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Produção industrial regional desacelera em julho, mas ainda registra expansão em relação a 2004

Na comparação julho 2005/ julho 2004, 7 das 14 áreas pesquisadas tiveram crescimento na produção, enquanto que, no confronto junho 2005/ junho 2004, 9 locais haviam apresentado taxas positivas.

13/09/2005 06h31 | Atualizado em 13/09/2005 06h31

Na comparação julho 2005/ julho 2004, 7 das 14 áreas pesquisadas tiveram crescimento na produção, enquanto que, no confronto junho 2005/ junho 2004, 9 locais haviam apresentado taxas positivas. Além da influência de um menor número de dias úteis em julho deste ano, a desaceleração resulta do fato de que, no início do segundo semestre de 2004, a produção industrial acentuava a sua trajetória ascendente.

Amazonas ainda lidera o crescimento regional (11,7%), seguido por Bahia (8,3%), Goiás (6,7%), Minas Gerais (6,0%), região Nordeste (1,6%), Pernambuco (1,6%) e São Paulo (1,0%). Resultados negativos foram registrados no Pará (-0,9%), Paraná (-1,0%), Rio de Janeiro (-1,6%), Ceará (-6,3%), Espírito Santo (-7,2%), Santa Catarina (-7,5%) e Rio Grande do Sul (-8,7%).

No acumulado janeiro-julho, as taxas positivas alcançam todos os locais, exceto o Rio Grande do Sul (-4,0%). Com crescimento igual ou acima da média nacional nesse período (4,3%) estão Amazonas (19,0%), Minas Gerais (7,5%), Goiás (6,9%), Paraná (6,6%), São Paulo (5,5%) e Pará (4,3%). Também têm resultados positivos Santa Catarina (4,2%), região Nordeste (4,1%), Ceará (4,0%), Bahia (3,2%), Pernambuco (1,8%), Espírito Santo (1,6%) e Rio de Janeiro (0,9%).

Pela tabela abaixo, observa-se que, de uma forma geral, em relação a 2004, a produção industrial registrou em julho um ritmo de crescimento menor que o do primeiro semestre de 2005.



Amazonas

Em julho, a atividade industrial do Amazonas cresceu 11,7% em relação ao mesmo mês de 2004 – em junho, na mesma comparação, o crescimento havia sido de 29,8%. Os indicadores acumulados no ano e nos últimos 12 meses também registraram aumentos, de 19,0% e 15,4% respectivamente.

O desempenho mensal (11,7%) foi influenciado positivamente por 5 dos 11 segmentos pesquisados, com destaque para material eletrônico e equipamentos de comunicações (28,7%) - em decorrência do aumento na produção de celulares e televisores-, refino de petróleo e produção de álcool (36,3%) - impulsionado pelo óleo diesel e outros óleos combustíveis - e outros equipamentos de transporte (3,2%) - em razão da maior fabricação de peças e acessórios para motocicletas. Seis atividades tiveram taxas negativas, sobressaindo borracha e plástico (-26,2%) e edição e impressão (-19,1%), sobretudo devido a decréscimos na fabricação de peças e acessórios de plástico, garrafas PET e fitas de vídeo.

No acumulado em 2005, 8 dos 11 ramos pesquisados contribuíram positivamente para o crescimento de 19,0%; as influências mais expressivas vieram de material eletrônico e equipamentos de comunicações (40,0%), alimentos e bebidas (12,5%) e outros equipamentos de transporte (12,1%), devido a acréscimos em vários itens: celulares, televisores; preparações em xarope para elaboração de bebidas, refrigerantes; e motocicletas. Por sua vez, borracha e plástico (-23,5%), refino de petróleo e produção de álcool (-2,2%) e a indústria extrativa (-3,8%) exerceram os principais impactos negativos.

Pará

A indústria do Pará, em julho, recuou 0,9% ante o mesmo mês do ano passado, também um resultado pior que o de junho (6,5%). Os indicadores para períodos mais abrangentes registraram acréscimos de 4,3% no acumulado no ano e de 7,6% no acumulado nos últimos 12 meses.

