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Em julho, indústria cresceu em oito das quatorze regiões pesquisadas

Na passagem de junho para julho de 2007, a produção industrial cresceu em oito dos quatorze locais pesquisados, na série ajustada sazonalmente. Já na comparação com julho de 2006, a indústria apresentou crescimento em onze regiões,...

10/09/2007 06h31 | Atualizado em 10/09/2007 06h31

Na passagem de junho para julho de 2007, a produção industrial cresceu em oito dos quatorze locais pesquisados, na série ajustada sazonalmente. Já na comparação com julho de 2006, a indústria apresentou crescimento em onze regiões, segundo a Pesquisa Industrial Mensal Regional do IBGE. As indústrias de São Paulo e Minas acompanharam a aceleração no ritmo de produção da indústria nacional observada entre os dois primeiros trimestres e confirmada em julho. No indicador acumulado no ano, treze locais registraram índices positivos.

Em julho de 2007, os índices regionais da produção industrial ajustados sazonalmente mostram crescimento, em oito dos quatorze locais pesquisados, com Bahia (4,6%), Goiás (4,3%), Pará (2,3%) e Espírito Santo (2,2%) apontando os resultados mais elevados. Também com taxas positivas, porém menos expressivas, aparecem Rio Grande do Sul (0,5%), Minas Gerais (0,4%), Paraná (0,4%) e região Nordeste (0,3%). Por outro lado, São Paulo (-0,3%), parque fabril de maior peso no país, registra taxa próxima à média nacional (-0,4%). Também com resultados negativos figuram Ceará (-5,8%), Pernambuco (-4,2%), Amazonas (-1,7%), Santa Catarina e Rio de Janeiro (ambos com -0,8%).

Na comparação julho 2007/julho 2006, os índices são predominantemente positivos, com onze locais registrando aumento na produção, valendo citar a influência de um dia útil a mais em julho de 2007. Os principais destaques ficam com Minas Gerais (11,4%), Paraná (10,4%), Rio Grande do Sul (8,5%), Bahia (7,7%) e Espírito Santo (6,8%), que assinalam crescimento acima ou idêntico ao da média nacional (6,8%). Com resultados positivos, figuram ainda São Paulo (6,7%), Santa Catarina (5,8%), região Nordeste (4,4%), Pernambuco (3,3%), Pará (1,9%) e Rio de J aneiro (0,4%). Amazonas e Goiás mostraram crescimento nulo neste tipo de comparação, enquanto o Ceará (-4,7%) foi o único local com queda em julho.

A indústria nacional mostra aceleração no ritmo de produção ao longo de 2007: (3,8%) no primeiro trimestre de 2007, (5,7%) no segundo e 6,8% no mês de julho. Com ganhos contínuos de ritmo entre esses períodos, se encontram São Paulo, que nos mesmos períodos obteve 2,9%, 5,1%, 6,7%; e Minas Gerais, com taxas de 5,9%, 9,9% e 11,4%, respectivamente.

No indicador acumulado no ano, treze locais registraram índices positivos, com destaque para Minas Gerais e Rio Grande do Sul (ambos com 8,4%), Paraná (7,3%) e Pernambuco (6,1%), todos com performances acima da média do país (5,1%). A forte presença da produção de automóveis e suas peças, a recuperação do setor agrícola, influenciando positivamente a fabricação de implementos agrícolas e fertilizantes, e a manutenção do dinamismo das exportações, principalmente de commodities (minérios de ferro e açúcar), explicam o bom desempenho desses locais. Ainda com acréscimo na produção, porém abaixo da média do Brasil, se encontram: Santa Catarina (4,9%), Espírito Santo (4,6%), São Paulo (4,4%), Pará (3,3%), Nordeste (2,6%), Rio de Janeiro (2,0%), Bahia (1,4%), Goiás (1,3%) e Amazonas (0,1%). Por outro lado, a única taxa negativa foi observada no Ceará (-0,3%), onde o setor industrial esteve pressionado, sobretudo, pela redução em refino de petróleo e têxtil.

