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Em junho, emprego na indústria cresceu 0,5%

Na comparação com o mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal, a taxa de 0,5% compensou o recuo acumulado de 0,4% nos dois meses anteriores. ...

11/08/2008 06h01 | Atualizado em 11/08/2008 06h01

Na comparação com o mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal, a taxa de 0,5% compensou o recuo acumulado de 0,4% nos dois meses anteriores. Em relação a junho/07, o emprego registrou acréscimo de 2,5%, completando dois anos de taxas positivas no confronto com igual mês do ano anterior. No acumulado no ano o índice ficou em 2,7%, melhor resultado para o fechamento do primeiro semestre de toda a série histórica. A folha de pagamento real apontou estabilidade (0,2%) em relação a maio, descontados os efeitos sazonais. Nos confrontos mais amplos, os resultados foram claramente positivos, com 6,7% de avanço frente ao mesmo mês de 2007 e 6,5% no acumulado do ano.

PESSOAL OCUPADO ASSALARIADO

Em junho, o emprego industrial apresentou acréscimo de 0,5% frente a maio, na série livre de influências sazonais, compensando, assim, o recuo acumulado de 0,4% nos dois meses anteriores. Com isso, o índice de média móvel trimestral apontou variação nula entre maio e junho (0,0%), mantendo patamar estável desde dezembro de 2007.
Na comparação com igual mês do ano anterior, o número de pessoas ocupadas na indústria apresentou uma seqüência de vinte e quatro taxas positivas consecutivas, atingindo acréscimo de 2,5% em junho. Nos índices trimestrais, o emprego avançou 2,4% no segundo trimestre de 2008 em relação a igual período de 2007, e repetiu o patamar do primeiro trimestre do ano (série ajustada sazonalmente). No acumulado do período janeiro-junho, o índice ficou em 2,7%. A taxa anualizada em junho (2,8%) foi igual à de maio.
Em relação a junho de 2007 (2,5%), dez dos quatorze locais e doze dos dezoito setores pesquisados aumentaram o contingente de trabalhadores na indústria. Os principais destaques regionais foram: São Paulo (3,6%), Minas Gerais (5,3%) e região Norte e Centro-Oeste (4,1%). Na indústria paulista, as principais contribuições positivas vieram de máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (16,8%), produtos químicos (19,9%), meios de transporte (9,2%) e máquinas e equipamentos (7,0%); na indústria mineira, as pressões positivas mais relevantes vieram de alimentos e bebidas (10,8%), meios de transporte (13,6%) e máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (19,4%); e na região Norte e Centro-Oeste, alimentos e bebidas (15,4%) foi o principal destaque.
No total do país, em termos setoriais, máquinas e equipamentos (10,3%), meios de transporte (9,9%), máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (12,4%) e alimentos e bebidas (3,1%) exerceram as principais influências positivas sobre a média da indústria. Em sentido contrário, calçados e artigos de couro (-9,4%), vestuário (-6,3%) e têxtil (-6,1%) foram os impactos negativos mais importantes.
Na comparação com igual período do ano anterior, o emprego industrial avançou 2,4% no segundo trimestre de 2008, confirmando a redução no ritmo de crescimento frente aos resultados do primeiro trimestre deste ano (3,1%) e do último do ano passado (3,5%). Esta perda de ritmo foi observada em onze segmentos e em dez locais, com destaque para máquinas e equipamentos (de 14,3% para 11,0%), vestuário (de -4,1% para -6,0%) e têxtil (de -4,0% para -6,7%), entre os ramos; e Pernambuco (de 4,5% para -3,4%) e região Nordeste (de 2,9% para 0,2%), entre as áreas investigadas.