O decréscimo na comparação julho 05/ julho 04 foi explicado pelo desempenho negativo de três dos seis segmentos pesquisados e pelo arrefecimento no setor extrativo, que responde por cerca de 40,0% da estrutura industrial do estado e passou de uma expansão de 20,0% em junho para um aumento de apenas 5,7% em julho. Mesmo com crescimento moderado, a indústria extrativa ainda foi o maior impacto positivo no cômputo geral, devido sobretudo aos minérios de ferro. Na indústria de transformação, as principais contribuições negativas vieram de madeira (-20,7%) e minerais não-metálicos (-16,7%), nas quais sobressaíram os recuos na produção de madeira serrada e caulim beneficiado respectivamente.

O aumento de 4,3% no acumulado janeiro-julho decorreu, sobretudo, da indústria extrativa (11,6%), que apresentou expansão principalmente em minérios de ferro. A outra contribuição positiva foi da metalurgia básica (3,4%), na qual sobressaiu o aumento na produção de alumínio não ligado em formas brutas. Minerais não-metálicos (-9,1%) e celulose e papel (-6,4%) exerceram as principais pressões negativas, registrando recuos em vários itens, sobretudo caulim beneficiado e papel higiênico respectivamente.

Região Nordeste

A produção industrial da região Nordeste apresentou crescimento de 1,6% em julho, na comparação com julho de 2004, após retração observada em junho (-1,8%). Observou-se expansão também nos indicadores acumulados no ano e nos últimos 12 meses, respectivamente, de 4,1% e 6,5%.

Na taxa mensal, o avanço foi sustentado principalmente pela indústria de transformação (2,2%), já que a indústria extrativa apresentou recuo de 5,0%, em razão, sobretudo, da menor produção de petróleo e gás natural. Entre as dez atividades da indústria de transformação, cinco registraram crescimento, destacando-se refino de petróleo e produção de álcool (20,4%), devido, em grande parte, ao desempenho favorável dos itens óleo diesel e gasolina automotiva. Também com contribuição relevante, minerais não-metálicos (16,8%) e alimentos e bebidas (2,2%) foram particularmente influenciados, respectivamente, pelos itens cimento e pré-fabricados para construção civil e refrigerantes, cervejas e chope. Por outro lado, os maiores impactos negativos vieram de produtos químicos (-3,3%) - sobretudo em conseqüência da queda na produção de polietileno - e vestuário (-20,6%) - influenciado principalmente pelo item calça comprida feminina.

O crescimento no indicador acumulado no ano (4,1%) reflete a expansão de 8 dos 11 setores pesquisados. Os principais destaques foram alimentos e bebidas (6,8%), produtos químicos (4,6%) e minerais não-metálicos (18,9%), sobressaindo a influência dos seguintes itens respectivamente: refrigerantes, cervejas e chope; PVC, o-xileno; cimento e pré-fabricados para construção civil. Em sentido contrário, os principais impactos negativos vieram da indústria extrativa (-3,3%), com queda predominante de óleos brutos de petróleo e gás natural, e metalurgia básica (-2,9%), destacando-se o recuo na fabricação de vergalhões de aço ao carbono e ouro em barras.

Ceará

Em julho, a produção industrial do Ceará recuou 6,3% em relação ao mesmo mês do ano passado (na mesma comparação, em junho a taxa havia crescido 2,5%). Os indicadores para períodos mais amplos, porém, continuaram positivos: 4,0% no acumulado no ano e 10,2% no acumulado nos últimos 12 meses.

A retração na taxa mensal interrompeu uma seqüência de três resultados positivos. Oito das dez atividades industriais pesquisadas apresentaram queda. A principal contribuição negativa veio de alimentos e bebidas (-6,8%), devido sobretudo à diminuição na produção de castanha de caju beneficiada, reflexo de uma paralisação técnica em grande empresa do setor. Vale citar também a queda assinalada em metalurgia básica (-54,4%) - causada pela menor fabricação de barras de aço ao carbono e influenciada principalmente por uma base de comparação elevada - e em vestuário (-14,3%) - em razão da redução observada no item calças compridas para uso feminino. Do lado positivo, vale mencionar a expansão em minerais não-metálicos (15,0%), devido ao aumento na produção de cimento.

