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Em setembro, produção industrial recua em 11 dos 14 locais pesquisados

Desempenho negativo na maioria das regiões marca a passagem de agosto para setembro, na série com ajuste sazonal.

09/11/2007 07h01 | Atualizado em 09/11/2007 07h01

Desempenho negativo na maioria das regiões marca a passagem de agosto para setembro, na série com ajuste sazonal. A situação se inverte nas comparações com o mesmo período do ano anterior e no acumulado do ano, com expansão em 8 e 13 locais, respectivamente, do total de 14 investigados.

Em setembro, os índices regionais da produção industrial ajustados sazonalmente mostram um predomínio de resultados negativos frente a agosto, com onze dos quatorze locais apresentando queda. Espírito Santo (-9,9%), Amazonas (-5,3%), Paraná (-3,8%) e Rio de Janeiro (-3,7%) assinalam as reduções mais acentuadas. Ceará (2,9%), São Paulo (1,6%), parque fabril que responde por, aproximadamente, 40% da estrutura nacional, e região Nordeste (0,1%), registram taxas acima da média nacional (-0,5%).

A evolução do índice de média móvel trimestral revela estabilidade (0,1%) entre agosto e setembro para o total da indústria nacional. Regionalmente, cinco dos quatorze locais pesquisados mostram saldo positivo nessa comparação, com Goiás (1,3%), São Paulo (0,7%) e Pará (0,4%) assinalando os ganhos mais acentuados. Por outro lado, Rio de Janeiro (-1,4%), Pernambuco (-1,2%), Paraná (-1,1%) e Espírito Santo (-0,6%) apontam os recuos mais intensos nessa comparação. Os demais locais variam próximos da estabilidade.

Em relação a setembro do ano passado, a atividade industrial mostra crescimento em oito dos quatorze locais pesquisados, com São Paulo (8,5%) e Minas Gerais (6,5%) registrando expansão acima da média nacional (5,6%). Ainda com resultados positivos encontram-se: Goiás (4,9%), Santa Catarina (4,1%), Paraná (3,1%), Amazonas (2,1%), Rio Grande do Sul (1,0%) e região Nordeste (0,7%). Apontam recuo neste indicador os seguintes locais: Ceará (-0,2%), Pará (-0,4%), Bahia (-1,5%), Pernambuco (-1,8%), Espírito Santo (-2,1%) e Rio de Janeiro (-2,4%).

 


Em bases trimestrais, a maioria (doze) das quatorze áreas pesquisadas assinala expansão no terceiro trimestre do ano, quando comparado ao mesmo período de 2006. Também a maioria (oito) dos locais mantém ritmo ascendente em relação ao resultado do segundo trimestre. Essa aceleração é particularmente acentuada no Espírito Santo onde, entre os índices do segundo e terceiro trimestres, a taxa passa de 2,4% para 8,7%, seguido por Goiás (de –2,8% para 1,6%) e Bahia (de –1,4% para 2,4%). Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, série ajustada sazonalmente, oito locais mostram resultados positivos, com Espírito Santo (6,0%) e Amazonas (3,4%) alcançando as taxas mais elevadas, enquanto Pernambuco (-3,5%) registra a maior perda.

No indicador acumulado nos nove primeiros meses do ano, em relação a igual período de 2006, há crescimento em todos os locais, à exceção do Ceará (-0,4%). A indústria de Minas Gerais apresenta a maior expansão (8,4%), sustentada, sobretudo, pelo avanço na fabricação de automóveis. Com taxas acima da média nacional (5,4%) figuram ainda: Rio Grande do Sul (7,3%), Paraná (6,8%) e Espírito Santo (5,8%). Esses desempenhos regionais confirmam o perfil do crescimento em 2007, apoiado, principalmente, na produção de bens de consumo duráveis e de bens de capital, no dinamismo vindo das exportações de commodities e nos efeitos da recuperação do setor agrícola. Crescendo abaixo da média nacional figuram: São Paulo (5,2%), Santa Catarina (5,1%), Pernambuco (4,9%), Pará (2,6%), região Nordeste (2,3%), Amazonas (1,8%), Goiás (1,5%), Rio de Janeiro (1,4%) e Bahia (1,0%).

AMAZONAS

Em setembro, a indústria do Amazonas apresentou recuo de 5,3% em relação ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após o acréscimo de 7,5% em agosto. Na comparação com igual mês do ano anterior, observa-se aumento de 2,1%, resultado bem abaixo do de agosto (12,2%). Os indicadores acumulados, tanto no ano (1,8%) como nos últimos doze meses (0,5%), repetem os resultados de agosto. No terceiro trimestre de 2007, a produção foi 5,1% superior à de igual período de 2006 e cresceu 3,4% na comparação com o trimestre imediatamente anterior (série ajustada sazonalmente).

No índice mensal (2,1%), sete das onze atividades assinalaram taxas positivas, com destaque para o crescimento de dois dígitos de edição e impressão (87,2%) e de outros equipamentos de transporte (16,2%). Nestes segmentos, sobressaem, respectivamente, a maior fabricação de DVDs e de motocicletas. Em sentido contrário, alimentos e bebidas (-11,1%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (-6,7%) e produtos de metal (-14,1%) exerceram as principais contribuições negativas, por conta, sobretudo, dos decréscimos na produção de preparações em xarope e em pó para elaboração de bebidas; televisores, rádios; e aparelhos e lâminas de barbear.

Em bases trimestrais, observa-se um maior dinamismo na passagem do segundo (2,8%) para o terceiro trimestre (5,1%), ambas as comparações contra iguais períodos de 2006. Este movimento atinge sete dos onze setores pesquisados, com destaque para a redução no ritmo de queda de material eletrônico e equipamentos de comunicações, que passou de uma redução de 24,4% no período abril-junho para –6,4% no período julho-setembro, e para a aceleração de edição e impressão (de 70,2% para 83,2%).