 

Amazonas

A produção industrial do Amazonas , em julho, assinala recuo na comparação com o mês imediatamente anterior (-1,7%), na série livre de influências sazonais, após avançar 3,1% em junho. A atividade industrial fica estável (0,0%) frente a igual mês do ano anterior e aponta taxa de 0,1% no acumulado dos sete primeiros meses do ano. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, que mostra redução no ritmo de queda desde abril, ficou praticamente estável na passagem de junho (-0,8%) para julho (-0,7%).

Na comparação com julho de 2006 (0,0%), sete das onze atividades reduziram a produção, com material eletrônico e equipamentos de comunicações (-9,8%) exercendo o impacto negativo mais importante na formação da taxa geral. Neste segmento, destacam-se sobretudo os recuos na fabricação de telefones celulares e rádios. Também vale citar as quedas observadas em produtos químicos (-29,3%), alimentos e bebidas (-2,7%) e equipamentos médico-hospitalares, ópticos e outros (-7,3%), principalmente devido aos itens: papel e filme fotográficos; preparações em pó e em xarope para elaboração de bebidas; e relógios. Por outro lado, edição e impressão (74,8%), outros equipamentos de transporte (16,6%) e refino de petróleo e produção de álcool (22,5%) exerceram as influências positivas mais relevantes na média global da indústria. Nestes segmentos, sobressaem, respectivamente, os acréscimos nos itens: DVDs; motocicletas; e gasolina.

No indicador acumulado no ano (0,1%) foram observados resultados positivos em seis dos onze ramos pesquisados, com os impactos mais significativos vindos de alimentos e bebidas (20,2%), edição e impressão (72,3%) e máquinas e equipamentos (63,9%). Os principais produtos responsáveis pelo desempenho destas atividades foram, respectivamente: preparações em xarope e em pó para elaboração de bebidas; DVDs; fornos de microondas e aparelhos de ar condicionado. Em sentido contrário, material eletrônico e equipamentos de comunicações (-27,5%) exerceu a maior pressão negativa, influenciada pela menor produção de celulares e televisores.

Pará

Em julho, a indústria do Pará avança 2,3% em relação a junho, na série livre dos efeitos sazonais, após recuar 0,9% no mês anterior. A comparação com igual mês do ano anterior assinala crescimento de 1,9% e o índice acumulado no período janeiro-julho fica em 3,3%. O indicador acumulado nos últimos doze meses, em trajetória decrescente desde o início do ano, passa de 9,1% em junho para 7,5% em julho.

O acréscimo de 1,9% no indicador mensal foi sustentado pela expansão da indústria extrativa (9,8%), uma vez que a indústria de transformação assinala queda de 4,5%. O setor extrativo foi impulsionado pelo avanço na extração de minérios de ferro. Na indústria de transformação, o principal impacto negativo veio de alimentos e bebidas (-16,3%) e, em menor escala, de minerais não-metálicos (-16,1%). Nestes segmentos sobressaem, respectivamente, crustáceos congelados e cimento. Por outro lado, a influência positiva mais relevante veio da metalurgia básica (2,3%), na qual sobressaiu a maior produção de óxido de alumínio.

Na expansão de 3,3%, no indicador acumulado janeiro-julho, somente duas atividades assinalaram taxas positivas: indústria extrativa (9,5%), na qual destaca-se o aumento na extração de minérios de ferro; e metalurgia básica (5,0%), devido à maior produção, principalmente, de óxido de alumínio. Entre os que assinalaram queda, a principal pressão veio de alimentos e bebidas (-12,6%), que registrou diminuição na produção, sobretudo, de crustáceos congelados.

Nordeste

A indústria do Nordeste , em julho, apresentou variação positiva de 0,3% em relação a junho, na série livre dos efeitos sazonais, terceiro resultado positivo consecutivo, acumulando nesse período ganho de 4,0%. Na comparação com igual mês do ano anterior observa-se crescimento de 4,4%, enquanto no indicador acumulado no ano a expansão foi de 2,6%. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, fica praticamente estável na passagem de junho (2,8%) para julho (2,9%).

