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Emprego na Indústria caiu 0,6% em novembro de 2005

17/01/2006 07h31 | Atualizado em 17/01/2006 07h31

Valor da Folha de Pagamento caiu 0,8% em novembro

Em novembro de 2005, o valor da folha de pagamento dos trabalhadores da indústria, na série livre de influências sazonais, recuou 0,8% em relação ao mês de outubro, queda menos acentuada que a registrada na passagem de setembro para outubro (-1,6%). Vale destacar que este é o terceiro resultado negativo neste tipo de comparação, com o índice acumulando uma perda de 3,7% neste período (novembro 05/agosto 05). Entretanto, nos demais indicadores, os resultados prosseguem positivos: 2,2% em relação a novembro de 2004, 3,7% no acumulado no ano e 4,4% no acumulado nos últimos doze meses.

A redução real na folha de pagamento entre os meses de outubro e novembro é confirmada pelo indicador de média móvel trimestral, que mostra perda de 1,3% entre os trimestres encerrados em outubro e novembro.



O indicador mensal mostra que o valor real da folha de pagamento cresceu 2,2%, com taxas positivas em dez dos quatorze locais pesquisados. A principal influência positiva veio de São Paulo (1,8%), devido, principalmente, aos ganhos salariais observados em alimentos e bebidas (26,1%). Vale citar também, em menor medida, Minas Gerais (5,4%), em virtude, sobretudo, de metalurgia básica (11,9%), produtos químicos (16,0%) e produtos de metal (13,1%); e Rio de Janeiro (5,8%), em função de alimentos e bebidas (29,9%), indústrias extrativas (10,4%) e máquinas e equipamentos (18,1%). Entre os locais que assinalam queda, Rio Grande do Sul (-2,0%), em virtude da redução observada em calçados e artigos de couro (-16,7%), exerceu a principal pressão negativa. Nesta comparação, em termos setoriais, houve aumento real na folha de pagamento em dez dos dezoito setores industriais investigados. As maiores contribuições positivas vieram de alimentos e bebidas (13,6%), produtos químicos (3,7%) e metalurgia básica (5,7%). As principais pressões negativas foram observadas em borracha e plástico (-6,4%), calçados e artigos de couro (-11,3%) e madeira (-10,8%).

O indicador acumulado no ano, frente a igual período de 2004, avançou 3,7% no valor real da folha de pagamento, com incremento em doze dos quatorze locais pesquisados. As principais influências positivas vieram de São Paulo (3,3%) e Minas Gerais (10,2%), com destaque para as contribuições vindas de alimentos e bebidas (18,0%), meios de transporte (7,0%) e máquinas e equipamentos (6,8%) na indústria paulista; e de produtos de metal (49,1%), metalurgia básica (11,8%) e meios de transporte (11,7%), em Minas Gerais. Por outro lado, Rio Grande do Sul (-1,0%) e Pernambuco (-0,2%), por conta, respectivamente, de calçados e artigos de couro (-16,0%) e alimentos e bebidas (-5,0%), foram os únicos locais que registraram perdas salariais. Ainda neste tipo de comparação, em termos setoriais, houve ampliação na massa salarial em treze das dezoito atividades investigadas. Para a formação da taxa geral, as contribuições positivas mais relevantes vieram de alimentos e bebidas (10,6%), meios de transporte (7,6%) e máquinas e equipamentos (6,8%), enquanto papel e gráfica (-5,4%), calçados e artigos de couro (-9,0%) e minerais não-metálicos (-5,4%) foram as principais pressões negativas.

Na análise do indicador acumulado nos últimos doze meses, a folha de pagamento real prossegue com taxa positiva (4,4%), porém mantém clara desaceleração no ritmo de crescimento nos últimos meses: 6,0% até agosto, 5,6% até setembro e 4,9% até outubro.

Em novembro de 2005, o emprego industrial recuou 0,6% frente a outubro de 2005, na série livre de influências sazonais, sendo este o segundo resultado negativo consecutivo neste tipo de comparação. Com este resultado, o indicador de média móvel trimestral passa a apresentar redução de 0,1% entre os trimestres encerrados em outubro e novembro. Em relação a novembro de 2004, também observa-se queda (-0,9%), enquanto os indicadores para períodos mais abrangentes mostraram aumento: 1,2% no acumulado no ano e 1,5% no acumulado nos últimos doze meses.



Na comparação novembro 05/ novembro 04, o nível de pessoal ocupado assalariado apresentou o terceiro decréscimo consecutivo (-0,9%), com dez dos quatorze locais e doze das dezoito atividades mostrando taxas negativas. Setorialmente, as principais pressões negativas para a formação do indicador global vieram de calçados e artigos de couro (-12,8%) e de madeira (-16,0%). Por outro lado, alimentos e bebidas (5,4%) exerceu a maior influência positiva.

