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Em outubro, produção industrial cresce em 13 das 14 regiões pesquisadas

De setembro para outubro, os índices regionais da produção industrial, ajustados sazonalmente, cresceram em 13 dos 14 locais pesquisados pelo IBGE, à exceção ficou com Pernambuco (-1,3%), que interrompeu dois meses de crescimento, período que acumulou ele

10/12/2007 07h01 | Atualizado em 10/12/2007 07h01

De setembro para outubro, os índices regionais da produção industrial, ajustados sazonalmente, cresceram em 13 dos 14 locais pesquisados pelo IBGE, à exceção ficou com Pernambuco (-1,3%), que interrompeu dois meses de crescimento, período que acumulou elevação de 1,5%. O Paraná (13,6%) foi o único estado com aumento de dois dígitos. Com crescimento acima da média nacional (2,8%) figuram ainda: Rio de Janeiro (8,5%), Espírito Santo (6,6%), Amazonas (5,4%), Goiás (3,9%) e Bahia (3,0%). Os resultados nos demais locais foram: Rio Grande do Sul (2,8%), Minas Gerais (2,3%), Pará (2,0%), São Paulo (1,5%), Santa Catarina (1,4%), região Nordeste (1,3%) e Ceará (0,5%).

Em relação a outubro do ano passado, os índices apresentaram um quadro amplamente positivo, com crescimento nos 14 locais pesquisados, com cinco deles atingindo taxa de dois dígitos. Os estados do Amazonas (15,4%), Paraná (14,4%), Rio Grande do Sul (11,3%), São Paulo (11,1%) e Santa Catarina (10,6%) apresentaram crescimento acima da média nacional (10,3%). Abaixo do total país, mas com taxas também elevadas, figuram Minas Gerais (9,8%) e Espírito Santo (9,2%). Os demais resultados foram: Goiás (5,3%), Rio de Janeiro (5,1%), Pará (4,6%), Bahia (4,2%), Ceará (3,7%), região Nordeste (3,4%) e Pernambuco (1,3%). É importante destacar a diferença de um dia útil a mais em outubro deste ano frente a igual mês do ano anterior.

Outro sinal do dinamismo da atividade fabril vem da observação do maior ritmo de crescimento em outubro em relação ao acumulado no período janeiro-setembro, que atinge treze dos quatorze locais.

No indicador acumulado no ano, que para o total do país ficou em 5,9%, os índices regionais também foram positivos em todos os locais, exceto no Ceará, que assinalou crescimento nulo (0,0%). Minas Gerais (8,6%), Rio Grande do Sul (7,9%) e Paraná (7,6%) registraram as taxas mais elevadas, refletindo o aquecimento da demanda interna por bens duráveis (automóveis e autopeças), a recuperação do setor agrícola (máquinas agrícolas) e as vendas externas de commodities (minério de ferro, açúcar, carnes de aves). Com taxas próximas à média nacional figuram: Espírito Santo (6,1%), São Paulo (5,8%) e Santa Catarina (5,7%). As demais taxas variaram entre 4,6% em Pernambuco e 1,3% na Bahia.

Amazonas

A produção industrial do Amazonas, em outubro, assinalou crescimento na comparação com o mês imediatamente anterior (5,4%), na série livre de influências sazonais, compensando o recuo de 5,2% registrado em setembro. Em relação a igual mês do ano passado, a expansão de 15,4% foi a maior desde fevereiro de 2006 (16,6%). O indicador acumulado no ano (3,3%) ficou acima do de setembro (1,8%). A taxa anualizada, acumulado nos últimos doze meses, também acelera o ritmo de expansão, passando de 0,5% em setembro para 2,7% em outubro.

Na comparação com outubro de 2006, nove dos onze segmentos assinalaram taxas positivas. A expansão de 15,4% foi determinada, sobretudo, pelo crescimento de dois dígitos em edição e impressão (86,6%), outros equipamentos de transporte (29,4%) e alimentos e bebidas (12,9%). No primeiro, destaca-se o avanço na fabricação de DVDs; no segundo, motocicletas; e no terceiro, preparações em xarope para elaboração de bebidas. Por outro lado, as pressões negativas foram exercidas por produtos químicos (-15,7%) e indústria extrativa (-6,9%), devido principalmente aos decréscimos em filmes fotográficos e petróleo.