No indicador mensal (4,4%), oito dos onze segmentos pesquisados assinalam taxas positivas, cabendo à produtos químicos (8,8%) o principal impacto na média global. Também vale mencionar as contribuições positivas de refino de petróleo e produção de álcool (9,7%) e de minerais não-metálicos (15,8%). Nestes setores, os destaques são os itens: misturas de alquibenzenos, tintas e vernizes; óleo diesel, álcool etílico; e cimento, respectivamente. Por outro lado, celulose e papel (-4,0%) e indústria extrativa (-1,8%) exerceram as pressões negativas mais relevantes, influenciados principalmente pelos itens celulose, no primeiro setor, e gás natural e petróleo, no segundo.

No aumento de 2,6%, no indicador acumulado janeiro-julho, seis dos onze segmentos pesquisados mostraram taxas positivas, com destaque para alimentos e bebidas (8,9%), produtos químicos (2,5%) e minerais não-metálicos (9,2%). Nestes segmentos sobressaem os avanços na produção de refrigerantes, açúcar cristal; policloreto de vinila; e cimento, respectivamente. Em sentido contrário, as maiores contribuições negativas vieram de celulose e papel (-4,8%), devido à diminuição na produção, principalmente, de celulose; e da indústria extrativa (-3,2%).

Ceará

Em julho, a produção industrial do Ceará ajustada sazonalmente recuou 5,8% em relação ao mês imediatamente anterior, após dois meses seguidos de crescimento, acumulando expansão de 4,8%. Nas comparações com iguais períodos do ano anterior, a produção industrial cearense apresentou queda tanto frente a julho de 2006 (-4,7%), como no acumulado no ano (-0,3%). O indicador acumulado nos últimos doze meses, que assinala expansão de 3,4%, prossegue em trajetória descendente deste janeiro deste ano (7,0%).

No indicador mensal, a indústria cearense recuou 4,7%, com taxas negativas em seis dos dez ramos pesquisados, cabendo o maior impacto negativo ao setor têxtil (-11,3%), influenciado principalmente pela queda na produção de fios e tecidos de algodão. Vale mencionar também os recuos observados em refino de petróleo e produção de álcool (-35,7%), em função da menor fabricação de gasolina e asfalto; e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-48,0%), por conta do decréscimo na produção de transformadores. Em sentido contrário, as maiores contribuições positivas vieram de produtos químicos (28,7%), em função do aumento na produção de tintas e vernizes e carbonato de cálcio; e de metalurgia básica (200,1%), explicada não só pela maior fabricação de vergalhões de aço ao carbono; e de lingotes, blocos ou placas de aço ao carbono, mas também por uma baixa base de comparação, em função da paralisação para reforma de uma grande empresa do setor.

No indicador acumulado no ano, que assinala variação negativa de 0,3%, cinco atividades mostram queda na produção, com o principal impacto sendo observado em refino de petróleo e produção de álcool (-37,8%), seguido, em menor escala, por têxtil (-6,4%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-24,7%). Nestes setores, as principais influências vieram de gasolina e gás liqüefeito de petróleo (GLP) no primeiro setor, tecidos e fios de algodão, no segundo, e transformadores no último. Por outro lado, as maiores influências positivas foram assinaladas por alimentos e bebidas (9,2%), em virtude da maior produção de amendoim e castanha de caju torrados, e refrigerantes; e por produtos químicos (22,1%), devido, ao aumento na fabricação de tintas e vernizes e vacinas veterinárias.

Pernambuco

A produção industrial de Pernambuco , em julho recua 4,2% frente ao mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal, após também apontar queda (0,3%) em junho. Nos confrontos com iguais períodos de 2006, os indicadores mensal (3,3%) e acumulado no ano (6,1%) foram positivos. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 5,6% em junho para 5,5% em julho, fica praticamente estável.

