Censo 2022
Em parceria com o Banco do Nordeste, IBGE divulga dados do Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos em Fortaleza (CE)
14/06/2024 16h27 | Atualizado em 14/06/2024 17h34
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira, 14, os resultados do “Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos (CNEFE)”, no Auditório Celso Furtado, situado na sede do Banco do Nordeste, zona sul de Fortaleza (CE). A divulgação foi acompanhada por mais de 180 pessoas presencialmente, e virtualmente por meio da transmissão pelo IBGE Digital.
A divulgação teve início com a apresentação cultural do artista Jessivan Cardoso, que tocou o Hino Nacional Brasileiro. Após o momento cultural, a equipe técnica do IBGE fez a apresentação dos dados referentes aos atributos completos de endereçamento do Censo 2022. Compôs a mesa a diretora de Pesquisas, Elizabeth Hypólito, a diretora de Geociências, Ivone Lopes Batista, o coordenador do Censo, Gustavo Junger, o coordenador de Operações Censitárias, Wolvey Menezes, o gerente do Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos (CNEFE), Eduardo Baptista e a gerente de Geomática, Aline Lopes Coelho.
Presidente do IBGE, Marcio Pochmann avaliou que “esta divulgação é uma forma de retribuirmos o apoio das prefeituras, governos estaduais que contribuíram conosco durante o Censo 2022. Outros países tiveram muitas dificuldades para realizarem seus respectivos censos demográficos e o IBGE obteve sucesso graças ao árduo trabalho de todos os ibgeanos e ibgeanas”.
O presidente do IBGE também explicou a relevância dos resultados. “O que foi apresentado nesta divulgação coloca o IBGE como uma instituição de relevância global na geração de dados georreferenciados. Os dados podem trazer um enorme referenciamento às políticas públicas do país para planejar o que queremos para os próximos vinte anos, conferindo um horizonte ao Brasil”, completou Pochmann.
Alfredo Pessoa, presidente do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE), representou o governador do Ceará, Elmano de Freitas, acrescentou que “o IBGE caminha não só graças ao trabalho dos superintendentes, mas também dos tantos recenseadores que o Instituto possui. Estes dados são importantíssimos para os gestores públicos estaduais do Brasil e claro também dos 184 municípios do Ceará”.
Aldemir Freire, diretor de Planejamento do Banco do Nordeste, representou o presidente do Banco, Paulo Câmara, e relembrou seu histórico como ibgeano e citou o desenvolvimento do trabalho para o fomento de políticas públicas. “Sou servidor do IBGE e trabalhei em outros Censos e sei como é um trabalho valoroso e que traz a capacidade técnica do Instituto e de mais de 180 mil recenseadores que visitaram os domicílios no nosso país. Estes dados dos endereços são relevantes para gestores municipais e estaduais, conseguimos desenvolver políticas para os diversos estabelecimentos. Este cadastro facilita até mesmo outras pesquisas e análises”, ressaltou Freire.
Ivone Lopes Batista explicou que “esta divulgação é essencialmente uma informação de geoinformação, que localiza todas as unidades do país, possibilitando identificar o nosso território e a partir das agregações, apresentar as características deste território. Este produto é relevante para gestão pública e privada, contribuindo para ações de risco e demais políticas públicas no país. Ela será importante não só para a gestão em Fortaleza, mas em todo o Brasil”.
Citando a missão do IBGE, Elizabeth Hypólito destacou que o objetivo do Instituto “é “retratar o Brasil com informações necessárias e cumprimos a missão por meio de uma diversidade de produtos científicos e estatísticos. O Censo é o mais importante destes produtos e ajuda a explicar quantos somos e por meio destes dados os gestores podem planejar e executar políticas públicas para diminuir a desigualdade social, e é a única fonte padronizada a todos os municípios brasileiros”.
A diretora de Pesquisas ainda citou a relevância do Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos (CNEFE). “O Cadastro é usado para fornecer informações úteis para base em planejamento urbano não só do IBGE para outras instituições”, disse Elizabeth.
Gustavo Junger ressaltou o histórico da produção do Censo Demográfico e o resultado da convergência de vários setores da sociedade brasileira. “Superamos diversos adversários para a realização deste Censo, como informações falsas e a covid-19, e após dez meses de realização, entregamos o resultado de 106 milhões de endereços. Esta divulgação merece ser valorizada por toda a sociedade. Este trabalho representa a união de lideranças da sociedade civil que permitiu ao IBGE chegar aos domicílios por todo o território brasileiro”, destacou Junger.
Larissa Menescal, analista de Planejamento e Gestão no Instituto de Planejamento da Prefeitura Municipal de Fortaleza, Iplanfor, disse que “trabalhar com o IBGE é uma honra e uma necessidade, já que os dados são importantes para aperfeiçoar as políticas públicas. No trabalho conjunto com o Instituto, conseguimos trazer endereços únicos em nossa cidade”.
Gurgel Neto, vice-prefeito de Maranguape, evidenciou que “este trabalho do IBGE de tabulação e publicização dos dados é de suma importância para nós enquanto poder público. O acesso a estes dados faz com que a gestão do nosso município seja mais eficaz. Enquanto poder público, temos este trabalho de pesquisa uma forma melhor de desenvolver nosso trabalho”.
