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IPCA-15 de setembro teve variação de 0,05% e IPCA-E fecha trimestre em 0,22%

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,05% em setembro, abaixo do resultado de 0,19% do mês anterior. Com o resultado de setembro, o acumulado no ano ficou em 1,92% e nos últimos doze meses em 3,69%.

21/09/2006 06h31 | Atualizado em 21/09/2006 06h31

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,05% em setembro, abaixo do resultado de 0,19% do mês anterior. Com o resultado de setembro, o acumulado no ano ficou em 1,92% e nos últimos doze meses em 3,69%. Considerando os meses de julho, agosto e setembro, a taxa do IPCA-E foi de 0,22%.

Grande parte dos itens pesquisados apresentou queda de preços no mês, sendo os grupos Transportes (de 0,23% para -0,38%) e Alimentação e Bebidas (de 0,18% para -0,06%) os principais responsáveis pela desaceleração da taxa de um mês para o outro.

No grupo Transportes (-0,38%), itens importantes na despesa das famílias tiveram seus preços reduzidos. O litro da gasolina, por exemplo, que tinha subido 0,46% em agosto, ficou 0,38% mais barato, enquanto o álcool caiu bem mais: -2,59% contra alta de 1,87% do mês anterior. As tarifas dos ônibus intermunicipais e interestaduais, que registraram aumento de 3,13% e 5,97%, em agosto, caíram para -0,15% e -0,34% em setembro, respectivamente.

Dentre os alimentos (-0,06%), muitos ficaram significativamente mais baratos. São exemplos: cebola (-18,31%), batata-inglesa (-11,81%), feijão carioca (-7,37%), feijão preto (-5,91%), tomate (-4,61%) e açúcar cristal (-3,48%). Por outro lado, a carne-seca (8,39%), o frango (3,15%) e as carnes (2,23%) se destacaram pela alta nos preços.

Além dos grupos dos alimentícios e dos transportes, itens importantes como remédios (-0,26%), eletrodomésticos (-0,28%), artigos de higiene pessoal (-0,55%) e de limpeza (-0,37%) também apresentaram queda.

O índice de setembro mostrou desaceleração em relação ao mês anterior mesmo com a alta de 1,97% nos salários dos empregados domésticos, que deteve a maior contribuição individual (0,06 ponto percentual), resultado do reajuste do salário-mínimo ocorrido no ano. Também a taxa de água e esgoto (1,19%), que absorveu parte do reajuste de 4,00% ocorrido no Rio de Janeiro (desde 1º de agosto) e parte do reajuste de 6,71% vigente em São Paulo (desde 31 de agosto), exerceu pressão no resultado de setembro.

Sobre os índices regionais, o maior resultado ficou com Recife (0,24%), enquanto o menor foi registrado em Belém (-0,28%).

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados de 15 de agosto a 12 de setembro e comparados com os vigentes de 14 de julho a 14 de agosto. O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA; a diferença está no período de coleta dos preços. Já o IPCA-E, é o IPCA-15 acumulado em cada trimestre do ano.