O indicador mensal (3,3%) da indústria pernambucana, que cresceu pelo vigésimo primeiro mês consecutivo, mostra taxas positivas em sete das onze atividades pesquisadas, com o maior impacto na média global vindo de produtos químicos (14,1%). Neste segmento, o principal avanço foi observado no item tintas e vernizes. Também vale destacar os resultados positivos de minerais não-metálicos (21,6%), em função da maior fabricação de pias, banheiras e bidês de cerâmica; e garrafas, garrafões e frascos de vidro para embalagem; e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (25,9%), em virtude do aumento na produção de pilhas e baterias elétricas, e baterias e acumuladores elétricos para veículos. Por outro lado, as influências negativas mais significativas vieram de alimentos e bebidas (-5,2%) e metalurgia básica (-4,5%), devido, respectivamente, à menor produção de cachaça e sorvetes; e fio-máquina de aço ao carbono, e vergalhões de aço ao carbono.

O indicador acumulado no ano cresceu 6,1%, com expansão da produção em nove setores industriais. As maiores contribuições positivas vieram de produtos químicos (20,0%), alimentos e bebidas (4,1%) e produtos de metal (14,5%). Estas atividades apresentaram, respectivamente, aumento na produção de tintas e vernizes, e borracha de estireno-butadieno; sorvetes e açúcar cristal; latas de alumínio para embalagem, e rolhas, tampas ou cápsulas metálicas. Por outro lado, as duas únicas quedas, em máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,1%) e em calçados e artigos de couro (-11,1%), foram influenciadas, sobretudo, pelos itens pilhas ou baterias elétricas; e couros e peles de bovinos.

Bahia

Em julho, a produção industrial da Bahia ajustada sazonalmente avançou 4,6% em relação a junho, após assinalar -0,3% no mês anterior. Nos confrontos com iguais períodos do ano anterior, os resultados também foram positivos: 7,7% em relação a julho de 2006 e 1,4% no indicador acumulado no ano. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, cresceu 1,2%, resultado superior ao verificado em junho (0,5%) e maio (0,4%).

Para a formação da taxa de 7,7% frente a igual mês do ano anterior, terceira expansão consecutiva neste tipo de comparação, seis das nove atividades pesquisadas contribuíram positivamente. O principal destaque fica com o setor de produtos químicos (13,8%), em função, principalmente, da maior produção de sulfato de amônio e amoníaco. Vale citar ainda a contribuição positiva de refino de petróleo e produção de álcool (9,5%), apoiado sobretudo no aumento da fabricação de óleo diesel e gasolina. Em sentido oposto, a principal pressão negativa veio de celulose e papel (-4,8%), influenciado principalmente pela redução na produção de celulose.

No indicador acumulado no ano, a indústria baiana mostrou avanço de 1,4%, com expansão em cinco dos nove setores pesquisados. As maiores influências positivas foram observadas em alimentos e bebidas (12,7%), em função sobretudo do avanço nos itens farinhas e “ pellets ” da extração do óleo de soja e óleo de soja em bruto; e em produtos químicos (1,6%), por conta da maior fabricação de policloreto de vinila (PVC) e etileno não-saturado. Por outro lado, as quedas de maior relevância sobre a média global vieram de celulose e papel (-4,8%) e de refino de petróleo e produção de álcool (-1,7%), em razão, respectivamente, da queda na produção de celulose, e óleo diesel.

Minas

Em julho de 2007, a produção industrial de Minas Gerais ajustada sazonalmente avançou 0,4% frente a junho, terceiro resultado positivo consecutivo, acumulando um ganho de 3,1% nesse período. Na comparação com igual mês do ano anterior, observa-se crescimento de 11,4% pelo segundo mês consecutivo. Com isso, o indicador acumulado nos sete primeiros meses do ano, contra igual período do ano anterior, aponta expansão de 8,4%. O índice acumulado nos últimos doze meses mostra trajetória de aceleração do ritmo de crescimento ao passar de 6,2% em junho para 6,9% em julho.