No indicador acumulado no ano (3,3%), frente a igual período de 2006, seis dos onze ramos apresentaram avanço na produção, com as contribuições mais significativas vindo de edição e impressão (77,8%), outros equipamentos de transporte (18,4%), alimentos e bebidas (15,1%) e máquinas e equipamentos (51,6%). Em sentido contrário, material eletrônico e equipamentos de comunicações (-20,4%) permanece como a principal influência negativa, pressionado, em grande medida, pelo decréscimo na fabricação de telefones celulares e televisores.

Pará

De setembro para outubro, a indústria do Pará avançou 2,0%, na série livre dos efeitos sazonais, após recuar 1,6% no mês anterior. A comparação com outubro de 2006 registrou crescimento de 4,6% e o índice acumulado no período janeiro-outubro ficou em 2,8%. O indicador acumulado nos últimos doze meses, em trajetória decrescente desde o início do ano, passou de 4,8% em setembro para 4,4% em outubro.

Em relação a outubro de 2006, a indústria paraense registrou crescimento de 4,6%, com avanço em quatro das seis atividades pesquisadas. Entre essas atividades, os principais impactos vieram da indústria extrativa (8,5%) e de celulose e papel (27,4%). Nestes ramos destacaram-se os aumentos na produção de minérios de ferro; celulose e papel higiênico, respectivamente. Por outro lado, metalurgia básica (-4,3%) exerceu a maior pressão negativa, com recuo, principalmente, no item óxido de alumínio.

No indicador acumulado janeiro-outubro, o avanço de 2,8% foi decorrente, sobretudo, da performance positiva de três setores, com destaque para a indústria extrativa (9,0%), que registrou aumento na extração de minérios de ferro. Em sentido contrário, alimentos e bebidas (-14,3%) foi o principal impacto negativo no cômputo geral, justificado pelo menor ritmo das exportações de crustáceos congelados em 2007.

Nordeste

Em outubro, a indústria do Nordeste registrou aumento de 1,3% em relação a setembro, na série livre dos efeitos sazonais. Na comparação com igual mês do ano anterior, observou-se crescimento de 3,4% e no indicador acumulado no ano, 2,4%. O índice acumulado nos últimos doze meses, em desaceleração, passou de 2,4 em setembro para 2,0% em outubro.

Em relação a outubro de 2006, o aumento de 3,4% refletiu, sobretudo, o avanço em nove dos onze segmentos pesquisados. Os maiores impactos positivos vieram de alimentos e bebidas (2,8%), celulose e papel (16,3%) e têxtil (8,7%), com aumento nos itens: leite em pó, açúcar refinado; celulose; tecidos de algodão e toalhas, respectivamente. Pressionando negativamente, refino de petróleo e produção de álcool (-0,7%) e produtos químicos (-0,2%) apresentaram recuo na produção de naftas para petroquímica e gasolina; e adubos ou fertilizantes.

No acumulado janeiro-outubro, o acréscimo de 2,4% está apoiado no desempenho positivo de seis atividades, com destaque para alimentos e bebidas (7,2%), minerais não-metálicos (9,0%) e produtos químicos (2,1%). Nestes ramos destacaram-se a produção de café torrado e refrigerantes; cimento, pia, banheira e semelhantes para uso sanitário; tintas e vernizes para construção e etileno não-saturado, respectivamente. Em sentido contrário, os maiores impactos negativos vieram de celulose e papel (-4,7%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,1%), que apresentaram recuos na produção, principalmente, de celulose, papel higiênico; transformadores e componentes elétricos de ignição, respectivamente.

Ceará

Em outubro, a produção industrial do Ceará ajustada sazonalmente avançou 0,5% em relação ao mês imediatamente anterior, terceira taxa positiva consecutiva, acumulando de julho a outubro ganho de 5,3%. No confronto com igual mês de 2006, o crescimento foi de 3,7% e o acumulado janeiro-outubro ficou estável (0,0%) em relação a igual período do ano passado. O indicador acumulado nos últimos doze meses passou de 1,7% em setembro para 1,0% em outubro, permanecendo em trajetória descendente desde o início do ano.

