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Em setembro, emprego industrial cresce 1,0%

O emprego industrial cresceu 1,0% na passagem de agosto para setembro, terceira taxa positiva consecutiva e a maior desde maio de 2004 (1,1%).

14/11/2007 07h01 | Atualizado em 14/11/2007 07h01

O emprego industrial cresceu 1,0% na passagem de agosto para setembro, terceira taxa positiva consecutiva e a maior desde maio de 2004 (1,1%). O número de horas pagas aos trabalhadores e a folha de pagamento real também cresceram 1,0%, em setembro frente a agosto. Em relação a setembro de 2006, o crescimento do emprego na indústria foi de 2,8%, no acumulado no ano, foi de 1,7%, e nos últimos doze meses, foi de 1,4%. O fechamento do terceiro trimestre aponta crescimento de 2,3% em relação ao mesmo período do ano passado, e de 1,0% frente ao segundo trimestre de 2007. A evolução positiva dos índices do emprego industrial ao longo de 2007 reflete o maior dinamismo da atividade produtiva.

Na comparação com setembro de 2006, décima quinta taxa positiva consecutiva (2,8%), onze das quatorze áreas e doze dos dezoito setores aumentaram o contingente de trabalhadores. São Paulo (4,4%), Paraná (4,8%) e Minas Gerais (2,7%) exerceram as pressões mais significativas no resultado geral. Na indústria paulista, as contratações foram superiores às demissões principalmente em máquinas e equipamentos (11,1%) e meios de transporte (8,5%). Este último segmento foi o principal responsável pelo aumento do emprego nas indústrias paranaense e mineira, com acréscimo de 32,5% e 15,9%, respectivamente. Por outro lado, veio de Pernambuco (-4,8%) a principal influência negativa no resultado global, devido ao recuo em alimentos e bebidas (-5,8%), desempenho associado à menor absorção de trabalhadores no setor sucroalcooleiro.

Em nível nacional, os ramos com as maiores contribuições positivas foram alimentos e bebidas (4,2%), meios de transporte (10,5%) e máquinas e equipamentos (9,6%). Em sentido contrário, calçados e artigos de couro (-9,3%) e madeira (-6,0%) exercem as principais pressões negativas.

Nas comparações contra igual trimestre do ano anterior, o período julho-setembro assinalou aumento de 2,3%, a maior taxa desde o primeiro trimestre de 2005 (2,8%), e manteve seqüência de cinco taxas positivas nesse confronto. Entre o segundo (1,7%) e o terceiro trimestres (2,3%), nove segmentos aceleraram seus resultados no índice de emprego, com destaque para meios de transporte, que passou de 5,4% para 9,4% e alimentos e bebidas, de 3,2% para 4,2%. Entre esses dois períodos, sete locais apresentaram taxas mais elevadas no terceiro trimestre, com destaque para o Rio Grande do Sul (de - 0,1% para 1,8%).

No indicador acumulado janeiro-setembro, o pessoal ocupado apresentou acréscimo de 1,7%, próximo ao observado no fechamento do ano de 2004 (1,8%). Treze locais e treze ramos contribuem positivamente no índice geral. Em nível setorial, as principais pressões positivas vieram de alimentos e bebidas (4,3%), meios de transporte (6,3%) e produtos de metal (6,5%). Entre os locais, São Paulo (2,8%), Paraná (2,6%) e Região Nordeste (1,6%) exerceram os impactos mais significativos. Por outro lado, Rio Grande do Sul (-0,6%) foi a única pressão negativa entre as áreas pesquisadas e, no corte setorial, os destaques foram calçados e artigos de couro (-6,8%) e vestuário (-4,4%).

NÚMERO DE HORAS PAGAS

O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, em setembro, aumentou 1,0% em relação a agosto, na série livre dos efeitos sazonais, segundo resultado positivo consecutivo, acumulando ganho de 1,3% entre setembro e julho.

No confronto com setembro de 2006 a taxa foi de 2,2%, completando seqüência de dezesseis taxas positivas. No acumulado no ano, o acréscimo foi de 1,4%. O indicador acumulado nos últimos doze meses, em trajetória crescente desde setembro de 2006, passou de 1,1%, em agosto, para 1,3%, em setembro. Nos índices trimestrais, o número de horas pagas no período julho-setembro de 2007 cresceu 2,0% em relação a igual trimestre do ano anterior e ficou estável (0,0%) frente ao trimestre imediatamente anterior, na série ajustada sazonalmente.

No confronto setembro 2007/ setembro 2006, o número de horas pagas avançou 2,2%, com contribuições positivas vindas de nove dos quatorze locais e onze dos dezoito ramos pesquisados. Em termos setoriais, as maiores pressões positivas vieram de alimentos e bebidas (4,1%), meios de transporte (11,4%) e produtos de metal (9,1%). Em sentido contrário, calçados e artigos de couro (-13,0%) e vestuário (-3,1%) exerceram as principais pressões negativas.