No acumulado no ano, a produção cearense avançou 4,0%, com incremento em seis dos dez setores investigados. As maiores influências positivas foram em minerais não-metálicos (36,5%), por causa da maior fabricação de cimento; vestuário (19,2%), onde foi relevante o aumento na produção de calças compridas para uso feminino e de vestuário para uso profissional; e têxtil (4,9%), sustentada por tecidos e fios de algodão. Já as principais pressões negativas vieram de metalurgia básica (-26,0%) e de refino de petróleo e produção de álcool (-4,9%), explicadas, respectivamente, pelos recuos em vergalhões de aço ao carbono e óleo diesel e outros óleos combustíveis.

Pernambuco

A indústria de Pernambuco registrou em julho expansão nos principais indicadores de produção: 1,6% no índice mensal (superior ao 1,0% registrado em junho na mesma comparação), 1,8% no acumulado no ano e 2,4% no acumulado nos últimos 12 meses.

O acréscimo no confronto mensal reflete a expansão em 6 dos 11 setores pesquisados. Esse resultado foi sustentado pelo bom desempenho de alimentos e bebidas, atividade de maior peso na estrutura local, que cresceu 15,5%, devido sobretudo à maior fabricação de cerveja, chope e sorvetes. Vale citar ainda o incremento em máquinas, aparelhos e materiais elétricos (8,9%) - impulsionado pela produção de pilhas e baterias elétricas - e em minerais não-metálicos (7,1%) - em virtude da fabricação de pias, banheiras e bidês e massa de concreto. As principais quedas foram observadas em produtos de metal (-23,2%) e metalurgia básica (-6,9%), conseqüência dos decréscimos em latas de alumínio para embalagem e vergalhões de aço ao carbono respectivamente.

No acumulado no ano (1,8%), 7 dos 11 setores industriais pesquisados tiveram taxas positivas. Os principais impactos foram verificados em produtos químicos (10,8%) - alavancado pela produção de borracha de estireno-butadieno e hipoclorito de cálcio - e alimentos e bebidas (3,9%), por conta do aumento na fabricação de sorvetes e refrigerantes. As principais retrações ocorreram em produtos de metal (-20,1%) e no setor têxtil (-27,1%), em razão do recuo em latas de alumínio para embalagem e tecido de algodão.

Bahia

Após o recuo assinalado em junho (-2,1%), a indústria da Bahia cresceu 8,3% em julho frente a igual mês do ano anterior. Para períodos mais abrangentes, a produção continua apresentando taxas positivas: 3,2% no acumulado no ano e 6,4% no acumulado nos últimos 12 meses.

A expansão no confronto julho 05/ julho 04 reflete o comportamento favorável de sete dos nove ramos investigados. O principal impacto positivo veio de refino de petróleo e produção de álcool (22,4%), influenciado sobretudo pela maior produção de óleo diesel e outros óleos combustíveis e gasolina. Foram destaque também os avanços em metalurgia básica (22,5%) e celulose e papel (13,7%), que apresentaram, respectivamente, incrementos na fabricação dos itens barra, perfil e vergalhões de cobre e celulose. Produtos químicos (-0,9%) e indústria extrativa (-4,7%) foram os dois únicos ramos com taxas negativas. Nessas atividades, sobressaíram os recuos em polietileno de alta densidade e óleos brutos de petróleo.

No acumulado de janeiro a julho, o crescimento da indústria baiana (3,2%) foi impulsionado pelo desempenho favorável da maioria (sete) das nove atividades pesquisadas e influenciado sobretudo pelos acréscimos em alimentos e bebidas (9,5%), produtos químicos (2,7%) e veículos automotores (44,2%) - principalmente em razão da maior fabricação de óleo de soja refinado, policloreto de vinila (PVC) e automóveis respectivamente. Entre os dois segmentos que reduziram a produção, sobressai o desempenho negativo de metalurgia básica (-5,8%), por conta dos recuos em ouro em barras e em vergalhões de aço.

Minas Gerais

Em julho, a produção industrial de Minas Gerais se expandiu 6,0% na comparação com julho de 2004, totalizando 24 meses consecutivos de crescimento. Para períodos mais abrangentes, os resultados também são positivos: 7,5% no acumulado no ano e 7,2% no acumulado nos últimos 12 meses.

