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Em setembro, produção industrial cai em 8 dos 14 locais pesquisados

10/11/2006 07h31 | Atualizado em 10/11/2006 07h31

A queda mais acentuada em relação a agosto foi registrada em Goiás (-7,2%). São Paulo (-2,7%), parque fabril de maior peso no país, também teve queda acima da média nacional (-1,4%). Por outro lado, Espírito Santo (9,9%), Pernambuco (3,1%) e Rio Grande do Sul (2,4%) detiveram as maiores taxas na passagem de agosto para setembro.

Em relação a setembro do ano passado, a atividade industrial mostrou crescimento em 11 dos 14 locais pesquisados, com Pará (13,7%), Espírito Santo (12,6%) e Ceará (10,8%) registrando as maiores expansões. Acima da média brasileira (1,3%) encontraram-se ainda Pernambuco (5,7%), região Nordeste (4,5%), Minas Gerais (4,2%), Amazonas (3,2%), Santa Catarina (3,0%), Bahia (3,0%) e Rio Grande do Sul (1,4%). São Paulo (0,7%) também teve taxa positiva, porém abaixo da média nacional. Goiás (-1,0%), Rio de Janeiro (-2,2%) e Paraná (-8,0%) apontaram recuo nessa comparação.

Em bases trimestrais, 12 das 14 áreas pesquisadas registraram expansão no terceiro trimestre, em comparação ao mesmo período de 2005. Também a maioria dos locais (10) manteve trajetória ascendente em relação ao segundo trimestre deste ano. A aceleração foi particularmente acentuada no Amazonas, onde a taxa passou de -12,0% no segundo trimestre para 0,1% no terceiro, sempre em comparação com o mesmo período do ano passado. Em seguida, vieram Ceará (de 4,0 para 10,4%) e Santa Catarina (de -3,2 para 2,7%). Já na comparação com o trimestre imediatamente anterior (série ajustada sazonalmente), 9 dos 14 locais tiveram resultados positivos, com Pará (3,8%) e Rio Grande do Sul (3,5%) alcançando os ritmos mais elevados, enquanto Paraná (-3,7%) registrou a maior perda entre os dois trimestres.

No indicador acumulado no ano, em relação a igual período de 2005, houve crescimento em 11 locais. A indústria do Pará apresentou a maior expansão (15,2%), sustentada sobretudo pelo dinamismo das exportações (minério de ferro e produtos siderúrgicos). Com taxas acima da média nacional (2,7%) figuraram ainda Ceará (8,3%), Espírito Santo (6,8%), Pernambuco (4,4%), Minas Gerais (4,2%), Bahia (4,2%), região Nordeste (3,6%) e São Paulo (3,4%). Os resultados regionais confirmam o perfil de crescimento do ano, apoiado, principalmente, na produção de bens de consumo duráveis e bens de capital, além da contribuição vinda das exportações. Apresentando taxas abaixo da média nacional, figuraram Rio de Janeiro (2,5%), Goiás (1,8%), Santa Catarina (0,3%), Amazonas (-1,7%), Rio Grande do Sul (-3,0%) e Paraná (-3,6%).

Amazonas

Em setembro, a indústria recuou 0,2% em relação a agosto, após dois meses seguidos de crescimento, nos quais acumulou ganho de 4,0%. Em relação a setembro de 2005, houve aumento de 3,2%, após cinco meses de resultados negativos. O acumulado no ano registrou decréscimo de 1,7%. O indicador acumulado nos últimos 12 meses (-1,1%), mostra estabilidade no ritmo de queda, frente a agosto. No terceiro trimestre de 2006, a produção ficou praticamente estável (0,1%) frente a igual período de 2005 e cresceu 1,4% na comparação com o segundo trimestre de 2006 (série ajustada sazonalmente).

