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IPCA fica em 0,54% em setembro

07/10/2015 10h07 | Atualizado em 06/06/2017 11h30

 

Período TAXA
SETEMBRO de 2015
0,54%
Agosto de 2015
0,22%
Setembro de 2014
0,57%
No ano 2015
7,64%
Acumulado nos 12 meses
9,49%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA do mês de setembro variou 0,54%, ficando 0,32 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de 0,22% registrada no mês de agosto. Com o acumulado no ano em 7,64%, bem acima dos 4,61% de igual período de 2014, constitui-se no mais elevado IPCA acumulado no período de janeiro a setembro, desde 2003, quando atingiu 8,05%. Na perspectiva dos últimos doze meses, o índice está em 9,49%, um pouco abaixo dos 9,53% dos doze meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2014, o IPCA havia registrado 0,57%. Clique aqui para acessar a publicação completa.

Importante na despesa das famílias, o botijão de gás, com peso de 1,07% nos cálculos do IPCA, liderou o ranking das principais contribuições e, com 0,14 p.p. respondeu por 26% do índice, cerca de um quarto. O gás liquefeito de petróleo para uso residencial ficou 12,98% mais caro nos pontos de distribuição ao consumidor, percentual inferior ao reajuste de 15% autorizado pela Petrobrás nas refinarias, com vigência a partir do dia primeiro de setembro. Enquanto em algumas regiões pesquisadas o preço do produto aumentou bem menos do que o reajuste concedido, a exemplo do Rio de Janeiro, que ficou em 9,49%, em outras o preço superou em muito o reajuste. É o caso de Vitória, onde atingiu 20,08%, Goiânia, 19,68%, e Brasília, 19,23%. O preço do gás acumula 17,56% neste ano, indo dos 9,03% de Campo Grande até os 23,91% de Curitiba.

Com a alta do gás, Habitação (1,30%) ficou com o mais elevado resultado entre os grupos, conforme mostra a tabela a seguir:

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Agosto Setembro Agosto Setembro
Índice Geral
0,22
0,54
0,22
0,54
Alimentação e Bebidas
-0,01
0,24
0,00
0,06
Habitação
0,29
1,30
0,04
0,20
Artigos de Residência
0,37
0,19
0,02
0,01
Vestuário
0,20
0,50
0,01
0,03
Transportes
-0,27
0,71
-0,05
0,13
Saúde e Cuidados Pessoais
0,62
0,55
0,07
0,06
Despesas Pessoais
0,75
0,33
0,08
0,04
Educação
0,82
0,25
0,04
0,01
Comunicação
0,14
0,01
0,01
0,00

No grupo Habitação, cabe ressaltar, também, a variação de 1,48% na taxa de água e esgoto, tendo em vista aumentos ocorridos nas contas das seguintes regiões:

  • Curitiba – aumento de 7,00%, refletindo o reajuste de 8,00% em vigor desde 1º de setembro;
  • São Paulo – aumento de 3,23%, mostrando menor intensidade do efeito do Programa de Incentivo à redução de consumo de água;
  • Vitória – aumento de 3,09%, reflexo do reajuste de 10,69% desde 08 de agosto;
  • Rio de Janeiro - aumento de 0,63%, complementando o reajuste de 9,98%, em vigor desde o dia 1º de agosto.

Ainda em Habitação, aluguel residencial (0,59%), condomínio (0,45%) e energia elétrica (0,28%), itens de peso no consumo, exerceram pressão sobre o índice. No caso da energia elétrica, a variação de 0,28% é explicada, em parte, por Brasília, onde as contas aumentaram 11,70%, em razão do reajuste de 18,26% nas tarifas em vigor a partir de 26 de agosto. Em Goiânia, o aumento de 2,61% refletiu parcela do reajuste de 6,71%, de 12 de setembro. Nas demais regiões, os resultados oscilaram em função do PIS/COFINS, além da redução de 18% no valor da bandeira vermelha, que passou de R$ 5,50 para R$ 4,50, a cada 100 quilowatts-hora (KWh) consumidos, a partir de 1º de setembro.