O avanço no indicador mensal teve como principal contribuição a performance da indústria extrativa (15,8%), impulsionada sobretudo pela produção de minérios de ferro. O crescimento geral também foi influenciado pela indústria de transformação (4,4%), onde 8 das 12 atividades tiveram resultados positivos, com destaque para produtos de metal (56,4%) - devido ao expressivo aumento do produto estruturas de ferro e aço - e veículos automotores (11,3%). Por outro lado, sobressai como principal pressão negativa o setor de metalurgia básica (-9,4%), destacando-se as influências dos itens tubos de aço e bobinas e chapas de aço inoxidável.

Em relação ao indicador acumulado no ano, o crescimento (7,5%) reflete a performance positiva de 9 dos 13 ramos pesquisados. Os destaques foram veículos automotores (16,1%) e a indústria extrativa (14,2%), que tiveram como principais influências, respectivamente, automóveis e minérios de ferro. Entre as atividades com desempenho negativo, sobressai a metalurgia básica (-5,0%), decorrência, em grande parte, da queda na produção de bobinas e chapas de aço inoxidável e vergalhões de aço ao carbono.

Espírito Santo

A produção industrial do Espírito Santo apresentou, em julho, retração de 7,2% no índice mensal, o segundo resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação (em junho, a taxa tinha sido -2,7%). Foi observada, entretanto, expansão nos indicadores acumulados no ano e nos últimos 12 meses: 1,6% e 3,9% respectivamente.

O decréscimo no confronto mensal é explicado pelos resultados das indústrias extrativa (-2,5%) e de transformação (-9,2%). O primeiro se deve sobretudo ao comportamento de óleos brutos de petróleo. Já o recuo na indústria de transformação foi conseqüência principalmente dos desempenhos desfavoráveis da metalurgia básica (-26,7%) - com destaque para o item lingotes, blocos ou placas de aço - e do setor de alimentos e bebidas (-5,3%), destacando-se os produtos bombons e carnes de bovino. Apresentaram resultados positivos os segmentos de minerais não-metálicos (7,4%) e celulose e papel (2,2%), devido, em grande parte, ao aumento na produção de cimento e celulose.

O indicador acumulado nos sete primeiros meses de 2005 (1,6%) refletiu o crescimento em quatro dos cinco ramos pesquisados. Celulose e papel (4,4%), alimentos e bebidas (5,1%), indústria extrativa (1,9%) e minerais não-metálicos (3,3%) foram influenciados pelos seguintes produtos: celulose; bombons e refrigerantes; óleos brutos de petróleo e minério de ferro; e cimento. O único resultado negativo foi em metalurgia básica (-3,4%), devido, principalmente, ao produto lingotes, blocos ou placas de aço.

Rio de Janeiro

Em julho, a indústria do Rio de Janeiro decresceu 1,6% frente a igual mês do ano anterior, o segundo resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto - em junho havia recuado 1,5%. Nos indicadores para períodos mais abrangentes, porém, os resultados são positivos, tanto no acumulado no ano (0,9%) como nos últimos 12 meses (2,0%). Vale citar que os três índices fluminenses estão abaixo da média nacional, de 0,5%, 4,3% e 5,8% respectivamente.

No confronto mensal, o recuo foi influenciado pela indústria de transformação (-5,7%), uma vez que a indústria extrativa teve expansão (18,0%) pelo quinto mês consecutivo e foi o principal impacto positivo sobre a taxa geral. Entre as sete atividades da indústria de transformação que apresentaram retração, destacou-se a de refino de petróleo e produção de álcool (-19,1%), principalmente pelo decréscimo em óleo diesel e gasolina, ainda influenciado pela paralisação para manutenção em grande empresa do setor, ocorrida em junho. Vale destacar também a contribuição negativa da metalurgia básica (-8,3%) e do setor de borracha e plástico (-25,3%), ramos pressionados sobretudo pela menor produção de bobinas de aço e pneus respectivamente. Por outro lado, veículos automotores (10,3%) e o setor têxtil (31,1%) exerceram as maiores influências positivas na indústria de transformação, conseqüência do incremento na fabricação de automóveis e de tecido de malha de algodão respectivamente.

