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Em outubro, caíram o volume de vendas (- 0,2%) e a receita (- 0,3%) do comércio

Em relação ao mês anterior, em outubro ocorreram as primeiras taxas negativas de 2007. Já em relação a outubro de 2006, as vendas cresceram 9,6%, acumulando 9,6% no ano e 9,1% nos últimos 12 meses.

17/12/2007 07h01 | Atualizado em 17/12/2007 07h01

Em relação ao mês anterior , em outubro ocorreram as primeiras taxas negativas de 2007. Já em relação a outubro de 2006, as vendas cresceram 9,6%, acumulando 9,6% no ano e 9,1% nos últimos 12 meses. Em receita nominal , essas taxas foram de 13,5%, de 11,4% e 10,6%, respectivamente .

Em outubro , o comércio varejista interrompeu uma série de nove resultados positivos , desde dezembro de 06, ( tabela abaixo ) e registrou, em relação a setembro , quedas para o volume (-0,2%) e a receita nominal (-0,3%) de vendas . Foi primeiro mês do ano com taxas negativas em relação ao mês anterior ( série com ajuste sazonal ). No ano , o volume e a receita nominal de vendas acumularam 7,6% e 11,5%, respectivamente .

Nas demais comparações ( sem ajuste sazonal ), o volume de vendas cresceu 9,6% sobre outubro do ano anterior , acumulando 9,6% de janeiro a outubro em relação a igual período de 2006 e 9,1% nos últimos 12 meses. As mesmas taxas , para a receita nominal de vendas , foram de 13,5%, de 11,4% e de 10,6%, respectivamente ( Tabelas 1 e 2).

 

 

Em relação ao mês anterior , das cinco atividades com séries sazonalmente ajustadas, quatro assinalaram crescimento no volume de vendas : Combustíveis e lubrificantes (1,8%); Móveis e eletrodomésticos (1,3%); Tecidos , vestuário e calçados (2,8%); e Veículos , motos , partes e peças (2,8%). O resultado negativo ocorreu em Hipermercados , supermercados , produtos alimentícios , bebidas e fumo (-1,6%).

Em relação a outubro de 2006, houve aumentos no volume de vendas de todas as atividades do varejo , cujas taxas , por ordem de importância no resultado global , foram: Hipermercados , supermercados , produtos alimentícios , bebidas e fumo (5,6%); Móveis e eletrodomésticos (13,5%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (19,8%) ; Tecidos , vestuário e calçados (14,5%) ; Combustíveis e lubrificantes (6,5%); Artigos farmacêuticos , médicos , ortopédicos , de perfumaria e cosméticos (11,9%); Equipamentos e material para escritório , informática e comunicação (38,7%) e Livros , jornais , revistas e papelaria (16,8 %) .

Resultados Setoriais

O segmento de Hipermercados , supermercados , produtos alimentícios , bebidas e fumo , mesmo com volume de vendas abaixo da média (5,6% em outubro , em relação a igual mês do ano anterior ), foi responsável pela principal contribuição (30%) da taxa do varejo . A atividade acumulou 6,5% e 6,7% no ano e nos últimos 12 meses, respectivamente , devido à expansão do crédito , principalmente com o uso de cartões de crédito patrocinados pelas próprias redes do ramo .

A atividade de Móveis e eletrodomésticos (13,5% no volume de vendas em relação a outubro do ano passado ), foi o segundo maior impacto ( 22%) sobre a taxa do Comércio Varejista ( Tabela 3). O segmento acumula crescimento de 16,0% no ano , sobre igual período de 2006, e de 14,6% para os últimos 12 meses. Este resultado positivo (e superior à média do varejo ) é atribuído, basicamente, à expansão do crédito , à redução de preços dos eletroeletrônicos e à melhoria da massa de salários da população ocupada .

A atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico , com o terceiro maior impacto na formação da taxa do varejo , obteve variação de 19,8% no volume de vendas em relação a outubro de 2006, respondendo assim por 16% da taxa geral . Englobando segmentos como lojas de departamentos , ótica , joalheira , artigos esportivos , brinquedos etc., esta atividade vem tendo seu desempenho influenciado também pela melhora da economia e, especialmente esse mês , pelo Dia das Crianças . Acumulando no ano e nos últimos 12 meses taxas de 22,6% e 21,6%, respectivamente , segue com o segundo maior crescimento em volume de vendas , em 2007.

 

A quarta maior contribuição para o resultado positivo de outubro , coube ao segmento de Tecidos , vestuário e calçados , cujo volume de vendas cresceu 14,5% com relação a igual mês do ano anterior . Esta taxa de desempenho volta a ficar acima da média do varejo , provavelmente pela comemoração do Dia da Criança , ao contrário de setembro , quando o crescimento atingiu 7,0%. A atividade acumulou 10,5% nos primeiros dez meses de 2007, em relação ao mesmo período de 2006; e em 8,8% para os últimos 12 meses.

