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Em setembro, vendas do varejo evoluíram 2,06%

Taxa mantém tendência de crescimento na comparação mês/mês anterior, com ajuste sazonal. No mesmo tipo de confronto, a receita nominal expandiu-se 1,73%. Nas séries sem ajustamento, para o volume de vendas, as taxas foram de 10,10% sobre setembro/05, 5,83

17/11/2006 07h31 | Atualizado em 17/11/2006 07h31

Taxa mantém tendência de crescimento na comparação mês/mês anterior, com ajuste sazonal. No mesmo tipo de confronto, a receita nominal expandiu-se 1,73%. Nas séries sem ajustamento, para o volume de vendas, as taxas foram de 10,10% sobre setembro/05, 5,83% no acumulado do ano e 5,49% no acumulado dos últimos 12 meses. Já a receita nominal subiu 10,87% sobre igual mês do ano anterior, 7,40% na relação janeiro-setembro 06/janeiro-setembro 05, e 7,63% no acumulado dos últimos 12 meses

A variação de 2,06% no volume de vendas registrada em setembro, na série com ajuste sazonal, mantém a tendência de alta observada a partir do mês de agosto. Ainda na análise da série ajustada, calculada para quatro das oito atividades que compõem o setor, três registraram resultado positivo: Móveis e eletrodomésticos, com taxa de 3,90%; Tecidos, vestuário e calçados (2,53%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,35%). Em sentido contrário, Combustíveis e lubrificantes recuou 0,56%. O segmento de Veículos, motos, partes e peças, que faz parte do Comércio varejista ampliado, variou 0,20% sobre o mês anterior.

Na relação setembro06/setembro05, sete das oito atividades do varejo expandiram o volume de vendas com as seguintes taxas, por ordem de importância no resultado global: 11,04% para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 20,61% para Móveis e eletrodomésticos; 27,18% em Outros artigos de uso pessoal e doméstico; 25,67% para Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação; 4,14% em Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; 2,58% em Tecidos, vestuário e calçados; 1,05% para Livros, jornais, revistas e papelaria; e –6,48% para Combustíveis e lubrificantes. Quanto à receita nominal, as taxas foram de 10,87% com relação a igual mês de 2005; 7,40% no acumulado do ano sobre o mesmo período do ano anterior, e 7,63% no acumulado dos últimos 12 meses (Tabelas 1 e 2).

IMPACTOS

Em setembro, a atividade de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo apontou alta de 11,04% no volume de vendas em relação a igual mês do ano anterior, respondendo por pouco mais da metade da taxa global do varejo (Tabela 3). Esse desempenho refletiu, basicamente, a melhoria do rendimento médio do trabalho, bem como o aumento do emprego com carteira de trabalho assinada, cujas variações, em relação a setembro/05 foram de 2,7% e de 5,6%, respectivamente, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego. Com esse resultado, a atividade alcançou, nos nove primeiros meses do ano, taxa de 7,66% em relação ao mesmo período do ano anterior, acumulando, nos últimos 12 meses, crescimento de 6,07%.

O segmento de Móveis e eletrodomésticos exerceu, em setembro, o segundo maior impacto no resultado do Comércio varejista, ao registrar variação de 20,61% no volume de vendas em relação a setembro do ano passado. Beneficiado basicamente pela permanência de condições favoráveis de crédito ao consumo e pela queda nos preços proporcionada pela concorrência dos importados, a atividade exibiu taxas de crescimento de 9,60% e de 10,13% nos acumulados do ano e dos últimos 12 meses, respectivamente.

A atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, com o terceiro maior impacto na formação da taxa do varejo, obteve variação de 27,18% no volume de vendas em relação a setembro de 2005. Englobando segmentos como lojas de departamento, óticas, joalheiras, artigos esportivos, brinquedos etc., a atividade vem tendo o seu desempenho influenciado tanto pelas condições favoráveis de crédito como pela evolução da massa salarial da economia. Em decorrência, no período janeiro-setembro, expandiu-se 16,34% sobre igual período de 2005, com taxa acumulada para os últimos 12 meses atingindo 16,34%.

A atividade de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, que exerceu o quarto maior impacto positivo no resultado do varejo, obteve acréscimo no volume de vendas, em setembro, de 25,67% sobre igual mês do ano passado. O crescimento dessa atividade resultou da queda dos preços (principalmente dos produtos de informática) e da melhoria das condições de renda da economia. Em termos acumulados, a taxa obtida nos nove primeiros meses do ano e nos últimos 12 meses atingiu, respectivamente, 34,74% e 43,43%.

A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com a quinta maior participação na taxa global do varejo, apresentou resultado de 4,14% na comparação com setembro de 2005, acumulando, de janeiro a setembro, 3,89%, e, nos últimos 12 meses, 5,24%. Pode ter contribuído para o resultado o aumento de enfermidades relacionadas à instabilidade climática, condição que, este ano, tem afetado principalmente o Sul e o Sudeste do país.