No confronto com setembro de 2005 (3,2%), 5 das 11 atividades aumentaram a produção, com destaque para alimentos e bebidas (27,3%), seguida por produtos de metal (44,5%), edição e impressão (54,5%) e outros equipamentos de transporte (14,5%). Nesses segmentos, sobressaem, respectivamente, a fabricação de preparações em xarope e em pó para elaboração de bebidas; aparelhos de barbear, devido ao aumento das exportações; fitas de vídeo; e motocicletas. Em sentido contrário, material eletrônico e equipamentos de comunicações (-13,8%) exerceu a principal contribuição negativa, por conta, sobretudo, dos decréscimos na produção de telefones celulares e rádios e, com o segundo maior impacto negativo, figurou produtos químicos (-42,7%), onde sobressaiu o recuo na fabricação de filmes e papéis fotográficos.

Em bases trimestrais, o maior dinamismo na passagem do segundo (-12,0%) para o terceiro trimestre (0,1%) atingiu 8 das 11 atividades, com destaque para alimentos e bebidas, que passou de -10,3% para 27,0%, material eletrônico e equipamentos de comunicações (de -22,2% para -17,2%) e produtos de metal (de 3,4% para 52,7%).

No acumulado no ano (-1,7%), os resultados foram negativos em 5 dos 11 segmentos, com os impactos mais relevantes vindos de material eletrônico e equipamentos de comunicações (-10,9%) e de produtos químicos (-31,6%). Por outro lado, outros equipamentos de transporte (15,0%) e produtos de metal (25,0%) exerceram as principais influências positivas.

Na comparação trimestre contra trimestre imediatamente anterior, em 2006, a atividade industrial do Amazonas registra significativa aceleração, de -7,1% para 1,4%.

Pará

A indústria recuou 0,7% em relação a agosto, enquanto no confronto do terceiro trimestre deste ano com o imediatamente anterior houve acréscimo de 3,8%. Todas as comparações contra igual período do ano anterior registraram crescimento: 13,7% frente a setembro de 2005, 18,4% em relação ao terceiro trimestre de 2005 e 15,2% no acumulado no ano. O acumulado nos últimos 12 meses (12,2%) mostra aceleração frente ao resultado de agosto (11,5%).

Na comparação com setembro de 2005 (13,7%), as seis atividades pesquisadas tiveram taxas positivas, sendo que as mais expressivas foram metalurgia básica (29,1%) e extrativa (9,0%).

Na análise trimestral, a indústria paraense prossegue em trajetória ascendente, iniciada no quarto trimestre de 2005. O avanço observado na passagem do segundo (14,2%) para o terceiro trimestre de 2006 (18,4%), em relação aos mesmos períodos do ano passado, foi sustentado pelo maior dinamismo em cinco dos seis segmentos pesquisados, com destaque para indústria extrativa, que passou de 11,2% para 15,0%; e madeira (de -10,8% para 3,2%).

O indicador acumulado janeiro-setembro, frente a igual período do ano anterior, cresceu 15,2%, com taxas positivas em cinco dos seis ramos pesquisados. Os impactos mais relevantes vieram da indústria extrativa (17,1%) e de metalurgia básica (20,2%). Em sentido contrário, madeira (-5,0%) teve o único resultado negativo.

No confronto com o trimestre imediatamente anterior, a indústria paraense cresce (3,8%) pelo quarto trimestre consecutivo, acumulando assim um incremento de 17,7%.

Nordeste

Em setembro, a produção industrial ficou praticamente estável (-0,1%) em relação a agosto, enquanto o confronto do terceiro trimestre com o imediatamente anterior mostrou acréscimo de 1,1%. Todas as comparações com igual período do ano anterior registraram crescimento: 4,5% frente a setembro de 2005; 4,0% em relação ao terceiro trimestre; e 3,6% no acumulado no ano. O indicador acumulado nos últimos 12 meses (2,8%) mostrou aceleração em relação ao resultado de agosto (2,2%).