Em relação a julho de 2006, a produção industrial mineira avançou 11,4%, décima terceira taxa positiva consecutiva, com crescimento de dois dígitos tanto na indústria de transformação (10,8%) como na indústria extrativa (14,6%). Nesta última, que exerce impacto relevante sobre a média global, sobressai a maior extração de minérios de ferro. Entre as doze atividades da indústria de transformação pesquisadas, dez apresentaram acréscimo, com veículos automotores (22,7%), máquinas e equipamentos (32,6%), produtos químicos (20,7%) e produtos de metal (26,8%) exercendo as maiores influências positivas. Nestas atividades, os destaques ficam com os itens: automóveis; eletro-portátil doméstico e motoniveladores; adubos ou fertilizantes e inseticidas; e estruturas de ferro e aço. Entre os ramos que exerceram contribuição negativa, destacaram-se: alimentos (-1,8%), devido, em grande parte ao recuo de leite condensado; e fumo (-11,5%), por conta da queda na fabricação de cigarros.

No indicador acumulado nos sete primeiros meses do ano, o crescimento foi de 8,4%, impulsionado pelas expansões observadas na indústria de transformação (8,2%) e na indústria extrativa (9,8%). Na indústria de transformação, dez atividades mostraram avanço na produção, com veículos automotores (18,2%), máquinas e equipamentos (20,3%) e produtos químicos (15,2%) exercendo as principais pressões positivas. Estes setores foram influenciados, em grande parte, pela maior produção, respectivamente, de automóveis; eletro-portátil doméstico e motoniveladores; e inseticidas e adubos ou fertilizantes. Por outro lado, as maiores contribuições negativas vieram de minerais não-metálicos (-2,0%) e fumo (-5,2%), pressionados, sobretudo, pelas quedas em cimento e cigarros.

Espírito Santo

Em julho, a produção industrial do Espírito Santo ajustada sazonalmente avançou 2,2% frente ao mês de junho, após também assinalar índices positivos em maio (2,3%) e em junho (2,5%). Na comparação com igual mês do ano passado, observa-se expansão de 6,8%, décimo nono resultado positivo consecutivo. O índice acumulado no ano apontou crescimento de 4,6%, superando a taxa do primeiro semestre (4,3%). A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, apresentou expansão de 6,4%, porém, com desaceleração frente aos resultados de maio (8,5%) e de junho (7,3%).

No confronto julho 07/ julho 06, a produção industrial avançou 6,8%, com resultados positivos tanto na indústria extrativa (10,1%) como na indústria de transformação (5,3%). No primeiro segmento, o principal destaque é a maior extração de petróleo. Na indústria de transformação, que assinala a primeira taxa positiva desde fevereiro deste ano, a contribuição positiva mais relevante foi assinalada por alimentos e bebidas (28,3%), onde sobressaem os avanços na produção de bombons de chocolate; e bombons, balas e caramelos sem cacau. Em sentido contrário, a principal pressão negativa veio de minerais não-metálicos (-4,2%), cuja queda foi explicada sobretudo pelos itens ladrilhos e placas cerâmicas; e mármores.

No indicador acumulado nos sete primeiros meses do ano, a produção do Espírito Santo avançou 4,6%, apoiada sobretudo na expansão da indústria extrativa (15,7%), uma vez que a indústria de transformação mostra ligeira variação positiva (0,2%). No primeiro segmento, a extração de petróleo prossegue como o maior destaque positivo. Na indústria de transformação, alimentos e bebidas (11,6%) exerce o maior impacto positivo, sustentado sobretudo pela maior fabricação de bombons, enquanto a principal pressão negativa fica com metalurgia básica
(-4,5%), influenciada em grande parte pelos itens lingotes de aço e ferro gusa.

Rio de Janeiro

A produção industrial do Rio de Janeiro aponta, em julho, recuo de 0,8% frente a junho, na série livre de influências sazonais, terceiro resultado negativo consecutivo, acumulando nesse período uma perda de 2,2%. Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor prossegue com índices positivos (0,4%), comportamento presente desde março último. O indicador acumulado no ano fica em 2,0%, ligeiramente abaixo dos 2,3% verificados para o primeiro semestre do ano. O indicador acumulado nos últimos doze meses mantém taxa positiva, porém com ligeira redução no ritmo de crescimento, ao passar de 1,4% em junho para 1,0% em julho.

