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De fevereiro para março de 2009, indústria cresceu 0,7%

Alta de 0,7% foi na série com ajuste sazonal. Em relação a março de 2008...

05/05/2009 06h01 | Atualizado em 05/05/2009 06h01

Alta de 0,7% foi na série com ajuste sazonal. Em relação a março de 2008, a atividade industrial recuou (-10,0%). A perda acumulada nos dois últimos trimestres (-16,7%) é a mais elevada desde o segundo trimestre de 1990 (-19,8%). Onze das 27 atividades industriais tiveram alta em relação a fevereiro (série ajustada), lideradas, mais uma vez, pelo setor de veículos automotores (7,0%), que acumula crescimento de 56,5% em relação a dezembro de 2008.

De fevereiro para março, o indicador de atividade industrial ajustado sazonalmente cresceu 0,7%, a terceira alta consecutiva nessa comparação. Em relação a março de 2008, houve recuo (-10,0%). O acumulado nos últimos doze meses teve queda (-1,9%) e manteve a trajetória declinante observada desde setembro de 2008.

A produção industrial brasileira fechou o primeiro trimestre de 2009 com recuo (-14,7%) frente a igual período do ano anterior. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, a taxa ficou em -7,9%. A perda acumulada nos dois últimos trimestres (-16,7%) é a mais elevada desde o segundo trimestre de 1990 (-19,8%).

O aumento de 0,7% observado para o total da indústria na passagem de fevereiro para março atingiu onze das vinte e sete atividades pesquisadas. Esse movimento positivo foi liderado pelo setor de veículos automotores (7,0%), que acumula expansão de 56,5% frente a dezembro do ano passado. Vale destacar também farmacêutica (9,0%), outros produtos químicos (3,5%), equipamentos de instrumentação médico-hospitalar e óticos (20,8%) e indústrias extrativas (2,4%).

Por outro lado, as principais pressões negativas vieram de outros equipamentos de transporte (-15,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-15,3%), máquinas e equipamentos (-3,3%) e material eletrônico e equipamentos de comunicações (-5,5%). No corte por categorias de uso, os bens de consumo ostentaram as taxas mais elevadas: consumo duráveis (1,7%) e consumo semi e não duráveis (0,7%). O setor de bens intermediários (0,3%) manteve-se em patamar próximo ao do mês anterior, enquanto a produção de bens de capital (- 6,3%) foi a única que registrou queda nessa comparação pelo segundo mês consecutivo, acumulando perda de 13,0% nesse período.

Média móvel trimestral reverteu sua trajetória de queda

Com este terceiro acréscimo consecutivo frente ao mês anterior, o indicador de média móvel trimestral reverteu a queda observada em cinco meses e avançou 1,6% entre fevereiro e março. Esse movimento está presente em quase todas as categorias de uso, e é liderado por bens de consumo duráveis (13,8%). Bens intermediários (1,0%) e bens de consumo semi e não duráveis (0,8%) apresentaram aumentos inferiores à média nacional. Por outro lado, o setor de bens de capital manteve taxa negativa (-2,7%), acumulando retração de - 27,1% entre março e outubro.

Indústria recuou 10,0% em relação ao mesmo mês do ano anterior

Em relação a março de 2008 a produção industrial recuou (-10,0%), completando seqüência de cinco meses de taxas negativas consecutivas. Ressalte-se que março de 2009 teve dois dias úteis a mais que março de 2008. Nessa comparação, 20 dos vinte e sete ramos pesquisados recuaram, e os principais impactos negativos sobre o índice global vieram de: máquinas e equipamentos (-27,2%), veículos automotores (-18,5%), metalurgia básica (-29,2%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (-38,9%). Nessas atividades, os itens que mais contribuíram negativamente foram, respectivamente: carregadoras/ transportadoras e aparelhos elevadores/transportadores para mercadorias; autopeças e eixo/semi-eixo; lingotes, blocos e tarugos de aço e relaminados de aço; e telefones celulares e televisores.