No indicador mensal, a indústria cearense mostrou acréscimo de 3,7%, com resultados positivos em seis dos dez setores industriais pesquisados, cabendo a calçados e artigos de couro (15,5%) a maior contribuição positiva, em função do aumento na fabricação de calçados de plástico e de couro. Em seguida, vale mencionar alimentos e bebidas (5,2%), por conta da maior produção de amendoim e castanha de caju torrados, e castanha de caju beneficiada; e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (13,2%), com destaque para os transformadores. Por outro lado, as principais influências negativas vieram de refino de petróleo e produção de álcool (-23,5%) e vestuário e acessórios (-9,0%), em razão, respectivamente, da queda da produção de asfalto e óleo diesel; e de vestuário para uso profissional, e calças compridas de uso feminino.

O indicador acumulado no ano ficou estável em relação ao mesmo período do ano anterior (0,0%), com resultados positivos em cinco atividades. Os maiores impactos positivos vieram de alimentos e bebidas (6,9%), explicado sobretudo pelo incremento na fabricação de amendoim e castanha de caju torrados, e castanha de caju beneficiada; e em produtos químicos (16,9%), com destaque para a produção de tintas e vernizes para construção e vacinas veterinárias. Em sentido contrário, as principais pressões negativas vieram de refino de petróleo e produção de álcool (-33,3%) e têxtil (-4,9%), por conta, respectivamente, da menor produção de gasolina e gás liqüefeito de petróleo (GLP); fios e tecidos de algodão.

Pernambuco

Em outubro, a produção industrial de Pernambuco , ajustada sazonalmente, recuou 1,3% em relação ao mês imediatamente anterior, após dois meses seguidos de crescimento, período em que acumulou ganho de 1,5%. Na comparação com outubro de 2006, o aumento foi de 1,3% e no acumulado no ano, 4,6%. O índice acumulado nos últimos doze meses mostrou desaceleração entre setembro (5,3%) e outubro (4,3%), após ter registrado a maior taxa no ano para este indicador em agosto (5,8%).

O indicador mensal da indústria pernambucana cresceu 1,3%, com taxas positivas em cinco das onze atividades pesquisadas. As principais contribuições positivas vieram de produtos químicos (20,5%), por conta, principalmente, da maior produção de tintas e vernizes para construção e borracha de estireno-butadieno; e de minerais não-metálicos (14,6%), em função do acréscimo da fabricação de garrafas, garrafões e frascos de vidro para embalagem; e pias, banheiras, bidês e semelhantes de cerâmica. Em sentido oposto, os impactos negativos mais significativos vieram de alimentos e bebidas (-1,8%) e metalurgia básica (-5,5%), devido, respectivamente, à menor fabricação de açúcar cristal e refrigerantes; chapas e tiras de alumínio, e vergalhões de aço ao carbono.

O indicador acumulado no ano apresentou expansão de 4,6%, com resultados positivos em sete setores, com as principais influências vindo de produtos químicos (21,2%), alimentos e bebidas (1,7%) e borracha e plástico (11,4%), setores que apresentaram, respectivamente, crescimento na produção de tintas e vernizes para construção e borracha de estireno-butadieno; sorvetes e margarina; e filmes de plástico. Do lado negativo, as contribuições mais relevantes vieram de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,8%) e calçados e artigos de couro (-12,1%), por conta, principalmente, dos recuos nos itens pilhas ou baterias elétricas; e couros e peles de bovinos.

Bahia

Em outubro, a produção industrial da Bahia ajustada sazonalmente avançou 3,0% em relação ao mês imediatamente anterior, após registrar queda por dois meses consecutivos, período em que acumulou perda de 4,5%. Nos confrontos com iguais períodos do ano anterior, os resultados foram positivos: 4,2% em relação a outubro de 2006 e 1,3% no acumulado no ano. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, ficou praticamente estável entre setembro (0,9%) e outubro (0,8%).

