Com a presença de mais de 100 participantes, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizou, na tarde de sexta-feira (14), a oficina Um território de informações: Potencialidades dos Dados do Censo 2022, que abordou o Censo 2022 em seus aspectos técnicos e operacionais, além de apresentar as potencialidades da pesquisa para o trabalho de gestores públicos e privados.

A atividade foi promovida na sede do Banco do Nordeste (BNB) no bairro Passaré em Fortaleza (CE), sendo parte da programação de divulgação dos resultados do Censo Demográfico 2022: Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos (CNEFE), cujo lançamento oficial ocorreu na manhã do mesmo dia. Tanto o evento como a oficina foram viabilizados pela parceria com BNB, que cedeu espaço e estrutura em sua sede para a realização de toda a programação.

A primeira parte da oficina foi dedicada a apresentar o Censo Demográfico, os números da operação e as novidades desta edição. Gustavo Junger, coordenador técnico do Censo, conduziu a exposição.

Por ser a única pesquisa que chega a todos os domicílios brasileiros, o Censo Demográfico é capaz de fornecer resultados em níveis municipais e intramunicipais. Esses dados sociodemográficos e econômicos são fundamentais para a administração pública e o direcionamento dos investimentos privados.

Em seguida, o gerente do CNEFE, Eduardo Baptista, auxiliado pelo analista Fernando Soares, iniciou a abordagem das potencialidades do Censo, focando na compreensão e utilização do Cadastro de Endereços.

“Esse dado pode servir como mais um insumo, para o gestor conseguir combinar, analisar, seja sozinho ou juntamente com outras bases de dados, e extrair informações relevantes para o planejamento da área que atua”, indicou Eduardo.

Além de apresentar a operação censitária, a oficina também buscou introduzir as principais ferramentas de acesso aos dados produzidos: o Panorama do Censo 2022, o Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA), a Plataforma Geográfica Interativa (PGI) e o Banco de Dados e Informações Ambientais (BDIA).

Nesta segunda parte da oficina, tanto servidores do Rio de Janeiro como do Ceará trabalharam juntos para passar as instruções aos participantes. Vanessa Vasconcelos e Helder Rocha, ambos da Seção de Disseminação de Informações (SDI) da Superintendência Estadual do IBGE no Ceará (SES/CE), ensinaram como utilizar o Panorama e o SIDRA, respectivamente. Em seguida, representando a Diretoria de Geociências, Aline Lopes Coelho, gerente de integração da Produção de Geoinformação, apresentou a PGI, e Luciana Temponi, gerente de Mapeamento de Recursos Naturais, explicou sobre o BDIA.

Aprendizados para a melhoria da gestão

"É absolutamente importante estar aqui nessa oficina, não só porque a gente quer ver os dados que foram apresentados hoje, mas também para compreender como eles podem ser utilizados no nosso trabalho, para a melhoria da cidade de Fortaleza", pontua Izabel Accioly, que é diretora do Observatório de Governança Municipal do Instituto de Pesquisa e Planejamento de Fortaleza (IPPLAN Fortaleza).

O IPPLAN Fortaleza foi parceiro da SES/CE na realização do Censo 2022 na capital cearense. Finalizada a operação e divulgados os primeiros resultados, Izabel buscou a SDI/CE a fim de ter um primeiro contato com as ferramentas de acesso. Agora, ao saber da realização da oficina, ela resolveu levar toda a sua equipe para participar.

A oficina encerrou-se com nova fala de Gustavo Junger, coordenador técnico do Censo, que mencionou os resultados já divulgados e as perspectivas para as próximas divulgações. “A partir de dezembro, a gente pode começar a projetar resultados da amostra. A expectativa é de termos várias publicações só no ano de 2025.”