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Vendas do comércio crescem 12,80% em junho

As taxas mensal (12,80%), trimestral (11,24%) e semestral (9,33%) são as mais altas desde 2001. É o primeiro semestre positivo, desde o início da nova série da Pesquisa Mensal do Comércio.

18/08/2004 06h31 | Atualizado em 18/08/2004 06h31

Nos números dos dois Estados com maior participação no comércio varejista nacional (São Paulo e Rio de janeiro), percebe-se que o varejo paulista vem revelando este ano resultados superiores aos do Rio. Em São Paulo o volume de vendas do setor cresceu a taxas muito próximas da média nacional: 12,77% sobre junho de 2003; 9,08% na relação primeiro semestre 04/primeiro semestre 03; e de 3,08% no acumulado dos últimos 12 meses. O Rio de Janeiro teve variações menores: 9,19% com relação a igual mês do ano anterior, 7,45% no acumulado do primeiro semestre e 0,44% no acumulado dos últimos 12 meses.

Os setores com maior discrepância entre os dois Estados foram Tecidos; vestuário e calçados (23,01% no mensal e de 10,27% no acumulado do ano em São Paulo contra taxas de 2,60% e 1,26% registradas no Rio de Janeiro) e Combustíveis e lubrificantes (acréscimos mensal e acumulado no semestre, respectivamente, de 13,06% e 12,04% para São Paulo e de 2,04% e 0,70% no Rio de Janeiro). Tais diferenças refletem as próprias economias dos dois Estados. Em São Paulo, os indicadores econômicos básicos do primeiro semestre de 2004 foram relativamente mais favoráveis. Na produção industrial, por exemplo, São Paulo cresceu 10,6% no primeiro semestre do ano, e o Rio de Janeiro não registrou variação.

Pelo quarto mês consecutivo o ramo de Móveis e eletrodomésticos cresceu acima dos 30%, por uma conjugação dos seguintes fatores: redução da taxa de juros, ampliação do volume de recursos direcionados para o crédito direto ao consumo, lançamento de produtos novos e/ou diferenciados e demanda reprimida dos anos anteriores.

Os resultados de junho apontam aumento das taxas da maioria das atividades pesquisadas. Destaca-se o comportamento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo que ampliou seu volume de vendas de 5,03% em maio para 8,78% em junho. Tal acréscimo foi determinante para aceleração da taxa do setor varejista (de 10,83% para 12,80% entre maio e junho) e reflete o quadro relativamente mais favorável quanto aos níveis de rendimento e ocupação nas principais Regiões Metropolitanas do País, comprovado pelos últimos resultados da Pesquisa Mensal de Emprego.

O volume de vendas acumulado por essa atividade no primeiro semestre de 2004 superou em 5,38% o de igual período do ano passado. Já a taxa acumulada dos últimos 12 meses foi de 0,93%. O ramo específico de Hipermercados e supermercados vem registrando taxas levemente superiores: 9,06% no volume de vendas sobre junho/03 e acumulando 5,48% no primeiro semestre e 1,01% nos últimos 12 meses.

O segmento de Tecidos, vestuário e calçados é outro que vem se beneficiando do ambiente mais favorável de rendimento e emprego, com taxas acima da média global do varejo pelo segundo mês consecutivo. Isso reverte o quadro dos primeiros quatro meses do ano, quando o segmento acumulou 0,69% no volume de vendas, sobre o mesmo período de 2003. Em junho, o crescimento atingiu 14,15% em relação a junho/03, contribuindo para que o acumulado do primeiro semestre sobre o mesmo período do ano anterior fechasse em 7,33%. No acumulado dos últimos 12 meses a taxa do volume de vendas da atividade ficou em 1,51%.

Em junho, mesmo com um novo aumento de preço dos combustíveis, a atividade de Combustíveis e lubrificantes conseguiu ampliar a taxa do volume de vendas, que passou dos 4,11% de maio para 7,80% em junho. Os efeitos positivos da retomada do crescimento econômico superaram a influência negativa da elevação de preços. Nos acumulados do primeiro semestre e dos últimos 12 meses, as taxas foram de 7,26% e 1,37%, respectivamente.

