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Emprego na indústria teve variação de -0,2% em novembro de 2006

Houve variação negativa na ocupação assalariada na passagem de outubro para novembro, já descontada a sazonalidade. No confronto novembro 2006 / novembro 2005, a taxa de 0,6% foi a melhor desde julho/05 (1,2%).

15/01/2007 07h31 | Atualizado em 15/01/2007 07h31

Houve variação negativa na ocupação assalariada na passagem de outubro para novembro, já descontada a sazonalidade. No confronto novembro 2006 / novembro 2005, a taxa de 0,6% foi a melhor desde julho/05 (1,2%). Entretanto, houve queda de 0,2% tanto no acumulado do ano como no dos últimos 12 meses. Já o número de horas pagas em novembro cresceu (1,3%) frente a outubro/06 (série ajustada), e fica positivo nas outras comparações: 0,8% (novembro/06 novembro/05) e 0,1% (acumulado no ano e nos últimos 12 meses). A folha de pagamento real encolheu 4,2% em relação a outubro (taxa ajustada), após 3 taxas positivas seguidas. Mas, comparados com iguais períodos do ano anterior, os indicadores foram positivos: 1,4% frente a novembro/05 e 1,3% no acumulado no ano. O índice acumulado nos últimos 12 meses também mostra expansão (1,1%).

PESSOAL OCUPADO ASSALARIADO

Em novembro de 2006, o emprego industrial apresentou variação negativa de 0,2% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, resultado próximo ao verificado em outubro (-0,1%), acumulando, assim, recuo de 0,3% entre setembro e novembro. Mesmo com a variação negativa dos últimos dois meses, a tendência apontada pelo índice de média móvel trimestral é de estabilidade (0,0%) entre os trimestres encerrados em novembro e outubro.

Em relação a novembro de 2005, observou-se o quinto resultado positivo consecutivo (0,6%), maior taxa desde julho de 2005 (1,2%). Os indicadores para períodos mais abrangentes continuaram negativos, mas próximos da estabilidade: recuos de 0,2% no acumulado no ano e no acumulado nos últimos 12 meses.

No confronto novembro 06/ novembro 05 (0,6%), 9 dos 14 locais e 10 dos 18 segmentos contribuíram positivamente para o aumento do pessoal ocupado na indústria. Setorialmente, as principais pressões positivas na formação da média global vieram de alimentos e bebidas (7,1%), refino de petróleo e produção de álcool (27,3%) e produtos de metal (3,3%). Entre os ramos com queda no emprego, calçados e artigos de couro (-13,0%), vestuário (-5,3%) e máquinas e equipamentos (-3,4%) exerceram as maiores influências negativas no total do país.

Regionalmente, ainda nesse tipo de comparação, sobressaíram os índices da região Norte e Centro-Oeste (8,2%), São Paulo (1,1%) e da região Nordeste (1,1%). No primeiro local, o emprego aumentou em 11 ramos, com alimentos e bebidas (24,1%) e madeira (9,3%) exercendo os impactos positivos mais significativos; em São Paulo, os resultados mais representativos entre os 8 segmentos que assinalaram crescimento vieram de alimentos e bebidas (10,5%) e do refino de petróleo e produção de álcool (43,4%). Na indústria nordestina, os principais destaques vieram de refino de petróleo e produção de álcool (23,2%) e alimentos e bebidas (1,6%). Por outro lado, entre os locais que apontaram taxas negativas, Rio Grande do Sul (-6,7%), Paraná (-1,0%) e Ceará (-0,4%) destacaram-se com as maiores pressões de declínio.

O indicador acumulado no ano mostrou em janeiro-novembro variação negativa de 0,2% no contingente de trabalhadores. As demissões foram superiores às admissões em 10 setores, destacando-se calçados e artigos de couro (-13,1%), máquinas e equipamentos (-6,9%) e vestuário (-5,4%). Em sentido inverso, alimentos e bebidas (7,9%), refino de petróleo e produção de álcool (14,7%) e máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (4,1%) responderam pelos principais impactos positivos no cômputo geral. No corte regional, 8 locais reduziram o emprego, com destaque para Rio Grande do Sul (-8,5%), Paraná (-2,3%) e Santa Catarina (-1,5%), enquanto região Norte e Centro-Oeste (9,4%), São Paulo (0,7%) e Minas Gerais (0,8%) exerceram as principais contribuições positivas.

NÚMERO DE HORAS PAGAS

Em novembro, o número de horas pagas ao pessoal ocupado na indústria assinalou expansão de 1,3% em relação a outubro, na série livre de efeitos sazonais. Com esse resultado, o indicador de média móvel trimestral aumentou 0,6% entre os trimestres encerrados em outubro e novembro. Nas demais comparações, os resultados também foram positivos: crescimento de 0,8% no índice mensal e, nos períodos de maior abrangência, ligeira variação positiva (0,1%), tanto no indicador acumulado no ano como no dos últimos 12 meses.

No confronto novembro 06 / novembro 05, o número de horas pagas aumentou 0,8%, com 9 dos 14 locais pesquisados assinalando expansão. Entre esses, os maiores impactos positivos vieram da região Norte e Centro-Oeste (9,5%), São Paulo (2,0%) e região Nordeste (1,2%). No primeiro local, 10 das 18 atividades ampliaram o número de horas pagas, cabendo as principais influências aos setores de alimentos e bebidas (25,1%) e de madeira (9,9%). Em São Paulo, sobressaíram as pressões positivas vindas de alimentos e bebidas (5,2%) e de refino de petróleo e produção de álcool (39,6%). Na região Nordeste, os maiores destaques foram observados em refino de petróleo e produção de álcool (21,0%) e calçados e artigos de couro (5,5%). Por outro lado, os impactos negativos mais relevantes na taxa global vieram do Rio Grande do Sul (-6,9%) e do Paraná (-1,0%), em função, sobretudo, dos recuos assinalados por calçados e artigos de couro (-21,5%) e máquinas e equipamentos (-9,3%), no primeiro, e madeira (-19,1%) e vestuário (-8,5%), no segundo local.