Na comparação com setembro de 2005, a indústria nordestina cresceu 4,5%, apoiada sobretudo nas taxas positivas de 8 dos 11 segmentos pesquisados, com destaque para alimentos e bebidas (7,2%), refino de petróleo e produção de álcool (8,8%) e produtos químicos (2,4%). Por outro lado, a indústria extrativa (-4,5%) e a de vestuário (-3,0%) exerceram as principais pressões negativas.

Em bases trimestrais, o ritmo produtivo da indústria nordestina mostra maior dinamismo na passagem do segundo (3,0%) para o terceiro trimestre (4,0%), ambas comparações com igual período do ano anterior. Para esse movimento, foram preponderantes os avanços em 5 dos 11 ramos pesquisados, com destaque para alimentos e bebidas, que passou de -0,8% para 8,7%; e vestuário (de -29,1% para -2,5%).

No acumulado no ano, o acréscimo (3,6%) foi conseqüência sobretudo do desempenho positivo de 9 das 11 atividades pesquisadas. As maiores influências positivas foram observadas em celulose e papel (24,7%), metalurgia básica (12,6%) e alimentos e bebidas (3,0%). Em sentido contrário, as duas únicas pressões negativas vieram de vestuário (-16,9%); e da indústria extrativa (-3,8%).

Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, a indústria geral, ao crescer 1,1%, manteve a seqüência de cinco trimestres consecutivos de resultados positivos, período em que acumulou expansão de 4,6%.

Ceará

A produção industrial cresceu 0,3% no confronto com agosto. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, houve incremento de 1,2% no período julho-setembro de 2006, após decréscimo de 1,2% no segundo trimestre, nessa mesma comparação. Em relação ao mesmo período de 2005, os principais indicadores prosseguem positivos: 10,8% frente a setembro; 10,4% no confronto com o terceiro trimestre; e 8,3% no acumulado no ano. O indicador acumulado nos últimos 12 meses (3,7%) mostra aceleração em relação ao resultado de agosto (1,6%).

Na comparação com setembro de 2005, a indústria cearense registrou a quinta taxa positiva consecutiva (10,8%). Para o resultado, contribuíram positivamente sete dos dez ramos pesquisados, com destaque para alimentos e bebidas (13,9%); calçados e artigos de couro (20,0%); e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (95,4%). Os principais impactos negativos vieram de refino de petróleo e produção de álcool (-22,1%) e vestuário (-3,6%).

Na análise trimestral, o setor vem sustentando resultados positivos há três trimestres consecutivos, nas comparações contra igual período do ano anterior. No terceiro trimestre de 2006, houve expansão de 10,4%, resultado superior ao obtido no segundo (4,0%) e semelhante ao registrado no primeiro (10,5%). A aceleração na passagem do segundo para o terceiro trimestre, deve-se sobretudo a alimentos e bebidas, que passou de uma queda de 8,6% para um crescimento de 15,6%. Também houve avanços em vestuário e acessórios (de -24,6% para 0,5%); e calçados e artigos de couro (de -8,4% para 1,5%).

No acumulado no ano (8,3%), houve crescimento em oito das dez atividades pesquisadas. As maiores contribuições positivas vieram de têxtil (15,0%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (94,1%); e produtos químicos (29,9%). As duas influências negativas foram observadas em vestuário e acessórios (-14,2%); e em minerais não-metálicos (-8,3%).

Pernambuco

Em relação a agosto, a produção industrial cresceu 3,1%, mas, no confronto do terceiro trimestre de 2006 contra o imediatamente anterior, houve recuo de 0,5%, que interrompe uma seqüência de quatro trimestres com resultados positivos, período em que acumulou 6,7%. No confronto com iguais períodos de 2005, os indicadores continuam positivos: 5,7% na comparação com setembro de 2005; 3,7% no terceiro trimestre; e 4,4% no acumulado no ano. O acumulado nos últimos 12 meses (4,9%) mostra aceleração frente ao resultado de agosto (4,1%).