No indicador mensal, a indústria baiana cresceu 4,2%, com acréscimos em oito das nove atividades pesquisadas. A principal contribuição positiva veio de celulose e papel (18,9%), por conta da maior produção de celulose. Em seguida, vale citar produtos químicos (4,3%), em função do aumento da fabricação de sulfato de amônio e amoníaco; e alimentos e bebidas (6,5%), devido ao incremento na produção de leite em pó, e cerveja e chope. Por outro lado, o único recuo foi observado em refino de petróleo e produção de álcool (-3,4%), por conta da menor fabricação de óleo lubrificante e nafta.

O indicador acumulado no ano avançou 1,3%, com resultados positivos em cinco dos nove setores. A principal influência veio de alimentos e bebidas (11,8%), por conta do aumento da produção de farinhas e “pellets” da extração do óleo de soja e óleo de soja em bruto. Vale citar também produtos químicos (1,6%) e borracha e plástico (14,0%), em função, respectivamente, da maior fabricação de etileno não-saturado, sulfato de amônio; embalagens de plástico para produtos alimentícios, e garrafões, garrafas, frascos e semelhantes de plástico. Em sentido oposto, os maiores recuos vieram de refino de petróleo e produção de álcool (-2,4%) e de celulose e papel (-4,7%), em razão, respectivamente, da redução de nafta e óleo diesel, e de celulose.

Minas Gerais

A produção industrial de Minas Gerais avançou 2,3% em outubro frente a setembro, descontadas as influências sazonais, após recuo de 2,6% no mês anterior. Na comparação com outubro de 2006 o crescimento ficou em 9,8% e no acumulado nos dez primeiros meses do ano a expansão foi de 8,6%. O indicador acumulado nos últimos doze meses se mantém em aceleração, passando de 7,7% em setembro para 8,2% em outubro.

Em relação a outubro de 2006, a produção industrial mineira avançou 9,8%, com crescimento tanto na indústria de transformação (8,9%), como na indústria extrativa, que cresceu a dois dígitos (14,8%). Esta última se destaca como a segunda maior contribuição para o indicador geral, beneficiada pela manutenção das exportações de minério de ferro em patamar elevado. Na indústria de transformação, nove das doze atividades pesquisadas apresentaram acréscimo, com claro destaque para o desempenho de veículos automotores (32,5%), apoiado sobretudo na maior fabricação de automóveis. Vale mencionar ainda a magnitude da taxa registrada em celulose e papel (93,1%), resultado de uma base de comparação deprimida, por conta de parada técnica realizada por importante empresa do setor, em outubro de 2006. Com o terceiro maior impacto na indústria de transformação, máquinas e equipamentos cresceu 23,7%, impulsionada pela maior produção de bens de capital utilizados na construção civil (escavadeiras, carregadoras-transportadoras, tratores usados para terraplenagem). Por outro lado, entre os ramos que exerceram influência negativa, destaca-se a queda de alimentos (-6,5%).

O indicador acumulado nos dez primeiros meses do ano aponta crescimento de 8,6%, apoiado principalmente na expansão em dez setores. Entre esses, veículos automotores (21,3%) exerce a principal influência positiva, seguido pela indústria extrativa (10,5%) e máquinas e equipamentos (21,8%).

Espírito Santo

Em outubro, a produção industrial do Espírito Santo, ajustada sazonalmente, avançou 6,6% frente a setembro, após recuar 10,5% no mês anterior. Na comparação com outubro de 2006 houve aumento de 9,2% e no acumulado no ano expansão de 6,1%. O indicador acumulado nos últimos doze meses (6,8%) repetiu o desempenho de setembro.

Em relação a outubro do ano passado, a produção avançou 9,2%, com três dos cinco ramos pesquisados em expansão. Metalurgia básica (31,3%) foi o principal impacto positivo, com destaque para a fabricação de lingotes, blocos e tarugos de aço, seguida pelas indústrias extrativas (13,8%), devido à maior extração de petróleo e minérios de ferro. Por outro lado, celulose e papel (-9,8%), que ainda reflete os efeitos da queda da fabricação de celulose, devido a uma parada técnica da produção de importante empresa do setor iniciada em setembro, e alimentos e bebidas (-4,1%), influenciado pelo recuo da produção de bombons, caramelos e balas foram as principais pressões negativas.

