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Emprego na indústria se manteve estável em julho

Em julho de 2005, o indicador do emprego industrial mostrou que não houve variação em relação ao mês anterior (0,0%), na série livre de influências sazonais.

16/09/2005 06h31 | Atualizado em 16/09/2005 06h31

Em julho de 2005, o indicador do emprego industrial mostrou que não houve variação em relação ao mês anterior (0,0%), na série livre de influências sazonais. No confronto com mesmo mês do ano passado, o índice registrou aumento de 1,1% e o acumulado no ano ficou em 2,1%. No acumulado nos últimos doze meses, observou-se ligeiro recuo entre junho (2,9%) e julho (2,8%).

A estabilidade do nível de emprego entre julho e junho, após a redução de 0,6% observada em junho/maio, leva o índice de média móvel trimestral a sinalizar trajetória descendente: segundo o gráfico abaixo, há uma queda de 0,2% entre os trimestres encerrados em junho e julho.



Na comparação com julho de 2004, emprego cresceu em nove das 14 áreas pesquisadas

Em relação a julho de 2004, o número de admissões no setor industrial continuou superando o de demissões, com aumento de 1,1%. Nove das 14 áreas investigadas contribuíram positivamente no resultado geral, com destaque para São Paulo (3,2%) e Minas Gerais (3,6%). Nos dois estados, alimentos e bebidas e produtos de metal foram os ramos determinantes na formação dos resultados locais. Mais sete segmentos na indústria paulista e mais 10 na indústria mineira apresentaram taxas positivas. Entre as áreas que reduziram o emprego, as principais influências negativas vieram do Rio Grande do Sul (-7,0%) e Santa Catarina (-0,8%). Calçados e artigos de couro (-20,8%) na indústria gaúcha e madeira (-12,3%), na catarinense, foram os principais responsáveis pela redução do número de trabalhadores nesses estados.

Em nível nacional, os principais impactos positivos para o aumento do número de pessoas ocupadas, frente a julho de 2004, vieram de alimentos e bebidas (8,9%), meios de transporte (8,0%) e produtos de metal (9,9%). Por outro lado, calçados e artigos de couro (-14,0%) e madeira (-12,1%) foram as contribuições negativas mais significativas.

Alimentos e Bebidas e Meios de Transporte lideraram crescimento no acumulado no ano

No acumulado no ano, o emprego industrial apresentou crescimento de 2,1%, explicado, sobretudo, pelos resultados de 12 dos 14 locais e 10 dos 18 segmentos pesquisados. No total do País, os principais destaques, em termos de participação, foram observados em alimentos e bebidas (7,3%), meios de transporte (11,5%) e máquinas e equipamentos (3,7%). No corte regional, São Paulo (3,0%) e Minas Gerais (4,4%) responderam pelas principais contribuições positivas. No parque industrial paulista, as principais pressões vieram de alimentos e bebidas e meios de transporte, ambos com 12,1% e, no mineiro, as mais importantes foram produtos de metal (31,7%) e meios de transporte (11,3%).

Ainda nesta comparação, em sentido contrário, Rio Grande do Sul (-4,5%) e Rio de Janeiro (-1,1%), entre os locais, e calçados e artigos de couro (-9,7%) e vestuário (-3,5%), entre os setores, representaram as principais contribuições negativas.

Número de horas pagas caiu 1,2% e jornada média de trabalho teve resultados negativos

Em julho, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, na série livre dos efeitos sazonais, recuou em 1,2% em relação a junho. A comparação com igual mês do ano anterior apresentou aumento de 0,9%. Também registraram crescimento os indicadores acumulado no ano e acumulado nos últimos doze meses, com taxas de 1,6% e 2,6%, respectivamente. A jornada média de trabalho mostrou resultados negativos em todas as comparações: -0,2% no indicador mensal, -0,5% no acumulado no ano e -0,3% no acumulado nos últimos doze meses.

Após dois meses consecutivos de queda no índice mês/mês imediatamente anterior, o indicador de média móvel trimestral exibiu recuo de 0,4% nos trimestres encerrados entre julho e junho, interrompendo o comportamento estável dos resultados mais recentes.



No indicador julho 05/ julho 04, o número de horas pagas assinalou alta de 0,9%, refletindo, sobretudo, os desempenhos positivos de oito das 14 regiões e também oito dos 18 ramos pesquisados. Os principais destaques foram alimentos e bebidas (9,3%), produtos de metal (11,4%) e meios de transporte (8,3%). Por outro lado, as principais contribuições negativas vieram de calçados e artigos de couro (-14,1%) e madeira (-12,0%).

Ainda na comparação mensal, os locais de maior impacto positivo no resultado global foram São Paulo (2,9%), Minas Gerais (4,6%) e Região Norte e Centro-Oeste (2,8%). Na indústria paulista, nove dos 18 ramos pesquisados aumentaram o número de horas pagas, sendo que as maiores influências, em termos de participação, vieram de alimentos e bebidas (13,0%), produtos de metal (16,6%) e meios de transporte (9,8%). Em Minas Gerais, produtos de metal (41,7%) e alimentos e bebidas (6,8%) sobressaíram entre os 12 ramos com resultados positivos. Alimentos e bebidas (14,6%) também teve a principal contribuição no resultado da região Norte e Centro-Oeste. Por outro lado, a queda no Rio Grande do Sul (-7,1%) causou a maior pressão negativa sobre o índice geral, sobretudo em razão do recuo no segmento de calçados e artigos de couro (-21,0%).

