Projeto Preenche Rápido
Parceria entre IBGE, CFC e empresas já começa a dar resultados
04/07/2022 17h25 | Atualizado em 18/07/2022 08h54
O IBGE implantou este ano, a partir de um Acordo de Cooperação Técnica com o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), o projeto intitulado "Preenche Rápido", visando automatizar o preenchimento dos questionários das Pesquisas Estruturais em Empresas. O projeto vem proporcionando uma série de benefícios, uma vez que a automação reduz a carga de trabalho de profissionais de contabilidade e empresas informantes, permite alcançar taxas de resposta mais elevadas e, consequentemente, pode melhorar a qualidade das informações produzidas.
Várias ações conjuntas de disseminação do projeto vêm sendo implementadas, envolvendo o IBGE, o CFC e empresas desenvolvedoras de software, com ampla repercussão na mídia, redes sociais e sites associados à área de contabilidade. Segundo a analista do IBGE e gestora do projeto, Raquel Rabello, alguns softwares contábeis líderes de mercado já desenvolveram a nova ferramenta em seus sistemas, o que está possibilitando o aumento expressivo do número de questionários coletados via importação de arquivo.
“A ferramenta atualmente auxilia o preenchimento das informações relativas à Pesquisa Industrial Anual (PIA-Empresa), Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), Pesquisa Anual do Comércio (PAC) e
Pesquisa Anual dos Serviços (PAS). Em breve, temos intenção estudar as possibilidades de ampliação para a PIA-Produto, a qual possui características particulares”, destacou Raquel.
Até o final de junho, transcorridos três meses de coleta, já é possível observar os avanços na produção das estatísticas estruturais. “O quantitativo de questionários importados este ano pelos informantes praticamente quadruplicou (5.627) em relação ao quantitativo coletado durante todo o ano passado (1.458)”, informou o gerente de Planejamento e Produção do IBGE, Jurandir Oliveira.
Para o coordenador de Estatísticas Estruturais e Temáticas em Empresas do IBGE, Alessandro Pinheiro, há ainda um grande potencial de ampliação do alcance do projeto, tendo em vista que a amostra das pesquisas estruturais compreende aproximadamente 300 mil empresas e se renova parcialmente a cada ano.
“Temos recebido um excelente feedback das empresas informantes e respectivos escritórios de contabilidade. Há relatos de contadores, segundo os quais, antes da automatização levavam dias para preencher um questionário e, após esse processo, dispendem 10 minutos. Mas é importante que cada vez mais empresas informantes e contadores demandem de seus fornecedores de software o desenvolvimento da ferramenta de automatização.”
Empresas de software, líderes de mercado, têm procurado o IBGE para informar que a automatização está sendo implementada. “Uma delas mencionou, inclusive, que organizou um webinar com empresas e contadores informantes do IBGE, e que está disponível na Internet, explicando todo o procedimento de preenchimento automático dos questionários, completou Raquel.
A melhoria da qualidade das estatísticas geradas pelas pesquisas estruturais é fundamental, pois seu uso é amplamente disseminado por parte de Ministérios, órgãos de governo de todas as esferas, empresas, associações de classe, universidades, entre outras entidades. Além disso, esses dados alimentam o Sistema de Contas Nacionais, contribuindo para a construção dos chamados agregados macroeconômicos, a exemplo do PIB.