No indicador acumulado no ano (1,8%), seis dos onze segmentos pesquisados assinalam resultados positivos, com os impactos mais relevantes vindos de edição e impressão (76,2%), alimentos e bebidas (15,4%), outros equipamentos de transporte (17,1%) e máquinas e equipamentos (57,4%). Nestes ramos destacam-se, principalmente, os itens: DVDs; preparações em xarope e em pó para elaboração de bebidas; motocicletas; e fornos microondas. Por outro lado, material eletrônico e equipamentos de comunicações (-23,0%) prossegue exercendo a principal influência negativa sobre a média global, ainda pressionado pelos recuos de telefones celulares e televisores.

O índice de média móvel trimestral ficou praticamente estável (0,1%) entre os trimestres encerrados em agosto e setembro, após acumular, nos últimos três meses, ganho de 3,4%. Na comparação trimestre contra trimestre imediatamente anterior, série com ajuste sazonal, a atividade industrial do Amazonas registra significativa aceleração ao passar de uma queda de 2,7% no segundo trimestre de 2007 para um crescimento de 3,4% no terceiro.

PARÁ

Em setembro, a indústria do Pará recuou 1,7% frente ao mês anterior, na série com ajuste sazonal, após acumular ganho de 2,8% em dois meses de expansão. Na comparação com igual mês do ano anterior, também se observa taxa negativa (-0,4%), enquanto os indicadores acumulados no ano (2,6%) e nos últimos doze meses (4,8%), mesmo registrando resultados positivos, mostram índices abaixo dos observados em agosto (3,0% e 6,0%, respectivamente). No terceiro trimestre de 2007, a produção foi maior tanto frente a igual período de 2006 (0,9%) como na comparação com o trimestre imediatamente anterior (2,2%) - série ajustada sazonalmente.

No confronto setembro 07/ setembro 06, a indústria paraense aponta variação negativa de 0,4%, com quatro das seis atividades pesquisadas apresentando desempenhos negativos. Os impactos negativos mais relevantes foram assinalados por alimentos e bebidas (-18,4%) e madeira (-14,9%), pressionados pelos recuos nos itens crustáceos congelados; e madeira compensada, madeira serrada. Por outro lado, das duas atividades que registraram crescimento, a principal contribuição veio da indústria extrativa (4,9%), que apresentou aumento, sobretudo, na extração de minérios de ferro.

Em bases trimestrais, a indústria do Pará praticamente mantém constante o ritmo de produção do segundo (0,7%) para o terceiro trimestre do ano (0,9%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. Entre estes dois períodos, três das seis atividades pesquisadas mostraram maior dinamismo, com destaque para os avanços de metalurgia básica (de –1,4% para 2,4%) e de celulose e papel (de –3,7% para 9,8%), enquanto alimentos e bebidas (de -17,9% para –23,2%) e madeira (-1,0% para –6,6%) assinalaram as maiores perdas.

No indicador acumulado janeiro-setembro, o avanço de 2,6% está apoiado na expansão da indústria extrativa (9,0%), uma vez que a de transformação prossegue apontando queda (-2,7%). Nesta última, o principal destaque negativo fica com o setor de alimentos e bebidas (-16,3%), enquanto metalurgia básica (4,4%) assinala a única taxa positiva.

Por fim, o índice de média móvel trimestral, que avança 0,4% entre os trimestres encerrados em agosto e setembro, confirma a trajetória ascendente iniciada em maio último, acumulando, neste período, um ganho de 2,8%. No índice trimestre contra trimestre imediatamente anterior, ajustado sazonalmente, também se observa acréscimo no ritmo da atividade industrial paraense, que avança 2,2% na passagem do segundo para o terceiro trimestre de 2007. Vale destacar que este resultado positivo interrompe seqüência de três trimestres de taxas negativas.

NORDESTE

Em setembro, a produção industrial do Nordeste ficou estável frente a agosto (0,1%), série com ajuste sazonal, após apresentar variação negativa de 0,2% no mês anterior. Na comparação com igual mês do ano anterior, há um acréscimo de 0,7%. Com isso, o indicador acumulado no ano fica em 2,3%, ligeiramente abaixo do resultado de agosto (2,5%). A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses (2,4%), mostra redução no ritmo de crescimento frente aos meses de julho (2,9%) e agosto (2,7%). Nos indicadores trimestrais, a produção no período julho-setembro de 2007 mostra taxas positivas tanto frente a igual trimestre do ano anterior (2,4%), como na comparação com o trimestre imediatamente anterior (1,7%) - série ajustada sazonalmente.

Na comparação com setembro de 2006, a indústria nordestina registrou acréscimo de 0,7%, quinto resultado positivo consecutivo, com ampliação da produção em sete dos onze segmentos pesquisados. Os maiores impactos positivos no cômputo geral vieram de alimentos e bebidas (3,7%), têxtil (6,7%) e produtos químicos (1,9%), que apresentaram avanços na produção, principalmente, dos itens: leite em pó, açúcar refinado; toalha de banho, tecido de malha de fibra; etileno não-saturado e borracha de estireno-butadieno, respectivamente. Por outro lado, refino de petróleo e produção de álcool (-4,9%) e celulose e papel (-14,6%) exerceram as principais pressões negativas, nas quais sobressaíram os recuos de naftas para petroquímica, gasolina; e celulose, respectivamente.

Em bases trimestrais, a indústria nordestina aponta maior dinamismo na passagem do segundo (1,7%) para o terceiro trimestre (2,4%), apoiada nos avanços de seis dos onze ramos pesquisados, com destaque para produtos químicos, que passou de –1,3% para 4,2%; e refino de petróleo e produção de álcool (de -5,3% para 1,8%).

