lado, com a Copa do Mundo no Brasil, as diárias dos hotéis aumentaram 25,33% e levaram o grupo das Despesas Pessoais a 1,57% em junho (0,80% em maio), configurando tanto a maior variação quanto o principal impacto de grupo (0,17 ponto percentual).

Da mesma forma, com a Copa, as tarifas aéreas ficaram, em média, 21,95% mais caras e, com isso, o grupo dos Transportes foi para 0,37%, após ter registrado queda de 0,45% em maio, mesmo com o litro do etanol e da gasolina mais baratos em 3,42% e 0,72%, respectivamente. Destaca-se, ainda, a variação de 0,58% nas tarifas dos ônibus urbano, ante 0,72% no mês anterior. O resultado de junho se deve às regiões de Belo Horizonte (2,52%), com reajuste de 7,54%, em 10 de maio; Belém (5,73%), com reajuste de 9,09%, em 19 de maio; e Goiânia (0,72%), com reajuste de 3,70% em 3 de maio.

Assim, diárias de hotéis, com 0,11 ponto percentual, aliadas às tarifas aéreas, com 0,09 ponto, lideraram o ranking dos principais impactos. Juntas, se apropriaram de 0,20 ponto percentual e foram responsáveis pela metade do IPCA do mês.

Dentre os índices regionais, o maior foi o de Recife (0,71%), onde as diárias dos hotéis, com alta de 32,69% e peso de 0,94%, exerceram impacto de 0,31 ponto percentual no resultado. O menor índice foi o de Belém (0,21%), em virtude da queda de 0,56% nos alimentos consumidos em casa.

A seguir encontra-se a tabela com os resultados mensais por região pesquisada.

Região
Peso Regional (%)
Variação mensal (%)
Variação Acumulada (%)
Maio
Junho
Ano
12 meses
Recife
5,05
1,16
0,71
4,40
7,16
Salvador
7,35
0,38
0,66
3,82
5,74
Brasília
2,80
-0,08
0,55
2,84
6,02
Campo Grande
1,51
0,32
0,45
3,66
-
Belo Horizonte
10,86
0,67
0,42
4,07
6,28
Vitória
1,78
0,31
0,42
3,09
-
Rio de Janeiro
12,06
0,55
0,40
4,29
7,33
Curitiba
7,79
0,46
0,37
3,92
7,21
São Paulo
30,67
0,12
0,37
3,43
6,32
Fortaleza
3,49
0,95
0,35
3,77
6,57
Porto Alegre
8,40
0,75
0,29
4,10
7,23
Goiânia
3,59
0,41
0,27
3,44
6,29
Belém
4,65
0,79
0,21
2,97
5,43
Brasil
100,00
0,46
0,40
3,75
6,52

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de maio a 27 de junho de 2014 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de abril a 28 de maio de 2014 (base).

INPC variou 0,26% em junho

O índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 0,26% em junho e ficou abaixo do resultado de 0,60% de maio em 0,34 ponto percentual. Com isso, o primeiro semestre do ano fechou em 3,79%, 0,49 ponto percentual acima da taxa de 3,30% relativa ao primeiro semestre de 2013. Considerando os últimos doze meses, o índice está em 6,06%, abaixo dos 6,08% relativos aos doze meses anteriores. Em junho de 2013, o INPC foi de 0,28%.

Os produtos alimentícios apresentaram queda de 0,14% em junho, enquanto para os não alimentícios houve alta de 0,44%. Em maio, os resultados foram de 0,64% e 0,59%, respectivamente.

Dentre os índices regionais, o maior foi o de Salvador (0,50%) onde a taxa de água e esgoto apresentou alta de 5,66% em função do reajuste de 7,80% em vigor de 6 de junho e da energia elétrica (4,42%) refletindo o restante do reajuste de 14,69% de 22 de abril. O menor índice foi o de Curitiba (-0,07%) em virtude da queda 0,50% nos preços dos alimentos consumidos em casa além da queda de 3,49% nos preços da gasolina e de 4,47% nos do etanol. A seguir, tabela com os resultados mensais por região pesquisada.

Região
Peso Regional (%)
Variação mensal (%)
Variação Acumulada (%)
Maio
Junho
Ano
12 meses
Salvador
10,67
0,48
0,5
3,82
5,51
Campo Grande
1,64
0,45
0,47
3,88
-
Recife
7,17
1,14
0,44
4,1
6,65
Fortaleza
6,61
1,02
0,39
3,93
6,75
Belém
7,03
0,9
0,31
3,35
5,54
Belo Horizonte
10,6
0,83
0,3
4,37
6,28
Brasília
1,88
0,32
0,3
3,25
5,49
Porto Alegre
7,38
0,85
0,26
4,29
7,22
Vitória
1,83
0,32
0,26
3,09
-
São Paulo
24,24
0,10
0,20
3,15
5,37
Goiânia
4,15
0,64
0,09
3,58
5,87
Rio de Janeiro
9,51
0,92
0,07
4,60
6,87
Curitiba
7,29
0,47
-0,07
3,68
6,40
Brasil
100,00
0,60
0,26
3,79
6,06

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do País, além de Brasília e do município de Goiânia. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de maio a 27 de junho de 2014 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de abril a 28 de maio de 2014 (base).