Observa-se que, em contraposição ao mês anterior, quando a variação foi -0,27%, os Transportes subiram para 0,71%. Isto por conta das passagens aéreas que, em setembro, aumentaram 23,13%. Outros itens sobressaíram no grupo:

  • Seguro voluntário: 2,04%
  • Conserto de automóvel: 0,99%
  • Acessórios e peças: 0,90%
  • Automóvel usado: 0,82%
  • Ônibus intermunicipal: 0,57%

A respeito das tarifas dos ônibus urbanos, item que corresponde a 2,59% da despesa das famílias, a variação foi 0,10%. Este resultado foi influenciado por Brasília, cujo aumento foi de 8,33%, tendo em vista o reajuste de 33,34% em vigor a partir do dia 20 de setembro. Já em Belo Horizonte, houve queda de 0,90%, dado que o reajuste de 9,68% de 08 de agosto foi revogado em 17 de setembro, em cumprimento à liminar concedida no dia 14 de setembro. Quanto aos ônibus intermunicipais, a variação de 0,57% deve-se ao aumento de 6,19% em Porto Alegre, que refletiu o reajuste de 10,00%, em vigor a partir do dia 16 de setembro e em Goiânia (2,38%), que captou o restante do reajuste de 7,14%, em vigor desde o dia 1º de agosto.

Os grupos Vestuário (0,50%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,55%) apresentaram resultados próximos, destacando-se, no primeiro, o item calçados, com alta de 0,78% e, no segundo, o item plano de saúde, com 1,06%.

Assim como os artigos de Vestuário (0,50%), os demais grupos vieram com variações inferiores à taxa de 0,54% registrada no IPCA do mês, sendo Comunicação (0,01%) o mais baixo.

Quanto a Alimentos, o aumento foi de 0,24%. Daqueles consumidos em casa, os preços apresentaram-se com pequena queda, de -0,05%. Consumidos fora do domicílio, o aumento foi de 0,77%. Entre altas e quedas, destacam-se a batata-inglesa, 7,26% mais cara, e a cebola, que ficou 18,85% mais barata, de agosto para setembro. Na tabela a seguir encontram-se os principais produtos que ficaram mais caros.

Item
Variação mensal
(%)
Variação Acumulada
(%)
Agosto
Setembro
Ano
12 meses
Batata-inglesa
-14,75
7,26
13,93
69,10
Sorvete
0,31
2,62
13,79
14,03
Chocolate e achocolatado em pó
0,94
2,44
8,92
9,17
Carne seca e de sol
1,58
2,03
12,51
14,99
Refrigerante
-0,12
1,84
6,13
8,65
Cerveja
-1,21
1,69
1,53
5,05
Pescado
-0,54
1,65
6,01
11,53
Frango inteiro
-0,43
1,45
1,97
4,73
Café da manhã
0,75
1,25
11,93
12,38
Pão de forma
-0,08
1,22
3,97
4,78
Refrigerante fora
0,66
1,20
8,13
10,59
Alho
2,74
1,11
32,67
33,54
Cerveja fora
1,13
1,09
8,24
12,02
Bolo
-1,02
1,07
5,77
6,02
Pão francês
0,26
0,99
9,17
9,46
Refeição fora
0,55
0,94
7,12
9,43
Carnes
0,62
0,91
7,66
17,23
Biscoito
0,73
0,85
6,27
5,90
Atomatado
0,11
0,78
6,57
9,31
Queijo
1,03
0,74
8,59
7,78

A seguir, os alimentos que ficaram mais baratos.

Item
Variação mensal
(%)
Variação Acumulada
(%)
Agosto
Setembro
Ano
12 meses
Cebola
-8,28
-18,85
89,95
76,68
Tomate
-12,88
-13,86
5,99
12,84
Cenoura
-6,26
-9,99
7,88
25,06
Açaí
-7,35
-4,06
-3,31
8,48
Feijão-mulatinho
-3,28
-3,43
26,63
27,51
Hortaliças
1,37
-2,98
8,77
13,03
Leite longa vida
1,69
-1,94
9,64
-0,34
Feijão-fradinho
-3,29
-1,73
11,87
23,57
Frutas
-0,68
-0,76
4,59
8,69
Açúcar refinado
-0,59
-0,73
2,53
4,99
Ovos
-0,85
-0,70
13,73
6,99
Feijão-carioca
-3,37
-0,57
17,85
33,30

Dentre os índices regionais, o maior ficou com Brasília (1,25%), em razão da alta de 11,70% nas contas de energia elétrica, que refletiu o reajuste de 18,26% nas tarifas em vigor desde o dia 26 de agosto. O resultado de 22,83% das passagens aéreas também influenciou o índice do mês, além da alta de 8,33% no item ônibus urbano, cujas tarifas foram reajustadas em 33,34%, a partir de 20 de setembro. O menor índice foi registrado em Campo Grande (-0,28%), onde a energia elétrica apresentou queda de 6,80%, devido à redução nas alíquotas de PIS/COFINS. Houve queda, também, nos preços dos combustíveis (-3,20%). O litro da gasolina ficou 3,23% mais barato e o do etanol, 7,97%. A seguir, tabela com os resultados mensais por região pesquisada.

