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Emprego industrial avança 1,1% em novembro de 2009

Este avanço de 1,1% em relação a outubro de 2009, na série com ajuste sazonal, foi o maior desde janeiro de 2001...

12/01/2010 07h01 | Atualizado em 12/01/2010 07h01

Este avanço de 1,1% em relação a outubro de 2009, na série com ajuste sazonal, foi o maior desde janeiro de 2001, mas o pessoal ocupado na indústria recuou (-4,1%) em relação a novembro de 2008. O número de horas pagas na indústria subiu 0,9% em relação a outubro de 2009, mas teve recuo (-3,6%) em relação a novembro de 2008. A folha de pagamento real teve recuos em ambas as comparações: -0,8% em relação a outubro de 2009 e -2,7% em relação a novembro de 2008. Os indicadores acumulados para pessoal ocupado, horas pagas e folha de pagamento real, respectivamente, ainda apresentam-se negativos, tanto no ano
(-5,5%, -6,0% e -2,7%) quanto nos 12 meses (-5,2%, -5,6% e -2,0%).

PESSOAL OCUPADO ASSALARIADO

Em novembro de 2009, o emprego industrial avançou 1,1% frente a outubro, na série com ajuste sazonal, maior expansão desde o início da série (janeiro de 2001) e o quinto resultado positivo consecutivo, acumulando nesse período ganho de 2,7%. Com estes resultados, a média móvel trimestral avançou 0,7% em novembro, quarta taxa positiva consecutiva, e acelerou o ritmo de crescimento frente aos últimos meses: 0,2% em agosto, 0,3% em setembro e 0,4% em outubro.

Na comparação com iguais períodos de 2008, os índices mantiveram-se negativos: -4,1% frente a novembro do ano passado; -5,5% no acumulado no ano e -5,2% no acumulado nos últimos doze meses, que manteve a trajetória descendente iniciada em agosto de 2008 (3,0%).

No confronto novembro 09/novembro 08, o emprego industrial teve sua décima segunda taxa negativa consecutiva (-4,1%), com redução do pessoal ocupado em treze das quatorze áreas investigadas e em dezesseis dos dezoito segmentos industriais. São Paulo (-3,0%) exerceu o maior impacto negativo na taxa global, seguido por Minas Gerais (-9,1%), região Norte e Centro-Oeste (-6,5%) e Paraná (-5,5%).

No estado paulista, as maiores influências negativas vieram de meios de transporte (-13,6%), máquinas e equipamentos (-9,3%) e produtos de metal (-11,3%). Em Minas Gerais, (-28,3%), o setor de vestuário foi o maior impacto negativo, com alimentos e bebidas (-7,1%) e metalurgia básica (-13,1%) a seguir. Na região Norte e Centro-Oeste, as maiores perdas foram em madeira (-29,6%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-18,4%). Já no Paraná, outros produtos da indústria de transformação (-19,7%) e madeira (-17,1%) exerceram as principais pressões negativas.

No corte setorial, ainda em relação a novembro de 2008, as perdas mais relevantes foram em meios de transporte (-10,4%), máquinas e equipamentos (-9,0%), produtos de metal (-8,4,%) e madeira (-17,6,%). Por outro lado, papel e gráfica (7,6%) e fumo (2,1%) foram as únicas atividades com crescimento do pessoal ocupado nessa comparação.

A taxa do emprego industrial acumulada no ano também foi negativa (-5,5%). Houve recuos nos quatorze locais investigados, com destaque para São Paulo (-4,1%), Minas Gerais (-8,7%), região Norte e Centro-Oeste (-8,8%) e Rio Grande do Sul (-7,2%). Setorialmente, ainda neste tipo de índice, o emprego industrial recuou em dezessete dos dezoito setores investigados, com meios de transporte (-9,9%), máquinas e equipamentos (-8,9%), vestuário (-8,1%) e produtos de metal (-9,3%) exercendo as principais pressões negativas. Já papel e gráfica (7,0%) foi o único segmento com taxa positiva.

Em relação ao mês anterior, a evolução positiva dos índices do emprego industrial e do número de horas pagas nos últimos meses reflete o maior dinamismo da atividade produtiva. Contudo, nas comparações contra iguais períodos do ano anterior, os resultados permaneceram negativos, embora com redução no ritmo de queda frente aos meses anteriores.

NÚMERO DE HORAS PAGAS

Em novembro de 2009, o setor industrial ampliou em 0,9% o número de horas pagas na comparação com o mês anterior, já descontadas as influências sazonais, completando, assim, seis expansões consecutivas, acumulando nesse período crescimento de 3,3%. Com esses resultados, a média móvel trimestral avançou 0,8% em novembro, confirmando a trajetória ascendente iniciada em agosto último.

Outros indicadores, porém, permaneceram negativos: -3,6% em relação a novembro de 2008, -6,0% no acumulado no ano e -5,6% no acumulado dos últimos doze meses.

No comparativo novembro 09/novembro 08, treze dos quatorze locais pesquisados reduziram o número de horas pagas, com as principais contribuições negativas para a taxa global de -3,6% vindo de Minas Gerais (-7,8%), da região Norte e Centro-Oeste (-7,9%) e de São Paulo (-1,9%).

