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Sinapi

Custos da construção civil subiram 1,07% em novembro

Editoria: Estatísticas Econômicas | Carmen Nery

10/12/2021 09h00 | Atualizado em 28/01/2022 14h55

#PraCegoVer A foto mostra um operário de costas, com equipamentos de proteção, pendurado num andaime, pintando um paredão de um prédio.
Alta dos preços da construção vem perdendo ritmo - Foto: Helga Szpiz/Agência IBGE Notícias

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado hoje (10) pelo IBGE, subiu 1,07% em novembro, mantendo o patamar do mês anterior (1,01%). No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa é de 20,33%, pouco abaixo dos 12 meses imediatamente anteriores (21,22%). O acumulado de janeiro a novembro ficou em 18,04%. Em novembro de 2020 o índice foi 1,82%.

“Está é a quarta menor taxa do ano. Desde agosto, os índices estão mais ou menos no mesmo patamar, diferente do período de janeiro a julho em que todas as taxas eram muito altas. E isso fica ainda mais evidente quando se compara com as taxas do ano passado: setembro (0.88%, ante 1,45% em 2020); outubro (1,01%, versus 1,71%) e novembro, (1,07% contra 1,82%). As variações não tiveram sobressalto grande e estão mais próximas umas das outras. Os últimos quatro meses apresentaram as menores taxas do ano”, analisa o gerente do Sinapi, Augusto Oliveira.

O custo nacional da construção por metro quadrado, que em outubro foi de R$ 1.490,88 passou em novembro para R$ R$ 1.506,76, sendo R$ 903,22 relativos aos materiais e R$ 603,54 à mão de obra.

A parcela dos materiais apresentou variação de 1,66%, 0,39 ponto percentual (p.p.) acima do mês anterior (1,27%). Frente ao índice de novembro de 2020 (3,15%), observa-se queda significativa, 1,49 ponto percentual.

O gerente explica que a parcela de materiais continua pesando mais, com alta generalizada, embora em menor intensidade. Essa alta generalizada dos materiais ocorreu em todos os estados, com destaque para o Centro-Oeste que registrou a maior variação no mês (1,60%). A região também foi impactada pelo dissídio no Distrito Federal.

“Como tivemos diversos insumos com alta, mas com intensidade menor, é difícil destacar um material que tenha impacto significativo. Mas o segmento de tintas teve um número maior de estados apresentando altas”, diz Oliveira.

Já a parcela da mão de obra, com taxa de 0,18%, recuou 0,46 ponto percentual frente ao índice de outubro (0,64%), apesar de dois acordos firmados. Comparado a novembro de 2020 (0,25%), a queda foi menos significativa (0,07 p.p.).

Entre os estados, a maior alta ocorreu em Roraima (4,64%), com muitas altas de materiais e captação de acordo coletivo em que as categorias profissionais tiveram correção dos pisos salariais.

Os acumulados no ano são 22,03% (materiais) e 5,33% (mão de obra). Em 12 meses, os acumulados chegaram a 37,69% (materiais) e 6,03% (mão de obra).

“Os acumulados estão caindo devagar. Em novembro foi menor que outubro porque aos poucos estamos trocando taxas altas do ano passado por índices menores de 2021”, conclui Oliveira.

Mais sobre o SINAPI

O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e índices da Construção Civil – SINAPI, uma produção conjunta do IBGE e da Caixa Econômica Federal – Caixa, tem por objetivo a produção de séries mensais de custos e dies para o setor habitacional, e de séries mensais de salários medianos de mão de obra e preços medianos de materiais, máquinas e equipamentos e serviços da construção para os setores de saneamento básico, infraestrutura e habitação.

As estatísticas do SINAPI são fundamentais na programação de investimentos, sobretudo para o setor público. Os preços e custos auxiliam na elaboração, análise e avaliação de orçamentos, enquanto os índices possibilitam a atualização dos valores das despesas nos contratos e orçamentos. Acesse os dados no SIDRA.