Regionalmente, ainda neste tipo de comparação, sobressaem com as maiores pressões negativas no cômputo geral, Rio Grande do Sul (-8,5%), Paraná (-3,3%) e região Nordeste (-2,0%). No Rio Grande do Sul, ocorreram decréscimos em treze atividades, com calçados e artigos de couro (-19,5%) exercendo o impacto negativo mais significativo; no Paraná, o resultado mais representativo entre as dez atividades em queda veio de madeira (-23,0%). Já a queda no emprego da indústria nordestina reflete, principalmente, o comportamento negativo observado em onze setores, com destaque para calçados e artigos de couro (-7,4%). Em sentido contrário, Minas Gerais (3,1%) sobressai com a maior contribuição positiva, devido, principalmente, à ampliação do emprego na indústria de alimentos e bebidas (16,8%).

O indicador acumulado no ano, frente a igual período de 2004, mostra aumento de 1,2% no contingente de trabalhadores. Entre os dez setores que apresentam resultados positivos, destacam-se alimentos e bebidas (7,1%) e meios de transporte (9,4%), enquanto pelo lado negativo, o setor de calçados e artigos de couro (-11,6%) sobressai com a queda mais expressiva. No corte regional, dez locais mostraram expansão no emprego industrial, com destaque para São Paulo (2,5%), em função, principalmente, do aumento no número de trabalhadores em alimentos e bebidas (11,9%) e em meios de transporte (10,2%). Vale citar também, o índice registrado em Minas Gerais (3,9%), em virtude, sobretudo, de produtos de metal (25,5%) e de alimentos e bebidas (5,9%). Por outro lado, Rio Grande do Sul (-6,1%), por conta da redução observada em calçados e artigos de couro (-19,8%), exerceu a maior contribuição negativa.

Já o indicador acumulado nos últimos doze meses mantém a trajetória de desaceleração, uma vez que passou de 1,9% em outubro para 1,5% em novembro.

Número de horas pagas cresce 0,4% no índice de média móvel trimestral

Em novembro de 2005, o indicador do número de horas pagas registrou crescimento de 1,3% em relação a outubro, na série livre dos efeitos sazonais. Este movimento de expansão é confirmado pelo índice de média móvel trimestral, que mostra ganho de 0,4% entre os trimestres encerrados em novembro e outubro.



Na comparação com igual mês do ano anterior observa-se recuo de 0,7%, sendo este o terceiro resultado negativo neste tipo de comparação. Já os indicadores para períodos mais abrangentes assinalaram acréscimo: 0,9% no acumulado no ano e 1,2% no acumulado nos últimos doze meses. Os indicadores da jornada média de trabalho também apresentaram comportamentos distintos, enquanto o mensal registou alta (0,3%), os acumulados, no ano e nos últimos doze meses, recuaram: -0,3% e -0,2%, respectivamente.

O número de horas pagas na indústria, segundo a comparação novembro 05/ novembro 04, recua 0,7%, em decorrência sobretudo do desempenho negativo observado em dez dos quatorze locais e em doze das dezoito atividades pesquisadas. Setorialmente, os maiores decréscimos vieram das indústrias de calçados e artigos de couro (-12,9%), madeira (-15,7%) e vestuário (-4,9%). Por outro lado, alimentos e bebidas (6,5%) e meios de transporte (5,4%) foram os impactos positivos mais relevantes.

Ainda no indicador mensal, os locais responsáveis pelos principais decréscimos foram Rio Grande do Sul (-8,2%), região Nordeste (-3,2%) e Paraná (-4,5%). Na indústria gaúcha, a maioria (quatorze) dos dezoito segmentos pesquisados diminuiu o número de horas pagas, com destaque para calçados e artigos de couro (-18,8%), máquinas e equipamentos (-12,6%) e outros produtos da indústria de transformação (-12,5%). Na região Nordeste, treze das dezoito atividades tiveram desempenho negativo, cabendo os principais impactos a calçados e artigos de couro (-9,2%), alimentos e bebidas (-3,1%) e vestuário (-5,0%). No Paraná, madeira (-24,0%) e outros produtos da indústria de transformação (-17,2%) sobressaíram entre as onze atividades que apresentaram queda. Entre os locais que assinalaram resultados positivos, Minas Gerais (5,5%) e São Paulo (1,2%) foram os destaques. Em Minas Gerais, alimentos e bebidas (15,0%) e produtos de metal (17,4%) exerceram as maiores pressões positivas entre as onze atividades que aumentaram o número de horas pagas. Na indústria paulista, alimentos e bebidas (12,3%) e meios de transporte (5,7%) tiveram os principais impactos positivos no índice global.

O indicador acumulado no ano, frente a igual período de 2004, assinalou crescimento de 0,9% no número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, com desempenho positivo em nove locais e em oito setores industriais pesquisados. No corte regional, as maiores influências positivas vieram de São Paulo (2,3%), Minas Gerais (4,9%) e região Norte e Centro-Oeste (3,2%). Por outro lado, Rio Grande do Sul, com decréscimo de 7,0%, e Rio de Janeiro (-1,9%) figuram com as pressões negativas mais relevantes. Em termos setoriais, os principais acréscimos no total do país vieram de alimentos e bebidas (7,3%), meios de transporte (9,3%) e produtos de metal (6,0%). Em sentido contrário, calçados e artigos de couro (-12,0%) e madeira (-9,0%) foram as maiores contribuições negativas.

O indicador acumulado nos últimos doze meses, embora continue assinalando resultados positivos, mostra trajetória de desaceleração, passando de 1,7% em outubro para 1,2% em novembro.