O acumulado no ano (0,9%) é resultado da expansão em 6 dos 13 ramos pesquisados. A performance favorável da indústria extrativa (13,8%) ao longo de 2005 foi o principal determinante para o ligeiro avanço geral. Por sua vez, a indústria de transformação registrou recuo na produção (-1,8%), com a metalurgia básica (-10,9%) respondendo pelo maior impacto negativo, influenciada sobretudo pelo recuo em bobinas de aço e tubos e perfis de ferro e aço. Vale destacar os decréscimos verificados em borracha e plástico (-24,3%), edição e impressão (-10,5%) e na indústria farmacêutica (-7,8%). Dos cinco ramos da indústria de transformação que apresentaram taxas positivas, os maiores destaques vieram de minerais não-metálicos (29,2%) e veículos automotores (18,5%), bastante pressionados pela maior demanda externa por granito talhado e automóveis respectivamente.

São Paulo

Os índices da produção industrial em São Paulo permaneceram positivos em julho: 1,0% em relação ao mesmo mês do ano passado (bem inferior aos 8,0% registrados, na mesma comparação, em junho); 5,5% no acumulado no ano; e 8,1% no acumulado nos últimos 12 meses – resultados superiores aos observados no total do país.

Frente a julho de 2004, o crescimento refletiu a expansão de 7 dos 20 setores investigados. Em junho, porém, eram 14 os que cresciam nesse mesmo confronto. Entre os que tiveram maior peso na composição da taxa global, destacaram-se edição e impressão (25,6%), indústria farmacêutica (17,8%) e refino de petróleo e produção de álcool (7,5%), por conta, principalmente, dos acréscimos na produção de revistas, impressos; medicamentos; e gasolina e álcool. Por outro lado, as pressões negativas mais importantes foram das indústrias têxtil (-15,7%) e de produtos de metal (-9,8%), devido sobretudo aos recuos em fibras sintéticas e tecidos de algodão e telas metálicas de fios de ferro e aço.

No acumulado no ano (5,5%), 15 ramos expandiram a produção, sobressaindo o farmacêutico (25,4%), de edição e impressão (20,2%) e de máquinas e equipamentos (10,5%), devido a aumentos em vários itens como medicamentos; revistas, jornais; aparelhos elevadores/transportadores de mercadorias; e carregadoras-transportadoras. Já os principais impactos negativos vieram de têxtil (-7,0%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (-4,4%) e refino de petróleo e produção de álcool (-1,8%). Os principais produtos responsáveis pelas quedas desses segmentos foram fibras sintéticas e cobertores; rádios e aparelhos de comutação; e óleo diesel, outros óleos combustíveis e naftas.

Paraná

A retração de 1,0% na produção industrial do Paraná em julho ocorreu após 31 meses consecutivos de resultados positivos nesse tipo de comparação. O indicador acumulado no ano cresceu 6,6%; e o acumulado nos últimos 12 meses, 10,3%.

A queda no confronto mensal reflete o comportamento desfavorável de 10 dos 14 ramos pesquisados. Os que mais contribuíram para a formação do índice global foram alimentos (-6,8%) - devido sobretudo ao produto tortas, bagaços e outros resíduos da extração do óleo de soja -, máquinas e equipamentos (-14,2%) - impulsionado pelos tratores agrícolas e máquinas para colheita - e madeira (-16,2%) - decorrência, em grande parte, da diminuição na produção de madeira compensada e painéis de madeira. O setor que se destacou com a maior contribuição positiva foi refino de petróleo e produção de álcool (34,2%), pressionado pelo produto óleo diesel e outros óleos combustíveis.

No indicador acumulado no ano (6,6%), oito segmentos tiveram aumento. Os destaques foram veículos automotores (28,6%), refino de petróleo e produção de álcool (26,4%) e edição e impressão (38,1%) - devido ao crescimento, respectivamente, em automóveis e caminhões; óleo diesel e gasolina automotiva; e livros didáticos. A principal retração foi a de outros produtos químicos (-30,7%), com maior contribuição do item adubos e fertilizantes.

Santa Catarina

A indústria de Santa Catarina mostrou, em julho, recuo de 7,5% frente a igual mês do ano passado, a primeira taxa negativa nesse tipo de confronto desde fevereiro de 2004. A produção industrial catarinense continua apresentando resultados positivos, ainda que menos intensos, nos acumulados no ano (4,2%) e nos últimos 12 meses (8,0%).

