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Em julho, emprego industrial varia 0,4%

Foi a primeira taxa positiva em nove meses de perdas, na comparação mês/mês imediatamente anterior, com desconto dos efeitos sazonais, acumulando -7,3% nesse período...

08/09/2009 06h01 | Atualizado em 08/09/2009 06h01

Foi a primeira taxa positiva em nove meses de perdas, na comparação mês/mês imediatamente anterior, com desconto dos efeitos sazonais, acumulando -7,3% nesse período. Mas, em confrontos mais longos, as quedas se acentuaram: -7,0% frente a julho/08 e -5,4% no acumulado no ano. O número de horas pagas ficou estável em julho (0,0%) comparado com junho/09, na série com ajuste sazonal . Para esse indicador, também foram observados recuos frente ao mesmo mês do ano anterior e no acumulado no ano (-7,6% e -6,1%, respectivamente). O valor da folha de pagamento real variou 0,1% em relação a junho/09, descontada a sazonalidade. A comparação com o mesmo mês do ano anterior e o acumulado no ano revelaram resultados negativos (-3,9% e -1,6%, respectivamente)

PESSOAL OCUPADO ASSALARIADO

Em julho, o emprego industrial variou 0,4% em relação a junho/09, na série livre de influências sazonais, interrompendo sequência de nove resultados negativos. O índice de média móvel trimestral, que vinha em trajetória decrescente, mas apontando um menor ritmo de queda desde fevereiro último, ficou praticamente estável (-0,1%) em julho.

Frente a iguais períodos de 2008, os resultados permaneceram negativos: em relação a julho, a queda de 7,0% apontou a retração mais acentuada da série histórica, iniciada em 2001, e, no acumulado nos sete primeiros meses do ano, a taxa ficou em -5,4%. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, permaneceu em trajetória negativa (-2,7%), acentuando o ritmo de queda frente a junho (-1,9%).

Na comparação com julho de 2008 (-7,0%), o contingente de trabalhadores reduziu-se nas quatorze áreas investigadas, com destaque para São Paulo (-5,2%), Minas Gerais (-12,2%), região Norte e Centro-Oeste (-10,8%) e Rio Grande do Sul (-9,1%). No primeiro local, as principais contribuições negativas vieram de meios de transporte (-14,7%) e máquinas e equipamentos (-11,6%); no segundo, os impactos de vestuário (-27,3%) e alimentos e bebidas (-5,9%) foram os mais relevantes; no terceiro, os destaques foram para madeira (-30,6%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-24,2%); e, na indústria gaúcha, calçados e artigos de couro (-15,6%) e máquinas e equipamentos (-14,0%).

Ainda na comparação com julho de 2008, no total do país, o emprego industrial recuou em dezessete dos dezoito setores, com meios de transporte (-12,9%), máquinas e equipamentos (-12,3%), produtos de metal (-11,7%) e vestuário (-8,7%) exercendo as principais pressões negativas na taxa global. Em sentido contrário, papel e gráfica (8,6%) foi o único impacto positivo.

No indicador acumulado no ano, o nível do pessoal ocupado na indústria foi 5,4% menor do que em igual período do ano passado, resultado apoiado nos decréscimos observados nos quatorze locais e em quinze ramos. Entre os locais, as principais contribuições negativas vieram de São Paulo (-4,1%), Minas Gerais (-7,5%), região Norte e Centro-Oeste (-8,7%) e Rio Grande do Sul (-7,1%). Entre os setores, as pressões negativas mais relevantes, em termos de participação, vieram de vestuário (-9,1%), meios de transporte (-8,4%), máquinas e equipamentos (-7,7%) e calçados e artigos de couro (-10,7%). Por outro lado, foram observados acréscimos nos segmentos de papel e gráfica (6,9%), refino de petróleo e produção de álcool (0,6%) e minerais não metálicos (0,1%).

Em síntese, o emprego industrial apresentou, no confronto mês/mês anterior, a primeira taxa positiva (0,4%), após sequência de nove resultados negativos, acumulando -7,3% de outubro/08 a junho/ 09. Com isso o índice de média móvel trimestral, que mostra desaceleração no ritmo de queda nos últimos cinco meses, em julho, praticamente, repete o patamar do mês anterior (-0,1%), respondendo, assim, ao maior dinamismo observado na produção industrial nos meses mais recentes. Contudo, as comparações que envolvem períodos mais longos revelam uma ampliação da tendência de queda, uma vez que os índices mensal, acumulado no ano e nos últimos doze meses aprofundaram o ritmo negativo, evidenciando uma base de comparação ascendente no mesmo período de 2008.

NÚMERO DE HORAS PAGAS

Em julho, descontados os efeitos sazonais, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria ficou estável (0,0%) em relação ao mês anterior, após ter assinalado crescimento de 0,6% em junho. Com esses resultados, o indicador de média móvel trimestral variou -0,2% entre junho e julho, registrando o décimo resultado negativo consecutivo, acumulando perda de 7,7%.

