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Produção industrial cai em 10 dos 14 locais pesquisados em agosto

Entre julho e agosto de 2011, os índices regionais da produção industrial mostraram taxas negativas em 10 dos 14 locais pesquisados ...

06/10/2011 06h01 | Atualizado em 06/10/2011 06h01

Entre julho e agosto de 2011, os índices regionais da produção industrial mostraram taxas negativas em 10 dos 14 locais pesquisados pelo IBGE, na série ajustada sazonalmente. Goiás (-6,6%) e Espírito Santo (-6,4%) apontaram os recuos mais acentuados, com o primeiro devolvendo parte da expansão de 19,1% acumulada nos últimos três meses de crescimento, e o segundo acumulando perda de 11,6% nos últimos quatro meses de recuo. Os demais locais que registraram redução na produção acima da média nacional (-0,2%) foram Amazonas (-4,5%), Pernambuco (-3,0%), Bahia (-1,9%), Rio Grande do Sul (-1,5%), Pará (-1,2%), Minas Gerais (-1,1%) e região Nordeste (-0,9%). São Paulo, parque industrial mais diversificado do país e de maior peso na estrutura da indústria, apontou variação negativa de 0,1%. Com aumento na produção figuraram Paraná (7,0%), Rio de Janeiro (4,3%), Santa Catarina (1,9%) e Ceará (1,5%).

A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/industria/pimpfregional/.

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, os resultados de agosto foram positivos em oito dos 14 locais pesquisados. Vale destacar que agosto de 2011 (23 dias) teve um dia útil a mais que agosto de 2010 (22 dias). As expansões mais intensas que a média nacional (1,8%) foram observadas no Paraná (24,0%), impulsionado em grande parte pelos avanços assinalados nos setores de edição e impressão, veículos automotores e refino de petróleo e produção de álcool, Amazonas (8,1%), Pará (4,5%), Pernambuco (4,5%), Goiás (4,1%) e Rio Grande do Sul (3,6%). Rio de Janeiro (1,8%) e São Paulo (1,5%) também registraram taxas positivas. Os resultados negativos foram registrados por Minas Gerais (-0,5%), Espírito Santo (-1,4%), Bahia (-1,5%), Santa Catarina (-1,6%), região Nordeste (-3,7%) e Ceará (-13,8%).

O acumulado de janeiro a agosto de 2011, frente a igual período do ano anterior, também mostrou a maior parte (9) dos locais pesquisados com crescimento na produção. Foi verificado ritmo mais acentuado que a média nacional (1,4%) no Espírito Santo (9,2%), Goiás (5,0%), Paraná (4,8%), Pará (2,5%), São Paulo (2,3%), Amazonas (2,0%), Minas Gerais (1,7%), Rio Grande do Sul (1,7%) e Rio de Janeiro (1,5%). No desempenho positivo destes locais observa-se a maior presença de segmentos articulados à produção de bens de capital (para transporte e construção) e de bens de consumo duráveis, além dos avanços nos setores extrativos (petróleo), farmacêutico e de minerais não metálicos. Nos demais locais os resultados foram negativos: Pernambuco (-2,4%), Bahia (-4,2%), Santa Catarina (-4,6%), região Nordeste (-5,6%) e Ceará (-14,4%).

Na evolução dos índices quadrimestrais, o setor industrial cresce há seis períodos consecutivos, mas com clara diminuição no ritmo de crescimento, ao assinalar 1,6% nos quatro primeiros meses de 2011 e 1,2% no período maio-agosto, após registrar 18,0% no primeiro quadrimestre do ano passado, 10,7% no segundo e 4,1% no último, todas as comparações contra igual período do ano anterior. Nos índices regionais esse movimento foi acompanhado por seis dos 14 locais investigados, com destaque para as reduções no ritmo de produção registrados por Espírito Santo, que passou de 12,0% nos quatro primeiros meses do ano para 6,7% no segundo quadrimestre, Rio de Janeiro (de 4,2% para -1,0%), Santa Catarina (de -2,3% para -6,8%) e Ceará (de -12,6% para -16,2%). Por outro lado, os locais que apontaram os maiores ganhos de dinamismo entre esses dois períodos foram: Goiás (de -3,7% para 12,9%), Pará (de -1,6% para 6,3%), Bahia (de -7,9% para -0,6%) e Amazonas (de -1,4% para 5,3%).

A redução no ritmo de crescimento do setor industrial no índice acumulado nos últimos doze meses na passagem de julho (2,9%) para agosto (2,3%) também se refletiu em 12 dos 14 locais pesquisados. As maiores perdas de dinamismo foram registradas no Ceará (de -8,2% para -10,3%), Espírito Santo (de 10,2% para 8,7%), Minas Gerais (de 4,7% para 3,7%), Goiás (de 9,1% para 8,2%) e região Nordeste (de -2,8% para -3,7%). Por outro lado, Paraná, ao passar de 4,4% para 5,8%, foi o único que apontou ganho de ritmo entre os dois períodos.