Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

Vendas do comércio crescem 8,87% em setembro. Nos acumulados, taxa anual desacelera (9,32%) e últimos 12 meses mantém trajetória ascendente (6,72%)

Na comparação com setembro de 2003, o comércio varejista do País cresceu 13,54% na receita nominal e 8,87% no volume de vendas, o décimo aumento consecutivo. Entre as 27 unidades da federação, 25 tiveram crescimento no volume de vendas.

17/11/2004 07h31 | Atualizado em 17/11/2004 07h31

 



 



 



 



 



 



 



Na comparação com setembro de 2003, o comércio varejista do País cresceu 13,54% na receita nominal e 8,87% no volume de vendas, o décimo aumento consecutivo. Entre as 27 unidades da federação, 25 tiveram crescimento no volume de vendas. As exceções foram Roraima e Piauí.

Apesar do crescimento no conjunto das atividades pesquisadas em relação a agosto (como indicado no Gráfico 1), a variação do volume de vendas no acumulado do ano continua diminuindo, com taxa de 9,32% para os nove primeiros meses de 2004. Já o resultado acumulado nos últimos 12 meses permanece ascendente, com variação de 6,72%.

Quanto à receita nominal, as taxas acumuladas vêm tendendo à estabilização, atingindo este mês patamares de 12,06% no acumulado do ano e de 11,70% no acumulado dos últimos 12 meses.



Entre os estados, únicos resultados negativos foram de Roraima (-2,14%) e Piauí (-1,27%)

Em relação ao volume de vendas, 25 das 27 Unidades da Federação alcançaram resultados positivos na relação setembro 04/setembro 03, sendo que as maiores taxas de crescimento foram de Rondônia (25,88%); Acre (24,00%); Amazonas (23,20%); Mato Grosso (21,83%); e Maranhão (19,95%). As duas taxas negativas do setor vieram de Roraima (-2,14%) e Piauí (-1,27%). Já os Estados com as maiores contribuições ao desempenho global do varejo (8,87%) foram São Paulo, com crescimento de 8,79% sobre setembro/03; Minas Gerais (9,55%); Rio Grande do Sul (8,38%); Rio de Janeiro (5,68%), Paraná (11,14%); e Santa Catarina (13,07%).



Todas as cinco atividades selecionadas, cujas séries de dados têm início em 2000, registraram aumento no volume de vendas em relação a setembro de 2003: Móveis e eletrodomésticos (20,32%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (9,17%); Tecidos, vestuário e calçados (4,05%); Combustíveis e lubrificantes (4,03%); e Veículos, motos, partes e peças (15,44%).

Neste grupo de atividades, observa-se que justamente as mais sensíveis às condições de crédito, como Móveis e eletrodomésticos e Veículos, motos, partes e peças, diminuíram suas taxas mensais de crescimento, sendo que esta última não entra na composição da taxa global do varejo (Tabela 1). No entanto, em termos de resultados trimestrais, Veículos, motos, partes e peças e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo se destacam como os únicos dos cinco segmentos pesquisados desde 2000 que não diminuíram o ritmo de crescimento (Tabela 3).

No conjunto das novas atividades pesquisadas – selecionadas pela amostra definida em 2003 - houve aumento no volume de vendas na relação setembro 04/setembro 03 em Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (11,40%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,86%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (4,73%); e em Material de construção (3,09%). Somente o ramo de Livros, jornais, revistas e papelaria apresentou queda (-4,10%). Por outro lado, todos estes segmentos reduziram suas taxas de crescimento em setembro, com exceção de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (Tabela 2).

Em setembro, o segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo voltou a ser o principal responsável pelo desempenho do comércio varejista, apresentando crescimento do volume de vendas de 3,84% em agosto para 9,17% em setembro. Com esse aumento, as taxas acumuladas de desempenho da atividade passaram de 5,83% para 6,19% no acumulado do ano, e de 3,07% para 4,11% no acumulado dos últimos 12 meses. Os resultados trimestrais indicam para a atividade aumento do ritmo de crescimento no terceiro trimestre do ano: variação de 7,75% contra 6,85% do segundo trimestre (Tabela 3).

O ramo específico de Hipermercados e supermercados, além de apresentar aumento no ritmo de crescimento em relação a agosto, registrou resultados levemente superiores aos do grupo, com taxas de variação do volume de vendas de 9,69% sobre setembro de 2003; 6,41% no acumulado de janeiro a setembro; e de 4,26% no acumulado dos últimos 12 meses.

O segmento de Móveis e eletrodomésticos expandiu seu volume de vendas em 20,32% na comparação com setembro de 2003. Apesar do bom desempenho em 2004, este é o terceiro mês consecutivo em que o setor assinala diminuição do ritmo de crescimento no indicador mensal (Gráfico 4). Este movimento teve reflexo na taxa acumulada no ano, que entre agosto e setembro passou de 29,69% para 28,56%. Quadro também confirmado nos indicadores trimestrais, cuja taxa passa de 34,91% para 27,09% entre o segundo e terceiro trimestres (Tabela 3). No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa de Móveis e eletrodomésticos continua crescendo (23,87%).

