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Em fevereiro, caem o volume de vendas (-1,5%) e a receita (-1,4%) do varejo

Na comparação com o mês anterior, foram as primeiras quedas após três meses de altas. Tanto as vendas (2,2%) quanto a receita nominal (2,6%) haviam subido em janeiro.

15/04/2008 06h01 | Atualizado em 15/04/2008 06h01

Na comparação com o mês anterior, foram as primeiras quedas após três meses de altas. Tanto as vendas (2,2%) quanto a receita nominal (2,6%) haviam subido em janeiro. Em relação a fevereiro de 2007 (na série sem ajuste), o volume de vendas cresceu 12,2%, acumulando 12,0% no ano e 10,2% nos últimos 12 meses. Em receita nominal, essas taxas foram de 16,7%, de 16% e 13,1%, respectivamente.

Em fevereiro de 2008, após um trimestre de resultados positivos, o Comércio Varejista do País registrou quedas no volume de vendas (-1,5%) e na receita nominal (-1,4%), ambas as variações com relação ao mês anterior (ajustadas sazonalmente). Houve uma acomodação, após as significativas expansões em volume de vendas (2,2%) e receita nominal (2,6%) de janeiro. Nas demais comparações, nas séries sem ajuste, o varejo nacional obteve, em termos de volume de vendas, acréscimos de 12,2% sobre fevereiro do ano anterior e de 12,0% e 10,2% nos acumulados do ano e dos últimos 12 meses, respectivamente. Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas variou 16,7%, 16% e 13,1%, respectivamente (Tabelas 1 e 2).

Com o encerramento de 2007, obteve-se o número mínimo de observações necessárias para se calcular a dessazonalização das atividades até então não contempladas. Dessa forma, em 2008 passa-se a divulgar os resultados com ajuste sazonal para todas as atividades que compõem o varejo e o varejo ampliado .

Em fevereiro, ouve altas no volume de vendas com ajuste sazonal em sete das dez atividades pesquisadas: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (12,4%); Veículos e motos, partes e peças (5,2%); Material de construção (3,6%); Livros, jornais, revistas e papelaria (2,7%); Combustíveis e lubrificantes (2,0%); Móveis e eletrodomésticos (1,8%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,4%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-2,8); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-3,9%); e Tecidos, vestuário e calçados com (-4,0%).

Já em relação a fevereiro de 2007 (série sem ajuste), houve altas no volume de vendas de todas as atividades do varejo: 7,2% para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo ; 22,3% para Móveis e eletrodomésticos ; 27,5% em Outros artigos de uso pessoal e doméstico ; 12,7% em Tecidos, vestuário e calçados ; 7,2% para Combustíveis e lubrificantes ; 14,1% para Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos ; 38,9% para Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação e 17,9% para Livros, jornais, revistas e papelaria.

RESULTADOS SETORIAIS

O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo , mesmo com resultado abaixo da média (7,2% no volume de vendas em fevereiro sobre igual mês do ano anterior) foi responsável pela principal contribuição (31%) da taxa global do varejo. No acumulado dos últimos 12 meses, a atividade cresceu 6,7%. Este desempenho foi motivado pelo aumento do poder de compra da população, decorrente não só do crescimento da massa de salários como da expansão do crédito. Quanto ao fato de crescer a um ritmo abaixo da média nacional, a justificativa mais provável está na aceleração dos preços dos alimentos que, nos últimos meses, alcançou 12,9% de variação acumulada (de mar07 a fev08), contra uma inflação geral de 4,6% no período, segundo o IPCA.

A atividade de Móveis e eletrodomésticos , com aumento de 22,3% no volume de vendas em relação a fevereiro de 2007, proporcionou o segundo maior impacto na taxa de desempenho do Comércio Varejista, sendo responsável por 27% da magnitude desta (Tabela 3). No acumulado dos últimos 12 meses, houve um crescimento de 15,1%. Esses resultados, positivos e superiores à média do varejo, devem-se à expansão do crédito; à redução de preços dos eletroeletrônicos e à melhoria da massa de salários da população ocupada.

A atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, com o terceiro maior impacto na formação da taxa do varejo, obteve variação de 27,5% no volume de vendas em relação a fevereiro de 2007, sendo responsável por 16% da taxa geral. Englobando segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheira, artigos esportivos, brinquedos etc., esta atividade vem sendo impulsionada também pela melhoria do quadro geral da economia. O acumulado nos últimos 12 meses foi da ordem de 24,1%.

A quarta maior contribuição para o resultado positivo do varejo, em fevereiro, coube ao segmento de Tecidos, vestuário e calçados , que expandiu o volume de vendas em 12,7% com relação a igual mês do ano anterior. Resultado este que pode se explicado pelo bom desempenho da economia brasileira como um todo. A atividade acumulou nos últimos 12 meses variação de 11,8%.