No indicador acumulado janeiro-setembro, o acréscimo de 2,3% está apoiado no desempenho positivo de cinco das onze atividades pesquisadas, com destaque para alimentos e bebidas (8,0%), seguido por minerais não-metálicos (9,0%) e produtos químicos (2,4%). Nestes ramos, sobressaem os itens refrigerantes, café torrado; cimento; e tintas e vernizes para construção, respectivamente. Em sentido contrário, as maiores pressões negativas vieram de celulose e papel (-7,0%), em grande parte, influenciado pelo recuo na fabricação de celulose; e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-7,3%), por conta da queda no item transformadores.

O índice de média móvel trimestral fica praticamente estável (0,1%) entre os trimestres encerrados em agosto e setembro, após crescer por quatro meses consecutivos, acumulando neste período ganho de 2,6%. Ainda na série ajustada sazonalmente, no índice trimestre contra trimestre imediatamente anterior, observa-se aceleração no ritmo da atividade industrial que avança 1,7% na passagem do segundo para o terceiro trimestre de 2007, após taxa de –0,1% no período anterior.

CEARÁ

Em setembro, a produção industrial do Ceará avançou 2,9% em relação ao mês imediatamente anterior, após crescimento de 1,5% em agosto (série com ajuste sazonal). Em relação ao mesmo período de 2006, o indicador mensal (-0,2%) e o acumulado no ano (-0,4%) registraram taxas negativas. O índice acumulado nos últimos doze meses, ao assinalar acréscimo de 1,7%, prossegue em trajetória descendente desde janeiro último (7,0%). Na análise trimestral, o período julho-setembro deste ano recuou tanto frente ao mesmo trimestre de 2006 (-2,0%) como em relação ao trimestre imediatamente anterior (-1,8%) - série ajustada sazonalmente.

No confronto setembro 07/setembro 06, a indústria cearense mostrou variação negativa de 0,2%, com queda em cinco dos dez setores pesquisados. Para este resultado, o terceiro negativo consecutivo, as principais contribuições vieram de vestuário (-20,5%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-32,0%); e refino de petróleo e produção de álcool (-21,5%). Nestes setores, sobressaem, respectivamente, os recuos vindos dos itens: calças compridas de uso feminino e vestuário para uso profissional; transformadores; e gasolina e asfalto. Por outro lado, os maiores impactos positivos foram assinalados por têxtil (5,8%), em virtude, principalmente, do aumento na fabricação de tecidos de malha de fibras artificiais e de algodão; e por alimentos e bebidas (3,0%), devido à maior produção de castanha de caju torrada e beneficiada.

Em bases trimestrais, a indústria cearense reverte sua performance na passagem do segundo (2,8%) para o terceiro trimestre (-2,0%). Este movimento está presente em sete setores, com destaque para alimentos e bebidas, atividade de maior peso na indústria cearense, que passou de 14,4% para 0,5%; e vestuário (de 4,9% para -18,9%).

No indicador acumulado no ano, a indústria do Ceará aponta variação negativa de 0,4%, com taxas negativas em cinco das dez atividades pesquisadas, cabendo as principais contribuições sobre a média global aos setores de refino de petróleo e produção de álcool (-34,1%); têxtil (-5,6%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-28,3%). Em sentido contrário, os impactos positivos mais relevantes foram registrados por alimentos e bebidas (7,3%) e produtos químicos (19,0%).

Mesmo com o resultado positivo no confronto setembro/agosto (2,9%), série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral aponta variação negativa de 0,3%, permanecendo assim em trajetória descendente desde julho último. No comparativo trimestre/trimestre imediatamente anterior, também se observa redução no ritmo da atividade industrial cearense que recua 1,8% no terceiro trimestre de 2007.

PERNAMBUCO

Em setembro, a produção industrial de Pernambuco ajustada sazonalmente recuou 0,6% frente ao mês imediatamente anterior, após avançar 1,4% em agosto. No confronto com setembro de 2006, houve queda de 1,8%, enquanto o indicador acumulado no ano permanece assinalando expansão (4,9%). A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, apresentou redução no ritmo de crescimento na passagem de agosto (5,8%) para setembro (5,1%). Na análise trimestral, o terceiro trimestre de 2007 cresce frente a igual trimestre de 2006 (1,8%), mas aponta queda no confronto com o trimestre imediatamente anterior (-3,5%) - série ajustada sazonalmente.

No indicador mensal, a indústria pernambucana recuou 1,8%, com taxas negativas em cinco dos onze setores pesquisados, interrompendo uma série de vinte e dois meses de resultados positivos. A maior contribuição negativa veio de alimentos e bebidas (-8,9%), por conta da queda na produção de açúcar cristal, cerveja e chope. Vale citar também os recuos de celulose e papel (-16,6%), devido à menor fabricação de sacos e sacolas de papel, e papel kraft para embalagem; e de produtos de metal (-5,7%), em função da redução na produção de latas de alumínio, e palhas de aço. Em sentido oposto, o principal impacto positivo foi assinalado por produtos químicos (17,0%), setor influenciado, em grande parte, pelo avanço na fabricação de borracha de estireno-butadieno.

Na análise trimestral, comparação contra igual trimestre do ano anterior, a indústria local segue, pelo nono trimestre consecutivo, assinalando taxas positivas. Na passagem do segundo (7,5%) para o terceiro trimestre (1,8%), observa-se significativa redução no ritmo de crescimento, reflexo, sobretudo, da perda de dinamismo em sete das onze atividades, com destaque para alimentos e bebidas, que passou de 4,7% para um recuo de 5,2%; e produtos de metal (33,5% para -3,2%).