Anderson Rafael, gerente de Programas da Secretaria Municipal do Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza (Habitafor), realçou a missão dos gestores com os resultados cedidos pelo IBGE. “É trabalho dos gestores públicos realizar políticas habitacionais para a sociedade e os dados apresentados foram essenciais. O IBGE é uma fonte segura de acesso destes dados, temos uma ótima relação com o Instituto”, explicou Rafael.
Francisco Lopes, superintendente do IBGE no Ceará, focou no trabalho dos ibgeanos e na maneira que os dados podem contribuir no estabelecimento de políticas públicas. “O IBGE não trabalha sozinho, temos diversos parceiros com o setor público. Para o Censo 2022, tivemos grande contribuição dos agentes de saúde em áreas de difícil acesso e graças a eles conseguimos georeferenciar os bairros de Fortaleza e de todo o estado. Agora conseguimos definir ainda melhor a delimitação dos territórios. Também tivemos grande contribuição das prefeituras. Sem todos estes parceiros, este trabalho não seria realizado de forma tão eficiente”, retratou Lopes.
Realizada em parceria com o Banco do Nordeste, a divulgação também contou com autoridades e gestores públicos estaduais e municipais.
Técnicos apresentam os resultados de alfabetização do Censo Demográfico 2022
Coordenador de Operações Censitárias, Wolney Menezes, fez a abertura da apresentação técnica com a explicação de definições como endereços e dos respectivos cadastros. “O endereço reúne informações que permitem identificar de forma adequada uma unidade construída em construção dentro de um município, tal como uma casa, um prédio, um apartamento ou um estabelecimento”, disse Menezes. “Não consideramos apenas locais já construídos, mas também em construção”, completou o coordenador.
Menezes ainda ressaltou que o CNEFE “tem como objetivo o suporte de atividades do IBGE, realizar cobertura nacional, início dos trabalhos em 2005, elaborou um padrão de registro de endereços, é atualizado nos Censos de População, parcial no período intermediário”.
Por fim, o técnico citou que o “CNEFE é um trabalho permanente e nunca está pronto e nunca está totalmente certo. Ele é o principal repositório de endereços para com abrangência nacional e de acesso público”.
Na sequência, o gerente do Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos, Eduardo Baptista, trouxe os resultados do cadastro atualizados. Na abertura, ele citou a cidade de Lajeado, uma das mais afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. “No momento da análise retratada pela figura, esses endereços alagados incluíam, entre outros exemplos, 4,6 mil domicílios particulares, 82 edificações em construção e 15 estabelecimento de ensino”, disse Baptista.
Ao todo, são 106 milhões de endereços e 111 milhões de espécies, sendo 90,6 milhões de domicílios particulares e outros 104 mil coletivos. Ao todo, são 72,4 milhões de endereços situados em ruas, 10,7 milhões de endereços em avenidas e 7,1 milhões de endereços em estradas. Travessas, sítios, alamedas e fazendas também estão entre os principais tipos.
“As informações do CNEFE são extremamente úteis para caracterizar distintos padrões de ocupação, identificando áreas verticalizadas ou com grande número de edificações em construção. Além disso, o CNEFE oferece a outras instituições, públicas ou privadas, um importante repositório de endereços para amostras de pesquisas domiciliares”, explicou Baptista.
O técnico também apresentou recortes como agregados por CEP, representação dos endereços do munícipio organizados por CEP e evidencia diferença entre CEP por logradouro e de localidade, permite visualizar a localização, a metodologia da coleta, aplicações e usos, áreas de verticalização utilizando a concentração de tipo de edificação “apartamento” e localização de endereços a partir do CEP. “A contribuição dos 120 mil recenseadores foi fundamental. Foram os trajetos por eles percorridos e o seu trabalho de cobertura que nos permitiram ter o produto que estamos entregando hoje para a sociedade”, completou Baptista.
Fechando a apresentação técnica, Aline Lopes Coelho apresentou a Plataforma Geográfica Interativa (PGI), ferramenta utilizada nas divulgações de produtos de geociências do IBGE, também está sendo utilizada para o acompanhamento dos recenseadores do Censo 2022. Com ela, o Instituto pode verificar a situação da coleta por cada setor em um mapa interativo.
A gerente de Geomática também explicou ao público presente no auditório Celso Furtado algumas formas de acessar a plataforma, com alguns exemplos dos dados do CNEFE.
IBGE assina acordo de cooperação técnica com IPECE e ALECE
Durante a divulgação dos dados do CNEFE, o IBGE também assinou um acordo de cooperação técnica com o IPECE e com a interveniência da Assembleia Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (ALECE). Representando o Instituto, o presidente Marcio Pochmann e o superintendente do IBGE no Ceará, Francisco Lopes, assinaram o documento.
“Este acordo de cooperação técnica foi iniciado no ano de 2009 e são muitos anos de parceria. Anteriormente, estes acordos duravam quatro anos e este durará dez. Acordos como este é melhor para os órgãos, pois dão mais tranquilidade e segurança de que o trabalho continuará independentemente das mudanças”, explicou Lopes.