O segmento de Combustíveis e lubrificantes , com 7,2% de variação do volume de vendas em relação a fevereiro de 2007, respondeu pela quinta maior contribuição à taxa global do varejo, acumulando 5,3% nos últimos 12 meses. Atribui-se este comportamento à estabilidade de preços dos combustíveis, conjugada com a melhoria das condições econômicas do País.

A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com a sexta maior participação na taxa global do varejo, cresceu 14,1% em relação a fevereiro de 2007 e acumulou 10,5% nos últimos 12 meses. A expansão da massa de salários, a diversificação do mix de produtos comercializados e a ampliação das vendas dos produtos genéricos são os principais fatores desse desempenho positivo.

O segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação , o sétimo maior impacto na formação da taxa global , obteve acréscimo no volume de vendas, em janeiro, de 38,9% sobre igual mês do ano passado, acumulando nos últimos 12 meses, 31,4%. Trata-se da atividade com o maior patamar de crescimento este mês. Dentre os fatores que vêm determinando este desempenho, destacam-se a redução de preços dos produtos do gênero, conjugada com facilidades de financiamento, e a crescente importância que os produtos de informática e comunicação vêm tendo nos hábitos de consumo das famílias.

A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria, mesmo com crescimento acima da média, exerceu mais uma vez a menor influência no resultado do varejo em função do reduzido peso que este tem na estrutura da pesquisa. Em relação a fevereiro de 2007, apresentou aumento no volume de vendas de 17,9% e taxa acumulada de variação de 9,0% para os últimos 12 meses. Estes são, também, resultados decorrentes da melhoria do quadro geral da economia.

O Comércio Varejista ampliado ( varejo e as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção ) cresceu 1,0% em volume de vendas e 1,5% em receita nominal, ambas as taxas em relação ao mês anterior (com ajuste sazonal). Comparadas a fevereiro de 2007 (sem ajuste sazonal), as variações foram de 18,1% para o volume de vendas e de 22,4% para a receita nominal. No acumulado dos últimos 12 meses as taxas foram de 14,4% e 16,6% para o volume e para a receita nominal de vendas, respectivamente.

Em volume de vendas, a atividade de Veículos, motos, partes e peças cresceu 30,5% em relação a fevereiro de 2007, acumulando 23,9% nos últimos doze meses. Com este resultado, a atividade assume a segunda colocação em taxas de crescimento. A redução das taxas de juros, a ampliação dos prazos de financiamento e expectativas positivas de manutenção do emprego seriam os principais fatores para isso.

Quanto a Material de construção, as variações foram de 19,0% em relação a fevereiro de 2007 e de 11,8% no acumulado dos últimos 12 meses. Tal desempenho resulta do quadro favorável da economia, especialmente no crédito e na massa de salários, combinado com medidas oficiais de incentivo à construção civil, com a diminuição da carga tributária (e dos preços) sobre determinados produtos básicos utilizados no setor.

RESULTADOS REGIONAIS

Três Unidades da Federação apresentaram quedas em relação a fevereiro de 2007: Roraima (-3,5%); Amazonas (-2,6%) e Acre (-1,0%). As maiores altas em volume de vendas foram no Rio Grande do Norte (21,5%); Paraíba (17,8%); São Paulo (16,6%); Rondônia (15,4%) e Maranhão (14,2%). Os destaques em participação na composição da taxa do Comércio Varejista , foram São Paulo (16,6%); Rio de Janeiro (8,9%); Rio Grande do Sul (11,9%); Minas Gerais (9,9%) e Paraná (8 , 9%).

Em relação ao varejo ampliado , as maiores taxas de desempenho no volume de vendas ocorreram em Rondônia (29,8%); Goiás (27,2%); Espírito Santo (26,8%); Grande do Norte (25,8%) e Santa Catarina (20,6%). Em termos de impacto no resultado global, os destaques foram São Paulo (20,3%); Rio Grande do Sul (19,6%); Minas Gerais (15,4%) Paraná (19,5%) e Rio de Janeiro (11,0%).

Ainda por Unidades da Federação, os resultados com ajuste sazonal para o volume de vendas apontam somente cinco variações positivas, na comparação com o mês anterior: Mato Grosso (2,8%); Rondônia (2,4%); Rio Grande do Norte (2,5%); Distrito Federal (0,3%) e Amazonas (0,1%). As maiores quedas ocorreram em: Pará (-9,8%); Piauí (-8,1); Ceará (-5,4%); Bahia (-3,9%) e Paraná (-3,6%).