No indicador acumulado no ano, a indústria de Pernambuco cresceu 4,9%, com expansão na produção em sete das onze atividades. A maior influência positiva sobre a média global veio de produtos químicos (21,3%), impulsionado, sobretudo, pelos itens borracha de estireno-butadieno e tintas e vernizes para construção. Outras contribuições positivas relevantes foram assinaladas por alimentos e bebidas (1,9%), borracha e plástico (12,4%) e produtos de metal (9,4%). Nestes ramos, os destaques foram sorvetes e picolés, e margarina; filmes de plásticos, e sacos de lixo de plástico; e latas de alumínio para embalagem. Por outro lado, a principal pressão negativa foi registrada por máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-4,8%), em função do decréscimo na produção de pilhas e baterias elétricas.

Por fim, o índice de média móvel trimestral, que recua 1,2% entre os trimestres encerrados em agosto e setembro, permanece apontando trajetória descendente desde junho último, acumulando, neste período, uma perda de 3,7%. O índice trimestre contra trimestre imediatamente anterior ajustado sazonalmente também aponta taxa negativa (-3,5%) na passagem do segundo para o terceiro trimestre. Vale destacar que este resultado negativo interrompe oito trimestres de taxas positivas consecutivas neste tipo de comparação, período em que acumulou um ganho de 9,4%.

BAHIA

Em setembro, a produção industrial da Bahia ajustada sazonalmente mostrou queda de 2,0% frente ao mês imediatamente anterior, após também recuar em agosto (-2,8%). Na comparação com setembro de 2006, o decréscimo é de 1,5%, enquanto o indicador acumulado no ano permanece assinalando resultado positivo (1,0%). O índice acumulado nos últimos doze meses aponta ligeira desaceleração no ritmo de crescimento na passagem de agosto (1,2%) para setembro (0,9%). Na análise trimestral, observam-se taxas positivas tanto frente a igual trimestre de 2006 (2,4%), como em relação ao trimestre imediatamente anterior (3,0%) – série com ajuste sazonal.

No índice mensal (-1,5%), quatro dos nove setores pesquisados apontam recuo na produção, com os principais impactos negativos vindos de refino de petróleo e produção de álcool (-7,1%) e celulose e papel (-15,3%). Nestes ramos, os destaques ficam por conta da queda na produção de nafta e óleo diesel, no primeiro setor, e da menor fabricação de celulose e papel não revestido, no segundo. Em sentido contrário, as maiores influências positivas sobre a média global foram observadas em alimentos e bebidas (9,3%) e produtos químicos (1,5%), em virtude, respectivamente, do aumento na fabricação de leite em pó, cervejas e chope; etileno não-saturado, polietileno de baixa densidade.

Em bases trimestrais, o terceiro trimestre de 2007, ao avançar 2,4%, aponta o maior incremento do ano, uma vez que as taxas do primeiro e do segundo trimestre foram, respectivamente, 2,0% e –1,4%, todas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. O ganho de dinamismo entre o segundo e o terceiro trimestre está presente em cinco das nove atividades, com destaque, para as duas de maior peso na indústria baiana: produtos químicos, que passou de uma queda de 3,6% para um crescimento de 4,6%; e refino de petróleo e produção de álcool (de -4,2% para 0,3%).

No indicador acumulado no ano, a produção industrial baiana cresceu 1,0%, com resultados positivos em cinco dos nove setores investigados. A principal contribuição veio de alimentos e bebidas (12,5%), por conta do aumento na fabricação de farinhas e “pellets” da extração do óleo de soja, e óleo de soja em bruto. Também vale citar o avanço assinalado por produtos químicos (1,3%), em função da maior produção de etileno não-saturado, e policloreto de vinila (PVC). Por outro lado, as maiores influências negativas foram verificadas em celulose e papel (-7,2%) e refino de petróleo e produção de álcool (-2,2%), devido, respectivamente, à menor produção de celulose e nafta.

Por fim, o índice de média móvel trimestral fica estável (0,0%) frente ao patamar de agosto, após acumular ganho de 3,4% entre abril e agosto últimos. O índice trimestre contra trimestre imediatamente anterior, ajustado sazonalmente, aponta expansão de 3,0% no terceiro trimestre de 2007, revertendo assim a queda de –1,8% observada no trimestre anterior.

MINAS GERAIS

O setor industrial de Minas Gerais recua 2,0% frente ao mês anterior, na série livre de influências sazonais, após seqüência de quatro meses de taxas positivas nessa comparação, acumulando ganho de 4,0% nesse período. Na comparação com o setembro de 2006, o avanço foi de 6,5% e o índice acumulado nos nove primeiros meses do ano ficou em 8,4%. O acumulado nos últimos doze meses prossegue em trajetória de crescimento, passando de 7,5% em agosto para 7,7% em setembro. Nos indicadores trimestrais, a produção no período julho-setembro de 2007 avançou tanto frente a igual período de 2006 (9,4%) quanto na comparação com o trimestre imediatamente anterior (1,7%) - série ajustada sazonalmente.

O acréscimo de 6,5%, na comparação com setembro de 2006, está apoiado tanto no bom desempenho da indústria extrativa (9,0%) como no da indústria de transformação (6,1%). A performance positiva do setor extrativo, por conta, majoritariamente, da maior extração de minérios de ferro, exerce a segunda maior influência positiva sobre a média global. Na indústria de transformação, onde nove dos doze ramos investigados assinalam expansão, cabe ao setor de veículos automotores (27,1%) o principal destaque positivo, seguido por produtos de metal (28,3%). Esses segmentos foram impulsionados, sobretudo, pelos avanços nos itens: automóveis e veículos para transporte de mercadorias; e estruturas de ferro e aço, respectivamente. Por outro lado, as atividades que mais pressionaram negativamente o resultado global foram refino de petróleo e produção de álcool (-18,6%), influenciada pela redução de óleo diesel e gasolina, reflexo de uma paralisação técnica em setembro desse ano, e alimentos (-3,4%), por conta, principalmente, da queda nos itens maionese e leite condensado.