O índice acumulado no ano apontou expansão de 6,1%, com a extrativa exercendo o maior impacto positivo na formação da taxa global. Na indústria de transformação (2,4%), alimentos e bebidas (7,4%) e metalurgia básica (3,5%) exerceram as maiores pressões positivas, impulsionadas pelos itens bombons e lingotes, blocos e tarugos de aço. Em sentido contrário, celulose e papel foi o único ramo com taxa negativa (-1,6%).

Rio de Janeiro

A produção industrial do Rio de Janeiro , em outubro, mostrou resultados positivos nos diferentes tipos de comparação. Na passagem de setembro para outubro, na série com ajustamento sazonal, o setor assinalou acréscimo de 8,5% após recuar 4,1% no mês anterior. Em relação a outubro de 2006, a expansão de 5,1% foi o melhor resultado desde janeiro do ano passado (5,8%). Os indicadores acumulados, tanto nos dez meses do ano (1,8%), como nos últimos doze meses (1,5%), foram superiores aos assinalados em setembro (1,4% e 1,1%, respectivamente).

Para a formação da taxa de 5,1%, observada na comparação com igual mês do ano passado, a principal contribuição favorável vem da indústria de transformação (8,7%), uma vez que a extrativa (-9,7%) prossegue com taxa negativa. Esta última, reflete o recuo na extração de petróleo em decorrência de paralisação técnica em plataformas de exploração de petróleo. Na indústria de transformação (8,7%), que mostra seu melhor resultado desde agosto de 2002 (18,0%), oito dos doze setores pesquisados apontam avanço na produção, com a maior influência vindo de veículos automotores (45,7%), seguido por refino de petróleo e produção de álcool (15,9%) e outros produtos químicos (20,5%). Nesses segmentos, destacam-se a maior fabricação dos itens: caminhões, automóveis, e ônibus; gasolina, óleo diesel, querosene de aviação; e herbicidas. Por outro lado, a indústria farmacêutica, com queda de 12,6%, ainda permanece como o principal impacto negativo, pressionada pelo recuo observado na maior parte dos produtos pesquisados.

A produção acumulada em janeiro-outubro de 2007 mostra expansão de 1,8%, com taxas positivas em oito dos treze ramos pesquisados. Os impactos mais relevantes foram assinalados por veículos automotores (18,4%) e metalurgia básica (11,0%) que cresceram com taxas de dois dígitos, impulsionados sobretudo pelos avanços nos itens caminhões, e folhas-de-flandres e bobinas de aço ao carbono, respectivamente. Também vale citar as contribuições positivas vindas de edição e impressão (7,9%) e de outros produtos químicos (6,5%), influenciados pelos itens jornais e herbicidas. Entre as atividades que mostraram queda, a de maior relevância é a farmacêutica (-15,5%), seguida por alimentos (-7,4%), refino de petróleo e produção de álcool (-3,3%) e extrativa (-1,8%). Nesses ramos, sobressaem as quedas assinaladas em medicamentos; preparações e conservas de peixe; gasolina; e petróleo, respectivamente.

São Paulo

A produção industrial de São Paulo registrou, em outubro, aumento de 1,5% frente ao mês anterior, na série ajustada sazonalmente, mantendo seqüência de três taxas positivas, período em que acumulou ganho de 3,6%. Na comparação com igual mês do ano passado o crescimento foi de 11,1%, maior taxa desde dezembro de 2004 (11,9%). No indicador acumulado no ano o avanço foi de 5,8%. O índice acumulado nos últimos doze meses mostrou ganho de ritmo na passagem de setembro (4,5%) para outubro (5,0%).

Em relação a outubro de 2006 (11,1%), a maior parte (17) das vinte atividades pesquisadas contribuiu positivamente para a formação da taxa geral, sendo os principais destaques: veículos automotores (25,0%), alimentos (12,5%), refino de petróleo e produção de álcool (21,0%) e máquinas e equipamentos (14,5%). Os avanços observados nestes segmentos são explicados, principalmente, pela fabricação de automóveis; açúcar cristal; gasolina; centros de usinagem. Por outro lado, celulose e papel (-2,9%), farmacêutica (-1,0%) e outros equipamentos de transporte (-0,9%) foram os impactos negativos, influenciados sobretudo pelos recuos assinalados em papéis utilizados na escrita e impressão; medicamentos e aviões.