Em relação a setembro de 2005, a indústria pernambucana avançou (5,7%) pelo 11º mês consecutivo, com taxas positivas em 7 das 11 atividades pesquisadas. O crescimento deve-se sobretudo ao bom desempenho de alimentos e bebidas (13,0%). Vale citar ainda celulose e papel (23,1%); e refino de petróleo e produção de álcool (62,8%). Por outro lado, as principais influências negativas vieram de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-10,4%); e de minerais não-metálicos (-8,3%).

Em relação ao terceiro trimestre de 2005, a produção industrial segue, pelo quinto trimestre consecutivo, com taxas positivas. No período julho-setembro, a expansão de 3,7% foi inferior à obtida no trimestre abril-junho (6,6%), essa desaceleração ocorreu em sete setores, com destaque para borracha e plástico, que passou de 71,1% para 10,6%; minerais não-metálicos (de 15,3% para -1,1%) e produtos de metal (de 12,5% para -3,1%).

No acumulado no ano (4,4%), a indústria tem taxas positivas em sete ramos. Os impactos mais relevantes vieram de alimentos e bebidas (8,6%); metalurgia básica (10,7%); e borracha e plástico (34,1%). As principais pressões negativas vieram de produtos químicos (-11,9%); e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,6%).

Bahia

Em setembro, a produção industrial teve retração de 0,4% em relação a agosto. Também houve recuo no confronto do terceiro trimestre contra o imediatamente anterior (-1,2%), após cinco trimestres com resultados positivos, período em que acumulou acréscimo de 6,8%. Na comparação com iguais períodos de 2005, os principais indicadores foram positivos: 3,0% no indicador mensal; 0,8% no terceiro trimestre; e 4,2% no acumulado no ano. O acumulado nos últimos 12 meses (4,2%) mostra manutenção no ritmo em relação ao resultado de agosto (4,3%).

Frente a setembro de 2005, houve taxas positivas em cinco dos nove setores pesquisados, com destaque para produtos químicos (5,3%). Vale citar também os desempenhos positivos de refino de petróleo e produção de álcool (5,9%); e de celulose e papel (8,2%). Em sentido contrário, as maiores contribuições negativas vieram de alimentos e bebidas (-5,8%); e da indústria extrativa (-1,7%).

O setor industrial baiano vem sustentando resultados positivos há 11 trimestres consecutivos, nas comparações contra igual período do ano anterior. No terceiro trimestre de 2006, porém, o avanço de 0,8% foi bem inferior às taxas no segundo (4,8%) e no primeiro trimestre (7,1%). A perda de dinamismo é explicada, sobretudo, por três atividades industriais importantes na estrutura industrial baiana: refino de petróleo e produção de álcool, que passou de um crescimento de 6,9% no segundo trimestre para uma retração de 1,5% no terceiro; metalurgia básica (de 23,0% para 5,1%); e celulose e papel, que cresceu em menor intensidade (de 36,9% para 16,1%).

No acumulado até setembro, foram registrados resultados positivos em cinco setores. As contribuições positivas mais relevantes vieram de celulose e papel (28,1%); refino de petróleo e produção de álcool (5,2%); e metalurgia básica (12,3%). Por outro lado, as maiores pressões negativas foram as de alimentos e bebidas (-3,1%); e veículos automotores (-5,1%).

Minas Gerais

A indústria mineira mostra índices positivos nos diferentes tipos de comparação. Em relação a agosto, houve aumento de 0,5%, terceiro resultado positivo consecutivo, levando a uma expansão acumulada de 2,7% nesse período. No confronto com setembro de 2005, o setor prossegue com taxa positiva (4,2%), fato que ocorre desde julho. Os acumulados, tanto no ano (4,2%) como para os últimos 12 meses (4,4%), registraram crescimento acima da média nacional (2,7% e 2,3%, respectivamente). No período julho-setembro, a produção também avançou tanto frente a igual período de 2005 (3,4%), como na comparação com o trimestre imediatamente anterior (1,1%).