No corte trimestral, observa-se que o setor industrial mineiro vem sustentando resultados positivos há vinte e um trimestres consecutivos, nas comparações contra igual período do ano anterior, período mais amplo que o observado em nível nacional (dezesseis trimestres). Neste terceiro trimestre de 2007, o avanço de 9,4% praticamente confirma o ritmo do segundo trimestre, que apontou expansão de 9,9%. Entre os ramos industriais, vale citar a perda de dinamismo no refino de petróleo e produção de álcool, cujo índice passa de 14,8% no segundo trimestre para 0,8% no período julho-setembro.

No indicador acumulado janeiro-setembro, frente a igual período de 2006, a indústria mineira avança 8,4%, com onze ramos apontando crescimento. Novamente, veículos automotores (20,0%) responde pelo impacto positivo mais importante. Também cabe mencionar o comportamento favorável observado na indústria extrativa (10,0%) e em máquinas e equipamentos (21,5%). Nestes segmentos sobressaem, principalmente, os avanços em minérios de ferro; e eletro-portátil doméstico. Somente duas atividades registram queda nessa comparação: minerais não metálicos (-0,6%) e fumo (-1,0%), influenciadas, em grande parte, pela redução na produção de cimento e cigarro, respectivamente.

Por fim, o índice de média móvel trimestral mostra virtual estabilidade (-0,2%) entre os trimestres encerrados em agosto e setembro, após seis taxas positivas, período que acumulou 6,5% de crescimento. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior (série com ajuste sazonal), o índice do terceiro trimestre, ao crescer 1,7%, mantém seqüência de quatorze taxas positivas nessa comparação, acumulando ganho de 27,4% nesse período.

ESPÍRITO SANTO

Em setembro de 2007, a produção industrial do Espírito Santo recuou 9,9% em relação a agosto, na série livre de influências sazonais, após acumular 15,6% em quatro meses de crescimento. Na comparação com igual mês do ano anterior, também se observa queda (-2,1%), interrompendo vinte meses consecutivos de resultados positivos. Os indicadores acumulados, tanto nos nove meses do ano (5,8%) como nos últimos doze meses (6,8%), mostram perda frente aos resultados de agosto (6,9% e 8,1%, respectivamente). No terceiro trimestre de 2007, observam-se resultados positivos na comparação contra igual trimestre do ano anterior (8,7%) e no confronto com o trimestre imediatamente anterior (6,0%) – série com ajuste sazonal.

No confronto setembro 07/setembro 06, a indústria capixaba apontou recuo de 2,1%, influenciado pela queda na indústria de transformação (-8,3%), uma vez que a extrativa, apoiada na maior extração de petróleo, assinala expansão de 12,5%. No primeiro segmento, a principal contribuição negativa fica com celulose e papel (-26,5%), seguido por alimentos e bebidas (-20,2%), ambos pressionados por paralisações técnicas em grandes empresas. Nestes ramos sobressaem, respectivamente, os recuos nos itens celulose e bombons. Por outro lado, a única atividade da indústria de transformação que ampliou a produção foi metalurgia básica (11,0%), reflexo do crescimento na produção de lingotes, blocos e tarugos de aços.

Na análise por trimestres, observou-se que o período julho-setembro de 2007 (8,7%) assinala ritmo mais acelerado que os dois primeiros trimestres de 2007: janeiro-março (6,2%) e abril-junho (2,4%), todas as comparações contra igual período do ano anterior. O maior ritmo na passagem do segundo para o terceiro trimestre reflete os avanços tanto da indústria extrativa, que passa de 10,8% para 12,7%, como da indústria de transformação (de –1,2% para 6,8%). Nesta última, os ganhos mais relevantes são observados na metalurgia básica, que passa de –3,9% para 11,0%, e em celulose e papel (de –5,5% para 4,5%).

No indicador acumulado no ano, a indústria capixaba mostra expansão de 5,8% frente ao mesmo período do ano anterior, com a extrativa (15,3%) exercendo o principal impacto sobre a média global. Na indústria de transformação, que aponta crescimento moderado (1,8%), a contribuição positiva mais relevante veio de alimentos e bebidas (8,9%), impulsionado, sobretudo, pelo avanço no item bombons. Em sentido oposto, o único resultado negativo foi assinalado por celulose e papel (-0,7%), pressionado pelo recuo em celulose.

Por fim, o índice de média móvel trimestral mostra ligeira perda (-0,6%) entre os trimestres encerrados em setembro e agosto, interrompendo assim a trajetória ascendente observada desde junho último. O índice trimestre contra trimestre imediatamente anterior ajustado sazonalmente aponta expansão de 6,0% na passagem do segundo para o terceiro trimestre de 2007, revertendo, assim, dois trimestres consecutivos de queda, período em que acumulou perda de 1,4%.

RIO DE JANEIRO

Em setembro, o índice da produção industrial do Rio de Janeiro ajustado sazonalmente apresentou queda de 3,7% frente a agosto, após variação positiva de 0,4% no mês anterior. No confronto com setembro de 2006, também se observa recuo (-2,4%). Com isso, o indicador acumulado no ano ficou em 1,4%, abaixo do observado no acumulado até agosto (1,9%). A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses (1,1%), repete os resultados de agosto e de julho. Nos indicadores trimestrais, a produção no período julho-setembro de 2007 mostra resultados negativos tanto frente a igual trimestre do ano anterior (-0,3%) como na comparação com o trimestre imediatamente anterior (-2,8%) - série ajustada sazonalmente.