O indicador acumulado no ano avançou 5,8%, com dezessete ramos influenciando positivamente este resultado. As principais contribuições positivas vieram de máquinas e equipamentos (15,3%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (13,2%), veículos automotores (4,8%) e farmacêutica (8,6%), pressionados, sobretudo, pelos acréscimos observados em centros de usinagem; aparelhos de comutação e telefones celulares; automóveis; e medicamentos, respectivamente. Em contraposição, os impactos negativos foram: máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-5,2%), celulose e papel (-1,3%) e edição e impressão (-1,0%), especialmente devido à redução na fabricação de transformadores; absorventes higiênicos; revistas.

Paraná

A produção industrial do Paraná avançou 13,6% em outubro frente ao mês imediatamente anterior, descontadas as influências sazonais, após apresentar recuo de 5,2% em setembro. Em relação a outubro de 2006, o aumento de 14,4% foi o mais elevado desde junho de 2005 (16,9%). O indicador acumulado no ano chega aos 7,6% e o acumulado nos últimos doze meses mostra aceleração na passagem de setembro (6,2%) para outubro (7,2%).

No índice mensal, a produção paranaense cresceu 14,4%, com onze das quatorze atividades pesquisadas assinalando taxas positivas. A maior contribuição na formação da média global veio de veículos automotores, que mostra taxa de dois dígitos (66,0%), devido ao crescimento na produção de caminhões e automóveis. Também merecem destaque máquinas e equipamentos (44,4%) e alimentos (6,4%). Nestes setores, sobressai o acréscimo na fabricação dos seguintes itens: máquinas para trabalhar matéria-prima e tratores agrícolas; e açúcar cristal e tortas, bagaços e outros resíduos da extração do óleo de soja, respectivamente. Por outro lado, as influências negativas vieram de outros produtos químicos (-20,3%), bebidas (-9,3%) e celulose e papel (-2,2%), decorrentes, em grande parte, da queda em adubos ou fertilizantes; refrigerantes e cervejas; e papéis utilizados na escrita e impressão, respectivamente.

O indicador acumulado no ano aumentou 7,6%, com nove ramos apresentando taxas positivas. As maiores contribuições vieram de veículos automotores (27,5%) e, em menor medida, de máquinas e equipamentos (20,6%) e alimentos (3,7%), devido, em grande parte, ao avanço na produção dos itens: caminhões e automóveis; máquinas para colheita e máquinas para trabalhar matéria-prima; e carnes e miudezas de aves e açúcar cristal. Por outro lado, as principais pressões negativas vieram de madeira (-7,1%), refino de petróleo e produção de álcool (-2,8%) e edição e impressão (-2,7%), com destaque para a queda na fabricação de madeira compensada e folhas para folheados; óleo diesel e gasolina; e livros e impressos didáticos, respectivamente.

Santa Catarina

Em outubro, a produção industrial de Santa Catarina ajustada sazonalmente avançou 1,4% frente a setembro, após mostrar variação negativa de 0,3% no mês anterior. No confronto com outubro de 2006, o setor industrial catarinense cresceu 10,6%, mantendo a seqüência de dez meses com resultados positivos nesse tipo de comparação. Com isso, os indicadores acumulados no ano (5,7%) e nos últimos doze meses (4,6%) registraram ganho de ritmo frente aos de setembro (5,1% e 3,8%, respectivamente).

Na comparação com outubro do ano passado, o crescimento de 10,6% representa o melhor resultado desde janeiro de 2005 (11,2%) e reflete o desempenho favorável de 10 dos 11 ramos investigados. Os principais impactos na média global foram assinalados por veículos automotores (23,2%); máquinas e equipamentos (10,7%); borracha e plástico (18,6%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (30,8%), influenciados pela maior produção dos itens: carrocerias para caminhões e ônibus; refrigeradores e congeladores; peças e acessórios para indústria automobilística; e motores elétricos. Outras contribuições positivas relevantes vieram de têxtil (10,2%), vestuário (13,2%) e alimentos (4,5%), onde sobressaem os itens toalhas de banho, rosto, mãos e semelhantes; conjuntos de malha de uso masculino; e carnes e miudezas de aves. Por outro lado, a única pressão negativa fica com o setor de madeira (-1,9%).