O acréscimo de 4,2%, na comparação com setembro de 2005, está apoiado tanto no bom desempenho da indústria extrativa (8,4%) como no da indústria de transformação (3,5%), onde 9 dos 12 ramos investigados tiveram expansão. Nesse caso, coube a veículos automotores (14,1%) o principal destaque positivo, seguido por celulose e papel (20,6%) e máquinas e equipamentos (10,2%). Por outro lado, produtos de metal (-10,6%) e fumo (-12,3%) foram as duas únicas atividades que registraram taxas negativas.

O setor industrial mineiro vem sustentando resultados positivos há 17 trimestres consecutivos, nas comparações contra igual período do ano anterior. No terceiro trimestre de 2006, o avanço de 3,4% revelou ligeira aceleração do ritmo de crescimento, uma vez que o segundo apontava expansão de 3,0%. Esse movimento atingiu 7 dos 13 ramos industriais, sendo particularmente mais intenso em veículos automotores (de 3,1% no segundo trimestre para 15,6% no terceiro).

No acumulado no ano (4,2%), 11 ramos tiveram crescimento na produção. A performance do setor extrativo (8,9%) foi um dos principais determinantes para o resultado positivo. Na indústria de transformação (3,4%), novamente veículos automotores (10,0%) respondeu pelo impacto positivo mais importante. Também cabe mencionar o comportamento favorável de metalurgia básica (3,3%) e alimentos (4,2%). Por outro lado, a maior contribuição negativa continua vindo de produtos de metal (-14,2%).

O índice do terceiro trimestre contra o trimestre imediatamente anterior (1,1%) mostrou aceleração do ritmo da atividade industrial em relação ao segundo trimestre (0,5%). Foi o décimo resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação, acumulando um ganho de 15,9%.

Espírito Santo

A produção industrial cresceu 9,9% na comparação com agosto. Em relação a setembro do ano passado, houve expansão de 12,6%, a nona taxa positiva consecutiva. Com isso, o acumulado no ano ficou em 6,8%. Já o acumulado nos últimos 12 meses (5,2%) avançou frente ao resultado de agosto (4,3%). Na análise trimestral, houve crescimento tanto frente a igual período do ano anterior (10,8%) como ao trimestre imediatamente anterior (0,5%).

Em relação a setembro do ano passado, a produção industrial capixaba teve resultados positivos tanto na indústria de transformação (12,6%) como na extrativa (12,4%). Na primeira, os quatro ramos expandiram a produção, com destaque para celulose e papel (17,4%) e alimentos e bebidas (24,6%).

A indústria capixaba sustenta resultados positivos há quatro trimestres consecutivos, nas comparações contra igual período do ano anterior. No terceiro trimestre de 2006, o avanço de 10,8% revela aceleração do ritmo em relação ao primeiro e ao segundo trimestres, que registraram, respectivamente, crescimentos de 2,2% e 7,4%. O maior dinamismo, na passagem do segundo para o terceiro trimestre, atingiu quatro dos cinco ramos pesquisados, com destaque para metalurgia básica, que passou de um crescimento de 5,8% para 12,8%.

No acumulado neste ano, os resultados são positivos tanto na indústria de transformação (6,6%) como na indústria extrativa (7,2%). Na indústria de transformação, todos os quatro segmentos pesquisados cresceram, cabendo os maiores impactos à metalurgia básica (10,5%) e alimentos e bebidas (11,7%).

Na comparação trimestre contra trimestre imediatamente anterior, a indústria mineira, ao expandir 0,5%, cresce pelo quarto trimestre consecutivo, acumulando um incremento de 10,5%.

Rio de Janeiro

O índice da produção industrial caiu 2,0% frente a agosto. No confronto com setembro de 2005, também observa-se recuo (-2,2%). Com isso, o indicador acumulado no ano ficou em 2,5%, abaixo dos 3,2% acumulados até agosto. A taxa acumulada nos últimos 12 meses (2,8%) também mostra redução no ritmo de crescimento em relação à de agosto (3,3%). Nos indicadores trimestrais, a produção no período julho-setembro de 2006 avançou frente à do igual trimestre do ano anterior (1,1%), mas foi 0,3% menor que a do trimestre imediatamente anterior.