Ainda na comparação setembro 2007/ setembro 2006, os locais responsáveis pelos maiores impactos positivos no resultado nacional foram São Paulo (3,9%), Paraná (4,8%) e Minas Gerais (2,0%). Na indústria paulista, dez das dezoito atividades aumentaram o número de horas pagas, com destaque para meios de transporte (11,3%), máquinas e equipamentos (8,5%) e alimentos e bebidas (4,7%). No Paraná, sobressaíram meios de transporte (32,4%) e alimentos e bebidas (4,8%); e na indústria mineira, o aumento mais expressivo veio de meios de transporte (16,4%). Regionalmente, as principais influências negativas vieram do Rio de Janeiro (-1,9%) e de Pernambuco (-3,0%), com o segmento de alimentos e bebidas tendo o principal impacto negativo nos dois estados, recuos de 11,2% e 3,3%, respectivamente.

Em bases trimestrais, o número de horas pagas prosseguiu em trajetória ascendente, com o crescimento de 2,0% no terceiro trimestre deste ano, marca mais elevada desde o primeiro trimestre de 2005 (2,2%). Na passagem do segundo (1,4%) para o terceiro trimestres (2,0%), ambas comparações contra igual período do ano anterior, dez dos dezoito ramos aumentaram o índice de horas pagas, sobressaindo meios de transporte, que passou de 5,5% para 10,1%; e produtos de metal (de 5,0% para 9,3%). No corte regional, os maiores avanços vieram da Região Norte e Centro-Oeste (de -0,4% para 1,5%) e de Minas Gerais (de 0,1% para 1,9%).

O acumulado no período janeiro-setembro registrou acréscimo de 1,4%, em decorrência sobretudo dos aumentos observados em doze locais e em onze segmentos. Os maiores impactos positivos vieram de São Paulo (2,2%), Paraná (3,1%) e Região Nordeste (1,6%). Por outro lado, Rio Grande do Sul (-0,9%) e Bahia (-0,5%) foram os únicos locais que pressionam negativamente o resultado global. No corte setorial, as principais contribuições no total do país vieram de alimentos e bebidas (4,5%), meios de transporte (6,3%) e produtos de metal (6,0%). Em sentido contrário, calçados e artigos de couro (-8,9%) e vestuário (-5,6%) exerceram as principais influências negativas.

FOLHA DE PAGAMENTO REAL

Em setembro, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente cresceu 1,0% na comparação com o mês imediatamente anterior, quarto resultado positivo consecutivo, acumulando nesse período ganho de 2,3%. O indicador de média móvel trimestral, em trajetória crescente desde junho, registrou acréscimo de 0,7% entre agosto e setembro.

Nos confrontos com iguais períodos do ano anterior, os resultados prosseguiram positivos: 6,0% frente a setembro de 2006 e 5,0% no acumulado no ano. O indicador acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 3,9% em agosto para 4,2% em setembro, confirmou a trajetória ascendente iniciada em dezembro de 2006. No terceiro trimestre de 2007, o crescimento foi de 5,5%, na comparação contra igual trimestre do ano anterior, e de 1,2%, frente ao trimestre imediatamente anterior – série com ajuste sazonal.

Na comparação setembro 2007/setembro 2006, a folha de pagamento real cresceu 6,0%, sua décima oitava taxa positiva consecutiva. Todos os quatorze locais mostraram aumento, cabendo a São Paulo (5,2%) a maior influência positiva, devido, sobretudo, ao ganho salarial nos setores de meios de transporte (17,7%), produtos químicos (9,9%) e produtos de metal (9,6%). Vale mencionar, também, as contribuições vindas do Rio Grande do Sul (10,2%) e do Rio de Janeiro (9,6%).

Setorialmente, o valor da folha de pagamento real avançou em quatorze dos dezoito ramos. Os impactos positivos mais importantes vieram de meios de transporte (15,6%), produtos de metal (16,9%), alimentos e bebidas (6,2%) e produtos químicos (8,6%). Em sentido oposto, os principais recuos vieram de papel e gráfica (-5,5%), calçados e artigos de couro (-6,9%) e madeira (-10,5%).

Na análise trimestral, o índice do valor da folha de pagamento, em relação ao mesmo período do ano anterior, mostrou incremento na passagem do segundo (4,9%) para o terceiro trimestres de 2007 (5,5%). Este movimento está presente em oito locais, com destaque para Rio Grande do Sul, que passa de 6,7% para 11,8% e Rio de Janeiro (de 7,5% para 9,6%). No corte setorial, doze segmentos apresentaram maior dinamismo no terceiro trimestre frente o segundo, destacando-se meios de transporte (de 5,2% para 10,9%), produtos de metal (de 6,4% para 13,9%) e alimentos e bebidas (de 5,1% para 5,8%).

O indicador acumulado no ano (5,0%) assinalou incremento no valor da folha de pagamento em todos os locais pesquisados. A principal contribuição veio de São Paulo (3,9%), por conta de produtos químicos (13,5%) e meios de transporte (5,1%). Vale citar ainda Rio Grande do Sul (7,5%), Região Nordeste (6,5%) e Minas Gerais (5,5%). Nestes locais, os destaques foram, respectivamente, produtos de metal (47,1%) e meios de transporte (15,3%); alimentos e bebidas (6,5%) e refino de petróleo e produção de álcool (27,5%); e alimentos e bebidas (11,4%) e metalurgia básica (4,5%).

Em termos setoriais, das treze atividades que apresentaram ganho, os maiores impactos positivos vieram de produtos químicos (11,6%), alimentos e bebidas (6,5%) e meios de transporte (5,7%). Por outro lado, as principais quedas na folha de pagamento foram observadas em papel e gráfica (-4,4%), madeira (-8,2%) e calçados e artigos de couro (-2,4%).