A produção acumulada de janeiro-outubro de 2007 mostra expansão de 5,7%, com perfil generalizado de crescimento que atinge dez segmentos. Cabe aos setores de alimentos (8,5%) e de máquinas e equipamentos (8,4%) as contribuições mais relevantes no total da indústria catarinense. Nesses ramos, os avanços de maior destaque ficam com os itens carnes e miudezas de aves, no primeiro setor, e refrigeradores e compressores no segundo. Também vale mencionar a boa performance de veículos automotores (9,1%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (13,9%), impulsionados pelos produtos carrocerias para caminhões e ônibus e motores elétricos. A única atividade que não mostrou crescimento no acumulado dos dez meses de 2007 foi a metalurgia básica, estável frente a igual período do ano anterior (0,0%).

Rio Grande do Sul

Em outubro, a indústria do Rio Grande do Sul apresentou aumento de 2,8% em relação a setembro, na série livre dos efeitos sazonais. A comparação com igual mês do ano anterior registrou expansão de 11,3% e o indicador acumulado no ano assinalou crescimento de 7,9%. No acumulado nos últimos doze meses, em trajetória crescente desde setembro de 2006, o aumento foi de 6,8%.

No confronto mensal, a produção cresceu 11,3%, explicada sobretudo pelos desempenhos positivos de 11 dos 14 ramos pesquisados. As contribuições mais importantes na formação da taxa geral vieram de máquinas e equipamentos (43,0%), veículos automotores (26,7%) e alimentos (8,9%), onde se destacaram, respectivamente, máquinas para colheita e aparelhos de ar condicionado; carrocerias para ônibus e automóveis; e carnes bovinas e de aves. Por outro lado, os decréscimos mais significativos vieram de outros produtos químicos (-5,9%) e mobiliário (-10,8%), sobressaindo os recuos de borracha de estireno-butadieno, adubos ou fertilizantes; e assentos e cadeiras de metal e estantes de madeira, respectivamente.

No acumulado no período janeiro-outubro (7,9%), dez atividades registraram avanços, com destaque para refino de petróleo e produção de álcool (32,9%), máquinas e equipamentos (32,8%) e veículos automotores (28,9%). Estes ramos assinalaram aumentos na produção, principalmente, de naftas para petroquímica, gasolina; ferramentas hidráulicas de motor não-elétrico, máquinas para colheita; eixo, semi-eixo e outras peças para transmissão e automóveis. Por outro lado, calçados e artigos de couro (-8,1%) e fumo (-6,1%) exerceram as pressões negativas mais relevantes, sobressaindo os decréscimos nos itens: calçados de couro e fumo processado.

Goiás

A produção industrial de Goiás, ajustada sazonalmente, avançou 3,9% de setembro para outubro, após recuar 1,1% em agosto. Na comparação com outubro de 2006 o crescimento foi de 5,3% e no indicador acumulado no ano, 2,0%. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, fica praticamente estável entre setembro (2,3%) e outubro (2,2%).

O aumento de 5,3% frente ao mesmo mês do ano anterior reflete o desempenho positivo de quatro dos cinco segmentos. As maiores influências positivas vieram de produtos químicos (15,1%), em função principalmente da produção de adubos ou fertilizantes e medicamentos; e de alimentos e bebidas (3,6%), com a maior fabricação de maionese e açúcar cristal. Em sentido contrário, a indústria extrativa apresentou queda de 2,8%, devido ao decréscimo na produção de amianto.

O indicador acumulado no período janeiro-outubro registrou expansão de 2,0%, com todos os cinco segmentos assinalando resultados positivos. A maior contribuição veio da indústria extrativa (10,0%), com destaque para os produtos amianto e pedras britadas. Em seguida, sobressaíram minerais não-metálicos (9,5%) e alimentos e bebidas (0,7%), devido aos acréscimos de cimento e maionese, respectivamente.