No total do país, 10 dos 18 setores pesquisados aumentaram o número de horas pagas, sendo que as principais influências positivas vieram de alimentos e bebidas (5,6%), refino de petróleo e produção de álcool (25,8%) e outros produtos da indústria de transformação (5,7%). Em sentido contrário, as pressões negativas mais significativas foram exercidas por calçados e artigos de couro (-9,2%) e vestuário (-6,1%).

O índice acumulado no ano apresentou suave variação positiva (0,1%), com 7 dos 14 locais e 9 dos 18 setores apontando taxas positivas. No corte regional, vale destacar, respectivamente, as influências positivas assinaladas pela região Norte e Centro-Oeste (9,2%), São Paulo (1,8%) e Minas Gerais (1,4%). Em sentido oposto, as maiores pressões negativas vieram do Rio Grande do Sul (-7,8%), Paraná (-3,9%) e Santa Catarina (-2,7%). Setorialmente, no total do país, sobressaíram os resultados positivos apontados pelos setores de alimentos e bebidas (5,9%), máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (8,0%) e de refino de petróleo e produção de álcool (16,0%). Na direção oposta, os ramos que mais pressionaram o índice global para baixo foram calçados e artigos de couro (-8,0%), vestuário (-5,8%) e máquinas e equipamentos (-5,7%).

FOLHA DE PAGAMENTO REAL

Em novembro, o valor real da folha de pagamento dos trabalhadores da indústria, ajustado sazonalmente, recuou 4,2% em relação ao mês anterior, após crescer por 3 meses consecutivos, período em que acumulou expansão de 3,1%. Com esses resultados, o indicador de média móvel trimestral mostrou decréscimo de 0,7% entre os trimestres encerrados em novembro e outubro, interrompendo, assim, 4 meses consecutivos de taxas positivas, quando acumulou acréscimo de 1,6%. Por outro lado, nos confrontos com iguais períodos do ano anterior, os resultados prosseguiram positivos: 1,4% na comparação com novembro de 2005 e 1,3% no acumulado no ano. O indicador acumulado nos últimos 12 meses, embora continuasse com taxas positivas, mostrou ligeira redução no ritmo de crescimento na passagem de outubro (1,3%) para novembro (1,1%).

Em relação a novembro de 2005, o valor da folha de pagamento real avançou 1,4%, sexta taxa positiva consecutiva, com 9 dos 14 locais assinalando expansão. Entre os que registraram crescimento, foi relevante o impacto vindo de Minas Gerais (5,5%) influenciado, sobretudo, pelos acréscimos apontados por máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (24,0%), produtos químicos (10,6%) e indústria extrativa (10,1%). Vale mencionar também as contribuições positivas observadas em São Paulo (0,8%), em função de produtos químicos (36,5%), máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (12,5%), e minerais não-metálicos (10,3%); e na região Norte e Centro-Oeste (6,5%), por conta dos setores alimentos e bebidas (6,1%), produtos químicos (25,6%) e meios de transporte (13,0%). Em contraste, as maiores pressões negativas foram decorrentes do desempenho do Rio Grande do Sul (-6,8%) e Bahia (-3,8%), refletindo, respectivamente, a redução no valor da folha de pagamento dos ramos calçados e artigos de couro (-24,7%) e máquinas e equipamentos (-13,0%); e de produtos químicos (-22,1%) e máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-18,8%).

Em termos setoriais, ainda nesse tipo de comparação, o valor da folha de pagamento real avançou em 8 das 18 atividades investigadas. As maiores contribuições positivas vieram de produtos químicos (15,9%), máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (9,9%) e meios de transporte (3,4%). Por outro lado, os principais impactos negativos foram assinalados por máquinas e equipamentos (-9,5%), calçados e artigos de couro (-12,7%) e outros produtos da indústria de transformação (-6,2%).

No indicador acumulado no ano, o valor da folha de pagamento real apresentou incremento de 1,3%, com resultados positivos na maior parte (11) dos locais pesquisados. Para esse resultado, influenciaram positivamente os avanços observados em Minas Gerais (7,7%), devido à metalurgia básica (7,5%) e meios de transporte (13,0%), e em São Paulo (1,2%), em função de produtos químicos (32,0%) e máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (13,8%). Entre os que assinalaram queda, os maiores destaques foram Rio Grande do Sul (-7,9%) e Paraná (-4,2%). Nesses locais, evidenciaram-se as reduções no valor da folha de pagamento real, respectivamente, de calçados e artigos de couro (-22,3%) e produtos químicos (-15,2%); e alimentos e bebidas (-10,9%) e madeira (-16,4%).

No total do país, ainda no indicador acumulado no ano, somente 8 das 18 atividades elevaram o valor da folha de pagamento real, com as principais influências positivas sendo observadas em produtos químicos (14,5%); máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (12,0%) e alimentos e bebidas (3,3%). Em contrapartida, máquinas e equipamentos (-10,5%), calçados e artigos de couro (-12,0%) e borracha e plástico (-3,9%) foram os ramos industriais que apontaram as reduções mais relevantes.