No indicador acumulado no primeiro semestre do ano, o pessoal ocupado assalariado aumentou 2,7%, com índices positivos em onze locais e onze ramos. As principais contribuições positivas vieram de São Paulo (4,1%), Minas Gerais (3,7%) e região Norte e Centro-Oeste (3,5%), enquanto Ceará ficou estável (0,0%) e as pressões negativas vieram do Espírito Santo (-1,9%) e de Santa Catarina (-0,4%). Em termos setoriais, no total do país, os destaques positivos foram máquinas e equipamentos (12,6%), meios de transporte (10,8%), máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (12,9%) e alimentos e bebidas (3,1%). As principais influências negativas sobre a taxa geral vieram de: calçados e artigos de couro (-11,1%), vestuário (-5,0%), madeira (-8,2%) e têxtil (-5,4%).

 

NÚMERO DE HORAS PAGAS

Em junho, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria apresentou acréscimo de 0,7% em relação ao mês anterior, na série livre dos efeitos sazonais, após recuar 0,7% em maio. Com isso, o indicador de média móvel trimestral ficou estável (0,1%) entre os trimestres encerrados em maio e junho, revertendo a queda de 0,5% no mês anterior.
A comparação com igual mês do ano anterior assinalou expansão de 2,6%, vigésima quinta taxa positiva consecutiva. Nos confrontos para períodos mais abrangentes, os índices trimestral e acumulado no ano também apontaram avanços: 2,3% e 2,7%, respectivamente. O indicador que compara o trimestre contra trimestre imediatamente anterior, descontadas as influências sazonais, ficou estável (-0,1%) após crescer por nove trimestres consecutivos. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, também mostrou estabilidade na passagem de maio (2,4%) para junho (2,5%).
Em relação a junho de 2007, o número de horas pagas avançou 2,6%, sustentado, em grande parte, pelos acréscimos em onze dos quatorze locais e em doze dos dezoito ramos pesquisados. Em termos setoriais, as maiores pressões positivas vieram de máquinas e equipamentos (10,9%), meios de transporte (12,0%) e máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (10,2%). Em sentido contrário, calçados e artigos de couro (-8,9%) e vestuário (-6,4%) exerceram as principais contribuições negativas.
Ainda no confronto junho 08/ junho 07, os locais com os desempenhos mais importantes para o resultado nacional foram: São Paulo (3,6%), Minas Gerais (7,0%) e região Norte e Centro-Oeste (4,2%). Em São Paulo, quatorze atividades aumentaram o número de horas pagas, com destaque para meios de transporte (10,0%), máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (12,7%) e produtos químicos (16,8%). Na indústria mineira, sobressaíram os setores alimentos e bebidas (10,9%) e meios de transporte (18,3%); e na região Norte e Centro-Oeste, o impacto mais expressivo veio de alimentos e bebidas (14,5%). Por outro lado, a principal influência negativa na média geral veio de Pernambuco (-6,0%), influenciado, sobretudo, pelo ramo de alimentos e bebidas (-10,3%).
Em bases trimestrais, o ritmo de crescimento do número de horas pagas mostrou desaceleração na passagem do primeiro (3,1%) para o segundo trimestre (2,3%) deste ano. Para este resultado contribuíram doze segmentos pesquisados, com destaque para máquinas e equipamentos, que passou de 15,1% para 11,5%; e vestuário (de -3,7% para -6,3%). No corte regional, os maiores decréscimos vieram de Pernambuco, que apresentou aumento de 5,4% no primeiro trimestre e recuou 5,5% no segundo; e região Nordeste (de 3,3% para 0,2%).
No fechamento do primeiro semestre do ano observou-se acréscimo de 2,7%, decorrente, sobretudo, das contribuições positivas de doze locais e doze setores. Os maiores impactos positivos, por local, vieram de São Paulo (4,1%), Minas Gerais (4,3%) e região Norte e Centro-Oeste (3,5%). Por outro lado, Espírito Santo (-2,2%) exerceu a maior pressão negativa. No corte setorial, os principais impactos vieram de máquinas e equipamentos (13,2%), meios de transporte (12,1%) e produtos de metal (9,6%). Em sentido contrário, calçados e artigos de couro (-12,2%) e vestuário (-5,0%) sobressaíram com as contribuições negativas mais significativas.