A quinta maior contribuição ao aumento do volume de vendas do varejo veio do segmento de Combustíveis e lubrificantes (6,5% em relação a outubro de 2006, a décima taxa mensal consecutiva de crescimento ). Este comportamento pode ser atribuído à queda de preços dos combustíveis (acumulando, nos últimos 12 meses variação de -3,2%, segundo o IPCA) conjugada à melhoria das condições econômicas do País . A atividade acumulou 5,2% no ano e de 3,5% nos últimos 12 meses.

A atividade de Artigos farmacêuticos , médicos , ortopédicos e de perfumaria , sexta maior participação na taxa global do varejo , apresentou crescimento de 11,9% na comparação com outubro de 2006, e taxas acumuladas de 8,5% no ano e de 7,4% nos últimos 12 meses. A expansão da massa de salários e a diversificação do mix de produtos comercializados são os principais fatores explicativos do desempenho positivo do segmento .

No segmento de Equipamentos e materiais para escritório , informática e comunicação , sétimo maior impacto na formação da taxa global , o volume de vendas , em outubro , cresceu 38,7% sobre igual mês do ano passado , acumulando no ano e nos últimos 12 meses, respectivamente , taxas de 27,1% e de 25,6%. Trata-se da atividade com o maior patamar de crescimento este ano . Tal desempenho deve-se, principalmente , à redução de preços dos produtos do gênero , conjugada às facilidades de financiamento e à crescente inserção dos produtos de informática e comunicação na cesta de consumo das famílias .

A atividade de Livros , jornais , revistas e papelaria exerceu, mais uma vez , a menor influência no resultado do varejo , com aumento no volume de vendas de 16,8% sobre outubro de 2006. As taxas de variação acumuladas nos dez primeiros meses do ano e no dos últimos 12 meses foram de 7,9% e de 6,2%, respectivamente .

Para o Comércio Varejista ampliado ( varejo mais as atividades de Veículos , motos , partes e peças e de Material de construção ) as variações em relação a igual mês do ano anterior foram de 16,4% para o volume de vendas e de 19,8% na receita nominal de vendas . Os acumulados no ano e dos últimos 12 meses foram, respectivamente , de 13,9% e 12,7% para o volume de vendas e de 15,0% e 13,6% para a receita nominal .

O volume de vendas da atividade de Veículos , motos , partes e peças cresceu 29,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior , acumulando nos dez primeiros meses do ano taxa de 23,8% ante o mesmo período de 2006 e, nos últimos doze meses, variação de 21,4%. A redução das taxas de juros e a ampliação dos prazos de financiamento vêm se constituindo nos principais fatores para a expansão das vendas do ramo este ano .

Já o volume de vendas de Material de construção cresceu 17,1% em relação a outubro de 2006, acumulando 10,4% no ano e 9,3% nos últimos 12 meses. Tais resultados refletem as condições favoráveis da economia , bem como as medidas oficiais de incentivo à construção civil .

Resultados Regionais

Das vinte e sete Unidades da Federação , três tiveram quedas em relação a outubro de 2006: Roraima (-7,1%); Acre (-7,1%); e Rondônia (-1,0%). Destacaram-se com as maiores variações positivas: Goiás (14,6%); Mato Grosso (14,6%); São Paulo (11,9%); Maranhão (11,8%) e Bahia (11,7%).

Quanto à participação na composição da taxa do Comércio Varejista , os destaques foram, pela ordem : São Paulo (11,9%); Rio Grande do Sul (11,1%); Minas Gerais (7,4%); Rio de Janeiro (4,1%) e Paraná (8,7%).

Em relação ao varejo ampliado , as maiores taxas no volume de vendas foram em Goiás (24,3%); Paraná (21,9%); Espírito Santo (20,9%); Santa Catarina (19,3%); e no Maranhão (19,2%). Os destaques em impacto no resultado global do setor foram: São Paulo (17,9%); Paraná (21,9%); Rio Grande do Sul (18,3%); Minas Gerais (14,6%); e Rio de Janeiro (9,7%).

Ainda por Unidades da Federação , em relação ao mês anterior ( série com ajuste sazonal ), a taxa do volume de vendas caiu em 19 estados e subiu em oito . As principais quedas ocorreram em Tocantins (-3,3%); Maranhão (-2,8%); Alagoas (-2,6%); Acre (-2,3%) e Amazonas (-2,2%). Os maiores acréscimos foram em Goiás (4,8%); Roraima (1,5%); e Mato Grosso (1,1%).