Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

Emprego industrial se mantém estável em maio

Na série livre de influências sazonais, não houve variação em relação a abril (0,0%). Nas comparações com 2004, por outro lado, os resultados permanecem positivos: em relação a maio do ano passado...

15/07/2005 06h31 | Atualizado em 15/07/2005 06h31

Na série livre de influências sazonais, não houve variação em relação a abril (0,0%). Nas comparações com 2004, por outro lado, os resultados permanecem positivos: em relação a maio do ano passado, houve crescimento de 2,0%, a 15ª taxa positiva consecutiva. O acumulado em 2005 ficou em 2,6% e nos últimos doze meses em 2,9%.

O quadro geral mostra que os setores que vêm se destacando como os principais empregadores na indústria são aqueles voltados para o mercado externo (agroindústria) e para a produção de bens de consumo duráveis (indústria automobilística), enquanto que os mais dependentes do comportamento da demanda interna apresentam resultados negativos.

O resultado de maio contribuiu para a manutenção da estabilidade no resultado de média móvel trimestral, uma vez que, entre os trimestres encerrados em abril e maio, o crescimento foi de 0,1%.



Dez locais contribuíram positivamente para o crescimento de 2,0% no confronto maio 05/ maio 04, com destaque, em termos de participação, para São Paulo (3,6%) e Minas Gerais (4,2%). Em São Paulo, entre os 18 setores pesquisados, 12 ampliaram o nível de emprego, sobressaindo alimentos e bebidas (12,2%) e meios de transporte (11,3%). Em Minas Gerais, também foram 12 os segmentos com crescimento, destacando-se alimentos e bebidas (5,8%) e produtos de metal (33,6%).

Entre os quatro locais que tiveram variação negativa, Rio Grande do Sul (-5,8%) e Rio de Janeiro (-3,0%) foram os impactos mais significativos. Nesses estados, os principais setores com redução do número de trabalhadores foram Calçados e artigos de couro (-23,2%), na indústria gaúcha, e vestuário (-10,6%), na indústria fluminense.

Ainda na comparação com maio de 2004, em âmbito nacional, 10 dos 18 setores pesquisados aumentaram o número de pessoas ocupadas. Alimentos e bebidas (8,3%) e meios de transporte (10,7%) foram as contribuições positivas mais importantes; enquanto calçados e artigos de couro (-11,6%), madeira (-6,7%) e vestuário (-3,2%) exerceram as principais pressões negativas.

No acumulado no ano (2,6%), as admissões superaram as demissões em 12 áreas e 11 atividades. Entre os locais, São Paulo (3,1%) e Minas Gerais (4,7%) apresentaram as principais influências positivas no cômputo geral; e entre os setores, alimentos e bebidas (6,8%), meios de transporte (12,5%) e máquinas e equipamentos (5,5%). Por outro lado, as pressões negativas vieram de Rio Grande do Sul (-3,5%) e Rio de Janeiro (-1,4%) e, setorialmente, calçados e artigos de couro (-8,3%) e vestuário (-3,7%) tiveram as contribuições negativas mais significativas.

A taxa anualizada (indicador acumulado nos últimos doze meses), com crescimento de 2,9%, repetiu o resultado de abril e manteve estável a trajetória do emprego industrial também nesta comparação.

NÚMERO DE HORAS PAGAS

Na passagem de abril para maio, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria cresceu 0,3%, já descontados os efeitos sazonais. Na comparação com maio de 2004 e no acumulado no ano, o aumento foi de 1,9%, e no acumulado nos últimos doze meses, 2,8%. Houve redução da jornada média de trabalho em todas as comparações: -0,1% no indicador mensal; -0,6% no acumulado no ano e -0,2% no acumulado nos últimos doze meses.

Mesmo com o resultado positivo da comparação mês/mês anterior, o indicador de média móvel trimestral apresentou variação negativa de 0,2%, entre os trimestres encerrados em maio e abril.



Segundo o indicador mensal, o número de horas pagas da indústria cresceu 1,9%, devido, sobretudo, aos aumentos verificados em nove dos 14 locais e em nove dos 18 ramos pesquisados. Entre os setores, as maiores pressões positivas vieram de alimentos e bebidas (8,9%) e meios de transporte (11,1%). Por outro lado, os impactos negativos mais relevantes foram de calçados e artigos de couro (-10,0%) e madeira (-7,7%).

Ainda na comparação com maio de 2004, os locais que apresentaram os maiores impactos positivos no resultado nacional foram: São Paulo (3,9%), Minas Gerais (4,3%) e região Norte e Centro-Oeste (5,1%). Na indústria paulista, 13 das 18 atividades pesquisadas aumentaram o número de horas pagas, dentre essas, destacam-se alimentos e bebidas (13,8%) e meios de transporte (12,2%). Em Minas Gerais, meios de transporte (16,9%) e produtos de metal (39,3%) exerceram as maiores pressões positivas. Já na região Norte e Centro-Oeste, o destaque foi o segmento de alimentos e bebidas (14,0%). As duas principais influências negativas no cômputo geral foram de Rio Grande do Sul (-6,9%) e Rio de Janeiro (-4,7%), cujos principais impactos negativos foram, respectivamente, calçados e artigos de couro (-21,0%) e produtos químicos (-12,8%).

