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Índice Nacional da Construção Civil varia 0,33%, em outubro

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), calculado pelo IBGE em convênio com a CAIXA, variou 0,33% em outubro...

11/11/2009 07h01 | Atualizado em 11/11/2009 07h01

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), calculado pelo IBGE em convênio com a CAIXA, variou 0,33% em outubro, o que significa uma aceleração de 0,13 ponto percentual em relação ao mês de setembro (0,20%). Este resultado foi pressionado pelos reajustes salariais nos estados de Roraima, Pará e Pernambuco. Frente à taxa de outubro de 2008, que havia ficado em 0,95%, o índice atual (0,33%) apresentou retração de 0,62 ponto percentual. No ano, acumulou alta de 4,93%, bem abaixo dos 10,15% observados em igual período de 2008. O resultado dos últimos doze meses situou-se em 6,44%, também inferior aos 7,09% registrados nos doze meses imediatamente anteriores.

O custo nacional da construção por metro quadrado, que no mês de setembro assinalou R$ 707,78, passou para R$ 710,15 em outubro. Deste total, R$ 409,13 são relativos aos materiais e R$ 301,02 à mão-de-obra.

A parcela dos materiais, no confronto com o mês anterior, apresentou desaceleração de 0,04 ponto percentual, passando de 0,26% para 0,22%. Já a componente mão-de-obra avançou de 0,12% para 0,49% (0,37 ponto percentual a mais).

No ano, os materiais acumularam alta de 3,41% e a mão-de-obra, 7,08%. Em doze meses, os resultados foram: 5,15% (materiais) e 8,24% (mão-de-obra).

Região Norte se destaca com maior taxa em outubro

O índice relativo ao Norte, influenciado pelos resultados de Roraima e do Pará, variou 1,27%, sendo esta a maior taxa em outubro. O Sudeste (0,05%) ficou com a menor taxa mensal, próxima da registrada na região Sul (0,09%). Quanto aos índices do Nordeste e Centro-Oeste, registraram altas de 0,67% e 0,26%, respectivamente.

No ano, o Norte teve também a maior variação (5,39%), ficando com o Sudeste (4,59%) o menor acumulado neste período. As demais regiões acumularam, no período de janeiro a outubro, altas de: 5,28% (Nordeste); 5,10% (Centro-Oeste) e 4,97% (Sul). Considerando-se os últimos doze meses, a maior variação foi a da região Nordeste (7,27%) e a menor, do Sudeste (6,02%).

Os custos regionais, por metro quadrado, foram: R$ 749,68 (Sudeste); R$ 711,28 (Norte); R$ 700,22 (Sul); R$ 679,77 (Centro-Oeste); e R$ 666,34 (Nordeste).

Entre os estados, Pernambuco, Pará e Roraima registraram as variações mais acentuadas nos índices

Devido aos reajustes salariais decorrentes de acordos coletivos, Pernambuco (3,22%), Pará (3,06%) e Roraima (2,65%) apresentaram os maiores aumentos nos custos de construção. São Paulo foi o estado que registrou a menor taxa mensal (0,04%). O Acre assinalou a taxa mais elevada no ano (9,08%), enquanto Pernambuco liderou a alta nos últimos doze meses (11,03%).

Estes resultados são calculados mensalmente pelo IBGE através de convênio com a CAIXA – Caixa Econômica Federal, a partir do SINAPI – Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil.

O SINAPI, criado em 1969, tem como objetivo a produção de informações de custos e índices de forma sistematizada e com abrangência nacional, visando a elaboração e avaliação de orçamentos, como também acompanhamento de custos.

Em 2002, o Congresso Nacional aprovou através da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) a adoção do SINAPI como referência para delimitação dos custos de execução de obras públicas.