Na formação da taxa de 0,4%, frente a igual período do ano anterior, tanto a indústria extrativa (0,2%) como a de transformação (0,5%) apontam comportamento bastante moderado. Entre as sete atividades da indústria de transformação que apresentaram índices positivos, sobressai a expansão observada em veículos automotores (28,9%), impulsionado sobretudo pela maior fabricação de caminhões, favorecido não só pela recuperação do setor agrícola, mas também da maior demanda do mercado externo. Vale destacar também as contribuições positivas vindas da farmacêutica (14,9%), minerais não-metálicos (12,0%), edição e impressão (9,3%) e borracha e plástico (21,3%). Nesses ramos destacam-se, por conta da ampliação na produção, os itens: medicamentos; granito talhado; jornais; e pneus, respectivamente. Por outro lado, refino de petróleo e produção de álcool (-20,0%), influenciado pela paralisação para manutenção em importante refinaria, exerceu o principal impacto negativo na média global, com destaque para o recuo na fabricação de gasolina. Vale citar também os recuos em alimentos (-9,9%) e na metalurgia básica (-5,3%).

No indicador acumulado no ano, a indústria fluminense avança 2,0%, apoiada sobretudo no desempenho favorável da indústria de transformação (2,6%), uma vez que a extrativa prossegue em queda (-0,4%). No primeiro setor, oito dos treze ramos pesquisados mostram taxas positivas, cabendo à metalurgia básica (17,0%), favorecido pela baixa base de comparação, o principal impacto positivo sobre a média global. Nesta atividade, sobressaem os itens folhas-de-flandres e bobinas de aço ao carbono. Vale ainda citar as influências positivas registradas por edição e impressão (13,3%), outros produtos químicos (9,4%) e veículos automotores (10,2%), impulsionados, em grande parte, pela maior fabricação de jornais; herbicidas; e caminhões. Entre os cinco ramos com taxas negativas, os destaques são farmacêutica (-16,0%) e refino de petróleo e produção de álcool (-7,3%), reflexo da maior parte dos produtos em queda no primeiro segmento, e dos recuos na fabricação dos itens gasolina, óleo diesel e óleos lubrificantes básicos, no segundo.

São Paulo

Em julho, a produção industrial de São Paulo apresenta variação negativa em relação ao mês imediatamente anterior (-0,3%), na série com ajustamento sazonal, interrompendo assim uma seqüência de cinco meses com resultados positivos, período em acumulou ganho de 6,4%. Os índices na comparação com iguais períodos de 2006 foram positivos e abaixo da média nacional: 6,7% frente a julho do ano passado e 4,4% no acumulado no ano. O indicador acumulado nos últimos doze meses ficou praticamente estável na passagem de junho (3,5%) para julho (3,6%).

No indicador mensal, que assinala crescimento de 6,7%, a produção aumentou em dezesseis dos vinte ramos pesquisados. Os setores que mais influenciaram positivamente o desempenho global foram máquinas e equipamentos (16,7%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (23,8%), outros equipamentos de transporte (43,0%) e farmacêutica (13,4%). No primeiro segmento, destaca-se sobretudo a fabricação de aparelhos elevadores para transporte de mercadorias e máquinas para colheita; no segundo, telefones celulares e aparelhos de comutação; no terceiro, aviões; e, no quarto ramo, medicamentos. Em sentido contrário, alimentos (-3,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-5,4%), celulose e papel (-1,5%) e vestuário (-1,1%) exerceram as pressões negativas, por conta, principalmente, dos decréscimos assinalados nos itens: açúcar cristal; transformadores; papéis para escrita e impressão; camisas masculinas.

O indicador acumulado no ano cresceu 4,4%, acima do registrado no primeiro semestre (4,0%), com resultados positivos em quatorze dos vinte setores. Máquinas e equipamentos (15,4%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (13,9%), farmacêutica (8,4%) e máquinas para escritório e equipamentos de informática (28,8%) foram as maiores contribuições positivas na média geral da indústria. A expansão destes ramos deve-se, em grande parte, à fabricação dos produtos: centros de usinagem e máquinas para colheita; telefones celulares e aparelhos de comutação; medicamentos; e computadores, respectivamente. Por outro lado, entre os segmentos que assinalaram taxas negativas, as principais pressões foram exercidas por máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,6%), refino de petróleo e produção de álcool (-1,9%) e edição e impressão (-1,5%), influenciados principalmente pelo decréscimo de transformadores; gás liqüefeito de petróleo; revistas.