Na comparação setembro 07/setembro 06, o setor industrial fluminense mostra decréscimo de 2,4%, com recuos tanto na indústria de transformação (-1,9%) como na extrativa (-4,3%). No primeiro setor, onde oito dos doze ramos pesquisados assinalaram queda, os principais impactos negativos foram observados na indústria farmacêutica (-29,6%) e de metalurgia básica (-9,9%). Vale também citar as contribuições negativas vindas de alimentos (-8,6%) e de edição e impressão (-7,6%), pressionados, respectivamente, pelas quedas observadas em preparações e conservas de peixe; e CDs. Por outro lado, dos quatro ramos da indústria de transformação que expandem a produção sobressai o de veículos automotores (38,3%), que prossegue assinalando taxa de dois dígitos, seguido por refino de petróleo e produção de álcool (7,4%). Nestes segmentos, destacam-se, respectivamente, os itens caminhões, automóveis e ônibus; e óleo diesel e gasolina.

Na análise trimestral, a indústria fluminense aponta variação negativa de 0,3% no período julho-setembro, interrompendo uma seqüência de quatorze trimestres de resultados positivos, todas as comparações contra igual período do ano anterior. A perda de dinamismo na passagem do segundo (3,1%) para o terceiro trimestre (-0,3%) reflete, sobretudo, a redução de ritmo de crescimento da indústria de transformação, que passa de 3,9% para 0,1%, com destaque para metalurgia básica (de 20,6% para –4,8%), outros produtos químicos (de 16,8% para –5,5%) e edição e impressão (de 16,7% para 0,6%). Por outro lado, farmacêutica, que passa de –23,4% para –6,1%, e veículos automotores (de 17,4% para 31,7%), figuram como as atividades que mais ganharam ritmo na passagem do segundo para o terceiro trimestre.

O indicador acumulado no ano registra crescimento de 1,4%, apoiado na expansão da indústria de transformação (2,0%), uma vez que a extrativa permanece com taxa negativa (-0,9%) ao longo de 2007. Na indústria de transformação, onde oito dos doze ramos investigados assinalam acréscimo, cabe ao setor de metalurgia básica (11,6%) o principal destaque positivo, vindo a seguir veículos automotores (15,5%) e edição e impressão (9,3%). Nesses segmentos, sobressaem os avanços observados em folhas-de-flandres e bobinas de aço ao carbono; caminhões e ônibus; e jornais, respectivamente. Em sentido contrário, indústria farmacêutica (-15,9%) permanece exercendo a maior pressão sobre a média geral. Também vale destacar os recuos vindos de refino de petróleo e produção de álcool (-5,2%) e de alimentos (-7,8%), influenciados, sobretudo, pela menor produção de gasolina e óleo diesel; e de preparações e conservas de peixes.

Por fim, o índice de média móvel trimestral, que recua 1,4% entre os trimestres encerrados em agosto e setembro, permanece apontando trajetória descendente desde junho último. No índice trimestre contra trimestre imediatamente anterior ajustado sazonalmente, também se observa redução no ritmo da atividade industrial fluminense, uma vez que recua 2,8% na passagem do segundo para o terceiro trimestre de 2007. Vale destacar que este resultado negativo interrompe quatro trimestres de taxas positivas consecutivas neste tipo de comparação, período em que acumulou um ganho de 3,0%.

SÃO PAULO

Em setembro, a produção industrial de São Paulo avançou 1,6% frente a agosto, na série com ajustamento sazonal, segundo resultado positivo consecutivo, período em que acumula crescimento de 2,1%. Em relação aos indicadores que comparam iguais períodos de 2006, os resultados foram: 8,5% frente a setembro de 2006 e 5,2% no índice acumulado nos primeiros nove meses do ano. O indicador acumulado nos últimos doze meses, em trajetória crescente desde junho, passa de 3,9% em agosto para 4,5% em setembro. Nos indicadores trimestrais, o aumento foi de 2,7% na comparação com o trimestre imediatamente anterior - série ajustada sazonalmente – e de 7,2% em relação ao terceiro trimestre de 2006.

Na comparação com setembro de 2006 (8,5%), observa-se a maior taxa desde dezembro de 2004 (11,9%), que tem perfil generalizado de crescimento atingindo dezenove dos vinte ramos pesquisados. Entre os que mais influenciaram positivamente o desempenho global destacaram-se: veículos automotores (18,4%), máquinas e equipamentos (18,2%) e refino de petróleo e produção de álcool (17,8%). Nestes setores sobressaíram os itens automóveis; centros de usinagem, rolamentos de esfera; óleo diesel, gasolina. Em sentido contrário, veio de celulose e papel (-7,0%) a única pressão negativa.

Na análise por trimestres, observa-se que o setor industrial vem sustentando resultados positivos há dezesseis trimestres consecutivos, nas comparações contra igual período do ano anterior, e apresenta o maior resultado desde os 8,8% de dezembro de 2004. No terceiro trimestre de 2007 (7,2%), o ritmo de expansão superou o do segundo trimestre do ano (5,1%) em onze ramos, com destaque para refino de petróleo e produção de álcool, que passou de –3,7% no segundo trimestre para um crescimento de 7,0% no terceiro, veículos automotores (de 2,5% para 9,2%) e outros equipamentos de transporte (de 11,7% para 34,3%).

No indicador acumulado no ano, o aumento de 5,2% foi explicado, sobretudo, pelas contribuições positivas de dezessete setores, com os principais destaques vindo de máquinas e equipamentos (15,8%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (13,2%) e farmacêutica (9,9%). Os avanços assinalados na fabricação de centros de usinagem, máquinas para colheita; telefones celulares e aparelhos de comutação; e medicamentos, explicaram, em grande parte, a performance positiva daqueles segmentos. Em contraposição, máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,8%), edição e impressão (-1,7%) e celulose e papel (-1,1%) foram os impactos negativos, influenciados, em larga medida, pelo recuo na produção de transformadores; revistas e impressos; absorventes higiênicos.

O índice de média móvel trimestral, com acréscimo de 0,7% na margem, aponta trajetória ascendente desde fevereiro, acumulando ganho de 7,6%. Na comparação trimestre contra trimestre imediatamente anterior (ajustado sazonalmente), o índice para o período julho-setembro fica em 2,7% e mantém seqüência de oito resultados positivos, levando a um ganho de 11,5% neste período.

