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Censo 2022

No Rio, IBGE divulga resultados do Censo 2022 para trabalho, rendimento e deslocamento

Editoria: IBGE

09/10/2025 17h11 | Atualizado em 09/10/2025 18h18

O pesquisador da Diretoria de Geociências Rafael Rocha fez a apresentação da parte de deslocamento para estudo e para trabalho na coletiva pública - Foto: Thiago Antunes

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta quinta-feira, às 10h, no Rio de Janeiro (RJ), os resultados preliminares do Censo Demográfico 2022: Trabalho e Rendimento e Deslocamento para trabalho e para estudo. O evento foi transmitido pelo Portal do IBGE, na seção IBGE Digital, e pode ser assistido aqui.

Compareceram à coletiva pública o diretor de Pesquisas, Gustavo Junger; o diretor-adjunto de Geociências, Gustavo Cayres; o gerente de Planejamento do Censo Demográfico, Bruno Perez; a coordenadora de Pesquisas Amostrais Domiciliares, Adriana Beringuy, além de outros gerentes, servidores e convidados.

No início do evento, o coordenador-geral de Documentação e Disseminação, Daniel Castro, fez dois convites ao público presente e a quem assistia à coletiva pública pelo IBGE Digital: a abertura, na próxima segunda-feira (13/10), na Casa Brasil IBGE (RJ), da exposição dos trabalhos vencedores do Concurso Internacional de Pôsteres Estatísticos, promovido pelo IBGE e que contou com a participação de mais de 100 escolas. O outro convite feito pelo coordenador-geral foi para as inscrições, disponíveis na loja do IBGE, para a Conferência Nacional dos Agentes Produtores e Usuários de Dados (CONFEST/CONFEGE), que reunirá, de 3 a 5 de dezembro de 2025, em Salvador, produtores e usuários de dados do Brasil e do exterior.

O diretor de Pesquisas, Gustavo Junger, agradeceu às equipes das Diretorias de Pesquisas e Geociências que participaram da divulgação, às superintendências e às equipes censitárias responsáveis pela coleta das informações do Censo 2022. “O Censo 2022 foi desafiador, mas agora estamos na reta final das divulgações”, comemorou Junger.

O diretor de Pesquisas explicou que o tema do trabalho é investigado desde 1872, tendo sido retomado no Censo de 1940, já sob a condução do IBGE. Nos censos mais recentes, passou a ser estruturado segundo as recomendações internacionais da OIT, permitindo a comparabilidade internacional.

O diretor de Pesquisas, Gustavo Junger, agradeceu às equipes das diretorias de Pesquisas e Geociências que participaram da divulgação - Foto: Thiago Antunes

Já o tema rendimento, segundo Junger, foi incorporado em 1890 e retornou no Censo de 1960, assumindo o escopo da divulgação atual a partir de 1980, quando passaram a ser incluídas informações sobre outras fontes de rendimento — como aposentadoria, aluguel e doações —, que se mantiveram nos questionários, viabilizando a produção de indicadores de desigualdade e de distribuição do rendimento total da população brasileira. “A evolução e o aprimoramento dos quesitos sobre trabalho e rendimento ao longo dos Censos acabaram por refletir a complexidade das relações econômicas e sociais do Brasil”, ressaltou Junger.

Bruno Perez lembrou que dentro do Censo a temática trabalho e rendimento é uma das mais difíceis conceitualmente - Foto: Thiago Antunes

O gerente de Planejamento do Censo Demográfico, Bruno Perez, lembrou que, dentro do Censo, a temática trabalho e rendimento é uma das mais complexas, tanto conceitualmente quanto no processamento dos dados, por envolver variáveis mais detalhadas. O gerente afirmou que a etapa de processamento e disponibilização das informações exigiu bastante da equipe.

“O IBGE tem pesquisas amostrais sobre esses temas, mas o Censo Demográfico traz uma riqueza que são os recortes geográficos que não conseguimos ofertar nas pesquisas conjunturais, por exemplo, dados por municípios e outros recortes infra-estaduais, por ocupações e atividades que não conseguimos disponibilizar nas pesquisas amostrais”, destacou Perez.

A parte de trabalho foi apresentada pelo pesquisador João Hallack - Foto: Thiago Antunes
A parte de rendimento foi apresentada pelo pesquisador André Simões - Foto: Thiago Antunes

O diretor-adjunto de Geociências, Gustavo Cayres, também agradeceu às equipes envolvidas na produção da divulgação, estendendo os agradecimentos às que trabalharam na coleta das informações. Segundo ele, esta divulgação aborda um tema profundamente impactado pelo contexto da Covid-19 e nos convida a refletir sobre as transformações vividas pela sociedade desde então.

Gustavo Cayres ressaltou que com uma população cada vez mais urbana, somos mais afetados pelo processo de mobilidade - Foto: Thiago Antunes

“O quanto nós nos deslocamos no dia a dia é muito relevante para a dinâmica de vida de cada um de nós e para a qualidade de vida da população. O quanto eu gasto e quanto eu me desgasto nos meus deslocamentos cotidianos. E com uma população cada vez mais urbana, nós somos mais afetados por esse processo de mobilidade que fazemos diariamente”, explicou Cayres.

Os resultados preliminares do Censo Demográfico 2022: Trabalho e Rendimento e Deslocamento para trabalho e para estudo foram apresentados em coletiva pública na Casa Brasil IBGE - Foto: Thiago Antunes

Os resultados podem ser acessados no portal do IBGE e em plataformas como o Sistema IBGE de Recuperação Automática – SIDRA e o Panorama do Censo. Os indicadores de deslocamento a estabelecimentos de ensino são detalhados para os recortes Brasil, Grandes Regiões, Unidades da Federação, Concentrações Urbanas, Regiões Geográficas Intermediárias, Regiões Geográficas Imediatas e Municípios, e estão desagregados, também, segundo a cor ou raça, a renda, o sexo e o nível de instrução. As mesmas desagregações, nos mesmos níveis territoriais, são apresentadas para o deslocamento relacionado ao trabalho.

O pesquisador Mauro Pinheiro concedeu entrevista ao jornal Valor Econômico - Foto: Thiago Antunes