FOLHA DE PAGAMENTO REAL

Em junho, o índice do valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente variou 0,2% em relação ao mês imediatamente anterior, assinalando a segunda taxa positiva seguida, acumulando acréscimo de 1,0%. O indicador de média móvel trimestral ficou estável (-0,1%) entre os trimestres encerrados em maio e junho, após apresentar expansão por quatro meses consecutivos, acumulando ganho de 3,0%.
Nos confrontos com iguais períodos do ano anterior, os resultados continuaram positivos: 6,7% no frente a junho de 2007 e 6,5% no acumulado no ano. O indicador acumulado nos últimos doze meses mostrou ligeira aceleração no ritmo de crescimento em junho (6,3%), após ter registrado 6,1% em maio e 5,9% em abril. Nos índices trimestrais, o segundo trimestre de 2008 cresceu 6,6% frente ao mesmo período de 2007 e foi 1,0% maior que o trimestre imediatamente anterior - série com ajustamento sazonal.
Em junho, o valor da folha de pagamento real aumentou 6,7% em relação a igual mês do ano anterior, com taxas positivas nos quatorze locais pesquisados. A maior contribuição positiva veio de São Paulo (7,5%), sustentado pelos avanços na folha de pagamento real nos setores de meios de transporte (16,3%), produtos químicos (10,4%) e máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (8,8%). Em seguida, vale citar Minas Gerais (9,0%), com destaque para máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (32,9%) e meios de transporte (12,0%); região Norte e Centro-oeste (9,6%), em razão de alimentos e bebidas (13,6%) e indústria extrativa (49,8%); e Nordeste (5,5%), devido à expansão na folha de pagamento em calçados e artigos de couro (11,7%) e máquinas e equipamentos (25,0%).
Setorialmente, ainda no indicador mensal, a folha de pagamento real cresceu em doze dos dezoito setores investigados, com as maiores influências positivas vindo de meios de transporte (15,2%), máquinas e equipamentos (9,7%) e produtos de metal (14,2%). Em sentido contrário, as pressões negativas mais relevantes foram exercidas por calçados e artigos de couro (-7,5%), têxtil (-5,4%) e papel e gráfica (-1,3%).
Entre o primeiro trimestre de 2008 (6,5%) e o segundo (6,6%), ambas comparações contra igual período do ano anterior, o índice da folha de pagamento real ficou praticamente estável. Vale destacar que, para este tipo de confronto, observa-se a seqüência de dezoito trimestres com taxas positivas. Nestes dois períodos o destaque foi a indústria extrativa, que passou de uma queda de 4,2% para uma expansão de 14,7%, influenciada, sobretudo, por uma base de comparação elevada no primeiro trimestre de 2007, decorrente do pagamento de participação nos lucros. Vale destacar também os avanços observados em alimentos e bebidas (de 2,2% para 4,2%) e produtos químicos (de 6,9% para 9,6%). Por outro lado, metalurgia básica (de 12,6% para 7,7%) e papel e gráfica (-1,0% para -5,4%) foram os setores que mais contribuíram negativamente. Entre os locais, todos apresentaram resultados positivos no segundo trimestre, com destaque para Espírito Santo (de -0,9% para 6,2%), Ceará (de 4,5% para 7,6%) e região Norte e Centro-Oeste (de 5,6% para 8,2%).
O indicador acumulado no ano (6,5%) teve acréscimo em todos os locais. As principais contribuições positivas foram São Paulo (7,7%), Minas Gerais (8,1%) e Rio Grande do Sul (6,0%). Nestes locais destacaram-se, respectivamente, meios de transporte (14,9%) e produtos químicos (14,3%); meios de transporte (15,0%) e metalurgia básica (7,7%); e produtos de metal (39,3%) e máquinas e equipamentos (22,6%).
Em termos setoriais, treze atividades ampliaram o valor da folha de pagamento real, sendo que meios de transporte (13,9%), máquinas e equipamentos (9,0%) e produtos de metal (13,4%) exerceram as principais influências positivas. Em sentido oposto, as maiores quedas foram observadas em calçados e artigos de couro (-7,7%) e papel e gráfica (-3,2%).