No acumulado no ano, o número de horas pagas na indústria cresceu 1,9%, com 11 áreas e nove setores apresentando resultados positivos. Os maiores impactos positivos vieram de São Paulo (2,4%), Minas Gerais (4,7%) e região Norte e Centro-Oeste (4,5%). Por outro lado, Rio Grande do Sul (-5,2%) e Rio de Janeiro (-2,6%) exerceram as maiores pressões negativas. Entre os setores, os impactos positivos mais relevantes, no total do país, vieram de alimentos e bebidas (7,0%) e meios de transporte (11,3%); e os negativos, de calçados e artigos de couro (-9,5%) e vestuário (-3,4%).

Apesar do crescimento de 2,8% no índice acumulado nos últimos doze meses, vale mencionar que essa trajetória ascendente tem sido mais gradual nos últimos resultados. Houve aumento do número de horas pagas em 12 das 14 áreas e em 12 dos 18 setores industriais pesquisados.

FOLHA DE PAGAMENTO

Após a queda observada em abril deste ano (-2,5%), o valor da folha de pagamento real da indústria brasileira voltou a crescer em maio (2,0%) na comparação com o mês anterior, já descontados os efeitos sazonais. Como conseqüência, o indicador de média móvel trimestral também voltou a registrar variação positiva (0,3%) entre os trimestres encerrados em abril e maio.



Também foram observadas taxas positivas nas outras comparações: crescimento de 6,3% em relação a maio de 2004; de 4,4% no acumulado no ano; e de 7,4% no acumulado nos últimos doze meses.

Quanto à folha de pagamento média real, os resultados também foram positivos: 4,2% no indicador mensal; 1,7% no acumulado no ano; e 4,3% no acumulado nos últimos doze meses.

Em relação a maio de 2004, o valor total da folha de pagamento real cresceu 6,3%, com nove dos 14 locais pesquisados apresentando expansão. Em termos de impacto, destacaram-se São Paulo (6,3%) e Rio de Janeiro (32,7%). Em São Paulo, o crescimento foi influenciado, sobretudo, pelas atividades de alimentos e bebidas (27,4%) e de meios de transporte (13,1%). Já no Rio de Janeiro, a principal contribuição positiva veio da indústria extrativa (234,3%), por conta do repasse aos empregados de participação nos lucros numa importante empresa. Entre os locais que assinalaram taxas negativas, a maior pressão veio do Rio Grande do Sul (-1,6%), em função, principalmente, da queda em calçados e couro (-18,3%). Entre os setores, houve crescimento em 13 das 18 atividades pesquisadas, com destaque para alimentos e bebidas (13,1%), indústria extrativa (48,1%) e meios de transporte (11,7%). Por outro lado, as principais contribuições negativas vieram de papel e gráfica (-10,3%) e calçados e artigos de couro (-9,3%).

No acumulado no ano (4,4%), houve crescimento em 12 dos 18 segmentos pesquisados, com destaque para meios de transporte (11,3%), alimentos e bebidas (9,3%) e máquinas e equipamentos (9,8%). Por outro lado, papel e gráfica (-8,0%) e minerais não-metálicos (-6,4%) destacam-se com as pressões negativas mais expressivas.

Ainda nesta comparação, os locais com as maiores influências positivas foram São Paulo (3,7%) e Minas Gerais (10,5%). Em São Paulo, as atividades que mais se destacaram foram meios de transporte (12,4%), alimentos e bebidas (19,6%) e máquinas e equipamentos (10,1%), e em Minas Gerais, produtos de metal (73,7%). Pernambuco, com -1,9%, apresentou o único resultado negativo e teve como principal influência o segmento de alimentos e bebidas (-7,8%).



O indicador acumulado no ano da folha de pagamento média real cresceu 1,8%, com 10 atividades assinalando ganhos em relação a igual período de 2004. O destaque, pela magnitude da taxa, foi o avanço na indústria extrativa (11,4%). Regionalmente, oito locais expandiram o valor da folha de pagamento real média, com Rio de Janeiro (11,2%), Espírito Santo (5,6%) e Minas Gerais (5,5%) apresentando os melhores resultados.

No indicador acumulado nos últimos doze meses, o ritmo de crescimento do valor da folha de pagamento real assinala ligeira desaceleração entre abril (7,6%) e maio (7,4%), movimento determinado por 13 locais e 12 atividades pesquisadas. Vale destacar que esta trajetória começou em janeiro, quando esta taxa foi de 9,3%, passando para 8,7% em fevereiro e 8,0% em março.