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Censo 2022

Após mapear características urbanas dos municípios, Pesquisa do Entorno está praticamente concluída

Editoria: IBGE | Carmen Nery | Arte: Brisa Gil

11/07/2022 09h52 | Atualizado em 18/07/2022 08h54

O IBGE já tem praticamente concluído o levantamento da Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios, iniciada em 20 de junho. Até esta quinta-feira (14), 96% da coleta haviam sido realizados e 25 estados já haviam alcançado mais de 90% do levantamento. A pesquisa traça um panorama da infraestrutura urbana do país e marca o início das operações do Censo 2022.

Para viabilizar a operação do Censo Demográfico, o IBGE dividiu o país em setores censitários – pequenas áreas geralmente com cerca 250 a 350 domicílios. Na Pesquisa do Entorno, mais de 22 mil agentes censitários percorreram até esta quinta 313.415 setores censitários urbanos e chegarão, ao final dos trabalhos, a todos os 326.651 setores das cidades brasileiras.

O gerente de Regionalização e Classificação Territorial do IBGE, Maikon Roberth de Novaes, ressalta que a etapa de reconhecimento e a Pesquisa do Entorno são realizadas em paralelo para garantir a cobertura da coleta do Censo 2022. Novaes lembra que essa pesquisa foi feita pela primeira vez no Censo 2010, antes da coleta das informações domiciliares.

Coleta da Pesquisa do Entorno em Salvador (BA) - Acervo IBGE
Coleta da Pesquisa do Entorno em Manacapuru (AM) - Acervo IBGE
Coleta da Pesquisa do Entorno no Rio de Janeiro (RJ) - Acervo IBGE
Coleta da Pesquisa do Entorno no Rio de Janeiro (RJ) - Acervo IBGE
Coleta da Pesquisa do Entorno no Rio de Janeiro (RJ) - Acervo IBGE
Coleta da Pesquisa do Entorno no Rio de Janeiro (RJ) - Acervo IBGE
Coleta da Pesquisa do Entorno no Rio de Janeiro (RJ) - Acervo IBGE
Coleta da Pesquisa do Entorno no Afuá (PA) - Acervo IBGE
Coleta da Pesquisa do Entorno no Afuá (PA) - Acervo IBGE

O primeiro objetivo é fazer uma última checagem para identificar a necessidade de atualização dos mapas para ver se alguma via foi alterada ou criado um beco ou travessa, além da conferência do nome das vias. O segundo objetivo é coletar informações das características urbanísticas das vias públicas. Pela primeira vez, as informações do entorno estão sendo coletadas em todos os aglomerados subnormais (favelas, invasões, mocambos, grotas e assemelhados) independentemente de terem arruamento regular ou não. Uma nova metodologia está sendo utilizada para fazer a identificação do percurso em áreas labirínticas e sem sinal de GPS, áreas muito densas ou de difícil acesso não reconhecidas por imagens de satélites.

“Teremos um panorama mais completo da infraestrutura urbana das cidades brasileiras, incluindo as áreas que normalmente são as mais carentes em termo de infraestrutura. Com isso, o poder público terá melhores informações para planejar políticas públicas que melhorem a qualidade de vida das populações que vivem nestas áreas”, afirma o diretor de Geociências do IBGE, Claudio Stenner.

Há um grande comprometimento das equipes em fazer um bom trabalho. Até amanhã (12), quase a totalidade dos setores terão sido cobertos, destaca Maikon. O que não for mapeado até lá – devido a problemas como chuva, áreas inundadas e dificuldades ou desastres ambientais – será completado depois, mas ainda antes do início da coleta domiciliar do Censo em 1º de agosto.

“Há outro grupo de setores que foi programado para ser mapeado somente na coleta domiciliar. Esse grupo refere-se aos territórios dos povos e comunidades tradicionais que serão cobertos no final, porque há todo um protocolo de abordagem a ser adotado pelos recenseadores nas áreas quilombolas e indígenas”, explica Maikon.

“Além disso, para cada segmento de rua, o agente censitário responde a um questionário que levanta dez quesitos da infraestrutura urbana, sendo três deles novos. No momento que o agente percorre o setor, ele também está identificando, por meio de observação, a capacidade da via, se ela é pavimentada, se há bueiro/boca de lobo, se há a iluminação pública, se há pontos de ônibus/van (novo), sinalização para bicicletas (novo), calçada, presença de obstáculo na calçada (novo), rampas para cadeirante e arborização. Esses quesitos traçam um quadro urbanístico do setor. Como a pesquisa é aplicada em todos os municípios do Brasil, vai trazer um retrato da infraestrutura do país”, destaca o gerente.

Novaes diz que o principal desafio é diversidade de situações existente no país, o que exige uma gestão afinada da coleta. O Sistema Integrado de Gerenciamento e Controle (SIGC) permite que se monitore a coleta em tempo real, incluindo a visualização dos trajetos que foram feitos no campo pelos agentes censitários. Nestes 22 dias desde o início da pesquisa foram superados os desafios de infraestrutura, conectividade e de logística de distribuição de material de trabalho para 22 mil agentes censitários, em um país continental e com grande diversidade.