Nas comparações com iguais períodos do ano anterior, os resultados continuaram negativos: -7,6% na comparação mensal e -6,1% no acumulado no ano. O indicador acumulado nos últimos doze meses recuou 3,2%, após decréscimo de 2,4% em junho, e prossegue em trajetória descendente desde setembro de 2008 (2,7%).

O número de horas pagas recuou 7,6% em julho frente a igual mês do ano anterior, com taxas negativas atingindo os quatorze locais pesquisados. A maior contribuição negativa veio de São Paulo (-6,1%), por conta de meios de transporte (-16,8%), máquinas e equipamentos (-15,3%) e borracha e plástico (-13,8%). Em seguida, vale mencionar, Minas Gerais (-11,5%), em função de vestuário (-28,4%), metalurgia básica (-20,5%) e têxtil (-23,8%); região Norte e Centro-Oeste (-12,5%), em razão de madeira (-33,5%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-27,9%) e alimentos e bebidas (-3,2%); e Rio Grande do sul (-10,7%), devido ao menor número de horas pagas em calçados e artigos de couro (-16,4%), máquinas e equipamentos (-18,4%) e meios de transporte (-19,9%).

Setorialmente, ainda no indicador mensal, o número de horas pagas decresceu em dezesseis dos dezoito ramos. Os principais impactos negativos vieram de meios de transporte (-14,7%), máquinas e equipamentos (-14,6%), produtos de metal (-11,9%) e borracha e plástico (-13,1%). Em sentido contrário, papel e gráfica (6,7%) e refino de petróleo e produção de álcool (0,8%) foram os únicos setores com crescimento.

O indicador acumulado no ano apresentou retração (-6,1%), com redução em todos os locais pesquisados. As principais influências negativas foram observadas em São Paulo (-4,8%), região Norte e Centro-Oeste (-9,9%), Minas Gerais (-7,5%) e Rio Grande do Sul (-9,1%). Nesses locais, as maiores quedas foram assinaladas, respectivamente, em meios de transporte (-11,2%) e máquinas e equipamentos (-11,0%); madeira (-27,9%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-22,3%); vestuário (-15,6%) e meios de transporte (-13,0%); e calçados e artigos de couro (-14,9%) e máquinas e equipamentos (-10,3%).

Em termos setoriais, quinze setores reduziram o número de horas pagas na indústria. Meios de transporte (-11,0%), máquinas e equipamentos (-10,3%), vestuário (-9,0%) e borracha e plástico (-11,0%) exibiram as principais pressões negativas. Por outro lado, os maiores impactos positivos vieram de papel e gráfica (6,2%) e refino de petróleo e produção de álcool (3,6%).

FOLHA DE PAGAMENTO REAL

Em julho de 2009, o valor da folha de pagamento real da indústria, descontados os efeitos sazonais, variou 0,1% em relação a junho, após recuar 1,7% no mês anterior. O índice de média móvel trimestral ficou praticamente estável em julho (0,1%), após oito meses consecutivos de queda, período em que acumulou decréscimo de 5,5%.

Nos confrontos com iguais períodos de 2008, o valor total da folha de pagamento apresentou resultados negativos no índice mensal (-3,9%) e no acumulado no ano (-1,6%). O indicador acumulado dos últimos doze meses prossegue com redução no ritmo do crescimento desde setembro do ano passado (6,7%), atingindo 1,5% em julho/09.

Na comparação com julho do ano passado, o total da folha de pagamento diminuiu 3,9%, com reduções em onze dos quatorze locais pesquisados. As principais contribuições negativas vieram de São Paulo (-3,1%), Rio Grande do Sul (-10,4%) e Minas Gerais (-7,2%). No estado paulista, as principais contribuições negativas vieram de material de transporte (-7,5%) e máquinas e equipamentos (-11,8%). No Rio Grande do Sul, as quedas de maior impacto foram em meios de transporte (-31,1%), máquinas e equipamentos (-14,8%) e calçados e artigos de couro (-11,9%).

Na análise por atividades industriais, a folha de pagamento real, ainda na comparação com o mesmo mês do ano passado, recuou em onze dos dezoito segmentos pesquisados, destacando-se meios de transporte (-8,6%) e máquinas e equipamentos (-10,5%). Em sentido oposto, papel e gráfica (16,5%) foi o maior impacto positivo.

No índice acumulado no ano, o desempenho da folha de pagamento também foi negativo, apontando queda de 1,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Treze ramos apresentaram decréscimos, valendo destacar, com as maiores pressões negativas, meio de transporte (-5,1%), máquinas e equipamentos (-4,8%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-7,6%). Em termos positivos, o destaque coube às indústrias extrativas (20,2%) e de papel e gráfica (12,3%). No corte por locais, São Paulo (-2,0%), Rio Grande do Sul (-6,7%) e Minas Gerais (-3,5%) foram os principais destaques negativos, em oposição aos resultados do Rio de Janeiro (3,9%) e do Espírito Santo (8,5%).