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Em junho, vendas no comércio têm aumento de 1,18% no volume e de 0,84% na receita

Indicadores resultam do confronto com maio e são ajustados sazonalmente. Nas demais comparações (sem ajustamento), as taxas para o volume de vendas foram de 5,31% sobre junho de 2004 ...

16/08/2005 06h31 | Atualizado em 16/08/2005 06h31



O resultado positivo em hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo na comparação com junho do ano passado(3,35%) foi influenciado pelo aumento do salário mínimo em maio (15,40%) - que refletiu no crescimento de 1,5% no rendimento médio das pessoas ocupadas - e exerceu significativa influência nas vendas do varejo em geral. Nos indicadores acumulados do semestre e dos últimos 12 meses, o segmento registrou variações de 3,34% e 6,41%, respectivamente.

Ainda na comparação junho05/junho04, os 14,81% de crescimento no volume de vendas de outros artigos de uso pessoal e doméstico também foram significativos. A justificativa para o resultado, no entanto, torna-se difícil em razão da variedade de ramos que formam esse segmento (lojas de departamento, óticas, brinquedos etc.). No acumulado do primeiro semestre de 2005, a variação das vendas atingiu 13,33%.

A atividade de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação exerceu a quarta maior influência no índice geral, com variação de 51,65% em relação a junho/04. No acumulado do semestre, o segmento registrou crescimento e 37,61%. Tais resultados são basicamente explicados pela queda constante do dólar, que vem tornando os produtos de informática (hardware e software) relativamente mais baratos.

Dos decréscimos no volume de vendas na relação junho05/junho04, o de maior impacto coube a combustíveis e lubrificantes (-6,17%), segmento que teve seu sexto resultado negativo consecutivo. Tal comportamento tem como justificativa básica a elevação dos preços dos combustíveis bem acima da média, fato que vem provocando a racionalização do consumo desses produtos. Nos seis primeiros meses de 2005, o segmento registra queda de -6,55% sobre igual período de 2004, acumulando em 12 meses taxa de -2,11% de variação.

As demais atividades tiveram reduzida importância no desempenho do comércio varejista em junho, quando comparado ao mesmo mês do ano passado.

Em relação aos resultados trimestrais, observa-se que houve uma redução do ritmo de crescimento nas vendas em geral na passagem do primeiro para o segundo trimestre, de 5,87% para 3,78%. Esse comportamento foi basicamente influenciado pela significativa redução do desempenho da atividade de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (de 5,70% para 1,08%), que pode ser justificada pela queda na taxa de crescimento do rendimento médio de 2,20% para 0,20% do primeiro para o segundo trimestre. A atividade móveis e eletrodomésticos, ao apresentar comportamento inverso, com taxas trimestrais evoluindo de 18,10% para 21,10%, evitou uma menor desaceleração no desempenho do varejo.

Das 27 Unidades da Federação, 25 registraram resultados mensais (jun05/jun04) positivos no volume de vendas. As variações de maior magnitude ocorreram em Tocantins (40,60%), Paraíba (36,64%), Sergipe (28,05%), Rio Grande do Norte (26,60%), Acre (26,52%) e Piauí (25,86%). Quanto à influência na composição da taxa, os destaques foram Ceará (21,56%), Goiás (17,27%), Santa Catarina (9,35%), Rio de Janeiro (5,47%), Minas Gerais (3,96%) e São Paulo (2,05%).

Ainda em relação às Unidades da Federação, pela primeira vez divulgam-se resultados com ajuste sazonal para volume de vendas e receita nominal. Em relação ao volume de vendas, 23 das 27 UFs tiveram variação positiva, destacando-se, com as maiores taxas, Paraíba (5,11%), Amazonas (3,08%), Acre (3,00%) e Piauí (2,89%). Os quatro estados com variação negativa foram Roraima (-6,34%), Pernambuco (-0,72%), Alagoas (-0,62%) e Amapá (-0,04%).

Comércio varejista ampliado tem desempenho inferior ao do varejo

Para o comércio varejista ampliado, composto do varejo mais as atividades de veículos e motos, partes e peças e de material de construção, as variações observadas na relação junho05/junho04 foram de 3,07% para volume e de 10,32% para receita nominal de vendas, resultados inferiores aos do comércio varejista, na mesma comparação. No acumulado dos seis primeiros meses de 2005 sobre igual período do ano anterior, o setor apresentou taxas de variação de 3,46% para o volume de vendas e 12,36% para a receita nominal.

Das duas atividades que compõem o comércio varejista ampliado e não entram no resultado do varejo, destaca-se veículos e motos, partes e peças, com variações no volume de vendas de 0,47% sobre junho/04; 2,96% no acumulado do semestre; e 11,00% no acumulado dos últimos 12 meses. Já o segmento de material de construção apresenta movimento inverso, com quedas de -5,48% na relação junho05/junho04 e de -4,99% no acumulado de janeiro a junho de 2005 sobre o mesmo período do ano passado.

Por Unidades da Federação, ainda em relação ao varejo ampliado, os melhores desempenhos no volume de vendas ocorreram no Acre (38,14%), Tocantins (34,62%), Piauí (26,64%), Pará (22,63%) e em Alagoas (22,43%). Em termos de impacto no resultado global do setor, as maiores contribuições foram basicamente as dos mesmos estados que determinaram a taxa do comércio varejista, com destaque para Ceará (18,05%), Goiás (13,32%), Distrito Federal (11,38%) e Rio de Janeiro (3,72%).

Os gráficos abaixo mostram a evolução do acumulado nos últimos 12 meses do volume de vendas do varejo em geral e dos segmentos para os quais a taxa é calculada







Indicadores resultam do confronto com maio e são ajustados sazonalmente. Nas demais comparações (sem ajustamento), as taxas para o volume de vendas foram de 5,31% sobre junho de 2004; 4,64% no acumulado do primeiro semestre de 2005; e 7,29% no acumulado dos últimos 12 meses. A receita nominal de vendas cresceu 11,35% em relação a junho de 2004; 11,86% no semestre; e 13,72% no acumulado dos últimos 12 meses. Veja evolução dos indicadores ajustados nos gráficos abaixo.



Na relação junho/maio, com ajuste sazonal, calculada para quatro das oito atividades que compõem o comércio varejista, houve resultados positivos no volume de vendas em três: móveis e eletrodomésticos; hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; e combustíveis e lubrificantes.

Móveis e eletrodomésticos, com crescimento de 4,29%, manteve-se como o maior impacto positivo na taxa geral. Beneficiado pela ampliação do crédito direto ao consumidor e dos empréstimos pessoais consignados em folha, o segmento vem atingindo taxas de desempenho acima da média, sendo que a variação foi de 19,70% no acumulado dos seis primeiros meses do ano, em relação a igual período de 2004, e de 21,97% nos últimos 12 meses.

Os resultados para as demais atividades supracitadas na relação junho/maio foram os seguintes: 2,02% para hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo e 1,31% para combustíveis e lubrificantes. A variação negativa ficou por conta de tecidos, vestuário e calçado (-5,17%).

Na comparação junho05/junho04, seis das oito atividades do varejo registraram crescimento no volume de vendas: equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (51,65%); móveis e eletrodomésticos (21,42%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (14,81%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (6,25%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,35%); e tecidos, vestuário e calçados (1,35%). As variações negativas ocorreram em combustíveis e lubrificantes (-6,17%) e em livros, jornais, revistas e papelaria (-4,44%).

Um resumo das variações do volume de vendas e da receita nominal encontra-se a seguir, nas tabela 1 e 2.