Entre as categorias de uso, o segmento de bens de capital registrou a taxa mais negativa (-23,0%), influenciado pelo recuo na produção de bens de capital de uso misto (-24,1%), para fins industriais (-29,8%), para energia elétrica (-51,8%) e para construção (-68,9%). Em bens de consumo duráveis (-13,4%) as pressões negativas mais relevantes vieram dos itens telefones celulares (-40,8%) e eletrodomésticos (-14,5%). Cabe destacar que a fabricação de automóveis permaneceu em queda (-3,2%), mas em ritmo menos acentuado que nos meses anteriores (-29,6% em janeiro e - 19,6% em fevereiro).

O desempenho do setor de bens intermediários (-13,3%) foi influenciado, principalmente, pelos produtos associados às atividades de metalurgia básica (-29,3%), veículos automotores (-34,9%), indústrias extrativas (-10,5%) e outros produtos químicos (-9,6%). Único com taxa positiva, o setor de bens de consumo semi e não duráveis cresceu 2,9%, interrompendo quatro meses de queda. Esse resultado foi sustentado por todos subsetores, exceto semiduráveis (-13,4%). No grupamento de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (5,8%), os destaques foram para os itens cervejas, chopes e refrigerantes, enquanto o subsetor de outros não duráveis (4,6%) foi impulsionado pelas vacinas para medicina veterinária e medicamentos.

Em bases trimestrais, observou-se significativa perda de ritmo de crescimento da atividade industrial na passagem do último trimestre do ano passado (-6,3%) para o primeiro de 2009 (-14,7%), ambas as comparações contra igual período. Esse movimento foi disseminado entre os setores, alcançando vinte e dois dos vinte e sete ramos pesquisados. As maiores contribuições negativas vieram de máquinas e equipamentos, que passa de -6,6% para -28,3%, metalurgia básica (de -9,7% para -30,8%) e veículos automotores (de -18,9% para -27,2%). Todas as categorias de uso também acompanharam a perda de ritmo entre esses dois trimestres, com destaque para o segmento de bens de capital que passou de uma taxa positiva de 2,5% no período outubro-dezembro para um recuo de 20,8% no trimestre seguinte, interrompendo 22 trimestres consecutivos de taxas positivas.

Atividade industrial recuou 14,7% em relação a igual trimestre de 2008

O recuo (-14,7%) na produção fabril neste primeiro trimestre, relativamente a igual período do ano anterior, atingiu 24 dos vinte e sete segmentos pesquisados. O segmento de veículos automotores (-27,2%) manteve a liderança em termos de impacto sobre o índice geral, cabendo à produção de automóveis e suas peças os maiores destaques. Outros impactos negativos relevantes vieram de máquinas e equipamentos (-28,3%), metalurgia básica (-30,8%) e outros produtos químicos (-21,1%).

Por outro lado, os três ramos que registraram aumento de produção neste período, foram: outros equipamentos de transporte (26,2%), farmacêutica (13,7%) e bebidas (5,6%). No corte por categorias de uso, o indicador acumulado para o primeiro trimestre revelou quedas intensas em bens de consumo duráveis (-22,5%), bens de capital (-20,8%) e bens intermediários (-18,1%), enquanto bens de consumo semi e não duráveis (-3,0%) recuou de forma mais moderada.

Em relação ao trimestre imediatamente anterior, a indústria recuou 7,9%

O índice dos primeiros três meses de 2009 em relação ao trimestre imediatamente anterior (série com ajuste sazonal) recuou (-7,9%) pelo segundo trimestre consecutivo, acumulando uma perda de 16,7% nos dois trimestres. Ainda que reduzindo a velocidade de sua queda, o setor industrial voltou a operar em patamar muito próximo ao do segundo trimestre de 2004. Entre as categorias de uso, bens de consumo duráveis foi a única que reverteu o sinal negativo do quarto trimestre de 2008 (-24,8%), fechando o primeiro trimestre do ano com avanço de 0,7%, beneficiando-se, principalmente, da recuperação das vendas domésticas de automóveis. O setor de bens de capital acentua a queda, ao registrar -19,3% no trimestre janeiro-março, frente aos - 9,4% do período anterior, refletindo a retração generalizada nos seus subsetores.

Após três meses de suave acréscimo mensal no nível de produção, acumulando alta de 4,8% entre dezembro e março, houve uma inversão na trajetória do índice de média móvel trimestral, que cresceu 1,6% em março frente ao mês anterior, após perda acumulada de 18,0% nos últimos cinco meses.