Em Minas Gerais, os principais impactos negativos vieram de vestuário (-28,4%), alimentos e bebidas (-6,3%) e metalurgia básica (-15,1%). Na região Norte e Centro-Oeste, madeira (-34,5%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-18,0%) exibiram as perdas mais importantes. Em São Paulo, destacaram-se os recuos de meios de transporte (-10,0%) e de máquinas e equipamentos (-10,3%). Apenas Ceará (2,7%) ampliou o número de horas pagas na produção, impulsionado em grande parte pelo avanço em calçados e couro (14,5%).

Ainda na comparação com novembro de 2008, houve redução no número de horas pagas, no total do país, em quatorze dos dezoito setores pesquisados, com destaque para os impactos negativos vindos de máquinas e equipamentos (-10,2%), madeira (-19,5%) e meios de transporte (-6,6%). Por outro lado, papel e gráfica (8,7%) assinalou a contribuição positiva mais relevante nesse tipo de comparação.

O acumulado de janeiro-novembro de 2009, contra igual período do ano anterior, permanece com queda generalizada, atingindo todos os locais e quinze das dezoito atividades pesquisadas. Setorialmente, os impactos negativos mais importantes na formação da taxa global de -6,0% foram: máquinas e equipamentos (-11,2%), meios de transporte (-11,1%), vestuário (-8,0%) e produtos de metal (-9,3%). Em sentido contrário, as indústrias de papel e gráfica (6,3%), refino de petróleo e produção de álcool (1,5%) e minerais não metálicos (0,1%) foram as únicas que ampliaram o número de horas pagas na produção. Regionalmente, ainda nesse tipo de comparação, as maiores pressões negativas sobre a média global vieram de São Paulo (-4,4%), Minas Gerais (-8,4%) e região Norte e Centro-Oeste (-10,0%).

FOLHA DE PAGAMENTO REAL

Em novembro de 2009, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente, após dois meses seguidos de alta, recuou (-0,8%) em relação ao mês anterior, acumulando 2,2% em setembro e outubro. Com estes resultados, o índice de média móvel trimestral subiu 0,4% em novembro, terceira taxa positiva consecutiva, com expansão de 1,4% em setembro, outubro e novembro de 2009.

Nas comparações com iguais períodos do ano anterior, os resultados continuaram negativos: -2,7% tanto no indicador mensal como no acumulado no ano. O acumulado nos últimos doze meses, ao passar de -1,4% em outubro para –2,0% em novembro, acentuou o ritmo de queda e prossegue em trajetória decrescente desde setembro de 2008 (6,7%).

Na comparação novembro 09/novembro 08, o valor da folha de pagamento real recuou (-2,7%) em relação a igual mês do ano anterior, com taxas negativas em nove dos quatorze locais pesquisados. A maior contribuição negativa veio de Minas Gerais (-12,3%), pressionada pelos recuos vindos de metalurgia básica (-32,5%), indústrias extrativas (-25,2%) e vestuário (-24,3%). Vale citar também as perdas assinaladas por São Paulo (-2,1%), em função de produtos de metal (-17,6%) e produtos químicos (-7,4%); e região Norte e Centro-Oeste (-6,9%), por conta de alimentos e bebidas (-5,7%) e madeira (-25,8%). Em sentido oposto, o maior impacto positivo veio do Espírito Santo (23,8%), influenciado pelo crescimento de 150,6% da metalurgia básica, por conta do pagamento de participação nos lucros ocorridos em novembro de 2009.

Ainda em relação a novembro de 2008, o valor da folha de pagamento real recuou em quatorze dos dezoito setores, com destaque para produtos de metal (-13,1%), produtos químicos (-6,9%), metalurgia básica (-9,8%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-5,6%). Por outro lado, houve altas em papel e gráfica (13,3%), têxtil (5,4%), outros produtos da indústria da transformação (4,3%) e fumo (7,8%).

O acumulado no ano recuou (-2,7%), e houve redução no valor da folha de pagamento real em dez dos quatorze locais. As principais influências negativas vieram de São Paulo (-2,6%), Rio Grande do Sul (-7,3%) e Minas Gerais (-6,3%). Nestes locais, as maiores quedas foram, respectivamente, em meios de transporte (-5,8%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-8,7%); meios de transporte (-16,3%) e máquinas e equipamentos (-9,4%); e metalurgia básica (-16,2%) e meios de transporte (-8,6%).

Em sentido contrário, Espírito Santo (4,9%) e Rio de Janeiro (1,2%) exerceram os maiores impactos positivos, em função, respectivamente, da expansão de 12,2% na metalurgia básica e de 11,9% na indústria extrativa. Doze atividades reduziram o valor da folha de pagamento real, com meios de transporte (-5,7%), metalurgia básica (-11,6%), máquinas e equipamentos (-5,5%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-6,9%) exibindo as principais pressões negativas. Já os maiores impactos positivos vieram de papel e gráfica (13,3%) e indústria extrativa (9,0%).