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Com a queda de 10,09% na passagem de janeiro para fevereiro, estimativa da safra 2005 fica em 120,951 milhões de toneladas

31/03/2005 06h31 | Atualizado em 31/03/2005 06h31

Com os dados obtidos em fevereiro, estima-se que a produção nacional da safra de cereais, leguminosas e oleaginosas (caroço de algodão, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho, soja, aveia, centeio, cevada, girassol, sorgo, trigo e triticale), atinja um volume de grãos da ordem de 120,951 milhões de toneladas, superando em 1,57% a safra de 2004, que totalizou 119,085 milhões de toneladas. Em relação aos dados de janeiro de 2005, houve uma queda de 10,09%, quando foi estimada uma produção de 134,522 milhões de toneladas.

Informa-se, porém, que essa estimativa ainda envolve algumas simulações, principalmente para os cultivos de inverno (trigo, aveia, centeio e cevada), e as segunda e terceira safras de alguns produtos que, por causa do calendário agrícola, não permitem que se tenha ainda uma primeira estimativa de produção.

 



Situação das lavouras em fevereiro em relação a janeiro de 2005

No Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de fevereiro, em relação a janeiro, destacam-se as variações nas estimativas de produção de cinco produtos: arroz em casca (-3,08%), feijão 1ª safra (-8,75%), mamona (22,24%), milho em grão 1ª safra (-11,48%) e soja (-13,23%).

A variação negativa de 3,08% na estimativa de produção para o arroz deve-se às perdas verificadas no Rio Grande do Sul, onde problemas de ordem climática ocasionaram diminuição na produtividade do produto. Com um rendimento de 5.421 kg/ha (–7,73%), espera-se para este Estado uma produção em torno de 5,415 milhões de toneladas.

Para o feijão 1ª safra, verifica-se uma redução de 8,75% na produção aguardada para 2005 (1,6 milhão de toneladas). As principais perdas são observadas nos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Bahia, com reduções de 3,95%, 31,03%, 15,73% e 42,89%, respectivamente. As estiagens prolongadas, aliadas à má distribuição de chuvas, foram as causas principais para este quadro negativo da cultura do feijão nesses Estados.

Quanto à cultura da mamona, verifica-se em fevereiro, um crescimento de 22,24% na produção para este ano, o que reflete os incentivos governamentais direcionados ao produto. Em todos os Estados onde a mamona é pesquisada, observam-se aumentos: Ceará (3,08%), Bahia (26,52%), Minas Gerais (10,51%) e São Paulo (13,14%). A produção aguardada para 2005 é de 186 mil toneladas, contra 138 mil toneladas obtidas no ano passado.

Por causa da seca que assola principalmente os Estados da região Sul, tanto a soja (-13,23%) quanto o milho 1ª safra (-11,48%) apresentam quedas nas suas produções para a safra de 2005. No caso da soja, as maiores perdas de produção foram do Rio Grande do Sul (-65,49%), de Santa Catarina (-30,58%) e do Paraná (-23,75%). Já o milho, apresenta as seguintes reduções: -56,29% no Rio Grande do Sul; -30,68% em Santa Catarina e -6,18% no Paraná. Após essa quebra, estima-se que a soja tenha uma produção de 54,794 milhões de toneladas e o milho 1ª safra, 28,162 milhões de toneladas.

Situação das lavouras em fevereiro de 2005 em relação à produção obtida em 2004

Dentre os produtos analisados, os que apresentam variação positiva na estimativa de produção em relação ao ano anterior são: algodão herbáceo (4,29%); feijão em grão 1ª safra (12,04%); mamona (34,81%) e soja (11,32%). Já arroz em casca (-1,23%); feijão em grão 2ª safra (-2,33%); feijão em grão 3ª safra (-1,01%); milho em grão 1ª safra (-9,33%); milho em grão 2ª safra (-7,69%) e sorgo (-4,96%) apresentaram resultados negativos.

Por conta do cenário climático negativo, em especial, nos Estados da região Sul (Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina), e em Mato Grosso do Sul, a comparação desta estimativa de produção com as primeiras perspectivas (divulgadas em dezembro de 2004), revela grandes mudanças no decorrer do tempo. Entre dezembro de 2004 e fevereiro de 2005, a perda na safra nacional fica em torno de 14 milhões de toneladas de grãos. Vale lembrar que, os prejuízos decorrentes dos efeitos negativos do clima não terminaram, pois ainda não foi calculada a perda total dos Estados supracitados. No Mato Grosso do Sul, estão sendo encerrados os trabalhos de campo, onde os primeiros resultados apontam para uma quebra acima de 1 milhão de toneladas somente na cultura da soja que, juntamente com o milho e o feijão 1ª safra, foram as culturas que mais sofreram as conseqüências dessas atípicas estiagens. No entanto, é necessário aguardar os futuros levantamentos, pois com uma visão mais próxima das produtividades obtidas, será possível fazer um balanço final das perdas na safra de 2005.