Em setembro, a atividade de Combustíveis e lubrificantes, depois de um bimestre de queda do ritmo de crescimento, reverte o quadro de desaceleração com aumento no volume de vendas de 4,03% sobre setembro de 2003 (Gráfico 6). Contudo, a evolução do indicador acumulado no ano continua diminuindo, passando de 6,00% no período janeiro-agosto para 5,78% no acumulado até setembro. Já no acumulado de 12 meses, a taxa se manteve ascendente, variando de 2,81% em agosto para 3,87% em setembro. Além disso, no terceiro trimestre a atividade apresentou o menor desempenho do ano: 3,04% de variação do volume de vendas sobre o mesmo período do ano anterior, depois de assinalar taxas de 7,54% e 7,01% no primeiro e segundo trimestres de 2004, respectivamente (Tabela 3).

Em setembro, a variação de 4,05% no volume de vendas de Tecidos, vestuário e calçados também reverte o cenário de redução de taxas de desempenho, iniciado há quatro meses nesta atividade (Gráfico 5). No entanto, esse resultado não foi suficiente para manter no terceiro trimestre do ano o nível de crescimento obtido no segundo. Na verdade, em termos de resultados trimestrais, esta foi a atividade com a maior desaceleração no ritmo de expansão do volume de vendas, com as taxas caminhando de 12,75% no segundo trimestre para 3,61% no terceiro. Tem-se também ligeira diminuição da taxa acumulada no ano, que passou de 6,27% em agosto para 6,03% em setembro. Mas há recuperação no acumulado de 12 meses: de 3,18% passa para 3,72%.

Foi do segmento de Veículos, motos, partes e peças o segundo melhor desempenho em termos de magnitude da taxa de crescimento apresentada (15,44%), contudo foi a atividade que mais se retraiu em termos de desempenho mensal – passando de 32,09% em agosto para 15,44% em setembro no volume de vendas (Gráfico 7). Esta desaceleração provocou uma queda no ritmo de expansão do indicador acumulado no ano, que de 19,23% em agosto passou para 18,77% em setembro. No entanto, como em outras atividades, o resultado dos últimos 12 meses continuou ascendente, acumulando crescimento de 15,17% até setembro, aproximadamente 2 pontos percentuais acima da taxa de agosto. Assim como a atividade de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, o comércio varejista de Veículos, motos, partes e peças melhorou seu desempenho no terceiro trimestre do ano, com taxas de 22,84% contra 20,78% do segundo trimestre (Tabela 3).

Dentre as cinco novas atividades pesquisadas a partir de 2003, a de Equipamentos e materiais de escritório, informática e comunicação - cuja variação mensal do volume de vendas aumentou de 3,87% em agosto para 11,40% em setembro -, foi a que obteve a maior taxa de desempenho. Apesar disto, o indicador acumulado no ano continuou diminuindo, com a taxa de variação passando de 23,32% para 21,77% entre agosto e setembro.

Depois de registrar a maior taxa de desempenho do grupo em agosto (13,20% no volume de vendas em relação a agosto/03), Outros artigos de uso pessoal e doméstico apresentou significativa queda no ritmo de crescimento em setembro (4,86%). Este resultado manteve a trajetória de queda nas taxas de crescimento do acumulado do ano. Na relação janeiro-setembro 04/janeiro-setembro 03, o crescimento da atividade atingiu 17,14% contra 18,74% do período de janeiro a agosto.

Na comparação com setembro de 2003, o segmento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos expandiu o volume de vendas em 4,73% em setembro deste ano. No acumulado do ano, o crescimento foi de 9,30% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar do desempenho positivo, este ramo vem apresentando diminuição do ritmo de crescimento tanto no indicador mensal quanto no acumulado do ano (Tabela 2).

O setor de Material de construção, com aumento no volume de vendas em setembro de 3,09% sobre igual mês de 2003, foi outra atividade que reduziu significativamente seu ritmo de crescimento em relação ao resultado do mês anterior (8,16%). Em função de resultados negativos no início do ano, a taxa acumulada nos nove primeiros meses do ano ficou relativamente baixa (2,68%) e manteve-se estável na comparação com o acumulado até o mês de agosto (2,63%).

Por último, o volume de vendas de Livros, jornais, revistas e papelaria manteve o comportamento negativo do mês anterior, passando de -1,49% em agosto para -4,10% em setembro. Em decorrência disto, o indicador acumulado no ano também aumentou sua queda: de -1,75% no período janeiro-agosto passou para -1,97% nos nove primeiros meses de 2004 .

Responsáveis por quase 50% da receita bruta do comércio varejista nacional, Rio de Janeiro e São Paulo inverteram, em setembro, o ritmo das taxas de desempenho do volume de vendas: o Rio diminuiu seu crescimento de 8,60% em agosto para 5,68% este mês, enquanto São Paulo aumentou sua taxa no mesmo período (de 5,65% para 8,79%). No acumulado do ano, o varejo do Rio de Janeiro, com taxa de 7,33%, ainda se apresenta com crescimento inferior ao de São Paulo, que está em 9,04%. Vale ressaltar que os dois estados mantêm praticamente estáveis os resultados acumulados no ano. Contudo, seguem ampliando a taxa acumulada de desempenho no indicador dos últimos 12 meses: 4,08% no Rio de Janeiro e 6,31% em São Paulo.

Duas atividades praticamente determinaram o diferencial de taxas mensais de desempenho entre os dois Estados em setembro: Combustíveis e lubrificantes, com queda no volume de vendas de 5,47% no Rio de Janeiro e aumento de 7,79% em São Paulo; e Tecidos, vestuário e calçados, que registrou taxas de -3,18% no Rio e de 6,17% em São Paulo.