O recuo na taxa mensal resulta de decréscimos da maioria (8) das 11 atividades industriais investigadas. O desempenho de máquinas e equipamentos (-27,8%), pressionado principalmente pela menor fabricação de compressores e freezers, responde pelo maior impacto negativo na média geral. Vale também destacar as contribuições negativas de vestuário (-18,6%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-22,6%), por conta da redução em conjuntos de malha de uso masculino e motores elétricos respectivamente. Celulose e papel (11,1%) e veículos automotores (11,0%) foram os dois principais índices positivos. Nesses setores, os produtos de maior destaque foram sacos e bolsas de papel e carrocerias para caminhões e ônibus respectivamente.

A produção acumulada em janeiro-julho (4,2%) teve resultados positivos em oito atividades. As expansões que mais pressionaram a taxa global ocorreram em veículos automotores (68,4%) e alimentos (5,3%). Nessas atividades, destacaram-se, respectivamente, os itens carrocerias para caminhões e ônibus e carnes de suínos congeladas. Novamente, máquinas e equipamentos (-6,9%) exerceu o principal impacto negativo no índice geral, influenciado pela queda na produção de refrigeradores e congeladores.

Rio Grande do Sul

Com decréscimo de 8,7% no índice mensal, em julho, a indústria do Rio Grande do Sul atingiu o menor resultado do ano nesse tipo de comparação. Também apresentaram recuos os indicadores acumulados no ano (-4,0%) e nos últimos 12 meses (-0,6%).

A queda da taxa mensal refletiu o desempenho negativo de 11 dos 14 ramos pesquisados. Os mais expressivos foram fumo (-20,9%) e máquinas e equipamentos (-25,8%). Nessas indústrias sobressaíram, respectivamente, os recuos nos itens fumo processado e semeadores e máquinas para colheita. As maiores influências positivas vieram, por sua vez, de celulose e papel (23,6%) - com aumento principalmente na produção de celulose - e refino de petróleo e produção de álcool (6,8%), em decorrência sobretudo da fabricação de gasolina.

No acumulado no ano (-4,0%), 9 dos 14 ramos pesquisados assinalaram retração, com destaque para máquinas e equipamentos (-20,6%), fumo (-8,6%) e outros produtos químicos (-5,6%), os quais registraram, respectivamente, quedas na produção de máquinas para colheita, semeadores; fumo processado; e polietileno de baixa densidade. Alimentos (3,6%) e calçados e artigos de couro (3,7%) exerceram as maiores pressões positivas, em virtude dos aumentos de produtos como arroz semibranqueado, leite em pó; calçados femininos de plástico e de couro.

Goiás

Em julho, a produção industrial de Goiás, apresentou alta de 6,7% em relação ao mesmo mês do ano passado, resultado inferior ao de junho (10,6%), mas bem acima do observado em nível nacional (0,5%) na mesma comparação. Os indicadores acumulados no ano (6,9%) e nos últimos 12 meses (9,0%) também foram positivos.

O crescimento na comparação mensal decorreu sobretudo do desempenho de alimentos e bebidas (9,9%), segmento responsável por cerca de 65,0% da produção industrial do estado e que apresentou aumento principalmente nos itens cervejas, chope e carnes de bovinos congeladas. Na metalurgia básica (15,6%), a segunda contribuição positiva mais importante, sobressaiu a maior produção de ferroníquel. As duas únicas contribuições negativas vieram de produtos químicos (-10,3%) e indústria extrativa (-2,8%), sobretudo devido aos decréscimos na produção de adubos de origem animal e de amianto em fibras respectivamente.

O acumulado janeiro-julho (6,9%) foi resultado também, em grande parte, do desempenho de alimentos e bebidas (8,6%), impulsionado pela fabricação de farinhas e "pellets" de soja, cerveja e chope. Outros três dos cinco ramos pesquisados registraram crescimento, com destaque para metalurgia básica (12,4%) e indústria extrativa (8,2%), nos quais sobressaíram, respectivamente, os itens ferroníquel, ferronióbio e amianto em fibras. A única pressão negativa veio de produtos químicos (-7,4%), em decorrência da menor produção principalmente de adubos de origem animal.