Veículos, motos, partes e peças apresentou a segunda maior variação do volume de vendas em junho (28,83% sobre o mesmo mês do ano anterior) e encerra o primeiro semestre crescendo 16,68% sobre o mesmo semestre de 2003, e acumulando 6,40% de aumento nos últimos 12 meses. Melhores condições de crédito, promoções, antecipação no lançamento de novos modelos e o sucesso da versão flex fuel (bicombustíveis) vêm elevando as taxas de crescimento do ramo mesmo depois do término do IPI reduzido, em março/04.

Entre as novas atividades selecionadas na amostra de 2003, continua se destacando o segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com 39,04% de crescimento sobre junho de 2003 e 27,54% no acumulado do primeiro semestre (Tabela 4). Nos demais segmentos, os resultados mensal e acumulado no ano foram, respectivamente: 13,06% e 10,90%% em Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; de 2,64% e -1,33% para Livros, jornais, revistas e papelaria; de 9,85% e 0,95% em Material de construção e de 21,66% e 19,84% para Outros artigos de uso pessoal e doméstico.

 



As taxas mensal (12,80%), trimestral (11,24%) e semestral (9,33%) são as mais altas desde 2001. É o primeiro semestre positivo, desde o início da nova série da Pesquisa Mensal do Comércio. O volume de vendas acumula crescimento de 3,31% nos últimos 12 meses. Pelo quarto mês consecutivo, o segmento Móveis e Eletrodomésticos cresceu acima dos 30%

Em junho, com relação a igual mês do ano anterior, o comércio varejista do País cresceu 15,62% na receita nominal de vendas e 12,80% no volume de vendas. O setor encerra o primeiro semestre do ano crescendo 10,92% em sua a receita nominal e 9,33% em seu volume de vendas, sempre em relação ao mesmo semestre de 2003. No acumulado dos últimos 12 meses, o varejo cresceu 11,40% na receita e 3,31% no volume de vendas. As taxas também foram positivas nos dois trimestres de 2004, e aumentou o ritmo de crescimento do primeiro para o segundo (tabela 2). Tal evolução atingiu todas as atividades, com exceção de Combustíveis e lubrificantes.

 



Esse foi o primeiro semestre com resultado positivo do varejo, dos sete que compõem a série da Pesquisa Mensal de Comércio. Todas as atividades pesquisadas expandiram-se no período (tabela 3), com destaques para Móveis e eletrodomésticos (29,40%) e Veículos, motos, partes e peças (16,68%).

O resultado positivo de junho foi generalizado nas regiões e setores. Cresceram vinte e seis das 27 Unidades da Federação, e as maiores taxas de variação do volume de vendas ocorreram no Acre (32,82%), Rondônia (27,43%), Mato Grosso (26,37%), Maranhão (23,68%) e Amazonas (22,76%). Mas os maiores impactos sobre a taxa global do varejo vieram de São Paulo (12,77%), Minas Gerais (15,16%), Rio de Janeiro (9,19%), Rio Grande do Sul (7,94%), Paraná (15,65%) e Santa Catarina (16,24%). A única queda foi em Roraima (-9,98%).

Nas atividades cuja base de dados tem início em 2000 (série encadeada), o destaque do mês coube, mais uma vez, ao segmento de Móveis e eletrodomésticos, com crescimento no volume de vendas de 36,31% sobre junho de 2003. Tecidos, vestuário e calçados (14,15%), Hipermercados, supermercados produtos alimentícios, bebidas e fumo (8,78%) e Combustíveis e lubrificantes (7,80%) vieram a seguir. A atividade Veículos, motos, partes e peças, que não entra na composição da taxa global por não ser um ramo tipicamente varejista, continua crescendo bem acima da média do setor: 28,83% sobre igual mês do ano anterior.

 



Para as novas atividades pesquisadas (Tabela 4), cuja base de dados é a amostra selecionada em janeiro de 2003, as taxas mensais de junho 04/junho 03 foram: Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (39,04%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (21,66%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (13,06%); Material de construção (9,85%) e Livros, jornais revistas e papelaria (2,64%) .

 

 



Os 36,31% de crescimento do volume de vendas de Móveis e eletrodomésticos, na relação mês/igual mês do ano anterior, garantiram a permanência do segmento como principal responsável pela expansão do comércio varejista do País. A variação de seu volume de vendas pulou dos 23,62% no primeiro trimestre para 34,93% no segundo –uma alta de 29,40% entre o primeiro semestre de 2004 e o mesmo período de 2003. No acumulado dos últimos 12 meses a taxa desse segmento já alcança 17,50%, bem acima dos 3,31% registrados pelo varejo como um todo.