No acumulado janeiro-julho, o aumento de 1,6% pode ser explicado principalmente pelo crescimento de 10 das 14 regiões e oito dos 18 segmentos pesquisados. Os maiores impactos positivos vieram de São Paulo (2,3%), Minas Gerais (5,0%) e Região Norte e Centro-Oeste (4,2%). Por outro lado, Rio Grande do Sul (-5,8%) e Rio de Janeiro (-2,0%) foram os principais recuos. Em termos setoriais, os impactos positivos mais relevantes foram observados nas indústrias de alimentos e bebidas (7,6%), meios de transporte (10,7%) e produtos de metal (6,5%). Entre as quedas, os segmentos de calçados e artigos de couro (-10,4%) e madeira (-5,6%) foram os principais destaques.

Valor da folha de pagamento apresentou ligeira queda em relação a junho

Em julho, o valor da folha de pagamento real da indústria brasileira apresentou variação negativa de 0,1% na comparação com o mês imediatamente anterior, já descontados os efeitos sazonais. Este movimento contribuiu para o ligeiro recuo do indicador de média móvel trimestral, uma vez que, entre os trimestres encerrados em junho e julho, a queda ficou em 0,2%.

Os demais indicadores da folha de pagamento real prosseguiram apresentando taxas positivas em suas principais comparações. Em relação a julho de 2004, o crescimento foi de 3,1%, no acumulado nos sete primeiros meses do ano aumentou 3,9% e no acumulado nos últimos doze meses, a expansão ficou em 6,4%. Em relação à folha de pagamento média real, os resultados também foram positivos nos três tipos de confrontos: 2,0% no índice mensal, 1,7% no acumulado no ano e 3,4% no acumulado nos últimos doze meses.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o valor real da folha de pagamento cresceu em 11 dos 14 locais pesquisados. A maior influência positiva foi observada em São Paulo (4,6%), devido ao aumento, sobretudo, das atividades de meios de transporte (8,7%) e alimentos e bebidas (14,8%). Entre os locais que assinalaram taxas negativas, a maior pressão veio do Rio de Janeiro (-10,0%), em função, principalmente, do recuo registrado na indústria extrativa (-57,7%), conseqüência de uma base de comparação atípica devido à distribuição da participação nos lucros realizada por importante empresa do setor em julho de 2004. Em nível setorial, o crescimento do indicador mensal pode ser explicado, principalmente, pela expansão observada na maior parte (12) das atividades pesquisadas. As maiores influências positivas vieram de alimentos e bebidas (11,1%) e meios de transporte (9,0%). Por outro lado, a indústria extrativa (-19,5%) sobressaiu como a contribuição negativa mais significativa.

O acumulado nos primeiros sete meses de 2005 apontou expansão de 3,9% no valor da folha de pagamento real, resultado que refletiu, principalmente, o crescimento de 12 das 18 atividades industriais investigadas. Os ramos de meios de transporte (10,8%), alimentos e bebidas (9,3%) e máquinas e equipamentos (8,0%) apresentaram as contribuições positivas mais relevantes. Já os destaques, em termos de influência negativa, foram papel e gráfica (-7,4%) e minerais não-metálicos (-5,9%). Regionalmente, São Paulo (3,5%) e Minas Gerais (10,0%) assinalaram os maiores impactos positivos no total do País, conseqüência, sobretudo, da expansão observada, respectivamente, nos setores de meios de transporte (11,3%), alimentos e bebidas (17,7%) e produtos de metal (68,0%). Apenas dois locais apresentaram retração neste confronto: Pernambuco (-1,5%) e Rio Grande do Sul (-0,3%), com destaque para o recuo nos setores de alimentos e bebidas (-7,5%), no primeiro, e calçados e artigos de couro (-13,8%), no segundo.

 



No que se refere à folha de pagamento média real da indústria, o indicador acumulado no ano, com expansão de 1,7%, apresentou ganho em nove dos 14 locais e 10 dos 18 setores pesquisados. Regionalmente, em termos de magnitude da taxa, sobressaíram Rio de Janeiro (7,2%), Minas Gerais (5,4%) e Espírito Santo (5,1%). Em termos setoriais, os avanços mais intensos foram verificados em vestuário (4,8%), indústria extrativa (4,4%) e máquinas e equipamentos (4,2%).

Em síntese, nas comparações com 2004, os resultados do emprego e do número de horas pagas foram positivos. No entanto, os indicadores de média móvel trimestral mostram queda de 0,2% e 0,4%, respectivamente, entre os trimestres encerrados em julho e junho. Esse movimento pode estar relacionado à estabilidade da produção, apontada em julho, para este indicador.