Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

Em abril, vendas do varejo cresceram 0,2% em volume e 0,6% na receita nominal

Estas altas foram em relação a março de 2008, com ajuste sazonal. Em relação a abril de 2007, o volume de vendas do varejo cresceu 8,7%, e a receita nominal 13,8%.

17/06/2008 06h01 | Atualizado em 17/06/2008 06h01

Estas altas foram em relação a março de 2008, com ajuste sazonal. Em relação a abril de 2007, o volume de vendas do varejo cresceu 8,7%, e a receita nominal 13,8%.
No quadrimestre, respectivamente, os indicadores acumularam 11,0% e 15,8% e nos doze últimos meses, 10,3% e 13,9%.

O Comércio Varejista do País manteve-se com resultado positivo no mês abril de 2008, assinalando taxas de 0,2% no volume de vendas e de 0,6% na receita nominal, ambas as variações com relação ao mês anterior (ajustadas sazonalmente). Esses resultados expressam uma certa estabilidade no ritmo de vendas em relação a março, como indicado nas trajetórias dos índices de base fixa e das médias móveis trimestrais. Nas demais comparações, obtidas das séries originais (sem ajuste), o varejo nacional obteve, em termos de volume de vendas, acréscimos da ordem de 8,7% sobre abril do ano anterior e de 11,0% e 10,3% nos acumulados do primeiro quadrimestre e dos últimos 12 meses, respectivamente. Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas apresentou taxas de variação de 13,8%, 15,8% e de 13,9%, respectivamente.

 

No mês de abril, oito das dez atividades pesquisadas obtiveram resultados positivos para o volume de vendas com ajuste sazonal. Em ordem de magnitude, os resultados foram: Veículos e motos, partes e peças (2,7%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (2,0%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,8%); Livros, jornais, revistas e papelaria (1,6%); Material de construção (1,0%); Móveis e eletrodomésticos (0,9%); Tecidos, vestuário e calçados (0,5%) e Combustíveis e lubrificantes (0,5%). As variações negativas foram para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,1%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,0%). Já em relação à abril de 2007 (série sem ajuste), todas as atividades do varejo obtiveram aumento no volume de vendas, cujas taxas, por ordem de importância no resultado global, foram: 27,8% para Móveis e eletrodomésticos; 19,5% em Tecidos, vestuário e calçados; 8,3% para Combustíveis e lubrificantes; 10,2% em Outros artigos de uso pessoal e doméstico; 14,8% para Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; 23,3% para Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação; 0,6% para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo e 10,5% em Livros, jornais, revistas e papelaria.


A atividade de Móveis e eletrodomésticos (aumento de 27,8% no volume de vendas em relação a abril 2007) proporcionou o principal impacto (46%) na formação da taxa global do Comércio Varejista. No acumulado do ano, a taxa foi de 19,8%, e nos últimos 12 meses, de 16,0%. Esses resultados não só positivos como superiores à média estabelecida no varejo, continuam sendo explicados basicamente pela expansão do crédito; redução dos preços dos eletroeletrônicos e melhoria da massa de salários da população ocupada.

A segunda maior contribuição (17% da taxa global) em abril coube ao segmento de Tecidos, vestuário e calçados, que expandiu o volume de vendas em 19,5%, com relação a igual mês do ano passado. Este resultado pode ser explicado pelo bom desempenho da economia brasileira. A atividade acumulou no ano e nos últimos 12 meses variações de 15,0% e 13,0%, respectivamente.

O segmento de Combustíveis e lubrificantes, com 8,3% de variação do volume de vendas na relação abril08/abril07, respondeu este mês pela terceira maior contribuição. Em termos de desempenho acumulado no ano, a taxa chegou aos 6,0%, e nos últimos 12 meses, a 5,3%. Atribui-se este comportamento à estabilidade de preços dos combustíveis, conjugada com a melhoria das condições econômicas do País.

A atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos etc., exerceu o quarto maior impacto na formação da taxa do varejo, com variação de 10,2% no volume de vendas em relação a abril de 2007. Esta taxa, apesar de acima da média global, foi menor que as dos meses anteriores devido ao Efeito-Base provocado pelo deslocamento da Páscoa, que em 2007 ocorreu no mês de abril, e este ano no mês de março. Em termos acumulados, a taxa para primeiro qüadrimestre do ano foi de 23,3% e para os últimos 12 meses, de 23,0%.

A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com a quinta maior participação na taxa global do varejo, apresentou crescimento de 14,8% na comparação com abril de 2007 e taxas acumuladas de 13,6% para o primeiro quadrimestre e de 11,4% nos últimos 12 meses. As condições da economia no geral, a expansão da massa de salários e crédito especificamente, somadas à ampliação das vendas dos produtos genéricos, são os principais fatores explicativos do desempenho positivo do segmento.

O segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, responsável pelo sexto maior impacto na formação da taxa global, obteve acréscimo no volume de vendas, em abril, da ordem de 23,3% sobre igual mês do ano passado e taxa acumulada no ano de 27,6% e nos últimos 12 meses de 30,6%. Trata-se da atividade com o segundo maior patamar de crescimento este mês. Dentre os fatores que vêm determinando este desempenho, destacam-se a redução de preços dos produtos do gênero, conjugada com facilidades de financiamento e à crescente importância que os produtos de informática e comunicação vêm tendo nos hábitos de consumo das famílias.

O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com variação de 0,6% no volume de vendas em abril, sobre igual mês do ano anterior, foi responsável por uma das mais baixas contribuições para a taxa global do varejo, diferentemente dos últimos meses, onde apresentava a principal influência. Em termos de acumulados no ano e nos últimos 12 meses, a atividade apresenta crescimento de 6,4% em ambas comparações. A redução do desempenho mensal foi motivada, provavelmente, pelo aumento dos preços dos produtos alimentícios e, também, pelo Efeito Páscoa, como já explicado anteriormente.

A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria, com crescimento de 10,5%, exerceu mais uma vez a menor influência no resultado do varejo. A taxa acumulada no quadrimestre obteve variação de 11,3% e para os últimos 12 meses, de 9,1%. Estes são, também, resultados decorrentes da melhoria do quadro geral da economia.

O Comércio Varejista ampliado , que inclui o varejo e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, registrou crescimento em relação a março de 2008 de 1,4% para o volume de vendas e de 1,8% para a receita nominal, ambas as taxas com ajustamento sazonal. Comparado com o abril de 2007 (sem ajuste sazonal), as variações foram de 15,8% para o volume de vendas e de 20,5% para a receita nominal. No acumulado do ano e dos últimos 12 meses, o setor apresentou taxas de variação de 15,0% e 14,3% para o volume e de 19,3% e 17,4% para a receita nominal de vendas, respectivamente.

No que tange ao volume de vendas, a atividade de Veículos, motos, partes e peças registrou expansão de 29,2% em relação a abril de 2007, acumulando no quadrimestre e nos últimos doze meses variações de 23,4% e 23,2%, respectivamente. Com o resultado mensal, a atividade continua a apresentar a principal contribuição para a taxa global do varejo ampliado . A redução das taxas de juros e a ampliação dos prazos de financiamento, bem como expectativas positivas quanto à manutenção do emprego, vêm se constituindo nos principais fatores para a expansão das vendas do ramo.

Quanto a Material de construção , as variações foram de 19,3% na relação abril08/abril07, de 13,0% no acumulado do ano, e de 12,5% nos últimos 12 meses. Tal desempenho resulta do quadro favorável da economia, especialmente no que se refere a crédito e massa de salários, combinado com medidas oficiais de incentivo à construção civil.

RESULTADOS REGIONAIS

Das vinte e sete Unidades da Federação, apenas Roraima (-0,2%) apresentou resultado negativo na comparação abril08/abril07. Os destaques em termos de variações positivas do volume de vendas foram Rio Grande do Norte (19,5%); Maranhão (15,1%); Amapá (14,2%); Goiás (11,4%); Mato Grosso (13,5%) e Mato Grosso do Sul (13,2%). Quanto à participação na composição da taxa do Comércio Varejista, sobressaíram, pela ordem, São Paulo (10,4%); Rio de Janeiro (6,5%); Rio Grande do Sul (8,7%); Minas Gerais (7,3%) e Bahia (8,5%).

Em relação ao varejo ampliado, as maiores taxas de desempenho no volume de vendas ocorreram no Espírito Santo (32,2%); Acre (28,2%); Goiás (25,2%); Rio Grande do Norte (23,0%) e Mato Grosso do Sul (22,3%). Em termos de impacto no resultado global do setor, os destaques foram os estados de São Paulo (16,5%); Minas Gerais (15,0%); Rio de Janeiro (11,3%); Rio Grande do Sul (16,3%) e Paraná (15,6%).

Ainda por Unidades da Federação, os resultados com ajuste sazonal para o volume de vendas apontam treze estados com variação negativa, na comparação mês/mês anterior, sendo as principais quedas: Bahia (-4,0%); Espírito Santo (-3,1%); Pernambuco (-2,7%) e Pará (-1,8%). As maiores altas ocorreram em: Roraima (3,1%); Amapá (3,0%); Tocantins (1,3%); Santa Catarina (1,1%) e Minas Gerais (1,0%).