Paraná

A produção industrial do Paraná ajustada sazonalmente avançou 0,4% na passagem de junho para julho, segundo aumento consecutivo, acumulando expansão de 1,1%. Na comparação com julho de 2006, também se observa taxa positiva (10,4%). Com isso, o indicador acumulado nos sete primeiros meses do ano permanece mostrando resultado favorável (7,3%). A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, ao registrar 4,5% em julho, mantém trajetória de aceleração do ritmo produtivo desde outubro.

O aumento de 10,4%, frente ao mesmo mês do ano anterior, deve-se aos acréscimos em dez dos quatorze setores pesquisados. As principais contribuições positivas para a formação da taxa global vieram de veículos automotores (54,4%), máquinas e equipamentos (45,4%) e produtos químicos (35,9%) por conta do crescimento na fabricação de automóveis e caminhões; refrigeradores e máquinas para colheita; e adubos ou fertilizantes. Aparece com queda importante refino de petróleo e produção de álcool (-17,0%), devido, em grande parte, à diminuição na produção de óleo diesel e gasolina.

O indicador acumulado nos sete primeiros meses do ano, na comparação com o mesmo período do ano anterior, mostrou expansão de 7,3%, com onze dos quatorze ramos investigados apresentando recuo. As principais contribuições positivas para a formação do índice geral veio de veículos automotores (18,1%), máquinas e equipamentos (20,1%) e produtos químicos (40,8%), com destaque, respectivamente, para a maior produção de: automóveis; máquinas para colheita e refrigeradores; e adubos ou fertilizantes. Em contraposição, os maiores impactos negativos foram observados em madeira (-11,6%) e refino de petróleo e produção de álcool (-5,0%), pressionados pelas quedas na fabricação de madeira compensada; e óleo diesel e gasolina.

Santa Catarina

O índice da produção industrial de Santa Catarina ajustado sazonalmente recua 0,8% frente a junho, segunda taxa negativa consecutiva, acumulando perda de 2,5% neste período. Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor avança 5,8%. O indicador acumulado para os sete primeiros meses do ano aponta crescimento de 4,9%. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, mantém a trajetória de aceleração observada nos últimos meses, ao passar de 3,1% em junho para 3,3% em julho.

A expansão de 5,8% na taxa global, em relação a julho de 2006, resulta sobretudo do perfil generalizado de crescimento que atinge oito das onze atividades industriais investigadas. A liderança, em termos de impacto, fica com o setor de alimentos (11,4%), influenciado pela maior produção de carnes e miudezas de aves, beneficiado sobretudo pelo mercado externo. Também vale destacar os avanços observados em máquinas, aparelhos e materiais elétricos (21,4%), vestuário (11,6%) e borracha e plástico (8,8%), apoiados, em grande parte, na maior produção de motores elétricos; conjuntos de malha de uso feminino; e peças e acessórios para a indústria automobilística. Por outro lado, a contribuição negativa mais relevante veio de máquinas e equipamentos (-1,3%), pressionado pelo recuo na fabricação de refrigeradores e congeladores, por conta da paralisação para férias coletivas em importante empresa do setor.

Na produção acumulada em janeiro-julho, frente a igual período de 2006, o avanço da indústria catarinense foi de 4,9%, com sete das onze atividades mostrando resultados positivos. A expansão mais importante, em termos de impacto, foi observada em alimentos (9,8%), por conta da maior produção de carnes e miudezas de aves, vindo a seguir máquinas e equipamentos (9,1%), onde sobressaem os itens refrigeradores e congeladores. Também merecem destaque as contribuições de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (10,1%) e de veículos automotores (5,9%), refletindo sobretudo os avanços nos itens motores elétricos e carrocerias para caminhões e ônibus, respectivamente. Entre os quatro setores que reduziram a produção, metalurgia básica, com recuo de 2,6%, e vestuário(-0,9%) exerceram os principais impactos na formação do índice geral.