PARANÁ

A produção industrial do Paraná recuou 3,8% em setembro frente a agosto, descontadas as influências sazonais, após três meses consecutivos de aumento, período em que acumulou ganho de 1,2%. No confronto com setembro de 2006, o acréscimo de 3,1% mantém seqüência de doze taxas positivas consecutivas nessa comparação. No índice acumulado no ano, o crescimento foi de 6,8%. O indicador acumulado nos últimos doze meses, em trajetória crescente desde outubro do ano passado, passa de 5,1% em agosto deste ano para 6,2% em setembro. No índice trimestral, observa-se crescimento de 6,7% frente ao terceiro trimestre do ano passado e queda de 1,1% na comparação com o trimestre imediatamente anterior.

No índice mensal, a produção paranaense avançou 3,1%, com oito das quatorze atividades pesquisadas assinalando taxas positivas. O impacto mais importante na formação da taxa geral veio de veículos automotores (56,0%) devido, sobretudo, à fabricação de caminhões. Em menor medida, vale também citar as contribuições positivas de alimentos (8,4%) e máquinas e equipamentos (10,5%), com destaque para açúcar cristal, óleo de soja refinado; e tratores agrícolas, refrigeradores e congeladores. Por outro lado, as principais influências negativas vieram de edição e impressão (-40,0%), celulose e papel (-21,1%) e outros produtos químicos (-16,9%) decorrentes, em grande parte, dos decréscimos nos itens livros e impressos didáticos; cartolinas; adubos ou fertilizantes.

Em bases trimestrais, observa-se a manutenção de resultados positivos há quatro trimestres consecutivos, nas comparações contra igual período do ano anterior. O ritmo de expansão da indústria paranaense no terceiro trimestre de 2007 (6,7%) ficou acima do observado no segundo (5,8%). Seis ramos acompanharam este movimento, com destaque para veículos automotores, que passa de 9,4% de aumento no período abril-junho para 46,2% em julho-setembro e, em menor medida, madeira (de –10,5% para 3,8%).

O indicador acumulado no ano mostra crescimento de 6,8%, com nove segmentos apresentando acréscimo. As principais influências positivas vieram de veículos automotores (23,2%), máquinas e equipamentos (18,1%) e outros produtos químicos (20,0%), devido, em grande parte, aos produtos: automóveis e caminhões; máquinas para colheita e tratores agrícolas; e adubos ou fertilizantes. Por outro lado, as principais pressões negativas vieram de madeira (-8,2%), refino de petróleo e produção de álcool (-3,5%) e edição e impressão (-4,9%), sobretudo, por conta dos recuos na fabricação de madeira compensada e folhas para folheados; óleo diesel; livros e impressos didáticos.

Com o resultado negativo no comparativo setembro/agosto (-3,8%), série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral aponta queda entre os trimestres encerrados em agosto e setembro. Ainda na série ajustada sazonalmente, também se observa redução no ritmo da atividade industrial que recua 1,1% no confronto do terceiro trimestre de 2007 com o imediatamente anterior, revertendo, assim, três trimestres consecutivos de taxas positivas, período em que acumulou um ganho de 7,9%.

SANTA CATARINA

O índice da produção industrial de Santa Catarina ajustado sazonalmente recua 0,6% frente a agosto, após expansão de 1,1% no mês anterior. Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor avança 4,1%, nona taxa positiva consecutiva. O indicador acumulado no ano também aponta crescimento (5,1%). A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, mantém a trajetória de aceleração observada nos últimos meses, ao passar de 3,8% em agosto para 3,9% em setembro. Nos indicadores trimestrais, a produção no período julho-setembro de 2007 cresce frente a igual período de 2006 (5,8%), e fica praticamente estável (-0,1%) na comparação com o trimestre imediatamente anterior – série ajustada sazonalmente.

Na formação da taxa de 4,1%, frente a igual mês do ano anterior, observam-se taxas positivas em dez das onze atividades industriais investigadas, com destaque para a influência vinda da indústria têxtil (9,5%), que assinala sua maior taxa desde março de 2006 (10,0%), seguida por máquinas e equipamentos (4,4%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (18,6%); e madeira (10,2%). Nestes setores sobressaem os avanços nos itens: toalha de banho, rosto, mãos e semelhantes; refrigeradores e congeladores; motores elétricos; e portas e janelas de madeira, respectivamente. Por outro lado, a única pressão negativa fica com o setor de metalurgia básica (-1,2%).

No terceiro trimestre de 2007, a atividade fabril catarinense avança 5,8%, quinta taxa positiva consecutiva, com ligeira redução no ritmo de crescimento frente ao período abril-junho (7,0%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Para esse movimento contribuíram cinco ramos industriais, sendo particularmente importante o de máquinas e equipamentos, que reduz seu ritmo de expansão ao passar de 10,0% no segundo trimestre para 2,7% no período julho-setembro, e o de alimentos (de 12,3% para 8,3%).

No indicador acumulado nos nove primeiros meses do ano, frente a igual período do ano anterior, a indústria catarinense aponta expansão de 5,1%, com taxas positivas em oito das onze atividades pesquisadas. Os maiores impactos positivos no resultado geral permanecem com alimentos (9,1%) impulsionado, sobretudo, pelo avanço na fabricação de carnes de aves, e máquinas e equipamentos (8,1%), por conta dos itens refrigeradores e congeladores. Vale citar também as contribuições positivas vindas de veículos automotores (7,4%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (11,9%). Entre os setores que assinalaram redução na produção, metalurgia básica, com queda de 1,4%, respondeu pela principal pressão negativa.

Por fim, o índice de média móvel trimestral mostra variação negativa de 0,1% e fica praticamente estável entre os trimestres encerrados em agosto e setembro. O índice trimestre contra trimestre imediatamente anterior, ajustado sazonalmente, também aponta taxa de –0,1% na passagem do segundo para o terceiro trimestre de 2007, após crescer por quatro trimestres consecutivos, período em que acumulou um ganho de 6,7%.