Na comparação setembro 06/setembro 05, o setor industrial fluminense teve como principal contribuição negativa a performance da indústria de transformação (-3,1%), uma vez que a indústria extrativa cresceu 1,6%. No primeiro setor, onde 7 dos 12 setores pesquisados tiveram redução na produção, os principais impactos negativos vieram de refino de petróleo e produção de álcool (-18,8%); e de farmacêutica (-14,5%). Por outro lado, dos cinco ramos da indústria de transformação que expandiram a produção, sobressaíram-se edição e impressão (13,8%), alimentos (7,6%%) e metalurgia básica (4,1%).

A indústria do Rio de Janeiro vem sustentando resultados positivos há 11 trimestres consecutivos, com trajetória descendente no ritmo produtivo nos três trimestres deste ano: 5,1% no período janeiro-março; 1,7% no segundo trimestre; e 1,1% no terceiro, todas as comparações contra igual período do ano anterior. A perda de dinamismo na passagem do segundo para o terceiro trimestre reflete, sobretudo, a redução no ritmo de crescimento da indústria de transformação, (de 2,3% para 1,0%), com destaque para a indústria farmacêutica (de 14,8% para -16,9%) e refino de petróleo e produção de álcool (de 14,2% para -4,4%). Por outro lado, metalurgia básica (de -10,0% para 3,1%), foi a atividade que mais ganhou ritmo na passagem do segundo para o terceiro trimestre.

O acumulado no ano (2,5%) reflete expansão tanto na indústria extrativa (5,6%) como na de transformação (1,8%), onde 7 dos 12 ramos investigados cresceram. Nesse caso, coube ao setor de alimentos (16,8%) o principal destaque positivo, seguido por edição e impressão (8,7%), bebidas (6,6%) e refino de petróleo e produção de álcool (2,5%). Metalurgia básica (-5,7%) ainda é o ramo que mais pressiona negativamente o índice geral.

No confronto trimestre contra trimestre imediatamente anterior, observa-se ligeira redução no ritmo da atividade industrial, que recuou 0,3% na passagem do segundo para o terceiro trimestre de 2006. Foi o segundo resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação, acumulando uma perda de 0,7% nesses dois trimestres.

São Paulo

Em setembro, a produção industrial recuou 2,7% frente a agosto. Os indicadores em relação a iguais períodos de 2005, porém, foram positivos: 0,7% frente a setembro de 2005; 3,4% no acumulado no ano; e 2,9% no acumulado nos últimos 12 meses. Nos indicadores trimestrais, o aumento foi de 0,2% na comparação com o trimestre imediatamente anterior e de 3,4% em relação ao terceiro trimestre de 2005.

No confronto setembro 06/ setembro 05, houve variações positivas em 13 dos 20 segmentos pesquisados. Entre os que mais influenciaram positivamente o desempenho global, destacaram-se máquinas para escritório e equipamentos de informática (39,2%); máquinas e equipamentos (4,5%); e alimentos (2,6%). Em sentido contrário, veículos automotores (-5,5%), outros produtos químicos (-5,1%) e outros equipamentos de transporte (-15,2%) representaram as pressões negativas mais importantes.

A indústria paulista tem resultados positivos há 12 trimestres consecutivos, nas comparações contra igual período do ano anterior. No terceiro trimestre de 2006, o aumento de 3,4% mostrou aceleração no ritmo de crescimento em relação ao resultado do segundo trimestre (2,1%). Esse movimento ocorreu em 15 ramos, com destaque para máquinas e equipamentos, que passou de 0,1% no segundo trimestre para 5,9% no terceiro; farmacêutica (de -4,0% para 2,6%) e outros produtos químicos (de -3,9% para -0,3%).