O segmento de Tecidos, vestuário e calçados apresentou, pelo segundo mês consecutivo, taxa positiva, com variação de 2,58% em relação a igual mês do ano anterior. Tal resultado, que coloca a atividade na sexta posição em termos de impacto no resultado global do setor, pode ser explicado pelo estímulo à compra de produtos importados, cujos preços vêm caindo em função da valorização da taxa de câmbio. Nos indicadores acumulados, as taxas foram de 1,69% para os nove primeiros meses de 2006 sobre igual período do ano anterior e de 3,84% nos últimos 12 meses.

O segmento de Livros, jornais, revistas e papelaria, completa o quadro de participações positivas na formação da taxa global do varejo, com variação no volume de vendas sobre setembro/05 de 1,05%. As variações de 0,94%, no acumulado do ano, e de 0,71%, no acumulado dos últimos 12 meses, colocam a atividade como a que vem obtendo os menores resultados positivos de 2006.

A atividade de Combustíveis e lubrificantes chega ao vigésimo primeiro mês consecutivo em patamar negativo no volume de vendas, registrando, na relação setembro06/setembro05, variação de –6,48%. Esse resultado mostra estabilidade em relação à taxa do mês anterior, o que pode ser atribuído à diminuição dos preços dos combustíveis dos últimos meses. Em termos de resultados acumulados, as taxas ficaram em –9,22%, para o período janeiro-setembro, e -8,96%, nos últimos 12 meses.

TRIMESTRE

Do segundo para o terceiro trimestre de 2006, o comércio varejista manteve praticamente o ritmo de crescimento, ao registrar taxas de variação do volume de vendas da ordem de 6,27% e 6,16%, respectivamente (Tabela 4). Por atividades, no entanto, observam-se alterações significativas, com melhoria nas taxas de desempenho em Móveis e eletrodomésticos, de 7,34% para 10,64%; Outros artigos de uso pessoal e doméstico (de 17,04% para 19,14%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (de 2,88% para 3,23%); e em Combustíveis e lubrificantes (de -11,73% para -7,67%). Houve reduções no ritmo de crescimento entre o segundo e terceiro trimestres em Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (de 10,01% para 7,81%); Tecidos, vestuário e calçados (de 1,36% para -0,55%); Equipamentos e material de escritório, informática e comunicação (de 28,10% para 26,51%); e em Livros, jornais, revistas e papelaria (de 4,23% para 1,05%). Já o varejo ampliado apresentou significativo aumento nos níveis de desempenho, expandindo a taxa de variação do volume de vendas de 4,34% no segundo trimestre para 8,24% no terceiro. Isso deveu-se à melhora na performance das vendas tanto em Veículos, motos, partes e peças (de 1,19% para 11,86%) como em Material de construção, de -0,52% para 12,32%.

CORTE REGIONAL

No corte regional, 26 das 27 Unidades da Federação ampliaram o volume de vendas na comparação setembro06/setembro05, com as variações de maior magnitude ocorrendo no Acre, com taxa de 44,45%; Roraima (40,49%); Amapá (25,96%); Alagoas (23,19%) e Maranhão (17,81%). A única queda ocorreu em Mato Grosso (-14,32%) - Gráfico 3. Quanto à participação na composição da taxa do Comércio varejista, os destaques, pela ordem, foram São Paulo (9,71%); Minas Gerais (15,65%); Rio de Janeiro (9,26%); Rio Grande do Sul (8,98%) e Paraná, com 9,73%.

Ainda por Unidades da Federação, os resultados com ajuste sazonal para o volume de vendas apontaram, na comparação mês/mês anterior, 24 estados com variações positivas e três com queda. Os principais acréscimos ocorreram no Acre (5,57%); Ceará (5,25%); Goiás (5,16%); Distrito Federal (4,96%) e Sergipe com 4,07%. As três quedas ocorreram em Rondônia, com –2,39%; Amapá com –1,62% e Tocantins com –0,17%.

Para o Comércio varejista ampliado, composto pelo varejo mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, as variações observadas na relação setembro06/setembro05 foram de 10,33% para o volume de vendas e de 10,53% na receita nominal de vendas. Nos acumulados do ano e dos últimos 12 meses, o setor apresentou taxas de variação de 5,53% e de 4,81% para o volume de vendas e de 7,19% e 7,07% na receita nominal, respectivamente.

No que tange ao volume de vendas, a atividade de Veículos, motos, partes e peças registrou crescimento de 10,07%, em relação ao mesmo mês do ano anterior. Nos acumulados dos nove primeiros meses e dos últimos 12 meses as variações atingiram 5,28% e 4,13%, respectivamente. Já o segmento de Material de construção completou o quinto mês consecutivo de crescimento, com variação de 13,80% sobre setembro de 2005, refletindo as medidas de incentivo à construção civil. Em termos acumulados, as taxas foram de 3,74% de janeiro a setembro e de 1,22% nos últimos 12 meses.

Por Unidades da Federação, ainda em relação ao varejo ampliado, as maiores taxas de desempenho no volume de vendas ocorreram no Acre (65,21%); Rondônia (45,30%); Roraima (41,48%); Amapá (38,43%) e Amazonas (32,71%). Em termos de impacto no resultado global do setor, os destaques foram São Paulo (6,48%); Minas Gerais (14,84%); Rio de Janeiro (9,49%); Paraná (12,38%) e Santa Catarina (11,36%).