RIO GRANDE DO SUL

A indústria do Rio Grande do Sul, em setembro, recua 0,8% em relação a agosto, na série livre dos efeitos sazonais. Na comparação com setembro de 2006, o setor assinala alta de 1,0% e o índice acumulado no período janeiro-setembro fecha em 7,3%, inferior ao de janeiro-agosto (8,1%). O indicador acumulado nos últimos doze meses (5,8%) fica estável em relação a agosto. No corte trimestral, o terceiro trimestre de 2007 supera em 5,3% o igual trimestre de 2006, mas recua 1,4% frente ao segundo trimestre de 2007, na série com ajuste sazonal.

No confronto com setembro de 2006, a indústria gaúcha apresentou acréscimo de 1,0%, com contribuição positiva de sete dos quatorze ramos pesquisados. Dentre esses, os mais expressivos foram máquinas e equipamentos (29,4%), veículos automotores (25,6%) e refino de petróleo e produção de álcool (4,2%). Nestas indústrias sobressaíram os aumentos na produção dos itens: aparelhos de ar condicionado e ferramentas hidráulicas; eixo, semi-eixo e outras peças para transmissão; e óleo diesel, respectivamente. Em sentido contrário, as maiores influências negativas vieram de alimentos (-7,1%), que apresentou redução na produção, principalmente, de carnes bovinas e arroz semibranqueado; e calçados e artigos de couro (-6,2%), em decorrência, sobretudo, da menor produção de calçados de couro e de material sintético.

Em bases trimestrais, na comparação com iguais períodos de 2006, a indústria gaúcha desacelerou o ritmo crescimento na passagem do segundo trimestre (10,4%) para o terceiro (5,3%). Nove dos quatorze ramos pesquisados acompanham esse movimento, com destaque para fumo, que passou de –2,9% no segundo trimestre para -25,0% no terceiro; e refino de petróleo e produção de álcool (de 56,5% para 36,1%).

O aumento de 7,3%, no acumulado janeiro-setembro, foi decorrente, sobretudo, dos avanços em nove das quatorze atividades pesquisadas. Os maiores impactos positivos no cômputo geral vieram de refino de petróleo e produção de álcool (36,3%), máquinas e equipamentos (31,5%) e veículos automotores (29,2%), que registraram aumentos na produção, principalmente, de naftas para petroquímica, gasolina; ferramentas hidráulicas de motor não elétrico, semeadores; eixo, semi-eixo e outras peças para transmissão e automóveis, respectivamente. Por outro lado, as indústrias de calçados e artigos de couro (-9,6%) e fumo (-6,6%) exerceram as maiores pressões negativas. Nestes segmentos foram preponderantes as diminuições na produção de calçados e tênis de couro; e fumo processado, respectivamente.

Por fim, com os dados ajustados sazonalmente, verificou-se um decréscimo de 1,4% no confronto do terceiro trimestre com o imediatamente anterior. Também apresentou recuo a média móvel trimestral (-0,2%), entre os trimestres encerrados em agosto e setembro. Com este resultado, prossegue a trajetória descendente, iniciada em junho, no ritmo de produção da indústria gaúcha.

GOIÁS

Em setembro, a produção industrial de Goiás , ajustada sazonalmente, recua 1,4% em relação ao mês anterior, após ter crescido por dois meses consecutivos, acumulando nesse período ganho de 5,6%. Na comparação com igual mês do ano passado, a produção cresce 4,9%, interrompendo cinco meses de resultados negativos. O indicador acumulado no ano cresce 1,5% e o índice acumulado nos últimos doze meses 2,2%, ambos mostram maior ritmo frente aos índices de agosto (1,1% e 1,7%, respectivamente). O terceiro trimestre de 2007 fecha com expansão tanto frente a igual período de 2006 (1,6%), como em relação ao segundo trimestre de 2007 (2,7%) - série com ajuste sazonal.

No confronto com setembro do ano passado, a indústria goiana avança 4,9% com crescimento em três dos cinco ramos pesquisados, com destaque para alimentos e bebidas (7,1%), segmento de maior peso na estrutura fabril, seguido por produtos químicos (8,7%), influenciados, respectivamente, pelos itens maionese e açúcar; e adubos ou fertilizantes e medicamentos. Em sentido oposto, vieram da metalúrgica básica (-8,1%) e de minerais não-metálicos (-9,0%) as únicas pressões negativas, decorrentes, principalmente, do recuo na produção de ferronióbio e cimento, respectivamente.

Na análise por trimestres, a atividade industrial goiana cresce 1,6% em julho-setembro, revertendo a queda de 2,8% registrada no período abril-junho, ambas as comparações frente a iguais trimestres de 2006. Para este ganho de dinamismo, o setor de alimentos e bebidas foi o que mais contribuiu para essa recuperação, ao passar de uma queda de 5,3% para um avanço de 3,8% entre os dois períodos.

O índice acumulado nos nove primeiros meses do ano apontou expansão de 1,5%, com a indústria extrativa crescendo 11,6% e registrando a maior influência na formação da taxa global. Nesse setor, os produtos que mais se destacaram foram amianto e pedras britadas. A indústria de transformação (0,7%) teve participação mais moderada, com principal destaque para minerais não-metálicos (9,0%). Por outro lado, produtos químicos (-1,9%) contribuiu com a maior pressão negativa.

Por fim, o índice de média móvel trimestral avança 1,3% em relação ao trimestre encerrado em agosto. No fechamento do terceiro trimestre do ano, em relação ao trimestre imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, a indústria goiana cresceu 2,7%, seu melhor resultado em 2007: janeiro-março (1,4%) e abril-junho (-3,8%).