No acumulado no ano, o aumento de 3,4% foi explicado, sobretudo, pelas contribuições positivas de 15 setores, com os principais destaques vindo de veículos automotores (6,1%), alimentos (5,5%) e máquinas para escritório e equipamentos de informática (40,7%). Em contraposição, produtos de metal (-4,5%), outros produtos químicos (-1,0%) e outros equipamentos de transporte (-3,0%) foram os principais impactos negativos.

Na comparação trimestre contra trimestre imediatamente anterior, o índice para o período julho-setembro (0,2%) mantém a seqüência de quatro resultados positivos, levando a um ganho de 3,8% no período.

Paraná

A indústria recuou 2,7% em setembro frente a agosto. Também houve queda na comparação do terceiro trimestre de 2006 com o imediatamente anterior (-3,7%). Na comparação com setembro de 2005, a taxa foi negativa (-8,0%), completando quatro resultados desfavoráveis consecutivos. Com isso, o índice acumulado no ano ficou em -3,6%. O indicador acumulado nos últimos 12 meses (-4,1%) manteve-se estável em relação a agosto (-4,0%). No índice trimestral, houve retração de 3,3% frente ao terceiro trimestre do ano passado.

Em relação a setembro de 2005, 6 das 14 atividades pesquisadas tiveram taxas negativas. O maior destaque foi veículos automotores (-51,6%). Vale também citar as contribuições negativas de madeira (-14,8%) e refino de petróleo e produção de álcool (-4,9%). Por outro lado, as maiores influências positivas vieram de edição e impressão (19,3%) e de máquinas e equipamentos (16,8%).

Em bases trimestrais, observa-se a manutenção de resultados negativos há cinco trimestres consecutivos, nas comparações contra igual período do ano anterior. No terceiro trimestre de 2006, o recuo de 3,3% revelou aceleração no ritmo de queda, uma vez que o segundo apontava taxa de -2,1%. Acompanharam esse movimento cinco atividades, com destaque para veículos automotores (de -15,4% para -33,3%).

No acumulado no ano (-3,6%), oito ramos apresentaram queda. As maiores contribuições negativas vieram de veículos automotores (-22,2%), madeira (-13,1%) e produtos químicos (-6,3%). Por outro lado, a principal pressão positiva veio de alimentos (4,7%).

Santa Catarina

Em setembro, a produção industrial avançou 0,2% frente ao mês anterior. No confronto com setembro de 2005, também houve expansão (3,0%). Com isso, o indicador acumulado no ano voltou a ficar positivo (0,3%). A taxa acumulada nos últimos 12 meses (-0,8%) mostra desaceleração no ritmo de queda em relação a agosto (-1,9%). No terceiro trimestre de 2006, houve crescimento frente a igual período de 2005 (2,7%) e estabilidade (0,1%) em relação ao trimestre imediatamente anterior.

Na formação da taxa de 3,0% frente setembro de 2005, 6 das 11 atividades industriais investigadas cresceram, com destaque para máquinas e equipamentos (40,0%), que teve sua maior taxa desde agosto de 1993. Vale destacar também os acréscimos em borracha e plástico (21,7%) e veículos automotores (17,2%). Por outro lado, a principal pressão negativa veio de vestuário (-20,3%), seguida por alimentos (-6,1%) e madeira (-14,8%).

No terceiro trimestre de 2006, a atividade fabril catarinense, ao avançar 2,7%, inverteu o recuo observado no período abril-junho (-3,2%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Esse movimento de aceleração atingiu nove ramos industriais, sendo particularmente importante em máquinas e equipamentos, que passou de um crescimento de 10,8% no segundo trimestre para 31,9% no período julho-setembro, e em alimentos, que diminui o ritmo de queda ao passar de -14,9% para -8,2%.

No acumulado no ano, a indústria voltou a crescer (0,3%), com expansão em seis atividades. Os maiores impactos positivos no resultado geral vieram de veículos automotores (29,9%) e de máquinas e equipamentos (13,5%). Vale citar também a contribuição do setor de borracha e plástico (12,5%). Entre os setores que sofreram queda na produção, alimentos (-9,9%) e madeira (-19,2%) responderam pelas principais pressões negativas.