No cômputo geral, entre as perdas até agora observadas, o maior destaque está na cultura da soja que, entre dezembro de 2004 (quando foi divulgada a última perspectiva para a safra desse ano) e fevereiro de 2005, a cultura perdeu em torno de 8,5 milhões de toneladas. Só no Rio Grande do Sul, onde o prejuízo com essa lavoura foi mais significativo, contabiliza-se uma redução de 5,4 milhões de toneladas no período. Em dezembro, a produtividade projetada para 2005 no Rio Grande do Sul era de 2.275 kg/ha. Já em fevereiro, ela se encontra no patamar de 811 kg/ha, baixíssima para um Estado tradicional na produção dessa leguminosa.

 

RESULTADOS DA PECUÁRIA (4º trimestre de 2004)

Abate de animais

Bovinos

No 4º trimestre de 2004, foram abatidas 6,682 milhões de cabeças de bovino, indicando um aumento de 13,14% sobre o 4º trimestre de 2003 e queda de 3,57% sobre o 3º trimestre de 2004.

Considerando o ano de 2004, agosto, julho e dezembro foram os meses de maior abate de animais. O número de bovinos abatidos em 2004 foi de 26,010 milhões de cabeças, um aumento de 20,17% sobre 2003.

São Paulo é o estado que apresenta o maior número de animais abatidos sob inspeção sanitária, seja ela municipal, estadual ou federal. Em segundo lugar, vem o estado do Mato Grosso do Sul (o principal rebanho brasileiro em termos de efetivo), seguido de Mato Grosso e Goiás.

Suínos

Em relação aos suínos, foram abatidas 5,399 milhões de cabeças, o que representa quedas de 6,04% sobre o 4º trimestre de 2003 e de 1,69% sobre o 3º trimestre de 2004. Houve também reduções no peso de carcaças: -4,80% sobre o 4º trimestre de 2003 e -2,74% sobre o 3º trimestre de 2004.

No ano de 2004, foram abatidas 21,622 milhões de cabeças de suínos, uma queda de 4,13% sobre o ano de 2003.

Em relação às Unidades da Federação, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Minas  Gerais foram os principais Estados em abate de suínos em 2004, correspondendo também aos detentores dos maiores plantéis.

Frangos

Foram abatidas 935,283 milhões de aves, representando aumentos de 11,07% sobre o 4º trimestre de 2003 e de 5,21% sobre o 3º trimestre de 2004. O aumento do peso de carcaça foi de 13,84% sobre o 4º trimestre de 2003 e de 3,59% sobre o 3º trimestre de 2004.

No ano, foram abatidas 3,548 bilhões de aves, o que significa um aumento de 10,82% sobre o ano anterior. Os principais Estados que abateram frangos em 2004 foram: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Captação e Industrialização do leite

No 4º trimestre de 2004, os estabelecimentos industriais inspecionados adquiriram 4,048 bilhões de litros de leite cru, resfriado ou não, o que representa um aumento de 8,80% sobre o 4º trimestre de 2003 e de 14% sobre o 3º Trimestre de 2004.

Quanto ao leite industrializado, foi registrada a saída de 4,028 bilhões de litros, um aumento de 8,76% sobre o 4º trimestre de 2003 e de 13,96% sobre o 3º trimestre de 2004.

No ano, o quantitativo de leite adquirido chegou a 14,502 bilhões de litros, enquanto que a saída dos estabelecimentos totalizou 14,442 bilhões de litros.

Na comparação com 2003, houve aumento de 6,42% no total de leite adquirido e de 6,44% no de leite industrializado. Os principais Estados que captaram leite em 2004 foram Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.

Aquisição de couro

No 4º trimestre de 2004, foram adquiridas 8,684 milhões de peças de couro no País, indicando aumentos de 11,94% sobre o mesmo trimestre do ano anterior e queda de 5,09% sobre o 3º trimestre de 2004. Já para o couro curtido, foi registrado um volume de 8,732 milhões de peças. Houve aumento de 13,59% sobre o 4º trimestre de 2003 e queda de 3,75% sobre o 3º trimestre de 2004.

Em 2004, 35,053 milhões de unidades de couro foram adquiridas, sendo 35,044 milhões de unidades obtidas no mercado nacional e 8,680 mil, importadas.

Os principais Estados que adquiriram couro em 2004 foram São Paulo (9,233 milhões); Rio Grande do Sul (5,074 milhões); Mato Grosso do Sul (3,815 milhões); Goiás (3,225 milhões) e Mato Grosso (3,147 milhões).

Produção de ovos de galinhas

No 4º trimestre de 2004, foram produzidos 488,211 milhões de dúzias de ovos no Brasil. Esse resultado revelou um aumento de 4,89% em relação ao 4º trimestre de 2003 e queda de 0,16% sobre o 3º trimestre de 2004. Em 2004, a produção de ovos de galinha cresceu 5,07% em relação a 2003.

Ainda sobre o ano de 2004, a Pesquisa Trimestral de Ovos de Galinha, que investiga os estabelecimentos com 10.000 ou mais galinhas poedeiras, indica que São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina são os principais Estados produtores de ovos de galinha.