Rio Grande do Sul

Em julho, a indústria do Rio Grande do Sul registrou alta de 0,5% em relação a junho, após dois meses com resultados negativos na comparação com o mês imediatamente anterior, na série livre de efeitos sazonais. A comparação com julho de 2007 houve crescimento de 8,5% e o índice acumulado no período janeiro-julho ficou em 8,4%. O indicador acumulado nos últimos doze meses, em trajetória crescente desde agosto de 2006, registra em julho(5,0%) aceleração frente ao resultado de junho (4,1%).

A expansão de 8,5% no indicador mensal foi decorrente dos desempenhos positivos em oito dos quatorze ramos pesquisados. Dentre esses, as maiores contribuições vieram de refino de petróleo e produção de álcool (68,3%), veículos automotores (35,9%) e máquinas e equipamentos (41,1%). Nestes segmentos sobressaíram-se os aumentos de gasolina, naftas para petroquímica; eixo, semi-eixo e outras peças para transmissão, automóveis; ferramentas hidráulicas de motor não elétrico e semeadores, respectivamente. Vale ressaltar, que o resultado apresentado pela atividade de refino de petróleo e produção de álcool, reflete a ampliação da capacidade produtiva em grande empresa do setor. Em sentido contrário, as maiores influências negativas no cômputo geral vieram das atividades de fumo (-24,3%), devido à menor produção, principalmente, de fumo processado; e em calçados e artigos de couro (-9,3%), que apresentou diminuição, sobretudo, na fabricação de calçado de couro e couros e peles de bovino.

O crescimento de 8,4%, no acumulado janeiro-julho, se deve aos avanços em nove das quatorze atividades pesquisadas. Os maiores impactos positivos neste resultado vieram das indústrias de refino de petróleo e produção de álcool (40,9%), máquinas e equipamentos (31,2%) e veículos automotores (29,5%), nas quais sobressaíram-se os aumentos na produção de gasolina, naftas para petroquímica; ferramentas hidráulicas de motor não elétrico, semeadores; eixo, semi-eixo e outras peças para transmissão e automóveis, respectivamente. Por outro lado, os segmentos de calçados e artigos de couro (-10,9%) e fumo (-3,3%) exerceram as maiores pressões negativas no cômputo geral. Nestas indústrias foram preponderantes as diminuições de calçados de couro; e fumo processado, respectivamente.

Goiás

Em julho, a produção industrial de Goiás , na série com ajuste sazonal, avançou 4,3% frente o mês de junho, após ter recuado 5,7% na passagem de maio para junho. Em relação a julho do ano passado, a produção manteve-se estável (0,0%). Já no índice acumulado no período de janeiro-julho, a taxa de expansão foi de 1,3%. No indicador acumulado dos últimos doze meses, o crescimento foi de 2,2%, abaixo do verificado em junho (2,4%).

No confronto julho 07/ julho 06, a produção industrial manteve-se estável (0,0%), devido à indústria de produtos químicos (-18,1%), único setor com desempenho negativo entre os cinco pesquisados, e reflete, sobretudo, a redução na fabricação de medicamentos. Por outro lado, no conjunto das demais atividades, destacam-se as performances de alimentos e bebidas (1,5%) e da metalurgia básica (8,2%) com as maiores contribuições positivas no resultado global. Na primeira, milho doce e maionese responderam como os produtos mais influentes, enquanto no segundo, o principal impacto coube a ferroníquel.

No indicador acumulado no ano, a produção local avançou 1,3%, Com exceção de produtos alimentares (-1,1%), que refletiu a queda na produção de leite em pó e carnes de bovinos congeladas, os demais segmentos apresentaram expansão. Os maiores impactos positivos ficaram por conta de minerais não-metálicos (10,2%), que teve seu desempenho favorecido pela produção de cimento; e a metalurgia básica (2,9%), cujo avanço deveu-se à boa performance da produção de ferroníquel.