O índice trimestre contra trimestre imediatamente anterior ficou praticamente estável (0,1%) na passagem do segundo para o terceiro trimestre de 2006, após recuar 1,3% no período anterior.

Rio Grande do Sul

A indústria cresceu 2,4% em relação a agosto e 3,5% no confronto do terceiro trimestre com o imediatamente anterior. Em relação a setembro de 2005, houve expansão de 1,4%, enquanto a comparação com o terceiro trimestre de 2005 mostrou queda de 1,3%. Nos acumulados no ano e nos últimos 12 meses, houve recuos de 3,0% e 3,2% respectivamente.

No confronto com setembro do ano passado, 11 dos 14 ramos pesquisados tiveram taxas positivas, sendo as mais expressivas as de petróleo e produção de álcool (22,9%), alimentos (8,9%) e celulose e papel (15,6%). As maiores influências negativas vieram de máquinas e equipamentos (-20,2%) e calçados e artigos de couro (-14,1%).

Em bases trimestrais, observa-se que o setor industrial vem sustentando resultados negativos há sete trimestres consecutivos, nas comparações contra igual período do ano anterior. No terceiro trimestre de 2006, o recuo de 1,3% revelou desaceleração no ritmo de queda, uma vez que no segundo, a redução havia sido de 5,8%. Nesse movimento, foi preponderante o maior dinamismo observado em 8 dos 14 ramos pesquisados, com destaque para fumo, que passou de -15,0% para -5,7%; e calçados e artigos de couro (de -15,2% para -7,4%).

A queda de 3,0%, no indicador acumulado no ano foi decorrente sobretudo das retrações em oito atividades pesquisadas. Os maiores impactos negativos foram observados em máquinas e equipamentos (-18,4%), calçados e artigos de couro (-8,5%) e fumo (-8,2%). Por outro lado, as indústrias de alimentos (6,0%) e veículos automotores (3,8%) exerceram as maiores pressões positivas. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, a indústria gaúcha cresceu 3,5%, depois de três trimestres de queda.

Goiás

Em setembro, a produção industrial recuou 7,2% frente a agosto. Houve recuo também (-1,0%) no confronto com igual mês do ano anterior. Nas demais comparações, os resultados foram positivos: o acumulado janeiro-setembro avançou 1,8%, e o dos últimos 12 meses, 0,9%. Nos índices trimestrais, a produção cresceu 2,1% frente ao terceiro trimestre de 2005 e recuou 0,8% na comparação com o segundo trimestre de 2006.

A queda de 1,0% da indústria geral em relação a setembro do ano passado foi explicada pela indústria de transformação (-1,6%), uma vez que a indústria extrativa (6,8%) cresceu. Na indústria de transformação, os principais destaques negativos ficaram por conta de produtos químicos (-7,5%) e alimentos e bebidas (-1,5%). Por outro lado, metalurgia básica (5,1%) exerceu o principal impacto positivo.

Na análise por trimestres, observou-se o terceiro resultado positivo consecutivo, nas comparações contra igual período do ano anterior. No terceiro trimestre de 2006, o crescimento de 2,1% revelou aceleração do ritmo, uma vez que o segundo trimestre havia apontado expansão de 1,6%. Para esse movimento, foi importante a redução no ritmo de queda da indústria extrativa, que passou de -12,8% no período abril-junho para -0,2% no trimestre seguinte.

A expansão de 1,8% no acumulado no ano foi sustentada pelo crescimento da indústria de transformação (3,1%), uma vez que a extrativa assinalou recuo (-12,7%). Na indústria de transformação, todos os segmentos mostraram resultados positivos, cabendo a produtos químicos (13,0%) e metalurgia básica (9,1%) os impactos mais expressivos.

Na comparação trimestre contra trimestre imediatamente anterior, a indústria goiana registrou queda de 0,8% na passagem do segundo para o terceiro trimestre, após alcançar expansão de 3,9% no trimestre anterior.