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação acumulada (%)
Agosto Setembro Ano 12 meses
Brasília
2,80
-0,16
1,25
6,33
8,38
Vitória
1,78
0,25
1,13
6,70
8,10
São Paulo
30,67
0,24
0,71
8,14
9,82
Goiânia
3,59
0,23
0,67
7,38
10,74
Fortaleza
3,49
0,32
0,57
7,67
9,64
Porto Alegre
8,40
0,28
0,56
8,40
10,51
Curitiba
7,79
0,47
0,54
9,42
11,12
Rio de Janeiro
12,06
-0,02
0,49
7,20
9,84
Belo Horizonte
10,86
0,05
0,41
7,03
8,34
Salvador
7,35
0,41
0,27
6,92
8,13
Recife
5,05
0,18
0,17
7,29
8,61
Belém
4,65
0,32
0,13
5,95
8,13
Campo Grande
1,51
0,25
-0,28
6,32
8,91
Brasil
100,00
0,22
0,54
7,64
9,49

O IPCA, calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 28 de agosto a 28 de setembro de 2015 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de julho a 27 de agosto de 2015 (base).

INPC varia 0,51% em setembro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de 0,51%, em setembro, e ficou 0,26 p.p. acima do resultado de 0,25% de agosto. Com isto, o acumulado no ano fechou em 8,24%, bem acima da taxa de 4,62% relativa à igual período de 2014. Considerando os últimos doze meses, o índice está em 9,90%, bem próximo dos 9,88% relativos aos doze meses anteriores. Em setembro de 2014, o INPC foi 0,49%.

Os produtos alimentícios apresentaram variação de 0,16% em setembro, enquanto em agosto a taxa foi -0,04%. O agrupamento dos não alimentícios teve variação 0,66% em setembro, bem acima da taxa de 0,38% de agosto.

Dentre os índices regionais, o maior foi o de Brasília (1,41%) em virtude, principalmente, da alta de 11,71% nas contas de energia elétrica, que refletiu o reajuste de 18,26% nas tarifas em vigor desde o dia 26 de agosto, além do aumento de 8,33% no item ônibus urbano, com reajuste médio de 33,34% em 20 de setembro. O menor índice foi registrado em Campo Grande (-0,18%), onde a energia elétrica apresentou queda de 6,61% devido à redução nas alíquotas de PIS/COFINS. Houve queda, também, nos preços dos combustíveis (-3,54%). O litro da gasolina ficou 3,23% mais barato e o do etanol, 7,97%. A seguir, tabela com os resultados mensais por região pesquisada.

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação acumulada (%)
Agosto Setembro Ano 12 meses
Brasília
1,88
0,13
1,41
7,75
9,34
Vitória
1,83
0,36
1,28
7,08
8,01
Goiânia
4,15
0,19
0,73
8,23
11,62
São Paulo
24,24
0,23
0,69
9,26
10,78
Porto Alegre
7,38
0,25
0,67
8,99
10,88
Fortaleza
6,61
0,39
0,61
7,58
9,26
Curitiba
7,29
0,56
0,55
10,71
12,25
Belo Horizonte
10,60
0,10
0,39
7,61
8,84
Rio de Janeiro
9,51
0,06
0,34
8,50
10,89
Recife
7,17
0,16
0,29
7,56
8,71
Salvador
10,67
0,28
0,29
7,05
8,20
Belém
7,03
0,49
0,08
5,90
8,01
Campo Grande
1,64
0,18
-0,18
6,45
8,86
Brasil
100,00
0,25
0,51
8,24
9,90

O INPC, calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 28 de agosto a 28 de setembro de 2015 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de julho a 27 de agosto de 2015 (base).

 

Comunicação Social
7 de outubro de 2015