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Censo 2022

IBGE divulga, em Salvador, Censo do entorno dos domicílios nas Favelas e Comunidades Urbanas

Editoria: IBGE | Sabrina Pirrho

05/12/2025 17h03 | Atualizado em 05/12/2025 17h03

A divulgação dos dados foi realizada no Centro de Direitos Humanos Franco Pellegrini (CEDHU), em Salvador (BA) - Foto: Mariana Viveiros

O IBGE divulgou hoje (5) os dados do Censo Demográfico 2022: Favelas e Comunidades Urbanas: Características urbanísticas do entorno dos domicílios. O evento de lançamento foi no Centro de Direitos Humanos Franco Pellegrini (CEDHU), em Salvador (BA), e transmitido ao vivo pelas redes sociais do IBGE. A pesquisa foi apresentada pela gerente de Favelas e Comunidades Urbanas, Letícia Giannella, pelo chefe do Setor de Pesquisas Territoriais, Filipe Borsani, pela chefe do Setor de Suporte a Favelas e Comunidades Urbanas, Larissa Catalá, e pelo analista da gerência de Favelas e Comunidades Urbanas, Claudio Stenner.

A divulgação contou ainda com a presença da vice-presidente do CEDHU, Antonia Santos, do diretor-adjunto de pesquisas do IBGE, Vladimir Miranda, do diretor-adjunto de Geociências do IBGE, Gustavo Cayres, do presidente da Central Única das Favelas da Bahia (CUFA), Marcio Lima, da secretária estadual de Promoção de Igualdade Racial, Angela Guimarães, e do superintendente estadual do IBGE, André Urpia.

Vladimir Miranda ressaltou a importância da pesquisa para a formulação de políticas públicas. “Espero que com os resultados divulgados, vocês tenham olhar mais atento e reconheçam mais a realidade local, entendendo o contexto do entorno das comunidades. E que isso possa ser usado pela população para pressionar os formuladores de políticas públicas”.

Já Gustavo Cayres falou sobre o comparativo que a pesquisa traz sobre características do entorno urbanístico dos domicílios nas favelas e comunidades urbanas e fora delas. “Essa pesquisa como observação do território permite nos trazer uma reflexão sobre como essas características pesquisadas - pavimentação, arborização, acessibilidade, iluminação - fazem diferença na vida das pessoas, como essa pesquisa nos permite revelar que dentro das áreas urbanas brasileiras existe uma enorme desigualdade em relação a esses aspectos, como podemos lidar com isso e favorecer a sociedade para se apropriar desses dados e fazer o melhor uso possível”.

Responsáveis pela pesquisa mostraram dados comparativos do entorno nas favelas e nas demais áreas - Foto: Mariana Viveiros

Durante a apresentação dos dados da pesquisa, Letícia Giannella destacou como os dados do IBGE podem contribuir para diminuir as desigualdades. “A comparação entre as informações do entorno nas favelas e nas demais áreas das cidades permite compreender não somente quais são as maiores desigualdades, mas também onde elas estão. O coração dessa divulgação está nesse potencial de revelar onde estão as maiores desigualdades socioespaciais nas nossas cidades e, com isso, possibilitar que intervenções do Estado e outros atores sejam pensadas e planejadas visando a superação dessas desigualdades nessa escala intraurbana. Essa é a maior potência desses dados que o IBGE traz”.

Leia as notícias sobre os dados do Censo:

Quase 20% dos moradores de favelas viviam em ruas sem acesso a carros, ônibus e caminhões

Mais de 60% dos moradores das favelas e comunidades urbanas moravam em locais sem árvore

O Censo Demográfico 2022: Favelas e Comunidades Urbanas: Características urbanísticas do entorno dos domicílios investiga um conjunto de informações referentes aos quesitos observados nas faces dos logradouros, dentro e fora de favelas e comunidades urbanas, apresentando a capacidade máxima de circulação da via, a existência de arborização, de pavimentação da via, de bueiro ou boca de lobo, de iluminação pública, de ponto de ônibus, de via sinalizada para bicicleta, de calçada, de obstáculo na calçada e de rampa para cadeirante. Os indicadores são apresentados para o conjunto do país, grandes regiões, estados, municípios, favelas e comunidades urbanas e outros recortes territoriais.